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DIREITO DE FAMÍLIA – CIVIL V Família: Grupo formado pelos pais e por seus filhos Entidade Familiar: Pode originar-se do casamento civil, da união estável e da monoparentalidade Família Monoparental: “Quando o homem ou a mulher, encontram-se sem o cônjuge ou companheiro, e vive com sua prole” – Demian D. da Costa Família Biparental: composta por um pai, uma mãe e seus filhos Família Ilegítima: União Estável, filhos adotados Esponsais: noivado cabe indenização material e moral; a responsabilidade é extracontratual Habilitação: será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou a seu pedido por procurador Família Legitima: constituída através do casamento ou união estável Filho ilegítimo é apenas quando não é assumido ou registrado O que vale para o casamento tem que valer para a união estável Tem que provar que a união é estável Noivado não pode durar mais que 5 anos CASAMENTO Passa por um processo de habilitação para ver se não existe impedimentos matrimoniais do art. 1521: Art. 1521 CC – Não podem casar: ascendentes e descendentes, afins em linha reta (sogro e genro), adotante que foi cônjuge do adotado e adotado com que o foi do adotante, os irmãos unilaterais ou bilaterais e demais colaterais até o 3º grau, adotado com o filho do adotante, as pessoas casadas, o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. O prazo para a certidão de habilitação é de 90 dias, após isso perde a validade; dentro dos 90 dias casamento tem que ser celebrado no civil ou religioso Religioso procedido de habilitação civil: ganha comprovante da igreja e tem que levar ao cartório no prazo de 90 dias se não perde a validade Religioso não procedido de habilitação civil: não tem prazo para registrar Casamento celebrado com impedimento é nulo – ex tunc Art. 1512: os hipossuficientes casam de graça, mediante assinatura de termo Art. 1525 – documentos para realizar casamento: certidão de nascimento ou documento equivalente; autorização por escrito das pessoas que sob sua dependência estiverem; declaração de duas testemunhas (padrinhos) parentes ou não; declaração do estado civil, domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio CERTIDÃO DE NASCIMENTO serve para provar a idade mínima para casamento (art. 1517 – 16 anos); provar se é interdito; provar se é casado. Menores de 16 podem casar quando for com o intuito de evitar imposição e cumprimento de pena criminal (estupro de vulnerável) ou em caso de gravidez. Ainda, apesar de não se enquadrarem nestas situações, podem entrar com pedido no Judiciário e juiz pode ou não suprir Competência da Vara da Infância e Juventude No processo de habilitação já se escolhe o regime de bens, sendo que, dos menores sempre será de separação obrigatória de bens – Art. 1641, III PADRINHOS são testemunhas da celebração do casamento; tem que ser no mínimo 2 e o máximo quantos quiser. Separado não casa porque permanece o vínculo conjugal, que só se extingue com a morte ou o divórcio do cônjuge. PARENTESCO Parente: é um elo que vincula pessoas, sendo que, esse elo pode ser por sangue ou por meio de adoção, ou ter origem com o casamento (afinidade) Parentesco Consanguíneo (ou natural): é aquele que vincula um cônjuge com os parentes do outro cônjuge; tem um ancestral; a afinidade deriva do casamento Como se conta e como se estabelece o parentesco? Em linha reta: ascendente (pai, avô, bisavô, tataravô), descendente (filho, neto, bisneto, tataraneto) Linha colateral: até o 4º grau. Não estão na linha ascendentes e descendente; começa sempre a partir do 2º grau Grau: distância entre uma geração a outra Linha: vinculação da pessoa ao tronco ancestral Conta-se os grau até 1º ancestral comum casados João x Maria casados A filhos B C F x filhos y W João x - cons, l.reta, 2º grau XW – cons, colateral, 4º grau B C – cons, colaterais, 2º grau XY – cons, colateral, 2º grau A F – afinidade, colateral,2º grau João W – cons, reta, 2º grau Maria W – cons, l reta, 2º grau CY – cons, colateral, 3º grau Maria F – afinidade, reta, 1º grau B F – cons, colateral, 2º grau Súmula 377 STF – na separação legal de bens comunicam-se os adquiridos no casamento IMPEDIMENTOS: É nulo o casamento contraído com infringência de impedimento – art. 1548 União estável não é impedimento Causas Suspensivas – não devem casar: O viúvo ou viúva que tiverem filho do cônjuge falecido enquanto não for feito inventário e der partilha aos herdeiros A viúva ou mulher cujo casamento se desfez por ato nulo ou anulável, até 10 meses (filho – dar luz) depois do começo da viuvez ou da dissolução da sociedade conjugal O divorciado enquanto não tiver sido homologada ou decidida a partilha de bens O tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas Art. 1522 – os impedimentos podem er opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz DA CELEBRAÇÃO Atos essenciais a celebração: Presença simultânea dos contraentes ou de procurador com poderes especiais – art. 1542: O casamento pode ser celebrado por meio de procuração com poderes especiais (específico para casar), sendo que pode ser, inclusive, celebrado sem que os dois contraentes estejam presentes Declaração de que desejam casar-se – art. 1535: De acordo com a vontade de ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados Se morrer antes de assinar está casado Presença da autoridade competente: A autoridade competente é o juiz de paz, que é designado pelo Diretor do Foro da Comarca Casamento nuncupativo ou in extremis – art. 1540: pessoa está prestes a morrer, junta 6 testemunhas que não tenham parentesco em linha reta ou na colateral, até o 2º grau Casamento por procuração – art. 1542: poderes específicos para casar Casamento perante autoridade diplomática ou consular – art. 18,§2º LINDB: tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascidos no país da sede do Consulado; é indispensável a assistência de advogado Casamento Civil e Religioso: Art. 226 §2º CF – o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei Art. 1515 CC – o casamento religioso que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeito a partir da data de sua celebração Art. 1516, §1º Casamento religioso precedido de habilitação civil: o registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de 90 dias de sua realização; após este prazo dependerá de nova habilitação Art. 1516 §2º Casamento religioso não procedido de habilitação civil: o casamento religioso celebrado sem as formalidades exigidas, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1532 (90 dias a contar da data em que foi extraído o certificado) Efeitos jurídicos: Art. 1515 CC – o casamento religioso que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração PROVA DO CASAMENTO Provas diretas: Específicos: Casamento celebrado no Brasil – Art. 1543 CC: o casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro Casamento celebrado noexterior – Art. 1544 CC: o casamento de brasileiro celebrado no estrangeiro, perante as autoridades ou cônsules brasileiros, deverá ser registrado em 180 dias, a contar da volta de 1 ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou caso não haja, no 1º Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir. Supletórias: Art. 1543, § único CC: justificada a falta ou ausência de registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova, como certidão de proclamas, passaporte, documentos, etc Provas indiretas: Posse do estado de casados – Art. 1545 CC: o casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento. O JUIZ DE PAZ É NOMEADO PELO DIRETOR DO FORO DE REGISTROS PÚBLICOS, QUANDO NÃO HOUVER, SERÁ NOMEADO PELO DIRETOR DO FORO DA COMARCA.
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