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Territorialidade - Aplicação da Lei Penal (Espaço).pdf

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TERRITORIALIDADE DA LEI PENAL (art. 5 – CP) 
 
TERRITORIALIDADE 
 
 
 Segundo o princípio da territorialidade a lei penal só tem aplicação no 
território do Estado que a editou, não importando a nacionalidade do 
sujeito ativo ou passivo. (CAPEZ, 2012) 
 
 Assim, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no Brasil. 
 
Art. 5º - CP: 
 
Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e 
regras de direito internacional, ao crime cometido no território 
nacional. 
 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do 
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de 
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que 
se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações 
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a 
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade 
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou 
em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil. 
 
 
TERRITORIALIDADE ABSOLUTA 
 
 É aquela que dispõe que só a lei brasileira aplica-se sempre ao crime 
cometido no território nacional. (THEODORO JR., 2012) 
 
 
TERRITORIALIDADE TEMPERADA 
 
 Em regra, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no Brasil, regra 
que não é absoluta, ressalvado os Tratados e Convenções Internacionais, 
quando excepcionalmente poderá a lei estrangeira ser aplicada a delitos 
cometidos total ou parcialmente em território nacional. Denomina-se este 
princípio de intraterritorialidade, quando a lei estrangeira é aplicada no 
território nacional, de fora para dentro do país. (CAPEZ, 2012) 
 
 
OBS: O Brasil adotou o Princípio da Territorialidade Temperada (art. 5 - CP). 
 
 
 
TERRITÓRIO NACIONAL 
 
 aspecto material – compreende o espaço delimitado pelas fronteiras 
geográficas; 
 
 aspecto jurídico – abrange todo o espaço em que o Estado exerce a sua 
soberania. 
 
 
 
COMPONENTES DO TERRITÓRIO 
 
i) Solo – ocupado pela corporação política. 
 
ii) Rios, lagos, mares interiores, golfos, baías e portos. 
 
iii) Marte territorial (12 milhas marítimas) – onde o Brasil exerce 
plena soberania. Navios mercantes e militares estrangeiros 
podem passar livremente (direito de passagem inocente), embora 
sujeitos ao poder de polícia do Estado costeiro. 
 
iv) Zona contígua (12 as 24 milhas marítimas) – zona de fiscalização 
a fim de evitar ou reprimir infrações às leis e aos regulamentos 
aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no território ou 
mar territorial. 
 
v) Zona econômica exclusiva (12 as 200 milhas) – contada a partir do 
mar territorial, onde o Brasil tem direitos de soberania para fins 
de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos 
recursos vivos ou não vivos, águas sobrejacentes ao leito do mar, 
deste e seu subsolo, além de outras atividades visando ao 
aproveitamento da zona para finalidade econômica. Para efeito 
da aplicação penal, não é considerado território nacional. 
 
vi) Espaço aéreo (dimensão estatal de altitude) – É a camada 
atmosférica referente ao espaço aéreo acima do território 
nacional e mar territorial (art. 11 – Lei 7.565/1986), onde o Brasil 
exerce completa e exclusiva soberania ditada por imperativos de 
segurança nacional. 
 
vii) Espaço cósmico – o espaço cósmico pode ser explorado e utilizado 
por todos os Estados, em condição de igualdade e sem 
discriminação. Não é objeto de apropriação estatal. 
 
viii) Navios e aeronaves – os navios e aeronaves públicos são 
considerados extensão do território nacional. Quando privados, 
também, desde que estejam em mar territorial ou em espaço 
aéreo correspondente. 
 
EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL 
 
 O alto-mar não está sujeito a soberania de qualquer estado, os navios 
que por alto-mar naveguem são regidos pela lei nacional de sua origem, em 
relação aos atos civis e crimes a bordo deles ocorridos. (SILVA, 2008) 
 
 Em relação ao espaço aéreo, a camada atmosférica da imensidão do 
alto-mar e dos territórios terrestres não está sujeito ao império da ordem 
jurídica de nenhum Estado, salvo a do pavilhão da aeronave, para os atos 
nela verificados. 
 
 Assim, os delitos cometidos a bordo de um navio pátrio em alto-mar, 
ou de uma aeronave brasileira no espaço livre, vigoram as regras sobre 
territorialidade; os delitos assim cometidos se consideram como praticados 
em território nacional. (CAPEZ, 2012, p. 102) 
 
 Consideram-se extensões do território nacional: 
 
 as aeronaves ou embarcações embarcações públicas, onde quer que 
estejam, e os aviões ou navios de guerra em serviço militar ou em serviço 
oficial. 
 
 as aeronaves e navios particulares aplicam-se a seguinte regra: 
 
- se no Brasil - aplica-se a lei brasileira. 
 
- se no exterior - aplica-se a lei estrangeira. 
 
- se em águas internacionais ou espaço aéreo correspondente - 
aplica-se a lei do país cuja bandeira estiver ostentando (Princípio 
do Pavilhão ou da Bandeira). 
 
 
Exemplos: 
 
 
“Em um navio mercante sueco atracado no porto de Rio Grande, 
um tripulante mata outro, ambos naturais do país da 
embarcação”.[1]Aplica-se a lei brasileira. 
 
 
 
“A bordo de embarcação brasileira de propriedade privada, em 
alto-mar, um estrangeiro pratica crime contra 
brasileiro”.[2] Aplica-se a lei brasileira. 
 
 
“A bordo de um avião comercial brasileiro, procedente de Buenos 
Aires, com destino a Florianópolis, mas ainda em espaço aéreo 
argentino, ocorre um crime, sendo autor e vítima naturais do país 
vizinho”.[3] A lei brasileira não é aplicável, uma vez que a aeronave 
brasileira de propriedade privada, em espaço aéreo estrangeiro, 
não é extensão de nosso território. 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DO PAVILHÃO OU DA BANDEIRA 
 
 Pelo princípio do pavilhão ou da bandeira consideram-se as 
embarcações e aeronaves como extensão do território do país onde se 
acham registradas. 
 
 Destarte, quando a embarcação ou aeronave estiver em alto-mar ou 
em espaço aéreo correspondente, aplica-se a lei do país cujo pavilhão, 
estiver matriculado. 
 
 As embarcações ou aeronaves brasileiras que ingressarem no mar 
territorial estrangeiro ou espaço aéreo correspondente, não serão 
consideradas como extensão territorial nacional. 
 
 Quanto às embarcações e aeronaves militares brasileiras, são 
consideradas como parte do território nacional, mesmo quando em Estado 
estrangeiro. Assim, as infrações penais cometidas, em tal situação, aplicam-
se as leis penais brasileiras. Ocorrendo igual situação quanto aos navios e 
aeronaves militares de outras nações quando em águas ou espaço aéreo 
brasileiro. 
 
 O julgamento das infrações penais cometidas nos navios e aeronaves 
militares incumbe ao Estado que pertençam. 
 
 
 
PRINCÍPIO DA PASSAGEM INOCENTE 
 
 Se um fato é cometido a bordo de um navio ou avião estrangeiro de 
propriedade privada, que esteja apenas de passagem pelo território 
brasileiro, não será aplicado a nossa lei, se o crime não afetar em nada 
nossos interesses. (CAPEZ, 2012, p. 104) 
 
 
 
Art. 46 da Lei 9.610/98: 
 
 
 
“Não constitui ofensa aos direitosautorais: 
 
(...) 
 
III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de 
comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou 
polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do 
autor e a origem da obra”. 
 
 
 
Referências bibliográficas: 
Capez, Fernando. Curso de Direito Penal I. 16. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2012. 651p. 
Theodoro Jr., Humberto. Teoria Geral do Direito Processual Civil I. 53. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 
2012. 
Silva, De Plácido e. Dicionário Jurídico Conciso. 1. ed. Rio de janeiro: Editora Forense, 2008. 749p. 
Pinto, Antônio Luiz de Toledo e outros. Vade Mecum. 11. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2011. 2003p. 
http://www.dicio.com.br 
 
 
	TERRITORIALIDADE DA LEI PENAL (art. 5 – CP)

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