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INSTITUTO ENSINAR BRASIL
FACULDADE DOCTUM DE JUIZ DE FORA
DESIGUALDADE DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO
JUIZ DE FORA
JUNHO/2018
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
FACULDADE DOCTUM DE JUIZ DE FORA
Evelin Corrêa Rosa, Guilherme Silva Costa
João Vitor, Lucas Pinheiro
Rodrigo Lacerda, Wallace Siano
DESIGUALDADE DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO
Projeto apresentado à Disciplina Integradora II como requisito final de avaliação, sob orientação do Prof. Msc. Humberto Gomes Pereira.
JUIZ DE FORA
JUNHO/2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
A Constituição Federal do Brasil, promulgada no ano de 1988, estabelece em seu artigo 5º, inciso I, a relação jurídica de igualdade de gênero, na qual teoria que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição". Mas será que é a realidade? Desde o século XVII, quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política, as mulheres vêm tentando realmente colocar em prática essa lei. O artigo deixa claro a confiabilidade na igualdade jurídica, ou seja, enfatiza que todos são iguais perante a lei. Porém, na realidade, não é isso que acontece, há uma grande desigualdade nas relações sociais, na vida em sociedade.
A origem dessa desigualdade está ligado principalmente ao fator histórico e contexto social, o início do século vinha como uma ideia onde o homem era o provedor salarial e a mulher era provedora do lar, onde a mulher não ganhava nem deveria ganhar dinheiro, mas a partir da década de 70 as mulheres foram conquistando o mercado de trabalho, provando que além de donas de casa e mães conseguiam exercer seu papel no mercado de trabalho.
A questão da desigualdade entre homens e mulheres é um fator histórico das sociedades ocidentais, sendo que desde a antiguidade a mulher era tratada como um ser inferior ao homem, devido a diversas crenças religiosas que legitimavam tal perspectiva e que se permeavam pelos costumes sociais, sobretudo na sociedade hebraica que era caracterizada pelo patriarcado e pela hierarquização das relações sociais. Aristóteles, um pensador do século III a.C. já dizia, contradizendo Platão, que a mulher deveria ser submissa ao homem e que tal submissão é um fator natural do gênero humano, não podendo ser modificado, sob pena de alterar-se a natureza. No entanto, deve-se notar que a concepção aristotélica não há de ser aplicada à sociedade moderna, substancialmente após o período das duas guerras mundiais, momento pela qual as mulheres conquistaram seu espaço no mercado de trabalho e passaram cada vez mais a buscar sua independência do gênero masculino, tão subjugado em toda a história.
No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24% dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil revela que a parcela de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas brasileiras subiu de 8%, em 1990, para 13%, em 2000. Entretanto, as mulheres brasileiras recebem, em média, o correspondente a 71% do salário dos homens.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dois estudos com o balanço dos ganhos e as dificuldades enfrentadas pelas brasileiras ao longo dos anos 90. A renda média das trabalhadoras passou de R$ 281,00 para R$ 410,00. As famílias comandadas por mulheres passaram de 18% do total para 25%. A média de escolaridade dessas “chefes de família” aumentou em um ano de 4,4 para 5,6 anos de estudos. A média salarial passou de R$ 365 para R$ 591 em 2000. Uma dificuldade a ser vencida é a taxa de analfabetismo, que ainda está 20%.
Segundo o IBGE hoje em dia as mulheres têm uma diferença salarial de R$ 1,764, enquanto os homens recebem R$ 2,306. Isso significa que as mulheres ganham 75% do que os homens ganham. Mesmo as mulheres ocupando no Brasil o maior número de escolaridade superior. Isso sem mencionar a diferença racial entre mulheres negras e mulheres brancas.
OBJETIVOS
Geral: 
- Analisar a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
Específicos:
- Identificar os fatores determinantes da desigualdade de gênero.
- Comparar os salários entre homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos.
- Ponderar o crescimento das mulheres no mercado de trabalho.
JUSTIFICATIVA
A Igualdade entre Mulheres e Homens, ou Igualdade de Género, significa igualdade de direitos e liberdades para a igualdade de oportunidades de participação, reconhecimento e valorização de mulheres e de homens, em todos os domínios da sociedade, político, económico, pessoal e familiar.
Falar em Igualdade de Gênero atualmente torna-se assim fundamental, ainda mais se nos detivermos no aspecto de que a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho não foi acompanhada por um crescimento correspondente da participação dos homens na vida familiar.
Deste modo um olhar mais atento pela situação e participação das mulheres e dos homens na sociedade atual, permite-nos compreender este ponto e analisar a importância da aceitação deste princípio. Segundo o IBGE, o papel da mulher no mercado de trabalho cresceu consideravelmente nos últimos anos.
Segundo dados do IBGE (Senso 2010) o número de mulheres com carteira assinada na última década praticamente dobrou. Mas, mesmo com esse cenário favorável, uma das maiores dificuldades das mulheres no mercado de trabalho está em superar as desigualdades salariais. É comum vermos mulheres no mesmo cargo que um homem, com a mesma qualificação profissional recebendo menos. O que a sociedade aos poucos está compreendendo é que a força feminina no meio profissional hoje em dia é indispensável.
 As mulheres estão deixando de lado os velhos paradigmas e hoje já crescem em profissões que antes eram dominadas por homens. É de extrema importância entender a desigualdade de gênero no mercado de trabalho porque por mais que a inserção das mulheres têm sido grande, a diferença de salários entre pessoas do mesmo sexo e a discriminação ainda acontece com a mulher em diversas áreas, inclusive em cargos de liderança.
 Não podemos deixar de falar que a mulher ainda é apontada como a principal responsável pelos cuidados com os filhos e afazeres domésticos, porém mesmo com a jornada dupla as mulheres vêm participando mais ativamente para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, e isso reflete na mudança e compreensão do homem sobre a postura frente ao papel da mulher no âmbito profissional e familiar.
Por conta da desigualdade de gênero surgiu um movimento chamado feminismo, que busca direitos iguais entre homens e mulheres, abordando também a igualdade salarial. Com isso, o legislativo criou leis para poder garantir a equiparação salarial. De acordo com a lei, que foi aprovada em junho do ano passado e entrou em vigor em janeiro de 2018, todas as empresas com mais de 25 funcionários terão de provar que não praticam diferenças salariais de gênero.
O Parágrafo 4 do Artigo 41 da Lei nº 8.112 de 11 de Dezembro de 1990 diz que: Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. § 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
O Congresso Nacional decretou: Art. 1º A Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescida do seguinte dispositivo: “Art. 377-A. É proibida a diferença de salários na mesma função por motivo de sexo. § 1º Em caso de comprovada discriminação salarial por motivo de sexo, a trabalhadora prejudicada tem direito à equiparação salarial e ao recebimento, em dobro, do valor equivalente às diferenças salariais apuradas em relação ao paradigma. § 2º Não caracteriza discriminação por motivo de sexo,por si só, a estipulação de salários diversos em hipótese autorizada pelo art. 461 desta Consolidação”.
Se a igualdade não vem espontaneamente, que venha juridicamente. Considerando que a diferença dos salários não se justifica de maneira nenhuma e a igualdade vem em momento oportuno. As empresas que descumprirem deverão pagar multa em favor da empregada correspondente a cinco vezes a diferença verificada desde o início da contratação.
HIPÓTESES
H 1: Fator histórico: a hierarquização dos sexos é uma construção social, a condição da mulher na sociedade é uma construção da sociedade patriarcal, que existe desde os primórdios da organização social.
H 2: Estereótipos de gênero: O Estereótipo de gênero é uma das causas da desigualdade de gênero, pois possui uma imagem atribuída às mulheres, muitas vezes de maneira preconceituosa e sem fundamentação teórica, simplificada pelo senso comum.
H 3: Recente inserção da mulher no mercado de trabalho: Pesquisas recentes como o IBGE comprovam um grande crescimento no número de mulheres em postos diretivos nas empresas ocupando cargos de liderança.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Contexto Histórico
Através de uma análise fundamentada em vários séculos, as mulheres estiveram por muito anos limitadas aos tralhados domésticos e na função de serem mãe e esposa. Isso se dava ao fato de homens tratarem as mulheres como propriedade e querem submete-las a submissão. Além disso, outros fatores culturais e morais daquela época impediam que elas abrissem mão do serviço doméstico para trabalhar fora de casa. Para que se tenha uma ideia dessa submissão das mulheres em relação aos seus maridos, o novo Código Civil de 2002, traz uma reformulação do antigo Código de 1916 onde a mulher mesmo sendo dona de uma empresa, não podia assinar um cheque, era o marido que precisava assinar para ser válido.
No mercado de trabalho não havia respeito, a mulher sofria discriminação e era explorada trabalhando sempre acima de seus limites físicos por até 16 horas diárias, recebendo salários sempre inferiores ao salário do homem. 
Por conta de tanta perseverança das mulheres para conquistar seu espaço no mercado de trabalho, algo que durou séculos e ainda vem acontecendo, mesmo que de maneira um pouco mais branda visto que elas tem conquistado alguns direitos como em 1943 as mulheres tem sido a inclusão empregatícia na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)
Com o passar dos anos, muitas leis foram surgindo para que houvesse uma tentativa de melhoria no que compete a inclusão e igualdade da mulher na área do trabalho. Muitas delas puderam trabalhar no período noturno, proteção a maternidade e entre outras melhorias. Assim, cada regra se busca a proteção da mulher no que compete à sua saúde, sua moral e sua capacidade reprodutiva, todos relacionados à manutenção da dignidade da pessoa humana. Mas foi só com a Constituição de 1988 que as mulheres passaram a ser tratadas de forma igualitária aos homens. Essa igualdade foi defendida no texto Constitucional.
Na Revolução Industrial a inserção das mulheres no mercado de trabalho se intensificou muito quando as indústrias cresciam e fortaleciam cada vez mais. Durante o processo de industrialização, o trabalho feminino tornou-se mais acessível aos olhos dos empregadores sendo aproveitado em larga escala, deixando a mão de obra masculina em segundo plano, isto porque os baixos salários eram destinados às mulheres
No Brasil, segundo autor Mauricio Godinho Delgado (2010), no seu livro Curso Direito do Trabalho o Direito do Trabalho teve seu marco inicial com a programação da Lei Aurea embora tal norma não tenha tido, obviamente, qualquer cunho justrabalhista. Nesse sentido, a Lei Aurea sintetiza o marco referencial mais significativo para a primeira fase do Direito do Trabalho no país do que qualquer outro diploma jurídico que se possa apontar nos quatro períodos que se sucederam a 1888.
Ainda que as indústrias optassem pela mão de obra feminina, as mulheres ainda eram pouco valorizadas, visto que onde muitas estavam sendo contratadas pelo fato de que os empregadores pagavam bem menos para elas. A mulher enfrentava a desvantagem de ter a figura masculina sempre em evidência, no entanto, o que se viu foi que a mulher através do seu trabalho contribuiu grandemente para o crescimento e a evolução da sociedade em todos os seus aspectos.
Para que se consiga controlar e garantir a inclusão e a igualdade das mulheres do mercado de trabalho, vários órgãos foram criados como o OIT (Organização Internacional do Trabalho) onde esse órgão tem a função de elaborar e dar efetividade às normas internacionais do direito do trabalho, como as convenções e as recomendações que são elaboradas.
Em 1919 foi realizada a primeira Conferência Internacional do Trabalho e a OIT adotou seis convenções. Uma delas que vale ser ressaltada é a limitação da jornada de trabalho a 8 horas diárias e 48 semanais. As outras convenções foram no sentido de proteção à maternidade, combater o desemprego, estabelecer a idade mínima de 14 anos para o trabalho em indústrias e à não permitir o trabalho noturno de mulheres e menores de 18 anos.
É notório que com o passar dos anos as mulheres tem conquistado cada vez mais seus direitos como é o caso de poder trabalhar no período noturno, visto que nas primeiras convenções da OIT as mulheres não tinham esse direito.
Desigualdade de Gênero
Ao pensar em desigualdade de gênero, associa-se a diferença entre homens e mulheres. Porém de acordo com Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito que homens e mulheres são iguais perante a Lei.
Abaixo segue artigo publicado pelo site Redalyc, sobre o mecanismo da desigualdade de gênero entre homens e mulheres no mercado de trabalho:
Podem-se destacar três mecanismos por meio dos quais a desigualdade de gênero se reproduz no mercado de trabalho.
Além disso, observa-se a dificuldade de ascensão profissional das mulheres, fenômeno para o qual foi cunhada a expressão teto de vidro (glass ceiling), entendida como uma sutil, mas forte barreira que bloquearia a promoção de mulheres e minorias aos níveis superiores da hierarquia nas organizações (MORRISON e GLINOW, 1990; STEIL, 1997).
Em relação a desigualdade de homens e mulheres no mercado de trabalho e na sociedade nota-se um grande avanço na inserção das mulheres. A luta pela igualdade de direitos entre gêneros vem crescendo, e as mulheres cada vez mais vêm ganhando espaço.
Hoje em dia as mulheres ocupam postos nos tribunais superiores, nos ministérios, no topo de grandes empresas, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta. Pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo, mulheres liderando famílias, tendo dupla jornada, ou seja, trabalhando de carteira assinada e mesmo assim quando chegam em seu lar tem seus afazeres. No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24% dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil revela que a parcela de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas brasileiras subiu de 8%, em 1990, para 13%, em 2000.
Mas mesmo com esta reflexão sabe-se que tem a desigualdade salarial, “O relatório Progresso das Mulheres no Mundo, divulgado pela ONU mostra que em média, os salários das mulheres são 24% inferiores aos dos homens. Ou seja, as mulheres continuam recebendo menos pelo mesmo desempenho de função que um homem, resultando em uma desigualdade significativa de recursos recebidos ao longo da vida. Além disso, considerando a população ativa a porcentagem feminina de participantes é 50%, enquanto a masculina é de 77%”. A sociedade no geral, deve repensar as suas atitudes acerca das relações sociais e do espaço de cada um na sociedade, independente de gênero.
O “machismo” ainda está presente m nossa sociedade, ao vermos que a cada dia acontece coisa em nosso meio que podemos ver que as mulheres não sãoinferiores e nem frágeis, elas são atenciosas e cuidadosas, alguns exemplos são claros para percebemos, por exemplo, se acontecer um acidente e estiver envolvimento com alguma mulher, logo os homens falam: “Ah é uma mulher” e se, acontecer com algum homem, sempre ele acha uma saída para situação, e, ao analisarmos a situação das mulheres principalmente no transporte, vemos que de cada dez acidentes que acontece apenas um envolve mulher e os outros noves envolvem homens. Homens dirigem falando no celular, dirigem embriagados, enquanto a maioria das mulheres nem atendem o celular enquanto estão dirigindo. Outro exemplo que acontece periodicamente em nossos dias e o caso em que se um garoto “ficar” com muitas garotas, ele é um “pegador”, fica popular na cidade, enquanto se uma garota “fica” com muitos garotos, ela passa a ser considerada como “galinha” ou “prostituta”, além de ser discriminada pelas pessoas, ate mesmo pela família.
Diferença salarial entre homens e mulheres ocupantes do mesmo cargo
Primeiramente é importante ressaltar que a desigualdade salarial entre os gêneros é um problema reconhecido pela ONU e toda mulher deve saber que ele existe para reivindicar um pagamento justo para si.
Diferença salarial é o mesmo que dizer que um trabalhador ganha mais do que outro, todavia elas não são proibidas podendo chegar a números exorbitantes, elas são portanto, generalizadas.
Levando em consideração uma base de pesquisa voltada ao gênero, onde é possível notar uma discrepância significativa com relação ao salário, o homem apresenta uma porcentagem bem maior que ao da mulher. 
E quando os homens ganham mais?
As mulheres parecem ter menos tempo, elas têm muitas vezes mais trabalho para fazer do que apenas trabalhar por dinheiro. E as às vezes são também vítimas de assédio sexual por homens, o que gera consequências na sua carreira profissional ,incluindo deixar um emprego devido ao stress criado. Isto é visto em vários casos, onde as mulheres tendem a ter problemas com os superiores por questões de assedio. 
E quando as mulheres ganham mais?
Em algumas profissões, acontece que as mulheres ganham mais do que seus colegas de trabalho do gênero masculino. Essas em questão têm a mesma ou qualificações melhores e trabalham em tempo integral, sendo em sua maioria relativamente jovens, acabam tornando-se um caso a parte.
A questão da desigualdade salarial no Brasil por gêneros, embora a igualdade salarial seja um direito garantido com aprovação da CLT desde 1943, em seu Art. 461; a lei não é fiscalizada.
As razões listadas como justificativa para ganhos maiores pelo gênero masculino são muitas. Independente do nível de qualificação, serviços predominantemente realizados por mulheres pagam menos do que os realizados por homens.
Várias empresas com o passar dos anos fizeram pesquisas para justificar a diferença salarial entre gêneros. Tendo como base a Catho um site brasileiro de classificados de empregos que fez uma dessas pesquisas.
A pesquisa mostra que as maiores diferenças salariais estão presentes entre os profissionais de nível superior e com MBA, as mulheres ganham quase 50% a menos que o salário do gênero masculino. A pesquisa apresenta também que o salário dos homens é superior em todos os níveis de escolaridade, essa diferença pode ser explicada pelo fato de que as trabalhadoras interromperem a sua vida profissional por conta da maternidade ou por mudarem de carreira e começarem do zero em outra com mais frequência que os homens. (30% a mais.) 
Considera-se que o contexto histórico da mulher explica essas diversas diferenças reveladas pela pesquisa. O caminho para desconstruir o machismo, ainda é longo em nossa sociedade, e essa luta pela igualdade precisa sair só das ideias e discussões para a ação. Um fato que explicaria essa desigualdade seria que a mulher por ter entrado no mercado e ter tido acesso a escolaridade mais tarde que os homens e ter atribuição principal sobre a maternidade, tudo isso contribui para que o processo de carreira seja mais lento, rigoroso e existam essas diferenças. 
As diferenças de salários podem ser vistas logo no primeiro emprego. as mulheres podem já começar a ser pagas com salários diferentes dos homens. Eles tendem a negociar sobre a sua posição e salário com mais frequência do que as mulheres.
Segue três dicas que as mulheres podem fazer para ganhar mais.
1 – Tentar conciliar a ação de ser mãe com o trabalho.
Dessa forma a mulher poderá se doar para o trabalho com maior tempo e ainda assim terá a sua função como mãe a ser exercida. 
2 – Não abandone os estudos;
Não abandonar os estudos pode ser bem difícil, mas faça o possível e o necessário para continuar na escola e se qualificar. Se planeje para ter filhos. Se você é uma empreendedora ou gosta de empreender, procure por cursos que te ajudem a desenvolver seu negócio, como computação, administração e economia.
3– Divida as tarefas de casa com o seu marido ou parceiro;
De uma parte cultural a mulher ainda é responsável pela maioria das tarefas de casa e pela criação dos filhos. Esse padrão é apenas um reflexo da sociedade machista em que vivemos. Faça uma divisão das tarefas e assim tudo entra nos conformes.
5.4 Fatores determinantes na desigualdade de gênero no mercado de trabalho
As noções relacionadas à desigualdade de gênero permeiam a sociedade desde a antiguidade, é um fator histórico que se impregnou na humanidade de forma que até nos dias de hoje é vista com naturalidade. Dentre vários âmbitos em que se é possível notar essa desigualdade entre homens e mulheres um dos mais perceptíveis é o âmbito salarial, encontra-se hoje uma realidade em que a valorização da mão de obra masculina é maior que a da mulher e isso reflete diretamente na renda de ambos. 
 Frente a pesquisas e dados IBGE sabe-se que a renda mensal bruta feminina é menor em até 27,25% que a masculina, diante disso, a sociedade em si tenta justificar essa desigualdade salarial de diversas maneiras, deduz-se que as mulheres ganham menos por que estudam menos, ou porque escolhem profissões menos remuneradas, porém, segundo dados do Censo 2010 do IBGE, das pessoas com ensino superior completo, entre 25 e 64 anos, 40% são homens enquanto os outros 60% são mulheres, e quanto a escolha de profissões, mesmo ambos os sexos escolhendo a mesma profissão a diferença salarial ainda existe, como por exemplo, a Arquitetura (Renda média mensal feminina: R$ 3.880,00/ Renda média mensal masculina: R$ 5.188,00) ou a Medicina (Renda média mensal feminina: R$ 7.548,00/ Renda média mensal masculina: R$ 11.150,00).
Diante desses dados fica o questionamento de por que então, acontece a desigualdade salarial entre os gêneros? A realidade é que antes de homens e mulheres serem ingressados no mercado de trabalho a desigualdade de gênero já é forte, o que acontece é que o mercado de trabalho reproduz isso em seu meio. Há então fatores determinantes para que haja essa diferença salarial muitas das vezes exorbitante entre os homens e as mulheres e um deles é a representação de papeis na sociedade como a maternidade e tarefas domésticas que fazem com que as mulheres tenham menos tempo para desempenhar suas atividades no mercado de trabalho, um exemplo disso é a licença maternidade que é vista como prejuízo para empregadores em vários pontos de vista. 
Um outro fator determinante é a representatividade feminina em cargos de maior importância e influencia, como cargos ministeriais e cadeiras em câmaras que tem em sua maioria ocupação masculina, isso reflete mesmo que indiretamente na inclusão de mulheres no mercado de trabalho, e quando são incluídas, acabam por serem remuneradas de maneira a não terem a mesma valorização de um trabalhador do sexo masculino.
Há também fatores históricos como a recente inserção da mulher no mercado de trabalho, que, por ser algo relativamente novo há ainda uma mentalidade de que essas mulheres não devam exercer funções que não as relacionadas a tarefas domésticas, cuidado com o lare os filhos, seja pela crença de falta de capacitação ou herança do patriarcado.
Apesar de ser um clichê sempre muito mencionado não há como ignorar questões antiéticas como machismo, a propagação e disseminação de argumentos que ainda hoje convencem de que as mulheres são inferiores, menos capazes, menos resistentes e até mesmo menos eficientes, isso justifica em grande parte a presença minoritária do sexo feminino em profissões ou até mesmo em graduações relacionadas a engenharia, medicina, cargos gerenciais, cargos relacionados a economia e até mesmo em profissões como motorista, delegado, juiz, piloto, treinadores, dentre várias outras.
Os fatores determinantes para que haja uma diferença salarial entre homens e mulheres vão desde a rotulação da incapacidade feminina até justificativas como maternidade, responsabilidades com o lar e opção por carreiras que não dão um retorno financeiro tão alto, entretanto, o professor James T. Bennett publicou um livro intitulado The Politics of American Feminism: Gender Conflict in Contemporary Society onde lista em mais de vinte tópicos razões pelas quais os homens ganham mais do que as mulheres. Dentre essas razões se encontram diversos motivos como por exemplo os homens terem mais interesse por tecnologia e ciências naturais do que as mulheres, por serem mais propensos a aceitar trabalhos perigosos, e tais empregos pagam mais do que empregos mais confortáveis e seguros por estarem mais dispostos a se expor a climas inclementes em seu trabalho, e são compensados por isso ("diferenças compensatórias" no linguajar econômico), por aceitarem empregos mais estressantes que não sigam a típica rotina de oito horas de trabalho em horários convencionais, por de um modo geral, gostarem de correr mais riscos que mulheres.  Maiores riscos levam a recompensas mais altas. Por cumprirem horários de trabalho mais atípicos que pagam mais e estarem dispostos a cumprir tal horário. Os homens tendem a "atualizar" suas qualificações de trabalho mais frequentemente do que mulheres. Homens são mais propensos a trabalhar em jornadas mais longas enquanto as mulheres tendem a ter mais "interrupções" em suas carreiras, principalmente por causa da gravidez, da criação e da educação de seus filhos e por isso os homens apresentam metade da taxa de absenteísmo das mulheres. As mulheres também apresentam uma probabilidade nove vezes maior do que os homens de sair do trabalho por "razões familiares".  Menos tempo de serviço leva a menores salários. Os homens são mais dispostos a aturar longas viagens diárias para o local de trabalho e também são mais propensos a se transferir para locais indesejáveis em troca de empregos que paguem mais
No mundo corporativo, homens são mais propensos a escolher áreas de salários mais altos, como finanças e vendas, ao passo que as mulheres são mais predominantes em áreas que pagam menos, como recursos humanos e relações públicas e por isso quando homens e mulheres possuem o mesmo cargo, as responsabilidades masculinas tendem a ser maiores. Homens são mais propensos a trabalhar por comissão; mulheres são mais propensas a procurar empregos que deem mais estabilidade.  O primeiro apresenta maiores potenciais de ganho, e por conta da estabilidade que as mulheres procuram, faz com que se atribua maior valor à flexibilidade, a um ambiente de trabalho mais humano e a ter mais tempo para os filhos e para a família. 
 Vê-se então que existem numerosas justificativas para tal fenômeno, aceitáveis ou não, pesquisas, levantamentos, dados e estatísticas provam cada vez mais que a desigualdade salarial entre gêneros é real e a necessidade de abolir este conceito da sociedade atual vai além de uma questão ética, já que em uma pesquisa econômica constatou-se que se a participação feminina no mercado de trabalho fosse forte como a masculina o PIB poderia ser aumentado de 5 a 20%.
REFERÊNCIAS
https://canaltech.com.br/carreira/Estudo-diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres-na-area-de-TI-chega-a-77/
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/mulheres-ganham-menos-do-que-os-homens-em-todos-os-cargos-diz-pesquisa.ghtml
https://gesneroliveira.blogosfera.uol.com.br/2018/03/08/o-que-funciona-para-eliminar-a-diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres/
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2093
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/a-evolucao-mulher-no-mercado-trabalho.htm
http://desigualdade-social.info/contexto-historico.html
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/mulheres-uma-longa-historia-pela-conquista-de-direitos-iguais.htm
https://gabipbarreto.jusbrasil.com.br/artigos/395863079/a-evolucao-historica-do-direito-das-mulheres
Curso de Direito do Trabalho- Mauricio Godinho Delgado 15 ed. 2016
The politics of American Feminism: Gender Conflict in Contemporary Society - James T Bennett

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