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A REVOLUÇÃO KEYNESIANA Cenário antes da Grande Depressão: 1899 a 1927 Produtos químicos ............ 239% Couro e artefatos ............. 321% Têxteis e derivados ........... 499% Alimentos .........................551% Maquinaria ....................... 562% Papel e gráfica ................. 614% Aço e artefatos ................ 780% Materiais de Transporte e bens de capital .....969%. A riqueza dos Estados Unidos foi calculada em: US$ 86 milhões em 1900. US$ 361 bilhões em 1929. Investimentos no Canadá, Europa, México e América Central, América do Sul, Índia, África e Oceania. Em 24 de outubro de 1929 - QUINTA-FEIRA NEGRA. Queda dos títulos na Bolsa de Valores de Nova Iorque. CONSEQUÊNCIAS: Cortes drásticos na produção e nos investimentos; Declínio da renda nacional; Desemprego em massa; Entre 1929 a 1932: 85.000 falências 5.000 Bancos suspenderam operações 12.000.000 de desempregados a renda agrícola reduziu a menos da metade o produto industrial diminuiu cerca de 50% o valor das ações caiu de US$ 87 bilhões para US$ 19 bilhões. JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946) Keynes iniciou a sua obra analisando o processo de produção. Com o resultado da venda o empresário paga seus custos de produção que incluem: salários, remunerações, rendas, suprimentos e matérias-primas e mais juros dos empréstimos, e o que restar converte-se em lucro. O que é custo para uma empresa, reverte-se em renda para outra ou outro indivíduo. O lucro também é renda – a renda dos proprietários da empresa. O mesmo cenário utilizado para uma empresa isolada aplica-se à economia em seu conjunto – a macroeconomia. O valor de tudo que é produzido durante determinado período eqüivale ao total de rendas recebidas nesse mesmo período, gerando o que Keynes denominou de FLUXO CIRCULAR: mercadoria (bens) e moeda (renda). Mas o Fluxo Circular Rendas-Despesas pode apresentar VAZAMENTOS: – poupança líquida – quando a poupança supera os empréstimos – importações de bens e serviços e – impostos Três maneiras de COMPENSAÇÃO: – incentivar os investimentos/empréstimos para empresários; – aumentar as exportações; – o governo utilizar os impostos para financiar bens e serviços. Caso a poupança ainda excedesse os investimentos, o governo deveria entrar em cena, mediante empréstimo do excesso de poupança, investindo o dinheiro em projetos de utilidade pública (social). CAUSA FUNDAMENTAL DA DEPRESSÃO: inabilidade dos capitalistas para encontrar suficientes oportunidades de investimento, tornando-se impossível contrabalançar os níveis crescentes de poupança gerados pelo crescimento econômico (Keynes, Hobson e Karl Marx). A Grande Depressão prolongou-se por toda a década de 30, até a eclosão da II Guerra Mundial em 1940. Entre os anos de 1936 (publicação da Teoria Geral de Keynes) a 1940, os economistas passaram discutindo os méritos das teorias e de suas proposições. Às vésperas da Guerra, quando vários governos começaram a intensificar a produção de armamentos, o desemprego cedeu, rapidamente, lugar a uma escassez de mão-de-obra, na maioria das economias capitalistas. Nos E.U.A. 14.000.000 de pessoas foram mobilizadas. Entre 1939 a 1944 a economia norte americana produziu: 296.000 aviões 5.400 navios cargueiros 6.500 vasos de guerra 64.500 barcaças de desembarque 86.000 tanques e 2.500.000 caminhões o problema mais grave foi a escassez de trabalhadores. Conclusão: o capitalismo poderia ser salvo, desde que os governos soubessem fazer uso de seu poder de cobrar impostos, contrair empréstimos e despender dinheiro (gastos públicos), como sistema econômico e social viável. A Lei do Emprego, aprovada em 1946, transformou em obrigação legal do governo usar o poder de cobrar impostos, contrair empréstimos e despender dinheiro com a finalidade de manter o pleno emprego. “As despesas militares mantêm a indústria de bens de capital operando próximo à sua plena capacidade, sem elevar a capacidade produtiva da economia tão rapidamente como seria o caso se ela estivesse produzindo bens de capital exclusivamente para as indústrias. A demanda já não tende a cair abaixo da oferta com tanta persistência como antes. As despesas militares elevam a demanda, mas não alteram a produtividade”. Esse tipo de teoria econômica conduziu a “uma visão anti-histórica, tecnicista e mecanicista, apolítica do que é a economia e de como ela funciona”.
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