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Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 20 RECURSOS TERAPÊUTICOS ELETROTERÁPICOS A eletroterapia é o uso da corrente elétrica de baixa e média frequência para fins terapêuticos. Na eletroterapia as correntes aplicadas pelos seus geradores são somente de baixa frequência (0 à 200 Hz) e média frequência (acima de 200 Hz à 10.000 Hz), porém no mercado atual se trabalha com correntes de 1000 Hz à 5000 Hz. A corrente elétrica interage bem com tecidos vascularizados e irá gerar um fluxo de partículas carregadas dentro dos tecidos onde a corrente será aplicada, e causar efeitos fisiológicos no tecido alvo. Essa movimentação de íons, elétrons e moléculas são determinadas pelo parâmetro, que podem agir inibindo ou excitando as células, a fim de normalizar sua função. Ou seja, o ajuste dos parâmetros que irá determinar a finalidade terapêutica. As correntes elétricas de baixa e média frequência são indicadas para os seguintes efeitos terapêuticos: Auxiliar na redução de edema; Controle da dor (aguda, crônica ou persistente); Estimular Cicatrização tecidual (fechamento de feridas, úlceras de decúbito e venosas); Iontoforese (facilitar a entrada de fármacos no tecido, para que isso aconteça, o fármaco deve possuir a mesma polaridade do eletrodo – princípio de repulsão de cargas); Estimular a contração muscular seja para manter o trofismo do músculo, ou estimular o ganho de força muscular; Manutenção da ADM Treinamento funcional. Lembre-se: Para cada uma dessas indicações existe uma corrente que é melhor e um conjunto de parâmetros que é mais adequado. Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 21 Efeitos da corrente elétrica O gerador de corrente (aparelho de eletroterapia) é ligado a cabos que se conectam a eletrodos, um eletrodo funciona como um pólo positivo (anodo – atrai ânions) e o outro funciona como um pólo negativo (catodo – atrai cátions). O campo elétrico gerado pela corrente elétrica tem efeitos mais superficiais, e induzem a dois tipos de efeitos nos tecidos, ambos utilizados para o tratamento. 1. Efeitos eletroquímicos: quando há a movimentação de íons no tecido acumula íons positivos debaixo do pólo negativo (induz a uma reação básica que forma NaOH) e íons negativos debaixo do pólo positivo (forma HCl) levando à uma alteração do pH tecidual. Alguns tipos de correntes induzem a um movimento de íons alternado (fluxo de elétrons bidirecional) formando as substâncias NaOH e HCl mas, elas não se acumulam por causa da inversão de polaridade da corrente, e pelo fato do próprio organismo reagir para manter o pH. O organismo reage com aumento do fluxo sanguíneo não deixando causar efeitos lesivos no tecido. No entanto, há correntes em que a polaridade é fixa (fluxo de elétrons unidirecional), ocorrendo acúmulo de ácido clorídrico (HCl) abaixo do pólo positivo, e de soda cáustica (NaOH) abaixo do pólo negativo. Dependendo do tempo de aplicação da corrente e dos seus parâmetros pode induzir a uma queimadura, por substância química. 2. Efeitos eletrofísicos: o campo elétrico gerado na superfície cutânea induz a movimentos de íons, moléculas e proteínas, sendo isso suficiente para despolarizar nervos periféricos. Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 22 Técnicas de colocação dos eletrodos Os eletrodos são um meio de transferência da corrente elétrica para o tecido. Existem os eletrodos de superfície, que são: borracha com carbono e de metal, e os intracavitários, para tratar disfunções miccionais e incontinência fecal. É necessário um meio acoplador (gel a base de água) para facilitar a condução da corrente elétrica para o tecido. Quando esses eletrodos são colocados na superfície cutânea estamos realizando a estimulação elétrica transcutânea que é conhecida internacionalmente pela sigla TENS. Existem duas técnicas de colocação do eletrodo, bipolar ou monopolar, que são definidas de acordo com o objetivo da intervenção e da localização do tecido alvo. 1. Técnica bipolar: quando ambos os eletrodos se localizam na área de tratamento. Os eletrodos devem ser do mesmo tamanho e devem ser colocados com uma distância de 1 ou no máximo 2x o tamanho do eletrodo, a fim de atingir tecidos mais profundos. 2. Técnica monopolar: quando os eletrodos são colocados distantes um do outro. Nesta técnica um eletrodo é chamado de ativo, e está localizado na área alvo do tratamento, e o outro, chamado de passivo ou dispersivo, é colocado em uma área distante e vascularizada, da área alvo. O tamanho do eletrodo ativo deve corresponder à área de tratamento, já o eletrodo passivo deve possuir o dobro do tamanho do eletrodo ativo. Contra-indicações das correntes: Na área pré-cordial (região do coração e marca-passo cardíaco) porque o coração é um tecido muito excitável e a eletroterapia pode alterar tanto o funcionamento cardíaco quanto o marca-passo. Região anterior do pescoço porque há muitos receptores importantes neste local como os da PA, causando alterações na PA como queda ou elevação abrupta. Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 23 Áreas onde exista a presença de trombose arterial ou venosa porque a corrente elétrica estimula o fluxo sanguíneo podendo deslocar esse trombo e causar uma embolia. Região abdominal em mulheres grávidas porque a região do útero gravídico é rica em líquido e íons que se estimulado, principalmente nos três primeiros meses de formação, pode alterar a formação do feto. Indivíduos com suspeita ou certeza de tumor não se aplica nenhum recurso terapêutico para evitar estimular o desenvolvimento do mesmo. No entanto, em indivíduos com estágio avançado de câncer usa-se a estimulação elétrica para controle da dor. Áreas de irritação da pele ou de feridas abertas podendo usar o eletrodo sobre a ferida quando for para fechar a mesma, do contrário a pele tem que estar integra porque a pele funciona como uma barreira para a corrente elétrica e numa ferida aberta é bem mais fácil induzir o movimento iônico podendo aumentar pela concentração de íons o tamanho da ferida. Precauções: Pacientes com doenças cardíacas, hipertensos, em uso de anti-hipertensivos, porque a eletroterapia estimula também nervos que fazem parte do sistema nervoso autônomo podendo alterar no controle da PA. Nesses casos, antes, durante e depois da aplicação da eletroterapia é necessário monitorar a pressão do paciente. Indivíduos com deficiência mental, pois eles podem ter uma reação inesperada. Regiões com alteração de sensibilidade, principalmente em relação à sensação de dor. Áreas com grande depósito de tecido adiposo, pois a estimulação não atinge tecidos mais profundos por causa da barreira que o tecido adiposo promove, sendo necessário o aumento da dose. O aumento da dose implica no desconforto da aplicação do recurso, e a dor inibi a contração muscular. Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 24 TERMINOLOGIA EM ELETROTERAPIA Tipos de estimulação elétrica: Estimulação elétrica: uso da corrente elétrica para tratamento de lesões em tecidos não excitáveis, como: tendão, ligamento, osso. Estimulação elétrica neuromuscular: ação de estímulos elétricos terapêuticos aplicados sobre o muscular através do seu sistema nervoso periférico íntegro. Estimulação elétrica muscular: uso da eletroterapia para produzir contração em músculos com comprometimento parcial ou total da inervação. Corrente elétrica Uma corrente elétrica éuma sequência de pulsos elétricos. Um pulso elétrico pode ser representado por uma onda onde a altura é chamada de amplitude, e a duração dessa onda é chamada de duração de pulso. Estes parâmetros (amplitude e duração de pulso), são determinantes da dose (intensidade). Limiares O primeiro parâmetro a ser definido depois de avaliar o paciente e determinar a indicação terapêutica é o limiar da estimulação. Na eletroterapia há quatro níveis de estimulação elétrica que são determinados de acordo com a amplitude da corrente e da duração do pulso da corrente sendo o produto entre os mesmos. Limiar da estimulação = amplitude da corrente x duração do pulso da corrente Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 25 1. Limiar Subsensitivo: produz uma dose suficiente para despolarizar membrana celular, não atingindo limiar da fibra nervosa, portanto o indivíduo não sente nada. Este limiar tem a finalidade de tratar sinais e sintomas inflamatórios, exceto dor. E estimula a fase proliferativa (formação do tecido de granulação, angiogênese e fibroplasia). 2. Limiar Sensorial: gera dose o suficiente para despolarizar as fibras sensoriais e autonômicas, portanto o indivíduo relata parestesia. Não possui carga o suficiente para despolarizar fibra motora. Muito indicado para controle da dor (Teoria das comportas- liberação de encefalina) e todos os outros benefícios do limiar subsensitivo. 3. Limiar Sub motor: produz dose o suficiente para despolarizar fibras motoras, portanto o indivíduo relata parestesia, e é visível a contração muscular. Indicado para modulação da dor (Castel nível II- liberação de serotonina), e produz contrações leves, não sustentadas e ritmadas gerando manutenção de ADM. 4. Limiar Supra motor: produz dose o suficiente para despolarizar fibras motoras, portanto o indivíduo relata parestesia, e é visível a contração muscular. Produz contrações tetânicas, sustentadas e fortes , portanto é melhor indicada para fortalecimento muscular. 5. Limiar Nocivo: gera uma dose com a duração de pulso maior que 1 segundo e uma amplitude suficiente para uma resposta sensorial ou motora associada. O indivíduo relata uma sensação de desconforto extremo sendo indicada para modulação de dores de alta intensidade por liberar opióides endógenos (Castel nível III). Principais parâmetros eletroterápicos Para cada tipo de estimulação seja elétrica, neuromuscular ou muscular, existe uma combinação de parâmetros. Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 26 Amplitude (mA ou mV): relacionada a altura do pulso. Duração de pulso (µs ou ms): tempo que o pulso leva para sair da sua amplitude mínima, atingir a amplitude máxima e retornar ao valor mínimo do mesmo. Frequência (pps ou Hz): número de pulsos por segundo. Taxa Rise (s): tempo que o pulso leva para alcançar sua amplitude máxima. Taxa Decay (s): tempo que o pulso leva para chegar ao seu valor mínimo. Tempo ON (s): período em que se visualizada a contração muscular. Tempo OFF (s): período onde não há contração muscular, período de repouso. Rampa de subida (s): tempo que uma sequência de pulsos leva para chegar ao seu valor máximo. Rampa de descida (s): tempo que a sequência de pulsos leva para chegar ao seu valor mínimo (zero). Tempo do tratamento. São moduladas: Amplitude, Duração de pulso e Frequência para não gerar acomodação. No mercado essas modulações são encontradas como: BURST: modulação em trens de pulso. VIF ou IFM em inglês que significa: variação de intensidade e frequência: altera amplitude e frequência do pulso. Obs.: Os parâmetros rise e decay, tempo ON e OFF, rampa de subida e rampa de descida são exclusivamente modulados, quando o objetivo for alcançar o limiar motor para fortalecimento muscular, contração muscular e treinamento funcional, nos demais objetivos estes parâmetros são zerados. Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 27 CLASSIFICAÇÃO DAS CORRENTES A corrente pode ser classificada quanto ao seu fluxo de elétrons: Unidirecional: fluxo de elétrons ocorre somente em uma única direção, pois há definição dos polos dos eletrodos. Esta corrente possui um predomínio do efeito eletroquímico. Bidirecional: fluxo de elétrons ocorre em duas direções, pois não possui definição dos polos dos eletrodos. Esta corrente possui um predomínio do efeito eletrofísico. Características do pulso elétrico O pulso pode ser classificado quanto a sua fase: Monofásico: É assim classificada uma corrente que possui uma única fase, e possui forte efeito eletroquímico. Bifásico: É assim classificada uma corrente que possui duas fases. O pulso pode ser classificado quanto a sua forma, que o torna mais agressivo e mais excitável ou menos agressivo e menos excitável: Retangular Triangular Sinusoidal: menos desconfortável Pontiaguda: mais agressiva . Os pulsos bifásicos podem ser classificados quanto a possuírem a mesma forma em ambas as fases ou não, que são: Quanto mais debilitado for o músculo, mais agressiva tem que ser a corrente para que ocorra uma estimulação satisfatória Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 28 Simétrico Assimétrico Os pulsos bifásicos podem ser classificados quanto a possuírem a mesma área em ambas as fases ou não, que são: Equilibrada Desequilibrado TIPOS DE CORRENTE TERAPÊUTICAS Corrente direta ou contínua: É um fluxo unidirecional e contínuo de partículas carregadas com duração de pulso de pelo menos um segundo. Os parâmetros manipuláveis dessa corrente são a amplitude e duração de pulso. Suas principais indicações são: Iontoforese, tratamento de estrias, cicatrização de feridas e contração muscular de músculos denervados. Classificada como corrente de baixa frequência (0-200 Hz). Exemplos de correntes contínuas: Galvânica, ultra excitante. Por se tratar de uma corrente contínua, e possuir um alto poder para causar lesões químicas, existem três modulações para minimizar esses efeitos: 1. Corrente direta interrompida: pode ser chama de ultra excitante ou galvânica pulsada, onde de 1 em 1 segundo o pulso é interrompido. Quando a corrente se interrompe o organismo agi para melhorar o pH tecidual. 2. Corrente direta reversa: de 1 em 1 segundo os polos se revertem, portanto os íons acumulados são dispersados minimizando a formação de HCl e NaOH e, por consequência o efeito no pH. Esse modo é utilizado para contração muscular e cicatrização de feridas. Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 29 3. Corrente rampeada: a ascensão do pulso deixa de ser abruta (desconfortável) passando a ter uma ascensão mais suave o que implica em uma sensação mais confortável para o indivíduo. Para que não haja risco de lesão a amplitude máxima deve ser calculada, caso a aplicação dessa corrente seja monopolar. Densidade = amplitude (mA) ÷ Área do eletrodo (cm2) A amplitude máxima para um eletrodo para um polo positivo é de 1,0 mA/ cm² e para um polo negativo é de 0,5 mA/ cm². Corrente alternada: Seu fluxo é bidirecional e contínuo (todos os pulsos são unidos, não há espaço entre eles) de partículas carregadas no qual a mudança na direção do fluxo ocorre pelo menos uma vez a cada segundo. Os parâmetros manipuláveis dessa corrente são a amplitude, duração de pulso e taxa rise e decay, sendo os dois últimos parâmetros normalmente fixos na maioria dos aparelhos. Suas principais indicações são: contração musculare controle da dor. Classificada como corrente de média frequência (1000 Hz- 5000 Hz). Exemplos de correntes alternadas: Interferencial, Russa, Aussie. Nesse tipo de corrente os efeitos eletroquímicos são quase nulos, a ocorrência ou não desses efeitos vai depender se esses pulsos são equilibrados (menor efeito eletroquímico) ou desequilibrados (maior efeito eletroquímico). Corrente Pulsada: Caracteriza-se por um breve fluxo unidirecional ou bidirecional de íons ou elétrons separados por um breve período (microssegundos) no qual não há nenhum fluxo elétrico. Os parâmetros manipuláveis são a duração de fase (monofásica)/pulso Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 30 (bifásica), amplitude, frequência, tempo on e tempo off. Suas principais indicações são: contração muscular e controle da dor. Classificada como corrente de baixa frenqência (0 – 200 Hz). Exemplos de correntes pulsadas: Farádica (pulsada unidirecional), Diadinâmica (pulsada unidirecional), Tens (pulsada bidirecional), Fes (pulsada bidirecional), High Volt (pulsada unidirecional). Na corrente pulsada, existem parâmetros que podem ser modulados para evitar acomodação, que são: BURST VIF Rampa de subida e descida Amplitude Duração de pulso Frequência Recursos Terapêuticos Eletroterápicos Capítulo II 31 Cálculo do tempo para estimular um músculo – EXEMPLO Tempo ON = 10 s; Tempo OFF = 30 s; Intervalo entre cada série = 60 s; Número de contrações = 10; Número de Séries = 3. Cada ciclo de contração muscular (tempos ON + OFF) durará 40s. Deve-se determinar quantas contrações o indivíduo terá que fazer e multiplicar pelo valor do ciclo: 40 s x 10 contrações = 400 s Determinar quantas séries serão feitas: 400 s x 3 séries = 1200 s Estipular intervalo de descanso entre as séries (2 intervalos), sendo que nos aparelhos não há tempo de descanso, portanto a interrupção deve ser feita manualmente. 1200 s + (2 x 60 s) = 1320 s Transformando em minutos: 1320 s / 60 s = 22 min. Obs.: Quanto mais fraca for a musculatura a ser estimulada, mais tempo será gasto para fazer um tratamento com eletroterapia. Porque o tempo OFF e os intervalos entre as séries deverão que ser maiores. Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 32 TIPOS DE CORRENTES X OBJETIVOS TERAPÊUTICOS Para que seja feita a escolha da corrente, deve-se pensar no objetivo da intervenção e a partir do objetivo definido, escolher a corrente elétrica que tem as características que irão causar os efeitos fisiológicos desejados. Sendo que a eletroterapia é indicada para: Alivio de dor; Estimular a contração muscular (treinamento funcional, fortalecimento muscular, auxiliar no retorno venoso, manutenção de trofismo num músculo denervado ou que tenha dificuldade de contrair ativamente); Cicatrização de feridas; Redução de edema; Iontoforese. Corrente Galvânica Trata-se de uma corrente contínua de intensidade constante e frequência = 0, ou seja, tem ação superficial. É uma corrente polarizada de intenso efeito eletroquímico, com intensidade constante, tendo facilidade para ocorrer a acomodação. A forma de onda dessa corrente é um pulso retangular, onde a duração de pulso será seu tempo de aplicação. Indicações: 1. Iontoforese (principal indicação) – usar o limiar subsensitivo ou sentitivo para este objetivo. É um processo que usa da ação da corrente direta contínua para favorecer a penetração de íons no tecido, através do princípio de repulsão de cargas elétricas. Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 33 O eletrodo que recebe o íon é chamado eletrodo ativo e o eletrodo que fecha o circuito elétrico é chamado de eletrodo dispersivo ou passivo. Na maioria das vezes a iontoforese utiliza de técnicas de colocação de eletrodos monopolar. A eficácia da iontoforese como técnica de tratamento depende: do número de íons que são transferidos (quanto mais íons transferidos melhor), da concentração de íons na solução e da profundidade de penetração da droga no tecido (isso depende da espessura da pele, presença ou não de tecido adiposo, profundidade da estrutura alvo). Parâmetros Amplitude: 1 a 4 mA no limiar sensorial. Tempo de aplicação: de 20 a 40 min. Dose: 40 a 80 mAmin Deve- se calcular a amplitude máxima do eletrodo ativo Densidade = amplitude (mA) ÷ Área do eletrodo (cm2) A amplitude máxima para um eletrodo para um polo positivo é de 1,0 mA/ cm² e para um polo negativo é de 0,5 mA/ cm². Modulações podem ser feitas para diminuir o efeitos eletroquímico, como: corrente galvânica interrompida, corrente galvânica reversa, ou a corrente galvânica rampeada. Aplicações específicas: para tratamento de sinais inflamatórios principalmente em artrites, bursites e tendinites; alivio de dor; auxiliar a reabsorção de edema; ulceras isquêmicas; tratamento de problemas fúngicos da pele. 2. Tratamento de estrias – usar o limiar nocivo para este objetivo. Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 34 Corrente Galvânica Pulsada ou Ultra excitante: Ela se originou de uma corrente direta interrompida passando a ter características de uma corrente pulsada. É uma corrente contínua modulada (pulsada), com pulsos quadráticos. Essa corrente em relação à galvânica tem menores efeitos eletroquímicos, promove efeitos em tecidos mais profundos (F = 142 Hz), e promove uma menor acomodação porque é pulsada. Indicações: Promover contração muscular em músculo denervado. Parâmetros: Amplitude: deve atingir o limiar motor. Duração de pulso: 2 ms (Fixo no aparelho) Repouso: 5 ms (Fixo no aparelho) Frequência: 142 Hz (Fixo no aparelho) O número de contrações vai ser decidido de acordo com o objetivo da intervenção. Pode utilizar tanto a técnica monopolar quanto bipolar, isto vai ser determinado pelo tamanho da área que irá receber o estímulo. Correntes Diadinâmicas ou C. de Bernard É um conjunto de correntes polarizadas que tem pulsos em forma de senoide (mais confortáveis), com freqüência que varia de 50 a 100Hz, que tem uma duração de pulso de 10 ms, e o repouso pode ser de 0 (c. diadinâmica contínua – um pulso junto do outro) ou 10 s (c. diadinâmicas pulsadas – pulsos separados). São cinco correntes diadinâmicas: Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 35 1. Corrente diadinâmica difásica: é uma corrente que rebate uma fase ficando com as duas fases da antiga corrente alternada no mesmo pólo (contínua). Tem frequência de 100Hz, duração de pulso de 10 ms e pulsos contínuos. 2. Corrente diadinâmica monofásica: é a corrente que exclui uma fase ficando pulsada. Com frequência de 50 Hz, duração de pulso de 10 ms e repouso entre os pulsos de também 10 ms. 3. Corrente de curtos períodos: é uma combinação das correntes difásica e monofásica onde há um trem de pulso de monofásica fluindo por um segundo seguido por um trem de pulso de difásica fluindo por um segundo. A vantagem é diminuir a acomodação porque varia a frequência de um em um segundo. Primeiro segundo de 50 Hz e outro de 100Hz. 4. Corrente de longos períodos: uma alternância de monofásica e difásica sendo que, por 5 segundos as duas correntes combinam entre si (amplitudes variadas) seguida por 10 segundos de corrente monofásica. Variando intensidade (amplitude) e frequência da corrente (VIF). A vantagem novamente é evitar acomodação.5. Corrente ritmo sincopado: é composta por um segundo de corrente monofásica seguida por um segundo de repouso, numa frequência de 50 Hz. Essa é a mais indicada das correntes diadinâmicas para realizar contração muscular. Efeitos fisiológicos: Aumentar o limiar de dor. Promover uma importante e intensa vasodilatação pelo seu efeito eletroquímico. Ativação da circulação em função da vasodilatação. Indicações: Redução de edema (principal indicação). Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 36 Contração muscular. Modulação de dor. Edema: O maior papel das correntes diadinâmicas é auxiliar na redução do edema, porque auxilia no fluxo de proteínas para o sistema linfático através da alteração da permeabilidade da membrana, reduzindo a quantidade de líquido que estava no interstício. O efeito é imediato. Parâmetros: Para redução de edema a melhor combinação são as correntes: monofásica, difásica e por fim curtos períodos numa mesma aplicação. Cada uma dessas correntes devem ser aplicadas por pelo menos 3 min. e no máximo 6 min. Não excedendo o tempo de aplicação de 18 min Os eletrodos devem ser colocados na área do edema e o limiar deve ser o sensorial. Normalmente a técnica é bipolar margeando a área edemaciada, no entanto pode-se usar a técnica monopolar com o eletrodo ativo positivo na área alvo, porque ele tem o potencial de repelir as proteínas criando esse fluxo para dentro do sistema linfático. Tem que calcular a amplitude máxima para não causar lesão química. Para utilizar esta corrente o ideal é aplicar os eletrodos de metal porque o eletrodo de borracha siliconada tem que ter muito mais carbono que os normais e a sua vida útil é menor, porque cada vez que a corrente passava gera um processo de oxirredução no eletrodo. Lembrando que o meio de condução do eletrodo de metal é uma esponja embebida em água. Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 37 Corrente pulsada de alta voltagem ou High Volt Essa corrente surgiu com o objetivo de minimizar os efeitos das correntes polarizadas. Ela é uma corrente polarizada só que com duração de pulso muito pequenina induzindo a efeitos eletroquímicos muito menores quando comparados aos das outras correntes polarizadas (principalmente à corrente diadinâmica). Não necessitando fazer os cálculos de amplitude máxima. É uma corrente pulsada, unidirecinal, de baixa freqüência (0 a 200 Hz) com dois picos gêmeos de curta duração de pulso (5 a 20 µs) e com amplitude de 2000 a 2500 mA (para compensar a pequena duração de pulso). A forma de onda dessa corrente é um pulso de ascensão abrupta (pontiagudo) com uma descida mais leve (isso se repete em ambos os pulsos). Indicações: Redução do edema, principalmente edemas de caráter mais agudo. Cicatrização de feridas, principalmente crônicas (principal indicação). Pode ser utilizada para se fazer estimulação elétrica neuromuscular, mas não é muito indicada para grandes grupos musculares por causa da pequena duração de pulso; Cicatrização de feridas: Deve-se que avaliar essa ferida verificando se há objeto, secreção que precisam ser retiros da região. Em casos de feridas que estejam infectadas esta corrente pode ser aplicada. A corrente elétrica quando é feita uma aplicação monopolar com eletrodo negativo colocado sobre a ferida produz um efeito bactericida, podendo ser utilizada como coadjuvante para tratamento de uma infecção bacteriana. Parâmetros: Amplitude: deve-se alcançar o limiar sensorial Duração de pulso: de 5 µs a 20 µs Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 38 Tempo de aplicação da corrente: de 30 min a 1 hora, em feridas grau 1, 2 ou 3 (feridas grau 4 não são tratadas com RTFs) A aplicação pode ser feita utilizando a técnica monopolar, onde coloca-se o eletrodo ativo sobre a ferida com o eletrodo envolvido em gase estéril embebida em solução salina (ou soro fisiológico). Mesmo a ferida não estando infectada recomenda-se que os primeiros 10 a 15 min. de tratamento sejam feitos com o polo negativo, depois na mesma sessão, inverte a polaridade colocando o eletrodo positivo sobre a ferida, pois ele tem o potencial de atrair fibroblastos, células endoteliais e epiteliais para formar a matriz cicatricial. Se não puder colocar o eletrodo sobre a ferida (normalmente quando a ferida é muito extensa) utiliza-se a técnica bipolar. Coloca-se os dois eletrodos (positivo e negativo) do mesmo tamanho margeando a ferida de forma que se crie um campo elétrico que passe por essa ferida gerando o efeito desejado. Recomenda- se que inverta a polaridade dos eletrodos se o tratamento for passar de 30 a 40 min. A resposta clinica satisfatória após esta aplicação é de uma ferida bem vermelha, pois a eletroterapia estimula fluxo sanguíneo. Corrente Farádica É uma corrente pulsada, bidirecional, assimétrica com pulsos exponenciais (pulsos de ascensão lenta), freqüência de 50 Hz e duração de pulso que varia 0,1 a 1 ms e repouso entre os pulsos de 19 ms. Efeitos fisiológicos: Esta corrente favorece trocas metabólicas adequadas nas membranas aumentando o metabolismo. Induz a vasodilatação. Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 39 Alta capacidade de despolarizas a fibra motora (produz contrações semelhantes às fisiológicas). Indicações: Indicada para a ativação e fortalecimento muscular (principal indicação). Eletrodiagnóstico. Corrente Russa ou Kots: É uma corrente alternada, simétrica, de média frequência ( 2.500 Hz), modulada em trens de pulso (BURST), chamada de frequência portadora, que permite a corrente ser confortável. Indicações: Contração muscular. Parâmetros: Frequência: Entre 30 a 80 Hz Duração de pulso: 200 a 700 ms Amplitude: Limiar motor BURST : 50 bursts/s Rampas (Rise e decay): de 1 a 3, ou 1 a 5 Tempos ON: mínimo de 10 s Tempo OFF: mínimo de 30 s Duração do tratamento: calcula de acordo com o número de séries e repetições a serem feitas. Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 40 Corrente Aussie: É uma corrente alternada, simétrica, de média frequência (1.000 a 2.200 Hz), modulada em trens de pulso somado ao intervalo, chamada de frequência moduladora, que permite a corrente ser confortável. Indicações: Contração muscular. Parâmetros: Frequência: Entre 30 a 80 Hz Duração de pulso: 200 a 700 ms Amplitude: Limiar motor BURST : 50 bursts/s Rampas (Rise e decay): de 1 a 3, ou 1 a 5 Tempos ON: mínimo de 10 s Tempo OFF: mínimo de 30 s Duração do tratamento: calcula de acordo com o número de séries e repetições a serem feitas. Corrente Interferencial ou Heterodínea É uma corrente de frequência média, que possui as duas modulações de frequência: portadora (4.000 Hz a 4.500 Hz) e moduladora (100 Hz a 500 Hz). Trata-se de uma corrente alternada, de pulsos senoidais, simétricos e desequilibrados. Indicações: Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 41 Contração muscular do assoalho pélvico. Modulação da dor. Parâmetros: Essa corrente pode induzir a efeitos sensoriais e motores. Efeitos sensoriais: teoria das comportas gerando efeitos analgésicos imediatos e de curta duração (liberação de encefalina); com amplitudes de 1 a 4 mA. Efeitos motores: provocam contrações musculares só que numa frequência de 100Hz com amplitudede 4 a 8 mA e sem tem tempo ON e OFF podendo ser utilizada para: Estimular contrações do assoalho pélvico do ponto de vista proprioceptivo; Auxiliar na redução de edema, através da facilitação do retorno venoso (bomba tibiotársica). Corrente FES É uma corrente alternada, com fluxo bidirecional com caráter pulsado em pulsos exponenciais, de baixa frequência (0 a 200 Hz). Indicações: Contração muscular. Parâmetros: Frequência: Entre 30 a 80 Hz Duração de pulso: 200 a 700 ms Amplitude: Limiar motor BURST : 50 bursts/s Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 42 Rampas (Rise e decay): de 1 a 3, ou 1 a 5 Tempos ON: mínimo de 10 s Tempo OFF: mínimo de 30 s Duração do tratamento: calcula de acordo com o número de séries e repetições a serem feitas. Corrente TENS: É uma corrente bidirecional, pulsada, de baixa frequência (0-200 Hz) com pulsos retangulares, ou exponenciais, assimétricos. O mesmo aparelho que gera a corrente TENS gera o FES porque essas duas correntes são idênticas inclusive na sua forma da onda. Entretanto, como o FES está voltado para estimulação elétrica neuromuscular existe regulação de tempos ON e OFF, rampas de subida e de descida, já no TENS esses parâmetros não são necessários porque seu principal efeito é a analgesia. Indicações: Modulação de dor. Variáveis: Para o TENS existem duas variáveis a serem manipuladas, que são frequência e duração de pulso. Frequência: para o TENS varia de 0 a 200 Hz, sendo que ela pode ser classificada em: - Frequência baixa: abaixo de 10 Hz - Frequência alta: de 10 a 200 Hz Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 43 Essas variáveis são combinadas com a duração de pulso também classificadas em: - Duração de pulso baixa: de 80 a 150 µs - Duração de pulso alta: 150 a 600 µs, podendo chegar a 1 seg. Parâmetros: Analgesia em curto prazo (libera encefalina) - Frequência: 0 - 200 Hz - Duração de pulso: 80 – 150 µs - Limiar: Sensorial - Tempo de tratamento: mínimo de 15 min Analgesia em médio prazo (libera serotonina) - Frequência: 0 – 10 Hz - Duração de pulso: 150 – 300 µs - Limiar: Motor - Tempo de tratamento: mínimo de 20 min Analgesia em longo prazo (libera opióides endógenos) - Frequência: 1 - 4 Hz - Duração de pulso: > 1 seg - Limiar: Nocivo Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 44 - Tempo de tratamento: máximo 20 min Colocação dos eletrodos: Os eletrodos devem ser colocados nas seguintes regiões: Preferencialmente na região dolorosa; Próximo à área de dor; No dérmatomo relacionado à dor; No trajeto da dor podendo ser até numa área que tenha uma relação psicológica com a dor. Técnicas de colocação para uso do TENS: Unilateral: colocação dos eletrodos em um dos lados da região a ser tratada. Ex.: coluna, articulações e músculos. Bilateral: os eletrodos são colocados em ambos os lados da região a ser tratada. Proximal: os eletrodos são colocados acima do nível da lesão. Ex.: nervos periféricos, lesões medulares e dor de membro fantasma. Linear: envolve a colocação dos eletrodos de forma proximal e distal à região lesada, assim como em pontos gatilho ou raízes nervosas relacionadas à dor. Cruzada: ocorre quando a estimulação com dois canais cruza a área de dor, concentrando a estimulação sobre a área dolorosa. A quantidade de eletrodos e o tamanho dos mesmos são relacionados com a intensidade da dor, ou seja, quanto maior a dor mais receptores eu tenho que estimular para competir. No mercado há algumas formas predeterminadas de se combinar esses parâmetros já citados baseadas nos limiares de excitação com o TENS: Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 45 No limiar sensorial: TENS convencional: É o TENS aplicado no limiar sensorial com frequência de 50 a 100 pps (alta) e duração de pulso de 20 a 80 µs (baixa) resultando em efeitos analgésicos imediatos ou após 20 minutos. Sua duração é de 30 minutos à 2 horas dependendo da combinação utilizada entre estes parâmetros. Esse TENS é indicado em casos de dor aguda, controle de dor pós- incisão cirúrgica, analgesia durante o trabalho de parto. O grande problema dessa técnica é a acomodação necessitando da ativação de teclas de modulação para manutenção do efeito desejado. No limiar motor: É indicado para trabalhar principalmente com dores crônicas ou para modulação da dor quando se busca efeitos a longo prazo. A analgesia geralmente não é imediata, porém de longa duração. Ao trabalhar no limiar motor os eletrodos devem ser colocados no ventre muscular. TENS de baixa frequência: TENS que combina frequencia baixa (bem baixa) com duração de pulso alta no limiar motor. Usado principalmente para síndromes dolorosas crônicas com tempo de aplicação de pelo menos 30 minutos por sessão. TENS Breve e intensa: Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 46 Combina uma frequência alta com uma duração de pulso também alta. Através desta modulação consegue-se analgesia imediata de curta duração (um pouco maior do que o TENS convencional). A agressividade dessa modulação está na duração de pulso que torna este estimulo capaz de induzir a uma pequena liberação de serotonina e opióides endógenos. Essa estimulação dos níveis descendentes depende mais da duração de pulso do que da frequência, mas essa ainda é muito importante pelo desconforto que causa. Duração do tratamento de no máximo 15 minutos contínuos. É usada para debridamento de feridas, remoça de suturas e mobilização articular. Tens modulada por Burst: Burst é uma seqüência de pulsos interrompida por um período e seguida por outra seqüência. O TENS com Burst utiliza de uma modulação de baixa frequencia (2 Hz – a cada seg. passam dois trens de pulso) e dentro desse “pacote” coloca pulsos com frequencia mais alta. Isso promove uma estimulação relativamente confortável porque a frequencia dentro do pacote é alta (70 a 100 Hz), mas com trens de pulsos de baixa frequencia que induzem a liberação de serotonina e opioides endógenos. A vantagem do TENS modulado com Burst é reduzir a acomodação devido aos trens de pulso. A duração de pulso varia de 100 a 200 µs. Para liberar serotonina e opióides o tempo de aplicação precisa ser de 30 a 45 minutos. Entretanto, o efeito se inicia entre 10 e 30 minutos de aplicação. Quanto maior for a duração de pulso maior será o tempo de duração dos efeitos desta aplicação. TENS acupuntura: Apostila de Recursos Terapêuticos Físicos Capítulo II 47 Sua frequência é muito baixa resultando em uma sensação de agulhadas (fisgadas) durante a aplicação. Ele combina frequência baixa (1 a 4 Hz) com duração de pulso alta (150-250 µs) sendo uma das modalidades de TENS que consegue promover analgesia de maior duração. Sua intensidade é forte, no limite do suportável, com conseqüente analgesia entre 20 e 30 minutos até 1 hora (duração de 2 a 6 horas). É utilizado em pacientes com EVN alta (porque é muito desconfortável). TENS com VIF: Qualquer TENS em qualquer limiar que use da variação automática de frequencia e intensidade do pulso para minimizar a acomodação. Utilizado para aplicações prolongadas. - No limiar nocivo: O TENS no limiar nocivo difere dos outros principalmente pela alta duração de pulso sendo de pelo menos 1 seg., além disso, ainda combina com uma frequênciamuito baixa (1 a 5 pps). Esse TENS é chamado de nocivo porque apesar de não lesar o tecido a sensação é extremamente desconfortável. Pode ser utilizado no local da dor ou distante dela, e com ou sem contração muscular. Esse tipo de estimulação não está disponível em todos os aparelhos e são utilizados em pacientes terminais, com câncer, cólicas renais, e outros trabalhos em que o nível álgico de dor é extremamente intenso. A duração desse estímulo depende da intensidade da dor. O período de aplicação desse TENS é de no máximo 10 a 15 minutos porque tamanho é o desconforto que se passar disso o estímulo passa a ser lesivo estimulando as fibras de dor (A – delta).