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Benefício de Prestação Continuada – BPC: requisitos para sua concessão.

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Serviço social
maria de fatima xavier
Benefício de Prestação Continuada – BPC: requisitos para sua concessão.
Araripina-PE
2015
MARIA DE FATIMA XAVIER
Benefício de Prestação Continuada – BPC: requisitos para sua concessão.
Trabalho apresentado ao Curso (SERVIÇO SOCIAL) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas; Gestão Social; Oficina de Formação; Pesquisa Social; Serviço Social e Terceiro Setor – TCC. 
 Prof: AMANDA BOZA
 CLARICE KERKAMP
 VALQUIRIA CAPRIOLI 
Araripina-PE
2015
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................04
2 DESNVOLVIMENTO......................................................................................05
3 CONCLUSÃO................................................................................................09
4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..............................................................10
1 INTRODUÇÃO
O Benefício de Prestação Continuada – BPC garanti um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. Contudo, não se trata propriamente de um benefício previdenciário, mas sim de benefício assistencial, haja vista a ausência de contribuição para pleitear sua concessão bem como sua regulamentação se encontrar na Lei Orgânica de Assistência Social e não no rol dos benefícios do artigo 18 da lei 8.213/91. 
Apesar de não exigir contribuição a lei apresenta requisitos para que o beneficiário seja titular de tal assistência. A deficiência exigida para concessão de beneficio assistencial difere da exigida para um beneficio previdenciário. 
 
2 DESENVOLVIMENTO
O que é o benefício assistencial de prestação continuada;
O Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social - BPC, é um direito garantido por lei (Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993). O benefício consiste em pagamento mensal de 1 (um) salário mínimo a idosos com mais de 65 anos de idade e a pessoas portadoras de deficiência, de qualquer idade, que comprovem ter renda per capita inferior a 1/4 de salário mínimo.
Por se tratar de um benefício da assistência social não é preciso ter contribuído para a Previdência Social para ter acesso a ele. O BPC é pago com recursos do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS alocados no Fundo Nacional de Assistência Social - FNAS.
O Benefício de Prestação Continuada pode ser concedido a mais de um membro da família, desde que a renda familiar seja inferior a 1/4 do salário mínimo vigente. Por não se tratar de uma aposentadoria, é necessário fazer uma reavaliação a cada dois anos para que se verifique se as condições do beneficiário continuam as mesmas. Sendo confirmadas, o benefício continuará sendo pago e se for constatado que o beneficiário não mais atende aos critérios de concessão do BPC, o benefício pode ser suspenso e/ou encerrado.
 
 Conforme Convenção da ONU em 2006, são consideradas pessoas com deficiência "aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas."
Quais os requisitos para que se possa solicitar o benefício.
O BPC constitui-se em um direito de cidadania das pessoas idosas ou
com deficiência que atendem aos seguintes critérios: renda per capita familiar inferior a ¼ do salário mínimo, informação documental sobre composição e renda familiar analisada mediante avaliação socioeconômica do assistente social do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), critério exigível para a pessoa idosa e para a com deficiência; comprovação da deficiência e do nível de incapacidade para vida independente e para o trabalho, temporária ou permanente, atestada por meio de perícia médica e social do INSS, avaliação necessária apenas no caso do solicitante ser pessoa com deficiência, considerada a dispensa da avaliação da capacidade laboral dos adolescentes
menores de 16 anos. Nota: A situação de internado não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao BPC. 
O cidadão poderá procurar o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS ou a Secretaria Municipal de Assistência Social ou o órgão responsável pela Política de Assistência Social de seu município para receber as informações sobre o BPC e os apoios necessários para requerê-lo. A Agência do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é o órgão responsável pelo recebimento do requerimento e pelo reconhecimento do direito ao BPC.
Para requerer o BPC, a pessoa idosa ou com deficiência deve agendar o atendimento na Agência do INSS mais próxima de sua residência pelo telefone 135 da Central de Atendimento da Previdência Social (ligação gratuita) ou pela internet (www.previdenciasocial.gov.br).
Na Agência do INSS, o (a) requerente deve preencher o formulário de solicitação do benefício, apresentar declaração da renda familiar, comprovar residência e apresentar os seus documentos de identificação e os dos membros da família.
No caso de pessoas com deficiência, será realizada uma avaliação da deficiência e do grau de impedimento, composta por avaliação médica e avaliação social, realizadas por médicos peritos e assistentes sociais do INSS. Esta avaliação será agendada pelo INSS. Se for comprovada a impossibilidade de deslocamento do beneficiário até o local da realização da avaliação de incapacidade, esta será realizada em seu domicílio ou no local em que o beneficiário esteja internado.
IMPORTANTE! Para ter acesso ao BPC não é preciso intermediários ou atravessadores, nem autorização de ente político. A pessoa com mais de 65 anos ou com deficiência pode ir diretamente a uma agência do INSS mais próxima de sua residência e solicitar o benefício, sem custos.
III. O que se deve entender por “deficiente” e “idoso”. 
O debate sobre deficiência tem ocupado cada vez mais espaço nas políticas públicas brasileiras. Isso ocorre, por um lado, como resultado do envelhecimento populacional, que força o reconhecimento de que a experiência da deficiência não pertence apenas ao universo do inesperado e, sim, que faz parte da vida de grande número de pessoas. Por outro lado, resulta de mudanças no que se define por deficiência e na forma de se entender como a sociedade é responsável por ela. A combinação desses dois fatores é de especial importância para os formuladores de políticas, pois tem implicações diretas na determinação do conteúdo das políticas e de seu público-alvo.
A ampliação desse debate tem enfrentado várias barreiras, até mesmo no que
diz respeito à terminologia “correta” a ser usada quando se discute a questão. Por algum tempo, evitou-se o uso do termo deficiente para se referir às pessoas que experimentavam a deficiência, por se acreditar que se tratava de um termo estigmatizante. Foram buscadas alternativas como “pessoa portadora de necessidades especiais”, “pessoa portadora de deficiência” ou, o mais recente, “pessoa com deficiência”, todas buscando destacar a importância da pessoa quando feita referência à deficiência. Aqueles com preferência pelo reconhecimento da identidade na deficiência utilizam simplesmente o termo deficiente, seguindo princípios semelhantes aos que levam a preferência pelo termo “negros” para fazer referência às pessoas de cor preta ou parda. Sem considerar o cuidado para se evitar o uso de expressões claramente insultantes, parece que a disputa pelaterminologia correta dispersa energia que deveria ser aplicada em questões mais substantivas e, por essa razão, este texto usa várias terminologias conhecidas indiferentemente.
As políticas sociais voltadas aos deficientes precisam definir “deficiência”. Não é uma tarefa fácil, uma vez que a busca de critérios essencialmente técnicos e neutros para determinar o que é deficiência não só é ingênua como, geralmente, esconde, sob uma fachada neutra, valores altamente prescritivos quanto à função e aos objetivos das políticas sociais. O mesmo pode ser dito em relação aos idosos, caso em que discussões sobre idade compõem o cerne do debate brasileiro de assistência.
O objetivo desta publicação é aproximar a discussão sobre envelhecimento do tema deficiência. Os estudos sobre deficiência são um campo sólido de debates pouco conhecido no Brasil. O modelo social de deficiência, uma corrente político-teórica iniciada no Reino Unido nos anos 1960, provocou reviravolta nos modelos tradicionais de compreensão da deficiência ao retirar do indivíduo a origem da desigualdade e ao devolvê-la ao social. Com o envelhecimento crescente da população, o principal grupo de deficientes concentra-se entre os idosos, fenômeno que torna essa aproximação teórica ainda mais urgente. O modelo social da deficiência é uma discussão extensa sobre políticas de bem-estar e de justiça social, em que a explicação médica para a desigualdade não é mais considerada suficiente. O principal argumento aqui desenvolvido é que, tendo em vista a interseção entre deficiência e envelhecimento, as perspectivas teóricas e políticas do modelo social da deficiência são uma fonte rica de diálogo e inspiração para políticas de bem-estar para idosos. 
O que caracteriza a miserabilidade.
O critério objetivo da Lei nº 8.742/93 é “servir a quem dela necessitar”, bem
como “amparar pessoas hipossuficientes, garantindo-lhes uma vida digna”, conforme diretrizes do Estado Social. O critério de miserabilidade é estabelecido pela renda familiar per capta ser de ¼ do salário mínimo e, somente preenchendo tal critério, o beneficiário fará jus à concessão de tal benefício. Neste sentido, sobre a entidade familiar, de acordo com Ivan Kertzman, “entende-se como família o conjunto de pessoas consideradas dependentes, para fins previdenciários, desde que vivam sob mesmo teto”, (2006, p. 468). Assim, o grupo de pessoas que residam sob mesmo teto e estes sejam dependentes uns dos outros, é caracterizado como entidade familiar, e devem estes ter a renda familiar inferior ao estipulado em lei.
 
Por derradeiro, transcrevo abaixo parte da decisão do Ministro Gilmar Mendes
na Reclamação nº 4374, proferida em 1º de Fevereiro de 2007, após a Revogação da Súmula nº 11 da TUN e da decisão da ADI 1.232-1/DF, na qual é reafirmada a necessidade de aferição no caso concreto a miserabilidade do idoso ou deficiente para fins de concessão do benefício assistencial:
“DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada com fundamento no art. 102, inciso I, “l”, da Constituição Federal, e nos arts. 13 a 18 da Lei no 8.038/1990, para garantir a autoridade de decisão deste Supremo Tribunal Federal. Na espécie, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) propõe reclamação em face de decisão proferida pela Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado de Pernambuco nos autos do Processo no 2005.83.20.009801-7.
O acórdão apontado como parâmetro é o relativo ao julgamento da
ADI no 1.232/DF (Pleno, por maioria; Rel. Min. Ilmar Galvão, Red. para o acórdão Min. Nelson Jobim; DJ de 01.06.2001). Na oportunidade, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do § 3o do art. 20 da Lei no 8.742/1993, que estabelece critérios para receber o benefício previsto no art. 203, inciso V, da Constituição. A inicial sustenta que a decisão reclamada afastou o requisito legal expresso na mencionada lei, o qual, segundo o acórdão tomado como parâmetro, representa requisito objetivo a ser observado para a prestação assistencial do Estado.
3 CONCLUSÃO
A Constituição da República do Brasil prevê a Seguridade Social como política voltada para o bem-estar do cidadão. Todavia, há momentos em que o cidadão encontra barreiras que precisão ser transpostas e o meio a ser utilizado para tanto é a justiça social.
Em seu artigo 6º, no Capítulo II DOS DIREITOS SOCIAIS, bem como no artigo 203, inciso V, a Constituição previu que a previdência social e assistência aos desamparados seriam provida na forma da lei. Assim, a lei 8.742/93 determinou a concessão e administração do benefício de prestação continuada a cargo da União, com a operacionalização por parte do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Instituição vinculada ao Ministério da Previdência, com criação especifica para operacionalizar toda a máquina previdenciária do país, sem, contudo, gerir os recursos provenientes da arrecadação do imposto devido. Tal fato se dá após a publicação da lei 11.457 de 16 de março de 2007, que trouxe em seu inciso segundo que cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e recolhimento das contribuições sociais da lei 8.212/1991.
Nota-se, contudo, que embora as necessidades e limitações de atividade laboral sejam as mesmas, aquele cidadão titular do Benefício de Prestação Continuada, por toda a legislação atual, não fará jus ao adicional de 25% no benefício, como ocorre com a aposentadoria por invalidez, que no fim possui critérios idênticos para sua concessão. Nesta esteira, fica evidente a diferenciação dada em decorrência dos regimes de caráter contributivo e não contributivo, prevalecendo, então, o fim financeiro enquanto que o fim social deveria ser soberano.
Com as primeiras práticas já presentes bem antes da CRFB de 1988, a Previdência social é organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória para aqueles que desempenham atividade remunerativa. Vista conceitual, o modelo social enfatiza uma mudança de perspectiva quanto ao peso que características corporais têm na experiência da deficiência, mudança que tem consequências para a formulação de políticas: o reconhecimento da “sociedade deficiente” é tão ou mais importante para a formulação de políticas públicas que a identificação da “pessoa deficiente”. O modelo social jamais ignorou o papel que as perdas de funcionalidade têm na experiência da deficiência, mas enfatiza que, em muitos casos, essa experiência só ocorre por motivos eminentemente sociais. É perfeitamente possível, por exemplo, que, em uma sociedade devidamente ajustada, uma pessoa com algum tipo de limitação funcional não experimente a deficiência.
	
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ABBERLEY, Paul. The concept of oppression and the development of a social theory of disability. Disability, Handicap & Society, v. 2, n. 1, 1987.
ARAÚJO, Luis Alberto David. A proteção constitucional das pessoas portadoras de deficiência. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos – Corde, 2003. (Série Legislação em Direitos Humanos, n. 3).
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, promulgada em 05 de outubro de 1988;
______. Lei nº 9.533/97 de 10 de dezembro de 1997. Lei da Presidência da
República, Casa Civil;

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