Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - UNIVASF COLEGIADO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA: FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO PROFª. ANA ANGÉLICA SOUZA ALUNO: ROMERO MENDES RODRIGUES - 3º PERÍODO (BACHARELADO) ATIVIDADE DE REVISÃO (PROVA II) ● Músculo em exercício 1. Cite e descreva os fatores que contribuem para a geração de força pelo músculo esquelético. - Recrutamento de unidades motoras: depende do número e do tipo de unidades motoras ativadas. Quanto maior o número de unidades motoras maior é a geração de força. E as unidades motoras do tipo II geram mais força que as do tipo I. - Frequência de estimulação: uma única unidade motora pode exercer vários níveis de força, dependendo da frequência de sua estimulação. - Tamanho do músculo: quanto maior mais fibras ele possui, e assim, produz mais força. - Comprimento das fibras e dos sarcômeros: cada fibra tem um comprimento ideal com relação à sua capacidade de gerar força (quando ocorre a superposição ideal dos filamentos espessos e finos, melhorando assim a interação das pontes cruzadas). Velocidade de contração: durante as contrações concêntricas, o desenvolvimento da força máxima diminui progressivamente em velocidades mais altas. 2. Diferencie a contração concêntrica, excêntrica, isométrica, isocinética e auxotônica. Contração concêntrica - é o tipo de contração muscular no qual os músculos encurtam durante a geração de força. Contração excêntrica - ocorre quando o músculo alonga enquanto está sob tensão devido a uma força externa maior que a força gerada pelo músculo. Contração isométrica ocorre quando o músculo se contrai, produzindo força sem mudar seu comprimento. Contração isotônica caracteriza-se como uma contração em que as fibras musculares se encurtam ou alongam enquanto exercem uma força constante correspondente a uma carga ou resistência. Contração isocinética se dá por meio da utilização de um aparelho denominado “Dinamômetro Isocinético”, onde o indivíduo realiza um esforço muscular máximo ou submáximo que se acomoda à resistência do aparelho. 3. Quais são as características básicas que diferenciam as fibras musculares dos tipos I e II? - Tipo I são de contração lenta; - Tipo II são de contração rápida. 4. Explique como o treinamento e/ou o destreino pode promover pequenas diferenciações nas fibras musculares? O treinamento de força provoca transformação dentro de um determinado subtipo de fibra muscular sendo uma adaptação comum em função do tipo e também da duração do treinamento. Provavelmente a transformação das fibras musculares dá-se apenas de forma gradual dentre os subtipos de fibras e não diretamente de um tipo para outro. "Uma fibra do Tipo IIb não pode ser diretamente convertida em Tipo I , devendo antes ser convertida numa fibra Tipo IIa". Howley & Powers; 2000. O treinamento de força provoca modificações hipertróficas positivas nas fibras do Tipo I e do Tipo II, sendo que as fibras de características de contração rápida são mais beneficiadas. Fleck & Kraemer; 1988, Tesch; 1988. Segundo Pette; 1980, Rayment; 1993, Staron; 1989 in Howley & Powers; 1997; 2000, o treinamento de força e o treinamento de endurance acarretam a conversão das fibras rápidas em fibras mais lentas, ou seja quando o músculo é submetido a treinamento há uma transformação das fibras do Tipo IIb para o Tipo IIa, esta transformação é considerada uma transformação do tipo fibras rápidas para fibras lentas. 5. Diferencie a hipertrofia temporária e crônica. Na hipertrofia temporária, os músculos se expandem durante a prática dos exercícios, tendendo a recolher-se ao tamanho normal com o corpo em descanso. Hipertrofia crônica: o músculo se mantém expandidos mesmo depois de três dias (ou mais, em alguns casos) sem a prática do exercício em questão – isso acontece pois o corpo precisa se recuperar do estresse recebido, fazendo com que a fibra muscular aumente de tamanho para suportar uma nova carga. 6. Explique quais fatores podem contribuir com a fadiga neuromuscular? - Desidratação; - Diminuição dos estoques de glicose no sangue; - Falha na atuação de determinados neurotransmissores; - Alteração plasmática da concentração de aminoácidos de cadeia ramificada e triptofano; - Déficit energético, alteração na concentração de íons de Ca, alterações de pH e quantidade de lactato. ● Sistema Neuroendócrino 7. Quais hormônios estão envolvidos na regulação do metabolismo durante o exercício? Como eles influenciam a disponibilidade de carboidratos e gorduras para energia durante o exercício? Glucagon: Aumenta a glicose sanguínea. Aumenta a glicogenólise. Estimula a degradação de proteínas e gorduras. Adrenalina e Noradrenalina: Estimula a degradação de glicogênio e Estimula a lipólise; Cortisol: Controle do metabolismo de CHO, gordura e proteína. Estimula a gliconeogênese. Aumenta a mobilização de gordura. Reduz a utilização de glicose como combustível. Aumenta o catabolismo de proteínas. Insulina: Controla os níveis sanguíneos de glicose (reduzindo). Facilita o transporte de glicose para o interior da célula. Promove glicogênese. Aumenta a síntese de proteína e gordura. Hormônio do crescimento (GH): Desenvolvimento e crescimento dos tecidos do corpo. Aumenta a velocidade da síntese proteica. Aumenta a mobilização de gordura e o uso como fonte energética. Reduz a velocidade de uso de CHO. Hormônios da tireoide: Promove rápida captação de glicose. Aumenta a disponibilidade de AGL para a oxidação. 8. Com relação as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), é possível observar que com o passar das semanas de treinamento ocorre uma redução da liberação desses hormônios. Explique porque isso ocorre. Porque a redução da concentração no sangue diminui o estresse e ocorre a redução da frequência cardíaca. 9. Descreva como os hormônios contribuem para a regulação do equilíbrio dos líquidos corporais durante o exercício? Antidiurético (ADH): Controla a excreção de água pelos rins. Aldosterona: Aumento da reabsorção de sódio e excreção de potássio pelos rins. 10. Explique a tríade da mulher atleta. A Tríade da Atleta é uma síndrome importante que consiste de distúrbios alimentares, amenorreia e osteoporose. Os componentes da Tríade estão inter-relacionados na etiologia, na patogênese e nas consequências. ● Sistema Cardiovascular 11. Descreva os três mecanismos de regulação do volume sistólico? - Pré-Carga: retorno venoso; bomba muscular; bomba respiratória. - Contratilidade: Lei de Frank- Starling e Lei de Anrep. - Pós-Carga: resistência vascular periférica (RVP); viscosidade do fluido; cumprimento total do vaso e variação do calibre do vaso. 12. Descreva como a frequência cardíaca, o volume sistólico e o débito cardíaco respondem a maiores intensidades de trabalho, abordando como essas três variáveis se inter-relacionam. Frequência Cardíaca(FC): Número de vezes que o coração bate em uma unidade de tempo. Em repouso: 60-70 bpm. Em exercício: Aumento proporcional a intensidade do exercício. Volume Sistólico (VS): Volume de sangue bombeado a cada batimento. Em repouso: 60% ou 0,6(expresso em razão do VDF). Em exercício: 80%. Débito Cardíaco (Q): Volume de sangue bombeado por unidade de tempo: Q (L/min): VS (L) x FC (bat/min) Pode atingir 12 L/min em exercícios extremos. ● A frequência cardíaca, o volume sistólico e o débito cardíaco são diretamente proporcionais em relação à intensidade do exercício. 13. Explique quais alterações fisiológicas explicam o aumento da frequência cardíaca durante o exercício. Ocorre aumento: estimulação simpática; noradrenalina/adrenalina; permeabilidade da membrana ao Na+ e excitabilidade do nodo AV. Ocorre redução: propagação do potencial de ação para o nodo AV e tempo para atingir o potencial de ação. 14. Sob quais condições específicas ocorre redução do volume sistólico durante o exercício? Após atingir um pico em, aproximadamente, 50% do VO2 máximo. A partir daí, o volume sistólico tem uma leve queda em indivíduos destreinados. 15. Como a pressão arterial responde agudamente ao exercício dinâmico e resistido? Dinâmico: aumento do volume sistólico e diminuição da resistência vascular periférica. Observação: em resposta hipertensiva há aumento da RVP. Resistido: aumento da RVP e maior compressão vascular por maior recrutamento de massa muscular. ● Sistema Respiratório 16. De que modo à ventilação pulmonar responde a intensidades de exercício crescentes? Há uma tendência de estabilização do volume de ventilação (equilíbrio) nas intensidades leve e moderada, mas, o VV continua a aumentar na fase de exercício intenso. 17. O que é o princípio de Fick e como ele se aplica a relação existente entre metabolismo e função cardiovascular? A hematose ocorre no ácino respiratório, que de forma bem simplificada, consta da difusão do O2 e CO2 pela barreira alvéolo-capilar, em sentidos opostos. Essa hematose depende de alguns fatores que estão descritos pela Lei de Fick: “a quantidade de gás transferida através de uma barreira tecidual é proporcional a sua área, a uma constante de difusão e à diferença de pressão parcial, e é inversamente proporcional à espessura. A constante é proporcional à solubilidade do gás, mas inversamente proporcional à raiz quadrada de seu peso molecular.” Resumindo a difusão de um gás depende de quanto maior for a sua concentração, quanto maior for à área do alvéolo e do capilar, da espessura da parede avéolo-capilar e da velocidade de transferência desse gás (cada gás tem um índice de solubilidade), ou seja, quão mais fácil e rápido esse gás se difunde. 18. Defina os conceitos: dispneia, hiperventilação e manobra de Valsalva. Dispneia: Encurtamento da respiração. Ocorre pela incapacidade do organismo ajustar a respiração aos níveis sanguíneos de PCO2 eH+. Reflexo de mau condicionamento dos músculos respiratórios. Hiperventilação: Aumento da ventilação, excedendo a necessidade metabólica do exercício. Resulta na maior saída de CO2 e redução do pH. Manobra de Valsava é uma técnica respiratória que provoca: - Fechamento da glote; - Aumento da pressão intra-abdominal, por contração vigorosa do diafragma e músculos abdominais; - Aumento da pressão intratorácica, por contração vigorosa dos músculos respiratórios. 19. Explique o que é limiar ventilatório e como ele se relaciona com o limiar de lactato. Limiares ventilatórios são momentos durante o exercício progressivo onde é possível identificar a mudança de vias metabólicas predominantes de acordo com o incremento de cargas (~55 a 70% do VO2máx) • Intensidade próxima ao limiar ventilatório começa a surgir mais lactato; • Limiar ventilatório reflete uma resposta respiratória pelo aumento de dióxido de carbono. 20. Explique qual o papel desempenhado pelo sistema respiratório no equilíbrio acidobásico do sangue. Os principais mecanismos reguladores do equilíbrio ácido-base do organismo são os sistemas tampão, a regulação respiratória e a regulação renal. Esses mecanismos atuam em conjunto e, em circunstâncias normais, mantém inalterada a concentração de íons hidrogênio dos líquidos orgânicos, assegurando as condições ideais para a função celular. A alimentação e a atividade física produzem desvios do pH que são prontamente compensados, quando as funções respiratória e renal são adequadas.
Compartilhar