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APLICAÇÃO DA LEI PENAL PARTE 02
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
DIREITO PENAL I -
TEORIA DO CRIME
Profª. Antonieta Araújo
PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE DA LEI PENAL
A lei penal benéfica (lex mitior):
Novatio legis in mellius
Abolitio criminis
ABOLITIO CRIMINIS – art. 2º
Abolição do crime.
-Não basta simples revogação do tipo pena, é necessário que o fato outrora incriminado torne-se irrelevante perante o ordenamento jurídico penal (Massom)
ex. crime de adultério, art. 240 do CP;
 art. 107, III CP extingue-se a punibilidade- não subsiste contra o réu ou condenado nenhum efeito, apagando-se, inclusive o registro constante da sua folha de antecedentes.
- os efeitos civis não são atingidos pela abolitio criminis (título executivo de natureza judicial art. 475-N inciso II do CPC)
≠ Princípio da continuidade normativo-típica= (Greco e Masson) -determinado tipo penal incriminador revogado, mas seus elementos são migrados para outro tipo penal já existente, ou mesmo criado por nova lei. 
Ex.: art. 12 da lei 6368/73 – 33 da lei 11.343/06, atentado violento ao pudor – migrado para a na figura típica do art. 213 CP.
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS 
Conceito:Legislador altera o tipo penal incriminador variando a descrição da conduta, de forma e excluir certas maneiras de execução, bem como modificando a sanção penal, conferindo-lhe abrandamento ou concedendo-lhe benefícios penais inexistentes. (NUCCI)
I- Possibilidade dada a lei penal para se movimentar no tempo (extra-atividade) (Greco)
a) Retroatividade:aplicação da lei penal mais benéfica a fato acontecido antes do período da sua vigência (art. 5º XL CF)- aplicação sob a ótica da data do fato criminoso.
b) Ultratividade:aplicação da lei penal benéfica, já revogada, a fato ocorrido após o período de vigência (ressuscitar lei morta) – aplicação da lei do ponto de vista da sentença.
LEI PENAL BENÉFICA EM VACATIO LEGIS
Vacatio legis: período de tempo estabelecido pelo legislador para que a sociedade tome conhecimentos de uma determinada norma, após a sua publicações antes de sua entrada em vigor.
LEI PENAL BENÉFICA EM VACATIO LEGIS
FAVORÁVEIS à aplicação: 
a lei penal em período de vacatio, não deixa de ser lei posterior, devendo, pois, ser aplicada desde logo, se mais favorável ao réu. 
Inexiste prejuízo algum para a sociedade se imediatamente posta em prática.
Retroatividade benéfica não especifica restrição ou condição. 
- Paulo José da Costa Junior, Nelson Hungria, Greco e Nucci- 
LEI PENAL BENÉFICA EM VACATIO LEGIS
CONTRÁRIOS à aplicação: 
A lei nova em período de vacatio, ainda não está em vigor, motivo pelo qual as relações sociais encontram-se sob regência da lei antiga. 
a lei ainda não começou a propagar seus efeitos, até mesmo porque é possível a sua revogação antes mesmo de entrar em vigor
Ex.: Código penal de 1969- nunca entrou em vigor embora publicado. Nunca foi aplicado
Pedro Lenza coord.: posição majoritária.
Frederico Marques, Damásio. Masson, Pedro Lenza Coord- Victor Gonçalves e André Estefan, Capez. 
EM QUE MOMENTO SE APLICA A LEI PENAL MAIS BENÉFICA?????
Resposta: entre o fato e a extinção da punibilidade, portanto, durante a investigação policial, processo ou execução da pena, toda e qualquer lei penal favorável, desde que possível a sua aplicação, deve ser utilizada em favor do réu.
COMPETENCIA PARA APLICAÇÃO DA LEI PENAL BENÉFICA
Processo em andamento ate a sentença = juiz de primeiro grau.
Em grau de recurso= o tribuna
Trânsito em julgado = a) juiz da vara de execuções ou b) tribunal- revisão criminal. Prevalece a corrente pelo Juiz da execução sumula 611 STF.
OBS.: quando for questão meramente matemática, portanto se tiver que adentrar no mérito da ação penal de conhecimento não terá mais competência,
RETROATIVIDADE DA JURISPRUDENCIA 
Quando benéfica e muda massivamente de critério-
Victor G. e André E.= aplica-se somente os casos de sumulas vinculantes e controle concentrado de constitucionalidade pelo STF.
 ex.:
1-afastamento da aplicação da súmula 174 que previa que arma de brinquedo poderia ser considerada causa especial de aumento depena do delito de roubo.
2-.: sumula vinculante nº 26 que determinou para efeito de progressão de regime a inconstitucionalidade do art. 2º da lei 8072/90.
Lei excepcional ou temporária (art. 3º)
LEIS INTERMITENTES: feitas para durar um período determinado e breve.
EXCEPCIONAL- feita para vigorar em épocas especiais, como guerra, calamidade etc. 
É aprovada para vigorar enquanto perdurar o período excepcional. 
ex. aumento da pena de furto para se evitar saques.
TEMPORÁRIA – feita para vigorar por determinado tempo, estabelecido previamente na lei.
 Não respeitam a regra do art. 2º.
Inconstitucional- não foi recepcionada pela CF de 88 art. 5º XL (Greco)
Constitucional- (Vitor Gonçalves e Damásio)
São auto-revogáreis= não precisam de outra lei que as revogue.
São sempre ultrativas= continuam a produzir efeitos aos fatos praticados durante a sua época de vigência, ainda que tenha sido revogadas. 
Objetivo= manter seu poder intimidativo.

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