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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro TERCEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL – 2015.2 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO Coordenação: Prof. Dr. Dalton Alves Nome: Matrícula: E-mail: Telefone: Polo: Cidade que reside: Caro (a) aluno (a): Essa é a sua Terceira Avaliação Presencial (AP3). Leia os enunciados com atenção e procure ser claro e objetivo na elaboração de suas respostas. Leia atentamente as Instruções abaixo: Você vai encontrar nesta avaliação 02(duas) questões objetivas e 02(duas) questões discursivas para responder; Leia atentamente todas as questões; Escreva com letra legível; Revise suas respostas e verifique se as ideias estão claras; Esta avaliação é individual e sem consulta; Responda com caneta azul ou preta; Utilize o caderno de resposta. Bom Trabalho !!! UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH Licenciatura em Pedagogia – EAD UNIRIO/CEDERJ GABARITO QUESTÕES OBJETIVAS (5.0 Pontos) QUESTÃO (01) = [2.5 pontos – 0,25 cada alternativa correta] Texto 16 = CATTANI: “Desigualdades Ampliadas e Alternativas em Construção”. Segundo o autor, o MODELO NEOLIBERAL, que tem imperado no mundo desde a década de 1970, tem conduzido a humanidade ao que ele denomina de “Rota do Desastre”. Ao contrário do discurso oficial, diz o autor, a aplicação do modelo neoliberal “resultou na realidade no aumento das desigualdades históricas e criação de desigualdades inéditas”. Com base nisto faça um quadro comparativo do ANTES e AGORA quanto ao modelo adotado de organização econômica e societária capitalista de tipo neoliberal. Escolha dentre as alternativas abaixo aquela que melhor se adequa a uma coluna ou outra, e preencha o quadro a seguir: precariedade / múltiplas tarefas / direitos trabalhistas / estado de bem estar social / exclusão / regulação dos mercados / estabilidade / estado mínimo / inclusão / flexibilização de direitos: contrato temporário, trabalho informal / tarefas curtas, rotineiras e monótonas. ANTES se falava: AGORA se fala: estabilidade precariedade direitos trabalhistas flexibilização de direitos: contrato temporário, trabalho informal estado de bem estar social estado mínimo tarefas curtas, rotineiras e monótonas múltiplas tarefas inclusão exclusão QUESTÃO (02) = [2.5 pontos – 0,50 para cada alternativa correta] Segundo ZANELLA (Texto 07) – “A formação do trabalhador nas Corporações”. O Século XVIII marca o fim das Corporações de Ofício, do Mestre Artesão, que foram eliminadas pelo “sistema de fábrica” (manufatura/indústria). A “pedagogia das corporações” foi eliminada por uma “complexa ideologia educativa” a qual inviabilizou a formação do artesão (p.148). Que outros fatores foram determinantes na eliminação das Corporações? Marque V(verdadeiro) ou F(falso) para as seguintes alternativas: a. ( ) O controle rígido da produção e distribuição de mercadorias, conforme a lógica do mercado; b. ( ) As fábricas não precisavam mais de mestres; c. ( ) O que vale agora, na formação, é o desenvolvimento do “dom natural”; d. ( ) O lançamento da obra: “Didática Magna: a arte de ensinar tudo a todos”, de João Amós Comenius, pai da Pedagogia Moderna; e. ( ) A qualificação passou a não depender mais da organização profissional; GABARITO: F, V, V, F, V QUESTÕES DISSERTATIVAS (5.0 Pontos) Orientações: Procure responder às questões dissertativas usando suas próprias palavras, com criatividade e demonstrando coerência expositiva e argumentativa ao redigir, escreva fazendo sempre uma introdução, desenvolvimento e conclusão. Lembre-se, não basta afirmar ou apenas enunciar a ideia correspondente ao que se pede em cada questão, é preciso explicá-la. Bom Trabalho! QUESTÃO 03 = [2.5 Pontos] Considerando as ideias desenvolvidas no início do semestre sobre o conceito de trabalho, do trabalho como exploração e das formas educativas de trabalho, analise o texto a seguir, de Bertold Brecht, e depois faça o que se pede: PERGUNTAS DE UM OPERÁRIO LETRADO Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, Mas foram os reis que transportaram as pedras? Babilônia, tantas vezes destruída, Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas Da Lima Dourada moravam seus obreiros? No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde Foram os seus pedreiros? A grande Roma Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio Só tinha palácios Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida Na noite em que o mar a engoliu Viu afogados gritar por seus escravos. O jovem Alexandre conquistou as Índias Sozinho? César venceu os gauleses. Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço? Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha Chorou. E ninguém mais? Frederico II ganhou a guerra dos sete anos Quem mais a ganhou? Em cada página uma vitória. Quem cozinhava os festins? Em cada década um grande homem. Quem pagava as despesas? Tantas histórias Quantas perguntas. Bertold Brecht. Perguntas de um operário letrado. Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/autor/bertold_brecht/>. Acesso em: 09.abr.2014. A partir da análise deste texto redija uma crítica à memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos, que foram construídos por trabalhadores, mas que têm sua memória vinculada apenas aos governantes das sociedades que os construíram. Dê exemplos disto na história brasileira e dos últimos tempos, atuais. O famoso texto de Bertold Brecht tem o sentido de estabelecer uma crítica ao fato de que apenas os governantes e poderosos de cada civilização são citados, quando um monumento é mencionado pela história, criando a memória de terem sido apenas eles os responsáveis por tais feitos. Na história do Brasil, de ontem e de hoje, pode-se citar a construção de Brasília sobre a qual raramente se fala dos operários que a construíram, e sim, lembra-se de Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Juscelino Kubitschek; bem como da Ponto Rio Niterói; ou a construção do Maracanã e dos novos estádios para a copa do mundo de 2014 e dos espaços onde serão realizados os jogos olímpicos de 2016 etc. Frisar, de algum modo, a necessidade de se valorizar o trabalhador “manual” simples– pedreiro, cozinheiro etc, pois são a base do desenvolvimento de uma nação/povo, mostrar a exploração do trabalhador que nem tem vez na história não é lembrado. Relacionar com o trabalhador comum tipo “chão da fábrica” etc. QUESTÃO 04 = [2.5 Pontos] No Texto Complementar, de Cintia SOUSA, “A relação trabalho-educação: um estudo sobre as concepções de futuras professoras”, dentre os vários temas desenvolvidos a autora faz uma distinção entre o que seria “o trabalho como exploração” e a “forma educativa do trabalho” infanto-juvenil. Considerando essas ideias, explique o que a autora está denominando de “formas educativas do trabalho infanto-juvenil” as quais podem ser admissíveis e desejadas que aconteçam na escola e fora dela? GABARITO: A ideia neste caso é trabalhar a noção de que nem todo trabalho infanto-juvenil é ruim ou desprezível. Deve-se criticar e eliminar o trabalho como exploração, aquele que mutila e degrada a vida da infância e da juventude. Por outro lado, o trabalho nesta fase é desejável e deve ser incentivado quando este é executado como fator necessário do processo de humanização, tal como diz Frigotto, segundo o qual o ser humano como ser natural e social que é, “(...) necessita elaborar a natureza, transformá-la, e pelo trabalho extrair dela bens úteis para satisfazer as suas necessidades vitais e socioculturais. Quando não socializa esse valor, a criança e o jovem tornam-se, ao dizer de Gramsci, espécies de mamíferos de luxo, queacham natural viverem do trabalho e da exploração dos outros [...] Trata-se de educar a criança e o jovem para participar das tarefas da produção, de cuidar de sua própria vida e da vida coletiva e para partilhar de tarefas compatíveis com sua idade”. (FRIGOTTO apud SOUSA, p.29 -- Texto 04). Espera-se, assim, que o/a estudante consiga apresentar algumas possibilidades e exemplos de trabalho infanto-juvenil que sejam admissíveis e desejados nesta fase, na escola ou fora dela, como atividade pedagógica e de formação. Atividades de ações sobre a natureza e sobre os demais seres humanos com o objetivo da criação de algum “valor-de-uso” para o bem estar dos humanos, respeitando também a natureza, sem degradá-la. Desenvolver a noção de que todos dependemos do trabalho um do outro, bem como a natureza, e que não deve ser admitido que alguns, “mamíferos de luxo”, possam viver só do trabalho dos outros sem contribuir socialmente com a produção da existência humana no mundo. Âmbitos frutos do trabalho: alimentação, habitação, vestuário, segurança, locomoção, conhecimento, comunicação, economia etc.
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