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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DISCIPLINA- BIOQUÍMICA Professora Responsável: Sarah Cavalcanti PROTEÍNAS: ESTRUTURA E FUNÇÃO Níveis estruturais das Proteínas Estrutura Primária: Sequência de resíduos de aminoácidos Estrutura secundária: conformação local do esqueleto polipeptídico Estrutura terciária: Estrutura tridimensional de toda cadeia polipeptídica Estrutura quaternária: Arranjo espacial de duas ou mais cadeias polipeptídicas em uma proteína multissubunidade Visão geral da estrutura das proteínas O arranjo espacial dos átomos em uma proteína ou qualquer segmento de uma proteína – Conformação Mudança de conformação pode ocorrer pela rotação de ligações covalentes Uma ou poucas conformações de uma proteína pode existir em condições biológicas Proteínas dobradas em qualquer uma de suas conformações estáveis ou funcionais – Proteínas Nativas Estrutura Primária: Sequência de resíduos de aminoácidos Terminal carboxi Terminal amino As ligações covalentes impõem importantes restrições na conformação da cadeia polipeptídica porque ligação peptídica é rígida e planar A conformação da estrutura primária é mantida pelos ângulos diedros Phi (Ø), Psi (ψ) e ômega (ω) Estrutura Primária: Sequência de resíduos de aminoácidos Importância da estrutura primária para a função das proteínas: Proteínas com funções diferentes – sequência de resíduos aminoácidos diferentes Proteínas com função semelhante – sequências de resíduos aminoácidos semelhantes Doenças genéticas – mudança da sequência de resíduos aminoácidos (anemia falciforme) ou deleção de aminoácidos da proteína (distrofia muscular de Duchenne) Estrutura Secundária:conformação local do esqueleto polipeptídico A estrutura secundária é definida pela conformação gerada pelo ângulos diedros e estabilizada por ligações de hidrogênio O nitrogênio das amidas são doadores de ligações de hidrogênio e os oxigênios das carbonilas receptores Tipos principais de estrutura secundária: Hélice α Conformação β (Folha β) Volta β* Estrutura Secundária: hélice-α é uma estrutura secundária comum Em torno de ¼ dos resíduos aminoácidos das proteínas estão na forma de hélice α ângulos diedros Ø (-57°) e Ѱ (-47°) Estrutura Secundária: A sequência de resíduos aminoácidos afeta a estabilidade da hélice-α Estrutura Secundária: conformação β organizam as cadeias polipeptídicas em folhas Conformação β - O esqueleto da cadeia polipeptídica é estendido em zigue-zague ângulos diedros Ø (-139°) e Ѱ (+135 °) ângulos diedros Ø (-119°) e Ѱ (+113 °) Estrutura Secundária:conformação local do arcabouço peptídico Volta β - conecta as extremidades de dois segmentos adjacentes de uma folha β antiparalela Estrutura Terciária: arranjo tridimensional total de todos os átomos de uma proteína Mantida pela interação de grupos R localizados em pontos distantes na cadeia polipeptídica ESTRUTURA NATIVA (FUNÇÃO) Estrutura quaternária: arranjo espacial entre subunidades protéicas Mantidas por interações fracas ou em alguns casos por ligações covalentes QUANTO A ESTRUTURA TERCIÁRIA E QUATERNÁRIA DAS PROTEÍNAS: Proteínas fibrosas e globulares Proteínas Fibrosas Possuem cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas função estrutural - garantem suporte, forma e proteção externa aos vertebrados força e/ou flexibilidade às estruturas nas quais ocorrem Insolúveis na água – alta concentração de resíduos hidrofóbicos no interior e superfície da proteína Simplicidade de estrutural Proteínas fibrosas: α-Queratina protofilamento Duas cadeias espiraladas α-hélice Células Filamento intermediário protofibrila Hélice α da queratina Duas cadeias espiraladas Protofilamento Estrutura do cabelo Cabelo, pelos, unhas, penas, espinhos, chifres, casco, camada externa da pele. Interações hidrofóbicas (Ala, Val, Leu, Ile, Met e Phe) Ligações dissulfeto – estabilidade e aumentam a resistência Proteínas fibrosas: Colágeno Estrutura do colágeno Tecidos conjuntivos: tendões, cartilagens, matriz orgânica dos ossos, e a córnea do olho Proteínas fibrosas: Colágeno Estrutura das fibrilas de colágeno Cabeças das moléculas de colágeno Estriações cruzadas Fibrilas de colágeno - estruturas supramoleculares formadas por triplas hélices de colágeno que organizadas em uma variedade de formas para garantir diferentes graus de resistência elástica nos tecidos onde ocorrem Lys e HyLys Proteínas fibrosas: Colágeno Síndrome de Ehlers-Danlos (humanos) ou Astenia Cutânea (animais) Sintomas – hiperextensibilidade, fragilidade cutânea e articulações frouxas Mutação do gene que codifica a proteína peptidil prolil isomerase (PPIB), enzima lisil-hidroxilase (Causa - alteração na síntese de colágeno tipo I, III ou V) Glicina por Cisteína ou serina Glicina por arginina Proteínas fibrosas: Fibroína da Seda Cadeia lateral de Alanina Cadeia lateral de Glicina Fibroína da seda. Conformação β. insetos e aranhas. Teia de aranha e fios de seda do bicho da seda Estrutura quaternária Folhas β antiparalelas Proteínas fibrosas: Fibroína da seda Fiandeiras de uma aranha 20 Proteínas fibrosas: Fibroína da Seda Bicho da Seda (Bombix mori) Tecido de seda Proteínas globulares Proteína globular – segmentos diferentes de uma cadeia polipeptídica dobram-se uns sobre os outros para assumir uma forma mais compacta (esférica ou globular) Enovelamento Diversidade estrutural Funções biológicas Enzimas, proteínas de transporte, proteínas reguladoras, anticorpos e etc Proteínas globulares: Mioglobina Estrutura terciária da mioglobina (153 aa, Mr 16.700) Leucina Isoleucina Valina Histidina Proteínas globulares: possuem uma variedade de estruturas terciárias Rubisco Proteína cristal de Bacillus thuringiensis https://www.rcsb.org/pdb/ Osmotina (PR proteína) Proteínas globulares: possuem uma variedade de estruturas terciárias Motivo – padrão de enovelamento identificável, envolvendo dois ou mais elementos da estrutura secundária e suas conexões Domínio – parte da cadeia polipeptídica que é independentemente estável ou pode se movimentar como uma entidade isolada em relação ao resto da proteína Domínio 3’-5’ exonuclease Domínio 5’-3’ polimerase DNA polimerase tipo 25 Estrutura Quaternária das Proteínas : Hemoglobina Estrutura quaternária da desoxi-hemoglobina A associação das cadeias polipeptídicas serve a uma variedade de funções: Interações entre cadeias pode causar mudanças na atividade da proteína Cada cadeia pode exercer uma funções diferentes porém relacionadas Associação de várias cadeias para formar uma determinada estrutura 64.500 Mr e 4 cadeias polipeptídicas A perda de estrutura tridimensional da proteína suficiente para levar a perda da sua função Desnaturação Fatores que desnaturam proteínas: Calor (temperaturas elevadas): afeta as interações fracas em uma proteína (ligação de hidrogênio) pH extremos: alteram a carga líquida das proteínas, causando repulsão eletroestática e ruptura de algumas ligações de hidrogênio Solventes orgânicos e solutos: álcool e acetona, ureia e cloreto de guanidina (rompem interações hidrofóbicas) Renaturação: Recuperação da estrutura nativa e da atividade biológica Desnaturação e enovelamento das proteínas Desnaturação irreversível Desnaturação e enovelamento das proteínas Estado nativo cataliticamente ativo Estado desenovelado inativo, ligações cruzadas de dissulfeto reduzidas produzindo resíduos de Cys Estado nativo; cataliticamente ativo. Ligações cruzadas de dissulfeto corretamente reformadas Adição da uréia e do mercaptoetanol Remoção da uréiae do mercaptoetanol Desnaturação e enovelamento das proteínas Ribonuclease (RNAse A) Defeitos no enovelamento das proteínas pode causar doenças Mal da vaca louca (Encefalopatia espongiforme bovina) Erro no dobramento da proteína PRÍON 30 Defeitos no enovelamento das proteínas pode causar doenças 31 Função das Proteínas Função das proteínas envolve a ligação reversível de outras moléculas – Ligante Um ligante interage com uma região da proteína chamado Sítio de Ligação A ligação de uma proteína ao ligante – alteração da conformação da proteína Adaptação estrutural que ocorre entre a proteína e o ligante = Ajuste induzido Proteínas de ligação ao oxigênio O Oxigênio Pode Ligar-se ao Grupo Prostético Heme O grupo heme está presente na mioglobina na hemoglobina e muitas outras proteínas Oxigênio é pouco solúvel em soluções aquosas Anel orgânico Ferro-protopofirina As subunidades da hemoglobina são estruturalmente semelhantes às da mioglobina Mioglobina Subunidade β da hemoglobina Sequência de aminoácidos idêntica em apenas 27 posições Hemoglobina sofre uma alteração estrutural na ligação do oxigênio estado T Desoxiemoglobina Hemoglobina possui função de transporte de O2 Hemoglobina sofre uma alteração estrutural na ligação do oxigênio estado T Hemoglobina possui função de transporte de O2 estado R A ligação de O2 a desoxi-hemoglobina leva a uma mudança conformacional Anemia falciforme é uma doença molecular da hemoglobina Eritrócitos normais Eritrócitos de forma variável Sintomas – fraqueza, vertigem, falta de oxigenação, aumento das pulsações , etc Anemia falciforme é uma doença molecular da hemoglobina Mudança de glutamato para valina Hemoglobina A Hemoglobina S Interação entre moléculas Formação de filamentos tubulares Cristalização de fibras Anticorpos possuem sítios de ligação ao antígeno Anticorpos possuem função de defesa Imunoglobulina G Fragmento basal Fragmento de ligação ao antígeno Anticorpos possuem sítios de ligação ao antígeno macrófago Interação antígeno-anticorpo (específica) Imunoglobulina G Contração Muscular: Actina e Miosina são as principais proteínas do músculo Cadeia da Miosina 520.000 Mr Miosina (Filamentos Grossos) Actina (Filamentos Finos) Contração Muscular: Actina e Miosina são as principais proteínas do músculo Actina e Miosina : Contração Muscular Estrutura do músculo esquelético Feixe de fibras musculares Contração Muscular Músculo relaxado Músculo Contraído Contração Muscular
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