Medicamentos Psiquiátricos

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Medicamentos Psiquiátricos
 Faculdade de Ilhéus 
Docente: Maria de Cássia Pamponet 
Discentes: Aline Mendonça, Eloíse Roque, Luiz Fernando, Margareth Oliveira e Rebeca França.
 Curso: Enfermagem – Matutino 
 Introdução
A administração de medicamentos é tema crucial, que influencia sobremaneira os resultados do tratamento de muitos clientes com transtornos mentais. 
Objetivo Geral: 
Medicamentos no uso psiquiátrico 
Objetivos específicos:
Propor os princípios que orientam o tratamento farmacológico;
Definir os tipos de fármacos utilizados na terapêutica; 
Descrever o mecanismo de ação dos grupos farmacológicos; 
Citar efeitos colaterais;
Indicar orientações ao cliente no uso da medicação.
 
Princípios que orientam o tratamento farmacológico
O medicamento é selecionado com base em seu efeito sobre os sintomas do cliente. Sua eficácia é avaliada, em grande parte, por diminuir ou eliminar os sintomas.
Muitos fármacos psicotrópicos têm de ser ministrados em dosagens adequadas por algum tempo antes de seu efeito ser completamente alcançado.
Princípios que orientam o tratamento farmacológico
A medicação, com frequência, é ajustada na dosagem mais baixa eficaz para o cliente. 
Medicamentos psicotrópicos, geralmente são diminuídos gradualmente e não de forma súbita. 
O atendimento de acompanhante é essencial para garantir que o paciente está seguindo o regime da medicação.
Princípios que orientam o tratamento farmacológico
Quando o regime dos medicamentos for o mais simples possível em relação ao número e quantidade prescrita, melhor o paciente seguirá. 
 Tipos de Fármacos
Fármacos Antipsicóticos
 
 São também conhecidos como neurolépticos, usados para tratar os sintomas de psicose (delírios e alucinações), o transtorno esquizoafetivo, a fase maníaca do transtorno bipolar, da ansiedade e da insônia. 
Representam o principal tratamento médico para esquizofrenia.
Mecanismo de Ação
A principal ação de todos os antipsicóticos sobre o sistema nervoso consiste em bloquear os receptores do neurotransmissor dopamina. Os fámarcos antipsicóticos típicos são potentes antagonistas (bloqueadores) das D2, D3, e D4 que têm sido associadas a doença mental.
 São eficazes no tratamento de sintomas alvo, mas também produz muitos efeitos colaterais, devido ao bloqueio dos receptores D2. Fármacos atípicos mais novos, como a clozapina, são bloqueadores mais fraco da D2, além de inibirem a reabsorção da serotonina, aumentando a sua eficácia no tratamento.
Fármacos Antipsicóticos
Clorpromazina; 
Haloperidol; 
Clozapina; 
Risperidona; 
Paliperidona (similar a Risperidona, porém é um preparado de liberação estendida);
A Paliperidona é o antipsicótico mais novo, com aprovação para distribuição nos Estados Unidos em janeiro de 2007. Como é de liberação estendida, na maioria dos casos basta tomar uma dose por dia.
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Efeitos Colaterais 
Os sintomas extrapiramidais ou sintomas neurológicos graves, são os principais dos fármacos antipsicóticos. 
São estes: 
Distonia aguda; 
Pseudoparkinsonismo; 
Acatisia (inquietação motora).
 
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Efeitos anticolinérgicos incluem: 
Hipotensão ortostática; 
Boca seca; 
Obstipação; 
Hesitação ou retenção urinária; 
Fotofobia 
Visão de perto turva
Diminuição da memória. 
HiPotensão ortostática (HO) ou postural ocorre quando o paciente move-se da posição deitada para a sentada ou em pé e apresenta-se com um ou mais dos seguintes parâmetros: 1 Queda na pressão arterial (PA) sistólica de pelo menos 20 mmHg/ 2. Queda na PA diastólica de pelo menos 10 mmHg/ 3. Sintomas de hipoperfusão cerebral.
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Instruções ao Cliente
O paciente deve receber informações do enfermeiro sobre os tipos de efeitos colaterais que podem ocorrer.
 O profissional também ensina métodos de controle e de prevenção desses efeitos. 
 Se tiver dicifuldades em lembrar- se de tomar a medicação, o enfermeiro deverá incentivá- lo a registrar as doses tomadas.
Fármacos Antidepressivos
São usados principalmente, no tratamento de doenças depressivas maiores, em transtornos de ansiedade, na fase depressiva do transtorno bipolar e na depressão psicótica. Inclui o tratamento de dor crônica, enxaquecas, neuropatias periféricas e diabéticas, apneia do sono, distúrbios dermatológicos , transtornos de pânico e da alimentação.
Os antidepressivos são divididos em: 
 Tricíclicos e cíclicos relacionados 
Inibidores seletivos de recaptação de serotonina ( ISRSs) 
Inibidores da MAO ( IMAOs) 
Outros , como a venlafaxina, a bupropiona, a duloxetina, a trazodona e a nefazodona.
( MAO) monoaminoxidase
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Mecanismo de Ação
 Ainda não é conhecido o mecanismo exato pelo qual os antidepressivos produzem efeitos terapêuticos. A principal interação acontece com os sistemas neurotransmissores de monoaminas no cérebro, em especial com a noradrenalina e a serotonina.
Estes dois neurotransmissores são liberados por todo o cérebro e ajudam a regular a excitação, o estado de alerta, a atenção, o humor, o processamento sensorial e o apetite.
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Fármacos Antidepressivos
Fluoxetina;
Fluvoxamina;
Amitriptilina ;
Clomipramina ;
Bupropiona;
Duloxetina; 
Tranilcipromina.
Efeitos Colaterais
 Ansiedade; 
Agitação; 
Náusea; 
Insônia e disfunção sexual; 
Ganho de peso; 
Boca seca; 
Visão turva de perto; 
Crise hipertensiva entre outros.
Instruções ao Cliente 
Os pacientes devem tomar os ISRSs logo de manhã; 
Quem usa IMAOs precisa estar ciente de que pode ocorrer uma crise hiperadrenérgica com risco à vida caso não se observem certas restrições alimentares. 
Os usuários desses fármacos devem receber uma lista dos alimentos que precisam evitar.
É necessário instruí- los a não usar nenhuma medicação adicional, nem mesmo as preparações vendidas sem prescrição médica, antes de consultar o médico.
Fármacos Estabilizadores do Humor
 São usados para tratar o transtorno bipolar e atuam estabilizando o humor, prevenindo ou minimizando os altos e baixos característicos da doença bipolar e tratando episódios agudos de mania. O lítio é o estabilizador do humor com maior credibilidade.
Alguns fármacos anticonvulsivantes, em particular a carbamazepina e o ácido valproico, são estabilizadores do humor eficazes.Além dos gabapentina, topiramato, oxcarbazepina e lamotrigina.
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Mecanismo de Ação
Embora o lítio tenha muitos efeitos neurobiológicos, seu mecanismo de ação no transtorno bipolar não está bem compreendido. Normaliza a recaptação de alguns neurotransmissores, também reduz a liberação de noradrenalina por meio da competição com o cálcio.
Efeitos Colaterais
 Náusea ou diarreia leve 
Anorexia
Tremor fino das mãos
Polidipsia 
Poliúria
Gosto metálico na boca 
Fadiga
Letargia
Instruções ao Cliente
No caso de pacientes que tomam lítio e anticonvulsivantes, é importante a monitorização periódica de seus níveis no sangue. 
O horário da última dose deve ser exato, para que os níveis do plasma possam ser checados a cada 12 horas após a administração desta última dose.
Ingerir esses fármacos com as refeições minimiza a náusea. 
Não deve dirigir até que a tontura, a letargia, a fadiga ou a visão turva tenham desaparecido.
Fármacos Ansiolíticos
 São usados para tratar ansiedade e transtornos de ansiedade, insônia, TOC, depressão, transtorno de estresse pós- traumático e síndrome de abstinência alcoólica. 
 Estão entre os medicamentos mais amplamente prescritos na atualidade. 
Mecanismo de Ação
Os benzodiazepínicos medeiam as ações do aminoácido GABA, principal neurotransmissor inibidor do cérebro. 
Produzem seus efeitos pela ligação a um local específico do receptor GABA. 
Efeitos Colaterais
Dependência física 
Sonolência 
Sedação 
Má coordenação
Amnésia 
Fármacos Ansiolíticos
Clonazepam 
Diazepam 
Lorazepam
Triazolam 
Buspirona
Instruções ao Cliente
Precisam saber que os agentesansiolíticos, destinam- se a aliviar sintomas, mas não tratam os problemas causadores da ansiedade. 
Não devem beber enquanto medicados com benzodiazepínicos. 
Os benzodiazepínicos potencializam muito os efeitos do álcool
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Ser alertados da diminuição do tempo e resposta, da lentidão dos reflexos e dos possíveis efeitos sedativos desses fármacos durante a realização de atividades como dirigir ou trabalhar.
Estimulantes
Os fármacos estimulantes, em especial as anfetaminas, foram utilizados pela primeira vez para tratar transtornos psiquiátricos na década de 1930. 
São empregados principalmente no transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH) de crianças e adolescentes, no transtorno de déficit de atenção residual de adultos e na narcolepsia.
Narcolepsia: ataques de sonolência diurna irresistíveis, mas indesejáveis e que interrompem a vida do indivíduo.
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Mecanismo de Ação
As anfetaminas e o metilfenidado costumam ser chamados de aminas de ação indireta, pois causam a liberação de neurotransmissores a partir dos terminais nervosos pré- sinápticos. Também bloqueiam a recaptação desses neurotransmissores.
Efeitos Colaterais
Anorexia 
Perda de peso 
Náusea 
Irritabilidade 
 
Fármacos Estimulantes
 Metilfenidato 
Anfetamina 
Dextroanfetamina 
Instruções ao Cliente
Tomar as doses do estimulante após as refeições pode minimizar a anorexia e a náusea. 
Sugerir bebidas sem cafeína 
Evitar chocolate e açúcar em excesso. 
Manter a medicação fora do alcançe da criança
 OBRIGADA!