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Síntese Neuropsicopedagogia

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FACULDADE OBJETIVO – PÓS-GRADUAÇÃO EM
NEUROPSICOPEDAGOGIA
NEUROPSICOLOGIA 
Acadêmico: LARISSA GONÇALVES DOS SANTOS
Orientadora: Profª. DINARA PEREIRA 
	
	
	Trabalho apresentado à Faculdade Objetivo, como parte das exigências da Matéria de Neuropsicopedagogia.
RIO VERDE - GO
2018
Desenvolvimento humano e Aprendizagem.
 Mediante as conceituações de base sobre as etapas e características do desenvolvimento humano que já pude ter acesso desde o período da graduação em Psicologia, é perceptível que grande parte das teorias que abordam este contexto, considera que o comportamento é fruto de características hereditárias, bem como de outras que são aprendidas de acordo com o ambiente em que o indivíduo está inserido, a diferenciação, e em alguns casos, as divergências; estão no sentido da influência que cada uma destas características tem sobre o comportamento manifesto pelas pessoas.
 Sabe-se que, o homem tanto influencia, quanto é influenciado pelo meio em que vive, embora alguns analistas do comportamento relatem acreditar que o homem é apenas um produto do meio. Não se pode descartar nem uma predisposição possível que alguns seres já manifestam ao nascer, e nem esquecer que os estímulos recebidos por cada criança podem ter plena relação com sua facilidade ou dificuldade em adquirir aprendizagens simples e complexas no decorrer da vida. 
 Quando se inicia a fala sobre desenvolvimento, precisamos nos atentar no sentido de perceber que num processo natural, um prediz o outro.
 Piaget (1896-1980) já dizia que o desenvolvimento mental não pode ser dissociado do crescimento físico, visto que há uma plena correlação entre eles. Quando o mesmo destaca sobre a inteligência, a perspectiva é de que a mesma modifica-se na medida em que a criança começa a se desenvolver e recebe influências dos reflexos biológicos, inatos e adquiridos, passando para o período sensório motor, e mais há frente, habilidades básicas de operações abstratas, e outras fases específicas que ele nomeia de estágios da aprendizagem.
 Os estágios mais ou menos delimitados propostos por Piaget prediz de forma que um estágio anuncia o posterior, assim como é condição necessária para ele. Ele propôs quatro estágios do desenvolvimento cognitivo: sensório motor (de 0 a 2 anos), em que o bebê entende o mundo a partir dos seus sentidos e das suas ações motoras, o pré-operatório (de 2 a 6 anos), em que a criança passa a utilizar símbolos, classificar objetos e utilizar lógica simples, o operatório concreto (de 7 a 11 anos), em que inicia o desenvolvimento de operações mentais como adição, subtração e inclusão de classes, o operatório formal (de 12 anos em diante), em que o adolescente organiza ideias, eventos e objetos, imaginando e pensando dedutivamente sobre eles. Os estágios seguem uma ordem fixa de desenvolvimento, mas as pessoas passam por eles em velocidades diferentes (Bee, 1997; Papalia; Olds; Feldman, 2006).
 Atribuindo esta definição de Piaget, junto às demais contribuições referenciadas, e trazendo para o contexto clínico e educacional no qual tenho contato, nosso desafio começa em ter de simplificar e esclarecer a característica própria que cada criança tem para aprender, trabalho que deve ser iniciado junto aos profissionais que tem contato direto com essa demanda, e em seguida com os responsáveis das crianças e adolescentes.
 É perceptível que as maiores dificuldades nesse campo, quando não são ocasionadas por transtornos, deficiências, déficits intelectuais e outros, é a pouca estimulação e a atenção adequada voltada para a criança, e isto é explícito quando se faz uma investigação com mais critério com os responsáveis e quando analisamos o comportamento das crianças que chegam para nós.
 Enfrentamos dois paradigmas importantes no contexto educacional: o primeiro diz respeito a falta de coesão nas contratações dos profissionais que vão atender a demanda das pessoas que possuem dificuldade e que tem direito a apoio em sala. O segundo é a resistência dos profissionais já existentes na rede, que em sua grande maioria são professores regentes, e que não se atualizam ao ponto de compreenderem melhor as novas demandas que chegam ao ambiente escolar.
REFERÊNCIAS
Bee, H. (1997) O ciclo vital. Porto Alegre, editora Artmed.
Papalia, D. E. Olds, S. W. Feldman, R. D (2006), Desenvolvimento humano. Porto Alegre, Artmed.
Piaget, J. (1960) A construção do real na criança. Rio de Janeiro; Zahar.

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