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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE FÍSICA CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA CAMILA FERREIRA AGUIAR EXPERIMENTO DE DIFRAÇÃO DE FRAUNHOFER RELATÓRIO CURITIBA 2014 CAMILA FERREIRA AGUIAR EXPERIMENTO DE DIFRAÇÃO DE FRAUNHOFER Relatório apresentado como requisito parcial de aprovação da disciplina de Ótica, do curso de Licenciatura em Física da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Professor: Dr. José Luíz Fabris CURITIBA 2014 Sumário INTRODUÇÃO.......................................................................................................................3 DIFRAÇÃO DE FENDA SIMPLES.........................................................................................4 ..............................................................................................................................................5 OBJETIVOS...........................................................................................................................5 MATERIAIS............................................................................................................................5 METODOLOGIA.....................................................................................................................6 TRATAMENTO ESTATÍSTICO...............................................................................................8 DADOS EXPERIMENTAIS..................................................................................................10 CONCLUSÃO......................................................................................................................13 REFERÊNCIAS....................................................................................................................14 INTRODUÇÃO Difração é o nome genérico dado aos fenômenos associados a desvios da propagação da luz em relação ao previsto pela óptica geométrica (ou seja, de raios retilíneos) e que põem de manifesto a natureza ondulatória da luz. Fenômenos de difração são observados para todos os tipos de ondas. Raramente observamos a difração da luz no cotidiano. Entretanto, a difração das ondas sonoras é difícil de ser evitada; o som contorna obstáculos de tamanhos relativamente grandes, tais como pessoas, árvores e mobílias de uma sala. Esta diferença entre a difração do som e da luz é devida à diferença entre os respectivos comprimentos de onda. O comprimento de onda do som é da ordem de 1 m, enquanto que o da luz visível é da ordem de 500 nm. Ondas eletromagnéticas utilizadas na transmissão de sinais de rádio, televisão e telefonia móvel, por exemplo, com comprimentos de onda que variam entre algumas dezenas de centímetros até alguns quilômetros, contornam facilmente obstáculos como árvores e carros e até prédios, dependendo do caso. A difração por uma fenda fina pode ser observada com uma montagem experimental simples e explicada matematicamente com um modelo também simples e que permite extrair conclusões gerais acerca da difração. Além disso, quando a luz se difrata por um conjunto de aberturas periódicas, se observam interessantes fenômenos de interferência entre as ondas originadas em cada abertura. A figura de difração depende das condições de iluminação e de onde se observa a figura. Se o obstáculo é iluminado com ondas planas e a região onde observamos a difração está longe do obstáculo dizemos que temos difração de Fraunhofer. Em todos os outros casos dizemos que temos difração de Fresnel. Neste experimento investigaremos a difração de Fraunhofer produzida ao passar um feixe laser por fendas muito finas. DIFRAÇÃO DE FENDA SIMPLES Na fig.1, um feixe de luz monocromática de comprimento de onda λ passa por uma fenda de largura b e atinge um anteparo a uma distância z. O feixe incidente tem frentes de onda planos, paralelos à fenda, e a distância z é suficientemente grande como para considerar planos também os frentes de onda no anteparo (condição de difração de Fraunhofer).1 As ondas originárias em cada ponto da abertura interferem entre si e produzem o padrão de difração ilustrado nesta figura. Observamos um máximo central com intensidade I0 e pontos onde a intensidade luminosa se nula. A intensidade de luz em uma posição y = r sin θ sob o anteparo é dada por Ilustração 1: Difração da luz por uma fenda de largura b vista em um anteparo a uma distância z. A largura do máximo central é Δ y onde Se y << z podemos usar as aproximações sin θ ≈ θ ≈ y/z e escrever Em y = 0 (correspondendo a θ = 0 e, portanto, β = 0) observamos um máximo central de intensidade I0. Já nos pontos onde β = nπ (n = ±1, ±2, ±3...) a intensidade luminosa é nula. Estes pontos de mínimos correspondem a valores de y tais que A largura do máximo central, Δy = y1 – y-1, é então Δy = 2λz/b (3) OBJETIVOS Observar os efeitos da difração por fenda simples; Calcular tamanho da fenda, utilizando fendas simples, bem como o tratamento dos erros associados. MATERIAIS • Laser de He-Ne de 632,8 nm; • Paquímetro; • Trena; • Régua; • Folha sulfite; • Banco ótico linear • suporte METODOLOGIA A relação dos mínimos de difração nos permite determinar b se λ é conhecido (e vice- versa). No experimento vamos utilizar um laser de λ conhecido e medir z com uma trena e Δy com uma régua, de modo que poderemos determinar b tipicamente com erro menor de 0,05mm Também dispomos de um paquímetro para medir b diretamente e verificar se o modelo está correto. Primeiramente é organizado o experimento com o banco linear ótico e colocado o suporte, em cima do suporte foi colocado o paquímetro com a função de fenda simples. O laser foi alocado ao lado do banco óptico, não sob ele. E ajustado para o feixe de laser ficar na altura do bico do paquímetro. Ajustada a distância do laser para formar o padrão de difração na parede. Assim onde ocorria a interferência foi colocada uma folha de papel para marcar a distância do máximo central aos mínimos centrais. As três integrantes do grupo mediram três vezes as distâncias, tanto do lado positivo quanto negativo referente ao máximo central. A imagem abaixo mostra a montagem do experimento: A imagem a seguir mostra o padrão de difração encontrado. A próxima imagem mostra uma das marcações do máximo central até o mínimo, feitas Figura 1: Laser configurado com o banco ótico, o suporte para o paquímetro Figura 2: Padrão de difração em sulfite. TRATAMENTO ESTATÍSTICO Como durante o experimento foram ao total 9 medidas do padrão de interferência, há a necessidade de calcular a média para o gráfico ser plotado. Segue a equação da média: “O valor médio é diferente do valor verdadeiro porém a incerteza associada com o valor médio é menor que a incerteza para cada um dos valores yi.”(Muller, 2012, p. 12). Então seguindo no tratamento das medidas do padrão é calculado o desvio padrão para as medidas. “Para uma série de medidas a dispersão, que indica quanto os resultados se espalham em relação ao valor médio por causa dos erros aleatórios, pode ser calculada a partir do ȳr= 1 N∑n=1 N yr (4) desvio médio quadrático ou desvio padrão obtido a partir dos resultados experimentais.” (Muller, 2012, p. 12) Em seguida é calculada a dispersão em torno do valor médio, levando em conta que cada medida foi realizada mais de uma vez, esse valor é dado pelo desvio padrão médio: Devido ao número pequeno de medidas, é necessário aplicar o coeficiente T-student para ajuste: “O desvio padrão do valor médio de uma grandeza é a incerteza final correspondente aos erros estatísticos nas medições. Esta estimativa leva emconta a dispersão causada pelos erros estatísticos, contudo, ainda restam os eventuais erros sistemáticos que devem ser determinados para que o resultado possa ser corrigido.” (Muller, 2012 p. 13) Nas medições dessa primeira parte, o T foi 1,833, pois foram obtidos nove valores para cada ângulo de reflexão. O próximo passo é então estimar o erro sistemático que segundo Muller: O desvio associado aos erros sistemáticos é bem mais difícil de ser avaliado e não existe nenhum método padrão bem estabelecido para fazer isto. Portanto neste caso o bom senso do operador é fundamental uma vez que, por mais bem elaborada que seja a experiência, sempre haverá um erro sistemático residual. Geralmente o limite de erro Lr é estimado verificando o manual fornecido pelo fabricante dos equipamentos empregados. (Muller, 2012, p. 13) O erro sistemático é dado pela seguinte equação: σ m= σ √N (6) σ =√ 1N−1∑n=1 N ( yr− ȳr) ² (5) σ m '=T⋅ σ√N (7) σ r= Lr 2⋅√3 (8) Em seguida é feito a combinação das incertezas estatísticas e sistemáticas, obtendo a incerteza padrão. O tratamento estatístico de z será realizado da seguinte maneira: s é o slope obtido através do gráfico de y pelo número de franjas m. Z é a distância medida entre a fenda e o anteparo. DADOS EXPERIMENTAIS Na tabela a seguir são apresentados o número de franjas m, e as distâncias do máximo central ao mínimo central, são apresentadas 9 medidas. A próxima tabela apresenta a média e os desvios padrão relacionados às distâncias e erro total. Os desvios já estão com a correção do T-student de 2,306 para N-1, com 97,5% σ p=√σ m ²+σ r ² (9) Tabela 1: Ordem da franja e distâncias em mm m y (mm) y (mm) y (mm) y (mm) y (mm) y (mm) y (mm) y (mm) y (mm) -10 -83 -81,5 -82 -81 -81 -82 -82 -81 -81 -9 -73 -73,5 -73,5 -73 -72,5 -73,5 -73 -72,5 -73 -8 -65 -66,5 -66 -65 -65 -66,5 -65 -64 -65 -7 -56,5 -57,5 -57,5 -57 -57 -57 -57 -56,5 -56,5 -6 -49,5 -50 -49 -49 -49 -49,5 -49 -48 -48,5 -5 -41 -42 -41,5 -41 -40 -41,5 -41,5 -40 -40 -4 -33,5 -34 -33,5 -33 -32,5 -32,5 -33 -32 -32,5 -3 -25,5 -26 -25,5 -24,5 -24 -25 -25 -24 -25 -2 -17 -18 -17,5 -17 -16,5 -16,5 -17 -16 -17 -1 -9,5 -10 -10 -9,5 -9,5 -10 -9,5 -9,5 -9,5 1 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5 2 17 17 17 16,5 16,5 16 16,5 17 16 3 24 25 24 24 24,5 24 24,5 25 24 4 32 32,5 32 33 33,5 32,5 32,5 33 33 5 40 40,5 40 41 40 40 40,5 42 41 6 48 48,5 48 48,5 49 48 48 48 48 7 56 57 56,5 57 56,5 55,5 56,5 57 56 8 64 64 64,5 65 65 64 64,5 64 64 9 73 73 72 73,5 73 72 72,5 73 72 σ b=σ z( λ s ) 2 +σ s( λ z s2 ) 2 (10) de confiabilidade. A seguir encontra-se o gráfico da média y pelo número da franja. Tabela 2: y médio, desvios padrão e erro total. A seguir tem-se a regressão linear, obtida do gráfico: Regressão linear ajuste do conjunto de dados: Table1_2, usando função: A*x+B Erros padrão em Y: Conjunto de dados associado (Table1_3) De x = -10 a x = 9 B (interceptação em y) = -0,180082877195846 +/- 0,10624408271569 A (inclinação) = 8,11456696095362 +/- 0,0192345192970814 -------------------------------------------------------------------------------------- Chi^2/doF = 2,96061982152541 R^2 = 0,99971729027738 Temos slope=8,115 e a incerteza padrão=0,02 Agora são apresentadas as medidas de z e z médio. A seguir são apresentados os erros de z, já devidamente ajustado com o T-student para N-1 gruas de liberdade de 2,776. Tabela 3: Distância entre a fenda e o anteparo Z (mm) 5.440 5.437 5.435 5.440 5.435 Tabela 4: distância média entre a fenda e o anteparo z médio (mm) 5.437 Utilizando a equação 10 e a equação de mínimos de refração, obtemos o valor da fenda: b=0,427±0,001mm CONCLUSÃO O valor obtido da fenda foi de b=0,427±0,001mm , o paquímetro estava com uma medida de menos de 1mm para ocorrer a interferência. Como a medida da distância da fenda não foi exata não há como comparar os valores, mas como não foi maior que 1mm esta dentro do padrão esperado. REFERÊNCIAS MULLER, M.; FABRIS, J. L.; Um curso introdutório de Fundamentos da Física Experimental: Um guia para as atividades de laboratório. UTFPR, 2012. NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de física básica.4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. 4 v. ISBN 9788521201632 (v.4). RIBEIRO JUNIOR. Elson Heraldo; PENTEADO, Rosangela de Fatima Stankowitz. Modelo para formatação de trabalhos acadêmicos da UTFPR. Ponta Grossa, 2011. (Apostila). Tabela 5: desvios padrão relacionados a z desviao padrao z desvio padrao medio z sigma p D 2,5099800796 3,1160522717 3,1293953239 INTRODUÇÃO DIFRAÇÃO DE FENDA SIMPLES þÿ OBJETIVOS MATERIAIS METODOLOGIA TRATAMENTO ESTATÍSTICO DADOS EXPERIMENTAIS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
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