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Desenvolvimento embrionário: formação da placenta e embrião

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Biologia do desenvolvimento
 Trofoblasto: participa na formação da placenta; as células do pólo embrionário penetram na mucosa uterina; se diferencia em duas camadas: interna de células mononucleares, citotrofoblasto e externa multinucleada, sinciotrofoblasto (produz hormônio gonadotrofina coriônico hCG).
 Embrioblasto: formação do embrião; se dividem em duas camadas: hipoblasto (pequenas células cuboides adjacentes à cavidade blastocistica) e epiblasto (células colunares altas adjacentes à cavidade amniótica). Aparece uma pequena cavidade que aumenta formando a cavidade amniótica. As células do pólo embrionário, originadas do hipoblasto, formam uma membrana fina, chamada de membrana exocelômica (de Heuser) que está alinhada na superfície interna do citotrofoblasto, formando a cavidade exocelômica (vesícula vitelínica primitiva). O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e é continuo perifericamente com o âmnio. Ocorrem mudanças morfológicas no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar de células achatadas, o disco embrionário. O mesoderma extra embrionário (camada de tecido conjuntivo que circunda o âmnio e o saco vitelino) cresce a partir do citotrofoblasto.
 Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e o saco vitelino primitivo, surgem cavidades isoladas, as lacunas – no sincíciotrofoblasto. As lacunas logo se tornam preenchidas por uma mistura de sangue materno, proveniente dos capilares endometriais rompidos, e restos celulares das glândulas uterinas erodidas. O sangue materno nas lacunas contém HCG produzido pelo sincíciotrofoblasto. O fluído nos espaços lacunares passa por difusão ao disco embrionário e fornece material nutritivo para o embrião. A comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas estabelece a CIRCULAÇÃO UTEROPLACENTÁRIA PRIMITIVA. O sangue oxigenado das artérias endometriais passa para as lacunas e o sangue pobremente oxigenado é removido pelas veias endometriais.
 
No início da segunda semana, o blastocisto está alojado parcialmente no estroma endometrial. O trofoblasto se diferencia em uma camada interna, que prolifera ativamente, o citotrofoblasto; e em uma camada externa, o sinciciotrofoblasto, que invade os tecidos maternos. No nono dia, desenvolvem-se lacunas no sinciciotrofoblasto. Subsequentemente, os sinusoides maternos são erodidos pelo sinciciotrofoblasto, o sangue materno entra na rede lacunar e, por volta da segunda semana, começa uma circulação uteroplacentária primitiva. Enquanto isso, o citotrofoblasto forma colunas celulares que penetram e são cercadas pelo sincício, as vilosidades primárias. No final da segunda semana, o blastocisto está completamente alojado e seu orifício de entrada na mucosa está fechado.
Enquanto isso, a massa celular interna ou embrioblasto se diferencia em epiblasto e hipoblasto, formando, juntos, um disco bilaminar. As células epiblásticas originam os amnioblastos que recobrem a cavidade amniótica, superior à camada epiblástica. As células hipoblásticas são contínuas com a membrana exocelômica, e, juntas, elas recobrem a vesícula vitelínica primitiva. No final da segunda semana, o mesoderma extraembrionário preenche internamente o espaço entre o trofoblasto e o âmnio, bem como a membrana exocelômica. Quando se desenvolvem vacúolos nesse tecido, forma-se o celoma extraembrionário ou cavidade coriônica. O mesoderma extraembrionário que recobre o citotrofoblasto e o âmnio é o mesoderma extraembrionário somático; a cobertura que cerca a vesícula vitelínica é o mesoderma extraembrionário esplâncnico.
A segunda semana do desenvolvimento é conhecida como a “semana do dois”:
■O trofoblasto se diferencia em duas camadas: o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto
■O embrioblasto forma duas camadas: o epiblasto e o hipoblasto
■O mesoderma extraembrionário se divide em duas camadas: as camadas somática e esplâncnica
■Formam-se duas cavidades: a amniótica e a da vesícula vitelínica.
A implantação ocorre no final da primeira semana. As células trofoblásticas invadem o epitélio com a ajuda de enzimas proteolíticas. A implantação também pode ocorrer fora do útero, como na cavidade retouterina, no mesentério, na tuba uterina ou no ovário (gravidez ectópica). A gravidez ectópica tubária geralmente leva a ruptura da tuba uterina e hemorragia na cavidade abdominal durante as primeiras oito semanas, seguida de morte do embrião.
 
No pólo embrionário aparece uma região no mesoderma extra embrionário que constituirá o pedúnculo do embrião, que representa o futuro cordão umbilical.
O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias.
O córion é formado pelo mesoderma somático extraembrionário e pelo citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto.
No 14º dia ocorre o desenvolvimento da placa pré-cordal, que é um espessamento situado no hipoblasto, indicando a futura região cranial do embrião e o futuro sítio da boca.
Gastrulação
A gastrulação define o início da morfogênese, que é o período no qual o corpo começa a se desenvolver. Durante este processo ocorre a transformação do disco embrionário bilaminar, formado por epiblasto e hipoblasto, em um disco embrionário trilaminar, composto pelo ectoderma, mesoderma e endoderma. Cada uma destas três camadas germinativas dará origem a tecidos e órgãos específicos. As células do epiblasto darão origem a todas as três camadas germinativas. A gastrulação começa com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto. No embrião de 15 a 16 dias, ela é bem visualizada como um sulco estreito. A parte cefálica da linha, o nó primitivo (dá origem a linha), consiste em uma área levemente elevada que cerca a fosseta primitiva (nó primitivo). As células do epiblasto migram para a linha primitiva. Quando chegam à região da linha, elas adotam um formato de frasco, desprendem-se do epiblasto e deslizam para baixo dele (invaginação). Tanto o sulco primitivo quanto a fosseta primitiva são formados pela invaginação das células do epiblasto. Após a invaginação das células, algumas deslocam o hipoblasto, criando o endoderma embrionário, e outras ficam entre o epiblasto e o endoderma recém-criado, formando o mesoderma. As células que permanecem no epiblasto formam, então, o ectoderma. 
ECTODERMA EMBRIONÁRIO (EPIBLASTO/em cima): Origina a epiderme e anexos, sistema nervoso central e periférico, olhos, orelhas internas, nariz, glândulas mamárias, hipófise, glândulas subcutâneas e esmalte dos dentes, células das cristas neurais e muitos tecidos conjuntivos da cabeça.; 
MESODERMA INTRA-EMBRIONÁRIO (MEIO): Origina as camadas musculares lisas viscerais e todos os músculos esqueléticos; é fonte de células do sangue, da medula óssea e ao revestimento dos vasos sanguíneos; dá origem aos revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo; ductos e órgãos dos sistemas reprodutor e excretor e a maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, é fonte de todos os tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem, os ossos, os tendões, os ligamentos, a derme e o estroma dos órgãos internos.
ENDODERMA EMBRIONÁRIO (HIPOBLASTO/embaixo): Origina os revestimentos epiteliais dos tratos respiratórias e gastrointestinal parênquima das tonsilas, da tireóide e paratireóide, do timo, do fígado e do pâncreas, revestimento epitelial da bexiga e maior parte da uretra e revestimento epitelial da cavidade timpânica, antro do tímpano e tuba auditiva.
Linha primitiva → se alonga → adição de células extremidade caudal
Assim que a linha primitiva surge, é possível identificar o eixo cefálico-caudal do embrião, as extremidades cefálica e caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo.
A linha primitiva surge na extremidade caudal para o plano mediando do disco embrionário
Sulco primitivo e fosseta primitivo = invaginação de células epiblásticas
Células abandonam a face profunda do sulco primitivo e formam o mesenquima → tecido formado por células frouxamente arranjadassuspensas em matriz gelatinosa.
Mesenquima → Mesoderma embrionário
Céls. do epiblasto, nó primitivo e outras partes da linha primitiva → deslocam hipoblasto → endoderma embrionário 
Epiblasto → ectoderma embrionário
A linha primitiva permanece fornecendo células para o desenvolvimento do mesoderma até o final da 4a semana. Ao final da 4° semana se degenera e desaparece
O teratoma sacrococcígeo se forma quando restos da linha primitiva persistem. Os teratomas atingem 1 a cada 35 mil recém-nascidos
Formação do processo notocordal
 A notocorda é formada por sinais indutores, vindos da região da linha primitiva, que induzem as células precursoras notocordais a formá-la. A notocorda tem como funções definir o eixo do embrião, serve de base para a formação do esqueleto axial, e é o futuro local dos corpos das vértebras. O desenvolvimento da notocorda tem início com a formação do processo notocordal, que tem origem na invaginação e migração de células diferenciadas do nó primitivo (craniocaudal), formando um bastão celular que aumenta de tamanho em direção à placa pré-cordal (células endodérmicas aderidas a ectodérmicas que irão formar a membrana bucofaríngea, futura boca). Este bastão celular apresenta um canal central denominado canal notocordal.
Células mesenquimais provenientes do nó primitivo e da linha primitiva formam o processo notocordal: cordão mediano que se estende cefálicamente (a partir do nó primitivo) entre o ectoderma e o endoderma do embrião até placa pré-cordal
Surgem aberturas no assoalho do canal notocordal que logo coalescem, deixando uma placa notocordal.
A placa notocordal dobra-se para formar a notocorda
A notocorda define o eixo primitivo do embrião dando-lhe uma certa rigidez
Serve de base para o desenvolvimento do esqueleto axial(ossos da cabeça e da coluna vertebral)
Indica o local dos futuros corpos vertebrais
O processo notocordal migra lateral e cefalicamente, no meio de outras células mesodérmicas, entre o ectoderma e o endoderma até alcançarem as margens do disco embrionário e a placa pré-cordal. O assoalho do processo notocordal se funde com o endoderma embrionário subjacente (Fig 7).
Essas camadas fundidas sofrem uma degeneração gradual por apoptose, colocando o canal notocordal em contato com a vesícula umbilical (Fig. 8-A). Desta forma, no local da fosseta primitiva, forma-se o canal neuroentérico, que comunica temporariamente a cavidade amniótica e a vesícula umbilical.
 A parte do processo notocordal que não sofreu apoptose forma a placa notocordal, que irá se dobrar, aproximando as suas extremidades, (fig.9 – A eB), fusionando-as, e formando então a notocorda (fig. 10). Este processo se dá da extremidade cefálica – placa pré-cordal – em direção à extremidade caudal – nó primitivo (Fig. 9-C).
A notocorda se desprende do endoderma da vesícula umbilical, que mais uma vez se torna contínuo. Quando o desenvolvimento da notocorda está completo, temos o fechamento do canal neuroentérico. (fig.10)
 A notocorda desaparece com a formação dos corpos vertebrais, porém persiste como núcleo pulposo de cada disco intervertebral. Durante seu desenvolvimento, a notocorda induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se, formando a placa neural, primórdio do sistema nervoso central (Fig.10).
Alantoide
 Surge por volta do 16º dia como uma pequena evaginação da parede caudal da vesícula umbilical (saco vitelino) que se estende para o pedículo de conexão (pedículo do embrião) (fig. 6-B e Fig. 7, A e B). Em humanos, o alantoide permanece pequeno, mas o mesoderma do alantoide se expande para baixo do córion e formará as artérias umbilicais que servirão à placenta (Fig.11).
Tumores associados à gastrulação
Algumas vezes, remanescentes da linha primitiva persistem na região sacrococcígea. Esses grupos de células pluripotentes proliferam e formam tumores conhecidos como teratomas sacrococcígeos, que comumente têm tecidos derivados das três camadas germinativas. Esse é o tumor mais comum em recém-nascidos, ocorrendo com uma frequência de 1 em 37 mil. Os teratomas também podem surgir de células germinativas primordiais que não conseguem migrar para a crista gonadal. 
Neurulação
No início da terceira semana do desenvolvimento, o folheto embrionário ectodérmico assume a forma de disco, mais largo na região cefálica que na região caudal. O aparecimento da notocorda e do mesoderma precordal induz o espessamento do ectoderma sobrejacente e a formação da placa neural (fig. 12-A). As células da placa formam o neuroectoderma, que origina o sistema nervoso central e algumas outras estruturas, como a retina. A placa neural se invagina ao longo do seu eixo central formando uma depressão chamada de sulco neural, e consequentemente ao lado desta depressão, serão formadas elevações denominadas de pregas neurais(fig. 12-B).
Gradualmente, a placa neural se dobra, aproximando as pregas neurais que irão se fundir, formando o tubo neural. O tubo neural logo se separa do ectoderma de superfície à medida que as pregas neurais se encontram (fig. 13).
Até a fusão do tubo neural estar completada, as extremidades cefálica e caudal do tubo neural comunicam-se com a cavidade amniótica por meio dos neuroporos anterior (cranial) e posterior (caudal), respectivamente (fig. 19). O fechamento do neuroporo anterior ocorre em aproximadamente 25 dias do desenvolvimento, enquanto o neuroporo posterior se fecha com 28 dias. A neurulação então é completada e o sistema nervoso central é representado pelo fechamento da estrutura tubular em formação com uma região cefálica muito larga, caracterizada por várias dilatações, as vesículas encefálicas, e uma estreita porção caudal, a medula espinhal. Concomitantemente ao fechamento do tubo neural, algumas células neuroectodérmicas situadas ao longo da margem interna de cada prega neural formam um grupo celular diferenciado chamado de crista neural (fig. 14-A). Essas células perdem a sua afinidade epitelial e se ligam às células vizinhas (fig. 14-B e C). Conforme o tubo neural se destaca do ectoderma de superfície, as células da crista neural formam uma massa achatada entre o tubo neural e o ectoderma sobrejacente, dando origem a crista neural (fig. 14-D). Logo, a crista se separa em duas partes, direita e esquerda, que se deslocam para os aspectos dorsolaterais do tubo neural, onde se subdividirão em pares de cristas neurais (fig.14-E). Neste local, elas darão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos (fig. 15). Os derivados da crista neural encontram-se no quadro abaixo.
Fig 14 Esquema de cortes transversaismostrando a formação do tubo neural e das cristas neurais. Em A, podemos observar a organização da placa neural com pregas neurais e sulco neural, e crista neural. Em B e C, notamos a aproximação das pregas neurais e pregas neurais. Em D, observamos a fusão das pregas neurais resultando na formação do tubo neural, e fusão das cristas neurais formando uma massa celular entre o ectoderma de superfície e o tudo neural recém formado. Notar também no desprendimento do tubo neural e crista neural do ectoderma. Em E, temos a subdivisão da crista neural e sua migração para a região dorsolateral do tudo neural originando pares de cristas neurais onde darão origem aos gânglios sensoriais dos nervos cranianos e espinhais. Observe também a epiderme em desenvolvimento a partir do ectoderma de superfície. 
Diferenciação do Mesoderma intra-embrionário
Inicialmente, as células da camada germinativa mesodérmica se arranjam formando uma fina camada de tecido frouxo de cada lado da notocorda. Próximo ao 17º dia do desenvolvimento embrionário, as células mais próximas à notocorda proliferam e formam uma placa espessada denominada como mesoderma paraxial. Esta placa de mesoderma paraxial é contínua lateralmente ao mesoderma intermediário, que gradualmente se estreita em uma camada de mesoderma lateral. O mesoderma lateral é contínuo com o mesoderma extraembrionário somático,que reveste o âmnio, e com o mesoderma extraembrionário esplâncnico que reveste a vesícula umbilical (fig. 16).
 Processos envolvidos na formação da placa neural, pregas neurais e fechamento destas pregas para formar o tubo neural 
• Embrião = nêurula
Placa neural: espessamento na linha média do ectoderma embrionário, em posição cefálica ao nó primitivo (acima da notocorda). 
Placa neural é induzida a formar-se pelo desenvolvimento da notocorda e do mesênquima que lhe é adjacente.
Placa neural se invagina ao longo do seu eixo central → sulco mediano com pregas em ambos os lados: sulco neural e pregas neurais
Aproximação e fusão das pregas neurais: placa neural em tubo neural 
O tubo neural é o primórdio do sistema nervoso central. 
Tubo neural se separa do ectoderma
A meroanencefalia (ausência parcial do encéfalo) é anomalia mais comum do SNC provocada por defeitos no desenvolvimento do tubo neural. A principal causa de defeitos é o não fechamento do tubo neural o que pode ser causado por exemplo por drogas teratogênicas
Celoma Intra-Embrionário
Seu primórdio surge na forma de espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico (fig. 16). Esses espaços se unem formando o celoma intraembrionário, que divide o mesoderma lateral nas camadas visceral (ou esplâncnica, que cobre o saco vitelino) e parietal (ou somática, que cobre o âmnio) (fig. 17-B). A união do mesoderma somático com o ectoderma sobrejacente forma a somatopleura (parede do corpo do embrião), enquanto a união do mesoderma esplâncnico com o endoderma subjacente forma a esplancnopleura (intestino do embrião) (fig. 17 e 21). Durante o segundo mês, o celoma intraembrionário é dividido em três cavidades do corpo: cavidade pericárdica, cavidades pleurais e cavidade peritoneal.
O celoma intra-embrionário surge como espaços isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico
Dobramento do Embrião
Estabelecimento da forma do corpo → dobramento do disco trilaminar plano em embrião mais ou menos cilíndrico
É o período no qual as principais estruturas internas e externas se estabelecem. Ao fim dele, os principais sistemas de órgãos já iniciaram seu desenvolvimento com funcionamento mínimo (excetuando-se o sistema cardiovascular). A formação dos tecidos e órgãos leva à mudança na forma do embrião. No final da oitava semana, o embrião encontra-se com aspecto humano. 
O desenvolvimento embrionário é dividido em três fases:
Crescimento: envolve divisão celular e elaboração de produtos celulares.
Morfogênese: desenvolvimento da forma, do tamanho e outras características de um órgão ou parte do corpo. Envolve alterações complexas e o movimento das células possibilita a interação entre as mesmas durante a formação de tecidos e órgãos. É um processo molecular complexo controlado pela expressão e regulação de genes específicos em uma sequência ordenada.
Diferenciação: maturação dos processos fisiológicos. Seu término resulta na organização de células em um padrão preciso de tecidos e órgãos que são capazes de executar funções especializadas.
O dobramento do disco embrionário trilaminar plano permite o estabelecimento da forma do corpo do embrião e é um importante acontecimento durante este período embrionário. Esse dobramento acontece, simultaneamente, no plano mediano (céfalo-caudal) e no plano horizontal (transversal) (Fig.1), decorrente do rápido crescimento do embrião, onde a velocidade de crescimento nas laterais do disco embrionário não acompanha o ritmo de crescimento do eixo maior. Concomitantemente a esse crescimento, a vesícula umbilical (saco vitelino) sofre uma constrição relativa.
Dobramento em Plano Mediano
• Dobramento ventral produz pregas cefálica e caudal → alongamento cefálico e caudal no embrião
O dobramento ventral das extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal, levando essas regiões a se deslocarem ventralmente, enquanto o embrião alonga-se cefálica e caudalmente. Note o rápido desenvolvimento do tubo neural que dará origem ao sistema nervoso central. (Fig. 2 A-D)
Prega Cefálica
Ao início da quarta semana, as pregas neurais da região cefálica formam o primórdio do encéfalo ao se espessarem (Fig. 2 – A). O encéfalo em desenvolvimento projeta-se dorsalmente na cavidade amniótica (Fig.2 – B e Fig. 3 – A). O encéfalo anterior em desenvolvimento, então, cresce na direção cefálica além da membrana bucofaríngea (orofaríngea), colocando-se sobre o coração em desenvolvimento (Fig. 2 – B). Ao mesmo tempo, o septo transverso, o coração primitivo, o celoma pericárdico e a membrana bucofaríngea movem-se na superfície ventral do embrião (Fig. 3 – A). No período meu ip do dobramento longitudinal, o intestino anterior, que se situa entre o encéfalo e o coração, é formado a partir da incorporação de parte do endoderma do saco vitelino (Fig. 2 – C). A membrana bucofaríngea (orofaríngea) separa o intestino anterior do estomodeu. Posteriormente, esta membrana se rompe, estabelecendo uma conexão livre entre a cavidade oral e o intestino primitivo. Depois do dobramento, o celoma pericárdico está localizado ventralmente em relação ao coração, e cefálico ao septo transverso. Nesse momento, os celomas intra e extraembrionário comunicam-se livremente por ambos os lados (Fig. 3 – A).
Pregas neurais (cefálica) tornam-se espessas → primórdio do encéfalo 
Encéfalo anterior cresce em direção cefálica além da membrana bucofaríngea e coloca-se sobre o coração em desenvolvimento.
O coração primitivo, celoma pericárdico e membrana bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião 
• Formação do intestino anterior
Fig 2: Dobramento do embrião no plano mediano. Cortes sagitais de embriões de 22 dias (A e B), 26 dias (C) e 28 dias (D)
Prega caudal
O crescimento da parte distal do tubo neural – primórdio da medula espinhal, leva ao dobramento da extremidade caudal, levando à projeção da eminência caudal (uma região da cauda) sobre a membrana cloacal (futura região do ânus) (Fig. 2 – B e Fig. 3 – B). Durante o dobramento, parte da camada endodérmica é incorporada formando o intestino posterior (primórdio do colo descendente e reto) (Fig. 2 – C). Sua porção distal se dilata e forma a cloaca delimitada pela membrana cloacal, que se rompe na 7ª semana criando uma abertura para o ânus (Fig. 3 – B). A linha primitiva, que antes do dobramento encontrava-se cranialmente à membrana cloacal, fica agora caudal (fig. 3 – B). O pedículo de conexão ou do embrião (primórdio do cordão umbilical) fica preso à superfície ventral do embrião, enquanto a alantoide (divertículo da vesícula umbilical) é parcialmente incorporada ao embrião (Fig. 2 – D e Fig. 3 – B).
• É formada pelo crescimento da parte distal do tubo neural 
• Eminência caudal se projeta sobre a membrana cloacal → futura região do ânus
• intestino posterior
•Pedículo do embrião: prende-se a superfície ventral 
•Alantóide (divertículo do saco vitelino) incorporada ao embrião
Dobramento do embrião no plano horizontal 
• As pregas laterais direita e esquerda são o resultado do rápido crescimento da medula espinal e dos somitos
• Formação das paredes abdominais → parte do endoderma é incorporado ao embrião→ intestino médio (intestino delgado, ceco, apêndice,cólon ascendente e metade do transverso). 
• intestino medio se comunica com o saco vitelino
Resulta do rápido crescimento dos somitos e da medula espinhal levando à formação das pregas laterais direita e esquerda (Fig. 4 A e C). O embrião torna-se cilíndrico a partir do dobramento da parede ventrolateral em direção ao plano mediano, deslocando as bordas do disco embrionário ventralmente (Fig. 4 – B). Com a formação das paredes abdominais, parte da camada germinativa endodérmica é incorporada dando origem ao intestino médio (primórdio do intestino delgado) (Fig. 4 C e D). Com a transformação do pedículo de conexão (pedículo do embrião) no cordão umbilical, a fusão ventral das pregas laterais reduz a região da comunicação entre as cavidades celômicas intra eextraembrionárias a uma comunicação estreita (Fig. 4 – A). À medida que a cavidade amniótica se expande e oblitera a maior parte do celoma extraembrionário, o âmnio passa a formar o revestimento epitelial que recobre o cordão umbilical (Fig. 4 – D).
Fig 4: Dobramento do embrião no plano horizontal. Cortes transversais de embriões de 22 dias (A e B), 26 dias (C) e 28 dias (D)
Como resultado do dobramento da cabeça, da cauda e das duas dobras laterais da parede do corpo, a parede ventral do corpo do embrião é fechada, exceto por uma pequena parte na região umbilical onde o ducto da vesícula umbilical (saco vitelino) e o pedículo de conexão (do embrião) estão ligados.
Durante o período embrionário, que se estende da terceira à oitava semana do desenvolvimento, cada um dos três folhetos embrionários – ectoderma, mesoderma e endoderma – dá origem a seus próprios tecidos e sistemas orgânicos. Como resultado da formação orgânica, estabelecem-se as principais características do formato corporal.
O folheto embrionário ectodérmico dá origem aos órgãos e às estruturas que mantêm contato com o mundo externo:
■Sistema nervoso central
■Sistema nervoso periférico
■Epitélio sensorial da orelha, do nariz e dos olhos
■Pele, incluindo pelos, cabelo, unhas
■Glândulas hipófise, mamárias e sudoríparas, bem como o esmalte dos dentes.
A indução da placa neural é regulada pela inativação do fator de crescimento BMP4. Na região cranial, a inativação é causada por noggin, chordin e follistatin secretados pelo nó, pela notocorda e pelo mesoderma precordal. A inativação de BMP4 nas regiões do rombencéfalo e da medula espinal é efetuada por WNT3a e FGF. Na ausência de inativação, BMP4 faz com que o ectoderma se transforme em epiderme e que o mesoderma ventralize para formar o mesoderma intermediário e da placa lateral.
Os componentes importantes do folheto embrionário mesodérmico são os mesodermas paraxial, intermediário e da placa lateral. O mesoderma paraxial forma os somitômeros, que dão origem ao mesênquima da cabeça e se organizam em somitos nos segmentos occipital e caudal. Os somitos originam o miótomo (tecido muscular), o esclerótomo (cartilagem e osso) e o dermátomo (derme da pele), e todos eles são tecidos de sustentação do corpo. Os sinais para a diferenciação dos somitos são derivados das estruturas circunjacentes, que incluem a notocorda, o tubo neural e a epiderme. A notocorda e o assoalho do tubo neural secretam SHH, que induz o esclerótomo.
Duas regiões formadoras de músculo se diferenciam. Uma é induzida na região dorsomedial do somito pelas proteínas WNT secretadas pela porção dorsal do tubo neural. Outra é induzida na região ventrolateral do somito por uma combinação de BMP4 e FGF, secretados pelo mesoderma lateral, e pelas proteínas WNT, secretadas pelo mesoderma sobrejacente.
A porção média dorsal do somito se torna a derme sob a influência de NT-3, secretada pelo tubo neural dorsal. O mesoderma também dá origem ao sistema vascular (i. e., coração, artérias, veias, vasos linfoides e todas as células do sangue). Além disso, ele origina o sistema urogenital: rins, gônadas e seus ductos (mas não a bexiga). Finalmente, o baço e o córtex suprarrenalsão derivados do mesoderma.
O folheto embrionário endodérmico forma o revestimento epitelial do sistema digestório, do sistema respiratório e da bexiga urinária. Também forma o parênquima da tireoide, as paratireoides, o fígado e o pâncreas. Finalmente, o revestimento epitelial da cavidade do tímpano e da tuba auditiva se origina da camada endodérmica.
A padronização craniocaudal do eixo embrionário é controlada por genes homeobox. Esses genes, que são conservados desde a Drosophila, estão dispostos em quatro clusters, HOXA, HOXB, HOXC e HOXD, em quatro cromossomos diferentes. Os genes na extremidade 3ʹ do cromossomo controlam o desenvolvimento de estruturas mais craniais; aqueles na extremidade 5ʹ regulam a diferenciação de estruturas mais posteriores. Juntos, eles regulam a padronização do rombencéfalo e do eixo do embrião.

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