Embriologia

Prévia do material em texto

Embriologia
Processos celulares; 1-divisão celular, 2-diferenciação celular, 3-migração celular e 4-morte celular.
Nomenclatura embriológica:
Ovócito, refere-se à célula germinativa, ou sexual feminina, produzida no ovário. 
Espermatozoide refere-se a célula germinativa, ou sexual masculina, produzida pelo testículo.
Zigoto está célula, formada pela união de um ovócito com um espermatozoide, é o inicio de um novo ser humano. A expressão ovo fertilizado refere-se a um ovócito secundário que foi penetrado por um espermatozoide; no fim da fertilização, o ovócito se torna um zigoto.
Clivagem é a divisão mitótica das células, ou clivagem, do zigoto forma as células embrionárias denominada blastômeros. O tamanho do embrião inicial permanece o mesmo, pois os blastômeros diminuem de tamanho a cada divisão celular sucessiva. 
Mórula quando 12 ou mais blastômeros, a bola de células da clivagem do zigoto passa a se denominar mórula, que se assemelha a uma amora. O estagio da mórula é atingido cerca de 3 a 4 a dias após a fertilização; quando o ser humano em desenvolvimento penetra no útero vindo da trompa de falópio (tuba uterina).
Blastocisto depois de deslocar-se da tuba uterina para, o útero, a mórula forma dentro de si uma cavidade cheia de fluido- a cavidade blastocística. Está transformação converte a mórula em blastocisto, que, além da cavidade, contém uma massa celular interna, ou embrioblasto, que vai formar o embrião.
Embrião este termo refere-se ao ser humano durante os estágios iniciais de desenvolvimento. O período embrionário vai até o final da oitava semana, momento em que todas as principais estruturas estão começando a desenvolver-se. Somente o coração e as circulação estão funcionando. O tamanho dos embriões é dado em comprimento crown-rump (cefalocaudal) (CRL), medido do vétice do crânio até as nádegas.
Concepto este termo refere-se ao embrião e suas membranas. Este termo refere-se a todas as estruturas que se formam do zigoto, tanto embrionárias como extra-embrionárias; portanto, elas incluem o embrião assim como as suas membranas associadas- âmnio, saco coriônico (gestacional) e saco vitelino.
Feto depois do período embrionário (8 semanas), o ser humano em desenvolvimento passa a ser denominado feto. Durante até o período fetal (da nona semana ao nascimento), ocorreram a diferenciação e o crescimento dos tecidos e órgãos , que se formaram durante o período embrionário. Apesar de transformações do desenvolvimento deste período não serem tão dramáticas como as que ocorreram durante o período embrionário, elas são muito importantes, pois tornaram possível o funcionamento dos tecidos e órgãos. A velocidade de crescimento do corpo é notável, especialmente durante o terceiro e quarto meses, e , durante os últimos meses, o ganho de peso é fenomenal. 
Reprodução humana
Os ovócitos são produzidos por dois ovários, ovais, localizados na par súpero-lateral da cavidade pélvica, um de cada lado do útero. Ao ser liberado do ovário na ovulação, o ovócito secundário, o ovo, penetra em uma das tubas uterinas (tubas de Falópio, ovidutos), em forma de trompa. As tubas abrem-se no útero, que protege e nutre o embrião e o feto até o nascimento. 
Útero é constituído por duas partes principais:
-O corpo, os dois terços superiores, expandidos.
-A cérvice, o terço inferior, cilíndrico.
O fundo é a parte mais arredondada do corpo acima dos orifícios das tubas uterinas. O corpo do útero se estreita do fundo para o istmo, a região estreita entre o corpo e a cérvice. A luz da cérvice, o canal cervical, tem uma abertura estreita em cada extremidade. O orifício interno (óstio) comunica-se com a vagina. As partes do corpo do útero são constituídas por três camadas:
Perimetrio: a camada externa, delgada, de peritônio. 
Miometrio: a camada de musculo liso, espessa.
Endométrio: delgada membrana, mucosa interna.
Ovários são as glândulas reprodutoras, localizadas junto as paredes pélvicas laterais de cada lado do útero. Os ovários produzem estrógeno e progesterona os hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundarias e controlam a gravidez. Os ovários também são responsáveis pela produção e manutenção dos ovócitos. 
Órgãos reprodutores masculinos, incluem os testículos, o epidídimo, ducto deferente, próstatas, vesículas seminais, glândulas bulboretrais, ductos ejaculadores e uretra. Os espermatozoides são produzidos pelos testículos, duas glândulas ovais (gônadas), que estão suspensas no escroto, uma bolsa frouxa de pele enrugada. Cada testículo é constituído de muitos túbulos semininferos, altamente enrodilhados, que produzem os espermatozoides. Estes vão de testículo para um canal único, com convoluções complexas, o epidídimo, onde eles são armazenados. Ao deixarem o testículo, os espermatozoides ainda não estão maduros. Demoram vários dias para os espermatozoides amadurecerem no epidídimo, o ducto deferente, um longo tubo reto, leva os espermatozoides ao ducto ejaculador. O ducto deferente sai do escroto, passa pelo canal inguinal e vai para a cavidade abdominal. A seguir desce para a pelve, onde se funde com o ducto ejaculador, que desemboca na uretra.
A uretra é um tubo que vai da bexiga para o exterior do corpo; sua parte esponjosa percorre o pênis. Dentro do pênis, a uretra está envolvida por três colunas de tecido erétil, esponjoso. Durante o estimulo sexual, esse tecido se enche de sangue sob pressão aumentada. Isso leva o pênis a se tornar ereto, e desta maneira, capaz de penetrar a vagina durante o ato sexual. A ejaculação sêmen-espermatozoides misturados com fluidos seminal produzido pelas seguintes glândulas: vesícula seminais, glândulas bulboretrais e próstata- ocorre quando o pênis é estimulado. Portanto, a uretra transporta urina e sêmen, mas não simultaneamente.
Gametogênese é o processo de formação e desenvolvimento de células geradoras especializadas denominadas gametas, ou células germinativas. Este processo que envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas, prepara estas células sexuais especializadas para a fertilização. Durante a gametogênese, o numero de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células se altera, especialmente a das células sexuais masculinas.
Meiose, consiste em duas divisões celulares meióticas, durante a qual o número de cromossomas das células germinativas é reduzida pela metade (23, o número haploide) do número presente nas outras células do corpo) (46, o número diploide).
A primeira divisão meiótica é uma divisão de redução, porque cada cromossoma passa de diploide para haploide. Os cromossomas homólogos (um de cada progenitor) formam pares na prófase e depois se separam durante a anáfase, com o representante de cada par indo para um pólo.
Um par de cromossomas homólogos são pares de cromossomos de um tipo herdado um de cada progenitor. Neste estágio, eles são cromossomas de cromátide dupla. Os crossomas X e Y não são homólogos nas extremidades de seus braços curtos. Eles pareiam somente nestas regiões. No fim da primeira divisão tem o numero haploide, de cromossomas homólogos constitui a base física da segregação- a separação dos genes alélicos durante a meiose.
A segunda divisão meiótica vem após a primeira divisão sem uma interfase normal. Cada cromossoma divide-se e cada metade, ou cromátide , é tracionada para um pólo diferente: desta maneira, o numero haploide de cromossomas (23) é mantido e cada célula-filha formada pela meiose tem o numero reduzido, haploide de cromossomas, com um representante de cada par de cromossomas (agora um cromossoma com uma única cramatide). A segunda divisão meiótica é semelhante a uma mitose comum, mas o número de cromossomos da célula que está entrando na segunda divisão meiótica é haploide. Para maiores detalhes sobre meiose.
Importância meiose 
A meiose é importante de várias maneiras. 
-Elas mantêm constante o número de cromossomos de geração para geração de diploide para haploide, produzindo, desta maneira, gametas haploides.
- Permite a seleção ao acaso doscromossomos maternos e paternos entre os gametas.
- Por meio do crossing-over de seguimentos de cromossomas maternos e paternos, que embaralha os genes e produz uma recombinação do material genético.
Espermatogênese refere-se á sequencia inteira de eventos pelos quais células germinativas primitivas- as espermatogônias- são transformadas em células germinativas maduras, ou espermatozoides. Esse processo de maturação se inicia na puberdade (13 a 16 anos) e continua até a velhice.
As espermatogônias ficam adormecidos nos túbulos , seminíferos dos testículos desde o final do período fetal. Elas começam a aumentar de numero na puberdade. Após varias divisões mióticas, as espermatogonias crescem e passam por mudanças graduais que as transformam em espermatócitos primários, as maiores células germinativas dos túbulos seminíferos.
Quando a espermatogênese está completa os espermatozoides penetram na luz dos túbulos seminíferos. Os espermatozoides deslocam-se para o epidídimo onde são armazenados e tornam-se funcionalmente maduros.
Espermatogênese é a sequencia de eventos pelos quais se formam os gametas masculinos (espermatozoides) a partir de espermatogonias.
-Local de ocorrência: Testículos
Conjunto de órgãos
-Testículo; produzir hormônios e os gametas masculinos. 
-Epidídimo; estocar os espermatozoides e maturação.
Ductos condutores; deferentes, eferentes e ejaculador (canais que conduzem a ejaculação).
Glândulas sexuais acessórias; próstata, vesículas seminais, glândulas bulboretrias e uretrais. 
Glândula bulboretral produz o fluido seminal, que serve para neutralizar o Ph vaginal, para a sobrevivência do espermatozoide. 
-Pênis e prepúcio. 
Testículo é revestido por tecido conjuntivo denso fibroso (túnica albugínea) a túnica forma septos internos no testículo, dividindo-o em lóbulos testicular, em cada lóbulo existe 4 tubos seminíferos, que ocorre a produção dos espermatozoides.
Entre os túbulos seminíferos é o tecido intersticial, nesse tecido é feita a produção de testosterona. Dentro do testículo há uns ductos, que precisa carregar os espermatozoides, túbulos retos, que fazem isso. 
Canais anastomosados (quando os canais se fundem, uma ligação generallzada)-> chamada de rede testicular.
Os túbulos eferentes vão ligar o testículo ao epidídimo, que é bem enovelado.
Epidídimo é dividido em 3 regiões; cabeça, corpo e cauda, e cada uma dessas regiões tem uma função.
-O espermatozoide é produzido no testículo, mas incapaz de fecundar.
Obs.: Só depois de passar pelo epidídimo que ele adquire a capacidade de fecundar, de acordo com o que o espermatozoide vai passando pelas partes do epidídimo, que consegue fecundar, ganho, perda e remodelação de proteínas.
A cauda do epidídimo é onde armazena o espermatozoide, a cabeça , o corpo e a cauda do epidídimo, serve para maturação.
Testículos-> túbulos seminíferos + tecido intersticial.
Existem dois tipos de células no túbulo seminífero
->células germinativas (espermatogônias, espermatócito primário e secundário, espermátide e espermatozoide)
-> e um único tipo de célula somática (célula de Sertoli)
No tecido intersticial, há a célula que produz a testosterona (célula de Leydig) e também tem vasos sanguíneos, linfático e células do tecido conjuntivo.
Organização centrípeta (de fora para dentro) da periferia para a luz.
A célula de Sertoli sustenta as células germinativas.
Espermatogênese
1-Origem e migração dos gonócitos para as gônadas em formação.
2-Multiplicação das espermatogônias através da mitose (única célula germinativa que sofre mitose)
3-Redução do lote cromossômico através da meiose (2n-n) 
4-Citodiferenciação dos gametas
Células germinativas primordiais (gonócitos) quando acontece a fecundação do zigoto, é determinado o sexo já, não há gonâdas indiferenciadas, na parede do saco vitelino que se forma os gonócitos (indiferenciada), migram e entram no corpo do embrião for XX, formará ovogonia e ovário. 
Se for XY formará espermatogônia e testículo.
Existe um fator no cromossomo Y que determina o sexo, ele induz através do gene SRY, codifica a proteína TDF (fator determinante de testículo).
Obs.: Um par de ductos mesoneficos e outro paramesonerfico.
Somente a célula de leydig, que produz a testosterona que formará os sistemas masculinos.
Pra não ter ovário precisa ter o anti-mileriano.
XY- gônada indiferenciada-> forma testículo, devido ao SRY presente no cromossomo Y qye codifica o TDF.
*O ducto mesonéfico= determina a estrutura do sistema reprodutor masculino.
*Ducto paramesonéfico= feminino
Se tenho testículo-> tenho célula de Sertoli, tenho hormônio antimileriano e irá regredir o paramesonérfico. 
XX-> gônada indiferenciada->formará o ovário
Ducto mesonérfico ele regride, pois não há indução pela testosterona. 
Ducto paramesonérfico; desenvolve as tubas uterinas, útero, vagina (porção superior).
Espermiogênese
Processo de citodiferenciação pelo qual as espermátides passam até formarem os espermatozoides.
Perde citoplasma, forma acrossomo
Condensa cromatina
Posicionamento da mitocôndria.
Célula de Sertoli
- Núcleos piramidais 
-Nucléolo evidente 
*Não se dividem durante o período reprodutivo.
*Número determina o tamanho do testículo e a magnitude da produção espermática. 
*Extremamente resistente
Tem função do ciclo espermatogênico -> junções tipo gap: comunicação iônica e química entre as células.
-Fagocitose: corpos residuais e restos de células degeneradas.
-Produção e secreção -> fluido testicular, fator inibidor dos ductos de Muller, produz Inibina. 
-Produz ABP (proteína ligadora de andrógeno).
Principais alterações espermáticas
Alteração no número de espermatozoides produzidos.
*Oligospermia (menos do que o natural para a sua espécie)
*Azagospermia (sem ou quantidade quase nula de espermatozoide)
Alteração da morfologia espermática
*Terastospermia (acima de 40% de alteração nos espermatozoides)
Controle hormonal da Espermatogênese
*Hipotálamo: hormônio liberador de Gonadotrofia (GnRH)
*Hipófase (adenohipófise) Gonadotrofias- hormônio folículo estimulante FSH/ hormônio luteinizante LH.
Testículo: Testosterona.
Quando a testosterona está elevada, por consequência diminui o GnRH.
Célula de Sertoli produz o hormônio inibina.
Gametogênese Feminina (ovogênese)
Processo de formação e desenvolvimento dos gametas femininos, os ovócitos, a partir das ovogônias.
Local de ocorrência: ovários
Começa no período fetal, para e retoma a partir da puberdade.
Conjunto de órgãos
-Genitalia externa: vulva, órgãos genitais internos: 2 ovários, 2 tubas uterinas (ovidutos), útero e vagina.
Funções Básicas
Produção de gametas
Transporte
Produção de hormônios
Criação de condição a fecundação
Manutenção e proteção do novo ser
Ovário (Estrutura básica)
Formato e tamanho variam de acordo com a espécie e fase de ciclo estral
Localização: cavidade abdominal
Produção de gametas femininos e hormônios (progesterona e estrógeno)
Revestido por um epitélio cubico simples, córtex-> periferia do ovário, a região central é medular.
A região periférica (córtex): é onde ocorre a ovogênese (a célula germinativa se desenvolve dentro de uma estrutura, chamado folículo ovariano) -> encontrado na região cortical.
Tecido conjuntivo frouxo, vaso linfático, vaso sanguíneo, nervo -> localizado na região medular.
Origem e migração dos gonócitos para as gônadas em formação.
Multiplicação das ovogônias, através da mitose.
Redução do lote cromossômico através da meiose (2n-n)
Maturação estrutural e funcional dos gametas femininos.
Ovogênese, acontece dentro do folículo ovariano, ao mesmo tempo ocorre a folículo gênese.
Os folículos ovarianos ficam na periferia.
Folículo sempre contém o ovócito dentro dele, todos tem o primário, somente no maduro que tem o secundário.
Folículo primordial
Ovócito I envolto por uma camada de células foliculares pavimentosas (achatadas).
Estimulo hormonal -> Folículo primordial -> folículo primários.
No folículo em crescimento, há material nutritivo, glicogênio.Zona pelúcida-> canada de glicoproteínas.
Tecas exteriores-> camada celular.
Tecas interiores-> camada para dar sustentação.
Aromatase-> converte testosterona em estrógeno.