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Guia de Estudos da Unidade 3 - Anatomia Humana

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Anatomia Humana
UNIDADE 3
2
ANATOMIA HUMANA
UNIDADE 3
Para início de conversa
Olá, querido(a) estudante! Como vai?
Bem-vindo(a) novamente à disciplina de Anatomia Humana. Nesta unidade 3, aprofundarem-nos um pou-
co mais, continuando nossa viagem pelo corpo humano.
Você irá estudar a anatomia dos sistemas: respiratório e digestório. 
Vamos conhecer como o nosso corpo funciona? 
orientações da disciPlina
Nesta unidade veremos como o nosso corpo consegue capturar, conduzir, absorver e excretar gases que 
compõem o ar atmosférico, assim como os alimentos como vitaminas, proteínas, sais, água e outros com-
postos que são fundamentais para manutenção da vida humana. 
Estou falando do Sistema Respiratório e do Sistema Digestório! 
Veremos os componentes destes sistemas e como se organizam e funcionam e também algumas curiosi-
dades do nosso dia a dia. 
Começaremos pelo sistema respiratório, onde poderemos observar por onde o ar passa até chegar a um 
par de órgãos que realizam a troca gasosa, denominada de pulmões.
sisteMa resPiratÓrio
Para o Sistema Respiratório, podemos conceituar como um conjunto de órgãos que possui a função funda-
mental de realizar a troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente uma concentração de 
oxigênio no sangue, imprescindível para as reações metabólicas e, em contrapartida, serve como via de 
eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico. 
Além desta função, este sistema ainda efetua o equilíbrio acidobásico (regulação do pH do sangue, ex-
pirando-se mais ou menos dióxido de carbono), produção de enzimas conversora de angiotensina I em 
angiotensina II, filtração, regulação térmica.
divisão do sistema respiratório
Pode ser dividida de duas formas:
1) Por função 
a) Porção de condução – Formada pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos;
b) Porção de respiração – Formada pelas regiões onde há troca gasosa nos pulmões. 
3
2) Por área
a) vias aéreas superiores – Formada pelo nariz, faringe e laringe;
b) vias aéreas inferiores – Formada pela traqueia, brônquios principais, brônquios lobares, brôn-
quios segmentares, bronquíolos, bronquíolos terminais e alvéolos pulmonares.
Figura 1 – Adaptada: Órgãos constituintes do sistema respiratório.
Fonte: http://wiki.sdstate.edu/@api/deki/files/1126/=respiratory_3.jpg
Pronto! Já sabemos quais os seus constituintes, mas vamos estudar por partes!
Ø	 nariZ
Localizado na face (viserocrâneo) medialmente no rosto e divide em parte externa e interna onde:
nariz externo – Tem formato piramidal com duas faces laterais formadas pelos ossos nasais e carti-
lagens laterais, entre elas o dorso do nariz que inicia na raiz do nariz entre os supercílios e termina no 
ápice do nariz, uma saliência arredondada. Na sua base encontra-se um par de aberturas denominadas 
de narinas e separadas pelo septo nasal formado pela cartilagem do septo, asas do nariz formadas pelas 
cartilagens alares margeiam as narinas lateralmente.
4
Caro(a) aluno(a) o nariz é recoberto por pele que se estende internamente a um espaço chamado vestíbu-
lo do nariz, onde contém as vibrissas, pelos que filtram as partículas de poeira suspensas no ar.
O limite posterior do nariz é a abertura piriforme do crânio, desenhada pelos ossos nasais e maxilares. 
Internamente à abertura piriforme as fossas nasais se continuam como a cavidade nasal, na qual o visce-
rocrânio está revestido de um tecido mucoso fino e ricamente vascularizado, dando a esta região a função 
de aquecer e umedecer o ar que irá aos pulmões.
O septo nasal divide as fossas nasais nas metades direita e esquerda. Cada uma delas se abre anterior-
mente na narina e posteriormente na coana (transição com a faringe). 
Como as cavidades nasais são simétricas, conheceremos a anatomia de uma delas:
•	 teto – ossos nasais, frontal, etmoide e esfenoide;
•	 assoalho – processo palatino da maxila e lâmina horizontal do osso palatino;
•	 Parede lateral – face nasal da maxila e etmoide;
•	 Parede medial – septo nasal (cartilagem do septo, lâmina perpendicular do osso etmoide e vômer).
A parede lateral apresenta três conchas nasais (superior, média e inferior) e abaixo de cada uma delas 
há, respectivamente, três espaços: os meatos superior, médio e inferior. Nesses meatos, há orifícios de 
abertura que comunicam os seios paranasais e dutos lacrimonasais para a cavidade nasal.
Figura 2: Constituição do nariz externo.
Fonte: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/15/2e/cf/152ecfdbf8d7b25e07803181eb879113.jpg
Os seios paranasais (frontal, maxilar, esfenoidal e etmoidal) constituem cavidades de ar (pneumáticas) lo-
calizadas nos ossos da face. Eles são considerados extensões da cavidade nasal e se comunicam com ela.
Querido(a) estudante, saiba que a cavidade nasal e os seios paranasais são revestidos pela mucosa 
nasal. É uma mucosa secretora espessa que umidifica e aquece o ar. As conchas e os seios paranasais 
aumentam a superfície de troca de umidade e calor. Há também uma área olfatória da mucosa nasal, 
localizada na parte superior da cavidade nasal, que contém os receptores do olfato. Os nervos olfatórios 
se ramificam no teto da cavidade nasal pelos furos da lâmina crivosa do etmoide. A sensação de olfato 
no cérebro é combinada com o gosto proveniente da língua e juntos definem o sabor. Por isso, quando 
temos congestão nasal os alimentos ficam sem sabor, porque não ativamos o cheiro, detectando ape-
nas o gosto (salgado, doce, azedo e amargo). Por exemplo, percebemos se o alimento é doce, mas não 
distinguimos se é doce de caju ou de banana.
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/15/2e/cf/152ecfdbf8d7b25e07803181eb879113.jpg
5
você sabia?
A comunicação da cavidade nasal com os seios pode conduzir agentes inflamatórios 
a estas cavidades. A sinusite é a inflamação do tecido mucoso dos seios paranasais. 
Esta inflamação promove desconfortos na testa, maçã do rosto e entre os olhos pela 
produção excessiva de muco e congestão nos ductos.
Ø	 FarinGe
É uma estrutura tubular músculo-mucoso, formando um funil, cuja abertura (de cerca de 4 cm) está ligada 
à cavidade nasal, à boca e à laringe.
Podemos dividir a faringe em três segmentos principais:
1. Porção nasal da faringe – Comunica com as cavidades nasais, existem aberturas chamadas 
de coanas e vai até o palato mole. Nesse segmento, só exerce função respiratória. Essa parte da faringe 
comunica-se com a orofaringe, e podemos observar algumas estruturas localizadas nesta região que 
são: um par de aberturas das tubas auditivas (óstio faríngeo da tuba auditiva) e as tonsilas faríngeas 
(que, quando aumentadas, são popularmente conhecidas como adenoides);
2. Porção oral da faringe – Limita-se com a boca por meio dos istmos das fauces. Tanto ar como 
alimentos passam por essa via. O ar que entra pela boca vai direto para orofaringe, funcionando como 
uma via alternativa de entrada de ar, caso o nariz esteja obstruído. Os alimentos seguem por esta região 
e, depois, pela porção laríngea e chegam ao esôfago;
3. Porção laríngea da faringe – Localizada na parte inferior da faringe, e atrás da laringe. 
Existe uma abertura que comunica estes dois órgãos conhecida como adito da laringe. 
Ø	 larinGe
Situada logo abaixo do osso hioide, à frente e da parte inferior da faringe e conecta-se abaixo com a tra-
queia. Sua ligação com o osso hioide é importante no mecanismo de deglutição do alimento. 
veja o vídeo!
Para acompanhar este processo acesse o link do vídeo com duração de trinta segundos. 
Saiba que pode ser comparada a uma pirâmide invertida com duas faces anterolaterais e uma poste-
rior que se comunica com a faringe pelo adito da laringe. No ápice, inferiormente, comunica-se com a 
traqueia, tendo duas funções muito importantes: permitir a passagem de ar para o sistema respiratório, 
proteção da penetração de alimentos nas vias respiratórias durante a deglutição e participar da produção 
de sons (órgão da fonação porque contéminternamente as pregas vocais).
A laringe é formada por um conjunto de cartilagens (três impares e quatro pares) articuladas entre si 
por ligamentos fibrosos, movimentadas por músculos na sua superfície externa e sua cavidade interna é 
revestida por membrana mucosa. 
Suas cartilagens são:
tireoide (a maior de todas, é visível em adultos do sexo masculino – o chamado “pomo de Adão”, ou 
proeminência laríngea). Suas faces laterais encontram-se na linha mediana formando um ângulo que é 
menor nos homens porque sofre influência do hormônio sexual masculino, deixando-a mais proeminente 
em homens;
???
https://www.youtube.com/watch?v=3So8z-Xk4B4 
6
cricoide (logo abaixo da tireoidea). Tem o formato de um anel de chapa com um arco anterior e uma 
lâmina posterior. Liga-se inferiormente ao primeiro anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal;
epiglote (tem formato de folha e fica na porção posterior à cartilagem epiglote, abaixo da raiz da lín-
gua). Na hora da deglutição ela desce e fecha o adito da laringe, impedindo que o alimento desça pelas 
vias respiratórias, permite a passagem apenas do ar atmosférico;
aritenoides (par de pequenas pirâmides de cartilagem fixadas acima da lâmina da cricóide, onde as 
cordas vocais são anexadas);
corniculadas (um par, bem pequenas ficam acima da cartilagem aritenoide);
cuneiformes (um par, situadas nas pregas mucosas ariepiglóticas. São acessórias);
tritícias (um par, situadas nos ligamentos tireoióideos laterais. São acessórias).
Você sabe o que é edema de glote? 
Já sabe? 
Gostaria de saber um pouco mais? 
Então, vamos dar uma olhada neste assunto, no link a seguir:
visite a PáGina
Saiba mais sobre edema de glote clicando aqui.
Ao olhar na parte da luz da laringe (cavidade laríngea), veremos dois pares de pregas horizontais partindo 
das aritenóides até a angulação da tireóide:
•	 Pregas vestibulares (cordas vocais falsas); 
•	 Pregas vocais (cordas vocais verdadeiras).
Esses dois pares dividem a cavidade laríngea em:
§	 Vestíbulo da laringe – acima das pregas; 
§	 Ventrículo da laringe – entre as pregas;
§	 Cavidade infraglótica – abaixo das pregas.
A glote é a região que contém os dois pares de pregas e o ventrículo entre elas. 
Guarde essa ideia!
Apenas as pregas vocais produzem som. Como nos instrumentos de cordas, pregas 
vocais curtas fazem sons agudos e as longas, os sons graves. Os movimentos dos mús-
culos modificam o comprimento da corda vocal e o timbre da voz. Nos homens durante 
a puberdade os hormônios tornam o ângulo da cartilagem tireóide mais fechado se 
projetando no pescoço e tornando as pregas vocais mais longas, o que explica na pu-
berdade os homens engrossarem a voz. 
http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/546037/edema+de+glote+definicao+causas+sintomas+diagnostico+tratamento+evolucao+prevencao+possiveis+complicacoes.htm
7
veja o vídeo!
Para ver a produção do som veja o vídeo deste link com duração de um minuto e trinta 
e quatro segundos. 
Figura 3 - Adaptada: Estrutura e leocalização da laringe.
Fonte: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/7d/72/16/7d72168bf69786188f2753fe13b67fe7.jpg
Ø	 traQueia
Está localizada na frente do esôfago e, ao chegar aos brônquios, desvia-se ligeiramente para a direita.
A traqueia constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 
dois brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, 
desvia-se ligeiramente para a direita.
Constituintes: constituído aproximadamente por 20 anéis cartilaginosos incompletos para trás (cartila-
gens traqueais) intercalados pelos ligamentos anulares. Posteriormente, a parede membranácea da tra-
queia fecha os semi-anéis tornando-a um tubo.
Inferiormente a traqueia se bifurca (Carina), dando origem aos dois brônquios principais: direito e esquer-
do.
Seu interior é composto por uma mucosa, dotada de células caliciformes produtoras de muco e epitélio 
ciliado, que expulsa a mucosidade e corpos estranhos.
https://www.youtube.com/watch?v=JgBM78h80Hg
8
Guarde essa ideia!
Por vezes engolimos um bolo alimentar muito grande e temos a sensação momentânea 
de sufocamento. Isso é porque o esôfago está atrás da parede membranácea da tra-
queia e, enquanto faz o peristaltismo empurra o bolo alimentar comprimindo um pouco 
esta parede e reduzindo a cavidade da traqueia por onde passa o ar. 
Mas, calma! Não se desespere! 
A condução pelo esôfago é de contração involuntária e dura cerca de 6 segundos. Não adianta engolir 
líquidos para descer mais rápido. 
Tenha paciência! Deixe o esôfago trabalhar. Você não morrerá sufocado(a)!
Figura 4 - Adaptada: Relação anatômica do esôfago com a parede membranácea da traqueia (vista póstero-lateral).
Fonte: http://images.slideplayer.es/2/150561/slides/slide_1.jpg
Ø	 brÔnQuios
Os brônquios começam a partir da bifurcação da traqueia formando os brônquios principais direito e 
esquerdo, que se ramificam formando os ramos da árvore respiratória, enquanto o tronco desta árvore é 
formado pela traqueia.
§	 brônquio principal direito – mais curto mais largo e mais vertical que o esquerdo, entrando 
diretamente no hilo do pulmão direito. Esta anatomia favorece a infecção pulmonar direita, no caso de 
queda de partículas pela traqueia;
§	 brônquio principal esquerdo – segue anteriormente ao esôfago, para entrar no hilo do pul-
mão esquerdo. 
Prezado(a) aluno(a), o Hilo é uma região do órgão em que penetram vasos sanguíneos e nervos. Nos 
pulmões, ele se encontra no centro da face mediastinal.
Cada brônquio principal se subdivide para os lobos dos pulmões em brônquios lobares que, dentro dos 
lobos ramificam-se em brônquios segmentares (para os segmentos do pulmão). 
9
O brônquio principal direito tem três brônquios lobares: superior, médio e inferior. 
O brônquio principal esquerdo tem dois brônquios lobares: superior e inferior.
Ø	 PulMões
Os pulmões têm formato piramidal, com um ápice superior, a base inferior e três faces. Mas não são 
idênticos, graças à forma e localização irregular do coração. Assim, o pulmão direito é dividido em três 
lobos, e o esquerdo, apenas em dois.
•	 Ápice – tem forma arredondada e está voltado para o pescoço;
•	 Três faces do pulmão – face costal (relaciona-se com as costelas), face diafragmática (face inferior 
do pulmão) e face mediastinal (onde se localiza o hilo);
•	 Pulmão direito – tem três lobos, divididos por fissuras. A fissura oblíqua segue do meio da face costal 
para frente e para baixo (lobo superior e lobo inferior); a fissura horizontal segue, a partir do meio da 
fissura oblíqua, para frente, criando o lobo médio.
Figura 5: Pulmão direito: faces, lobos, fissuras, e hilo pulmonar.
Fonte: http://www.raiosxbr.com/_/rsrc/1333346688255/anatomia-1/sobota-anatomia-parte-2/Atlas%20de%20anatomia%20
Sobotta_img_81.jpg
10
Figura 6: Pulmão esquerdo.
Fonte: http://i1.wp.com/anatomiaonline.com/wp-content/uploads/2015/10/pulmao-esquerdo.jpg 
Figura 7: Árvore brônquica nos pulmões.
Fonte: http://www.manuaismsd.pt/images/p_154.gif
Dos brônquios segmentares a árvore brônquica continua a emitir ramos mais finos e numerosos chegando 
em nível de bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios e alvéolos pulmonares, em que ocorre a he-
matose (troca dos gases O2 e CO2 entre o sangue e o ar atmosférico).
11
Guarde essa ideia!
Os Alvéolos são estruturas cheias de ar que permitem a passagem do oxigênio para 
os capilares sanguíneos que os cercam e algumas células (pneumócito II) que forma 
estas bolsas, também produzem um liquido chamado de surfactante que é uma mistura 
lipoproteica com propriedades tensoativas evitando o colabamento destas paredes.
Músculos que atuam na inspiração e expiração
A contração do diafragma promove o aumento da caixa torácica. Os músculos intercostais externos 
também auxiliam nesse processo, pois, quando se contraem, elevam as costelas e projetam o esterno 
para cima e para fora.
No caso da expiração (saída de ar dospulmões), normalmente é um processo passivo, que ocorre a partir 
do relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais externos. Contudo, alguns músculos podem 
ajudar nesse processo, principalmente se houver alguma doença que esteja dificultando a expiração. Os 
principais músculos que atuam na respiração forçada são os retos abdominais e os intercostais internos 
e esternocleidomastóideo.
sisteMa diGestivo
Constituído por um tubo alimentar (trato gastrintestinal) e órgão anexos. O trato gastrintestinal é um tubo 
longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde a extremidade cefálica (cavidade oral) até a 
caudal (ânus).
Ele é composto pela cavidade oral (boca, palato, língua e dentes), faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado e intestino grosso. Os órgãos anexos são as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o 
pâncreas.
Agora, conheça as funções do Sistema Digestivo:
ü	 Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias alimentares, assegurando a 
manutenção dos seus processos vitais do indivíduo; 
ü	 Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboi-
dratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino; 
ü	 Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares 
sanguíneos da mucosa do intestino;
ü	 Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos 
de células descamadas da parte do trato gastrintestinal e substâncias secretadas na luz do intestino. 
cavidade oral
Para dar entrada nesta cavidade, precisamos afastar o lábio superior do inferior. Quando esta abertura 
está fechada, aparece uma linha horizontal de encontro dos lábios chamada de rima bucal. Os ângulos 
de encontro dos lábios lateralmente são as comissuras labiais (direita e esquerda). Os lábios contêm o 
músculo orbicular da boca que controla a entrada e a saída da boca.
A cavidade oral divide-se em duas partes:
•	 Vestíbulo da boca – espaço que fica entre as bochechas + lábios com os dentes e gengivas. Comu-
12
nica-se com o exterior via abertura labial.
§	Cavidade oral propriamente dita – encostando a arcada dentária superior (maxilar) com a inferior 
(mandibular) você acaba de delimitar um espaço onde a língua se encontra denominada de cavidade 
oral propriamente dita, onde superiormente é limitada pelo palato, posteriormente comunica-se 
com a orofaringe e inferiormente com o assoalho da boca.
É na cavidade oral que começa a digestão física desintegrando macromoléculas em micromoléculas. A 
digestão mecânica se faz na mastigação e a digestão química por uma enzima (amilase salivar ou ptialina) 
produzida nas glândulas salivares. A saliva envolve as partículas de alimento contribuindo para formar o 
bolo alimentar.
Após uma boa mastigação dá-se o início à deglutição do bolo alimentar que possui duas fases:
§	Fase voluntária – início na cavidade oral. Pela ação de músculos estriados esqueléticos da língua 
e palato;
§	Fase involuntária – que começa na faringe em direção ao esôfago. Pela ação de músculo liso.
Ø	 Palato
Constitui o teto da cavidade oral e é formado por duas partes:
§	 Palato duro – Porção anterior do teto da cavidade oral formado pelos processos palatinos da 
maxila e lâminas horizontais dos palatinos. Reveste-se de mucosa com glândulas salivares menores 
abundantes;
§	 Palato mole – Porção posterior. É flácido e composto por cinco músculos: tensor do véu palatino, 
levantador do véu palatino, palatoglosso, palatofaríngeo e músculo da úvula (pende na linha mediana do 
palato mole). Controla a comunicação com a cavidade nasal, como uma válvula superior na deglutição.
Ø	 língua
É uma estrutura muscular móvel, com diferentes funções:
ü	 Mastigação – Levando o bolo alimentar ao encontro dos arcos dentários; 
ü	 deglutição – Elevando ao palato duro, facilitando assim a saída do bolo alimentar para a oro-
faringe;
ü	 articulação da palavra – Modulando o ar que sai da laringe na fonação (órgão produtor de 
som), ajudando a fala;
ü	 Paladar – Capturando os sabores através das papilas gustativas que se encontram sobre o 
dorso da língua com terminações nervosas quimiosensitivas.
Anatomicamente, a língua divide-se em:
§	 Raiz da língua – Base fixa à mandíbula e ao osso hioide, situada na porção oral da faringe;
§	 Corpo – correspondendo a maior parte, que ocupa a cavidade oral, onde a porção voltada aos 
palatos é a face do dorso da língua. E a face inferior onde a língua repousa no assoalho da boca é a fase 
do ventre da língua, que possui uma frênulo da língua;
§	 Ápice (ponta) – corresponde a extremidade voltada para a rima bucal.
13
Na parte anterior do dorso da língua, há uma mucosa especial de revestimento. É repleta de papilas lin-
guais, que contêm receptores gustativos e são classificadas em:
1. Circunvaladas. (próximas da raíz);
2. Folhadas. (lateralmente, na margem lingual);
3. Filiformes. (em toda extensão);
4. Fungiformes. (em toda extensão).
Figura 8 – Adaptada: Divisão anatômica da língua, e papilas gustativas (face dorsal).
Fonte: http://clinicaolfact.com.br/wp-content/uploads/2012/08/004paladar.jpg
Os músculos da língua podem ser divididos em dois grupos:
•	 extrínsecos – fixam-se à língua, mas originam-se fora dela. São quatro: genioglosso, hioglosso, es-
tiloglosso e palatoglosso. Atuam principalmente na movimentação da língua dentro da cavidade oral;
•	 intrínsecos – fixam-se apenas as partes da língua entre si, e não em nenhum osso. Atuam no for-
mato da língua.
dica
Querido(a) aluno(a), podemos perceber na língua quatro tipos de sensações denominadas de paladar, 
que são: 
ü	Doce (detectado no ápice); 
ü	Salgado (nas margens laterais); 
ü	Ácido (ambos na parte latero-posterior);
ü	Amargo (na porção posterior chamada de “v” lingual).
14
Podemos perceber todos os paladares descritos acima, em todo o dorso da língua, porem há maiores 
botões gustativos nestas regiões descritas anteriormente.
#ficadica!
Ø	 dentes
São órgãos mineralizados relacionados à mastigação, cortando, perfurando e misturando o alimento. 
Além disso, auxiliam na articulação da fala (já viu uma pessoa sem dente falando?). 
Pois é, há uma grande dificuldade de pronunciar as palavras corretas!
Ao todo, as crianças possuem 20 dentes decíduos (“dentes de leite”) e os adultos apresentam geralmente 
32 dentes permanentes, podendo variar para mais ou menos. No adulto, eles são divididos em: incisivos 
(8), caninos (4), pré-molares (8) e molares (12).
Os dentes se inserem nos alvéolos dentais da maxila ou da mandíbula através dos ligamentos periodon-
tais (articulação do tipo gonfose). 
Um dente tem três porções: coroa (porção visível), raiz (fixada ao alvéolo) e, na transição delas, o colo.
Figura 9: Classificação dos dentes permanentes das arcadas superior e inferior.
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/digestorio/dentespermanentes.jpg
Ø	 Glândulas salivares
Para que haja a produção de saliva, as células das glândulas salivares produzem e excretam para a boca. 
São várias as funções da saliva, como exemplo temos:
ü	 Umedece o alimento, facilitando a mastigação e a formação do bolo alimentar para a deglutição;
ü	 Solubiliza as moléculas do alimento para ativar o paladar na língua;
ü	 Começa a digerir os amidos através da enzima amilase;
ü	 Umidifica a mucosa da boca;
ü	 Auxilia na prevenção de cáries. 
15
As principais glândulas salivares são:
1. Parótidas – são as maiores glândulas salivares e localizam-se lateral e posteriormente ao ramo 
da mandíbula, à frente da orelha externa. O duto parotídeo parte da margem anterior da glândula, per-
fura o músculo bucinador da bochecha e penetra no vestíbulo da boca na altura do segundo dente molar 
superior;
2. Submandibulares – localizam-se ao longo do corpo da mandíbula, próximo ao ângulo da man-
díbula. O duto submandibular segue anteriormente e se abre no assoalho da boca, na cavidade oral 
propriamente dita, ao ladodo frênulo da língua;
3. Sublinguais – são as mais profundas e localizam-se no assoalho da boca atrás do mento (o 
queixo). Os dutos sublinguais, pequenos e numerosos, abrem-se também no assoalho da boca em um 
par de pregas sublinguais. 
Além dessas glândulas salivares maiores, existem glândulas salivares menores localizadas na maior 
parte da cavidade oral (palato, lábios, bochechas...), auxiliando a umidificação desta cavidade.
Faringe 
A faringe já foi descrita no sistema respiratório, pois ela também pertence a este sistema. No caso do 
sistema digestório, ela tem função na fase involuntária da deglutição, conduzindo o alimento em direção 
ao esôfago.
esôfago 
É um canal muscular que se estende verticalmente desde a faringe até o estômago. Mede aproximada-
mente 25 a 26 cm de comprimento e divide-se em quatro porções:
§	 Porção cervical (da faringe à abertura superior do tórax);
§	 Porção torácica (da abertura superior do tórax ao músculo diafragma);
§	 Porção diafragmática (envolvida pelo músculo diafragma, no hiato esofágico);
§	 Porção abdominal (abaixo do diafragma, conectado ao estômago).
Tem como função: o transporte de alimentos para o estômago através de movimentos peristálticos (peris-
taltismo – contração cadenciada de musculatura lisa nos estratos circular e longitudinal).
Ao longo do esôfago apresenta três constrições:
1. constrição cervical (ou cricofaríngea) – na junção faringoesofágica;
2. constrição torácica (ou broncoaórtica) – no cruzamento com o arco da aorta e com o brôn-
quio principal esquerdo;
3. constrição diafragmática – na passagem pelo hiato esofágico do diafragma. 
Nesse local, a musculatura diafragmática funciona como um esfíncter fisiológico, evitando o refluxo do 
conteúdo gástrico para o esôfago. 
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estômago 
É uma dilatação do tubo digestivo em forma de ”J” com curvatura esquerda, ligado ao esôfago e ao 
duodeno. Localiza-se por debaixo do diafragma, no lado esquerdo do abdome. 
Tem como função a digestão das proteínas, através da produção e liberação do suco gástrico que contém 
ácido clorídrico e pepsinogênio. Na presença do ácido, o pepsinogênio se converte naenzimas pepsina, 
que é responsável pela digestão das proteínas.
Sua capacidade varia de cerca de 50ml quando está vazio a 1 litro após uma refeição, podendo se ex-
pandir muito e conter até 2 a 3 litros de alimento.
O estômago divide-se em:
•	 Cárdia – É a região de entrada do estomago que circunda a abertura superior chamada de ostio cár-
dico; 
•	 Fundo – Localiza-se na parte superior, tendo um formato de cúpula, entrando em contato com o mús-
culo diafragmático esquerdo. Nessa porção pode ocorrer acúmulo de gases;
•	 Corpo – maior parte do órgão, situada entre o fundo e o antro pilórico; 
•	 Parte pilórica – região de saída do estômago, subdivida em antro pilórico (porção mais larga) e canal 
pilórico (porção mais estreita). Em seguida, há o piloro, esfíncter que controla a abertura inferior do 
estômago (ostio pilórico). 
Na morfologia externa, o estômago possui duas faces chamadas parede anterior e posterior do estômago, 
unidas por duas margens chamadas curvatura menor e maior do estômago:
•	 curvatura menor – margem direita côncava. Tendo uma incisura bem marcante chamada de incisura 
angular. Nela, encontraremos uma membrana que liga o estomago ao fígado (omento menor);
•	 curvatura maior – margem esquerda convexa. Nela se fixa o omento maior, e no seu encontro com 
o esôfago é formada a incisura cárdica.
Internamente a mucosa forma as pregas gástricas que ampliam a capacidade de distensão do estômago 
na retenção do alimento.
O peritônio é uma membrana serosa, a maior do corpo, transparente e que recobre tanto a parede ab-
dominal quanto as vísceras. Possui dois folhetos: parietal e visceral. Entre eles, a cavidade peritoneal é 
preenchida pelo líquido peritoneal, podendo ser uma boa via de absorção de medicamentos.
O peritônio apresenta dois omentos: o maior e o menor.
•	 O omento maior: É um delgado avental que pende sobre o cólon transverso e as alças do intestino 
delgado. Está inserido ao longo da curvatura maior do estômago e da primeira porção do duodeno e 
termina preso no colon transverso do intestino grosso;
•	 O omento menor: Estende-se da curvatura menor do estômago e da porção inicial do duodeno até o 
fígado. 
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Figura 10: Anatomia do estômago: porções, curvaturas, omentos.
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/estomago.jpg
intestino delgado
Responsável pela maior área de absorção de nutrientes. Recebe do estômago o quimo (alimento dige-
rido pelo suco gástrico) e o transforma em quilo (inclusão da bile e suco pancreático). Ele começa logo 
após o esfíncter pilórico do estômago até a junção ileocecal (início do intestino grosso). O intestino 
delgado é dividido em três porções: duodeno, jejuno e íleo.
São produzidas em sua parede as enzimas: 
§	 Peptidase (digestão de proteínas);
§	 Maltase (digere a maltose);
§	 Lactase (digere a lactose);
§	 Sacarase (digere a sacarose).
Ø	 duodeno
Caracterizado como sendo a porção mais curta do intestino delgado, com aproximadamente 25 cm ou 12 
dedos transversais, o que lhe dá nome. Tem um formato em C em torno da cabeça do pâncreas. Pode ser 
dividido em quatro partes, na ordem:
1. Superior – mais curta, começa após o piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. Na 
parte inicial, possui uma porção mais dilatada (ampola). 
2. Descendente – Porção mais longa, que segue inferiormente. Nesta porção são observadas duas 
papilas duodenais onde a maior desemboca os dutos colédoco e pancreático, e a papila duodenal menor 
desemboca ducto pancreático acessório. Ocorre ali a chegada da bile e do suco pancreático. 
18
3. Horizontal – segue para a esquerda, passando sobre os dois vasos de maior calibre da região 
abdominal (veia cava inferior e a aorta). 
4. Ascendente – segue superiormente e se une ao jejuno na flexura duodenojejunal. 
Ø	 jejuno e íleo
Possuem cerca de 6 a 8 m de comprimento. O jejuno começa na flexura duodenojejunal e o íleo termina na 
junção ileocecal. Não há uma transição exata entre o jejuno e o íleo, mas eles apresentam características 
diferentes.
Jejuno - Normalmente quando se faz uma necropsia o jejuno encontra-se vazio, daí vem o nome derivado 
de Jejum. Possui calibre um pouco maior e parede mais espessa que o íleo pela intensa presença de pre-
gas circulares na mucosa. Encontra-se na sua maior parte no quadrante superior esquerdo.
Íleo - O íleo está principalmente no quadrante inferior direito do abdome, com redução ou ausência de 
pregas internas e normalmente está cheio, pois o quilo demora mais ali. O jejuno e o íleo são intraperi-
toneais. Há uma prega de peritônio em forma de leque, chamada mesentério, que fixa essas estruturas à 
parede abdominal posterior.
Figura 11 - Adaptada: Constituição do intestino delgado.
http://image.slidesharecdn.com/sistemadigestivo-110511123727-phpapp02/95/sistema-digestivo-19-728.
jpg?cb=1305118001
Tanto o Jejuno quanto o Íleo são irrigados pela artéria mesentérica superior e este sangue é drenado pela 
veia mesentérica superior.
intestino grosso 
Medindo cerca de 1,80m é dividido em quatro partes: ceco (cecum), apêndice, colons e o reto. Ele difere 
do intestino delgado por apresentar um calibre muito maior, apêndices omentais (projeções adiposas do 
colo), tênias do colo e saculações. As tênias são três faixas longitudinais de musculatura lisa (mesocóli-
ca, omental e livre), que seguem do apêndice vermiforme até o reto. Na parede do colo, entre as tênias, 
formam-se as saculações do colon (Háustros). 
Tem como funções: absorver água e sais minerais, consolidar as fezes e evacuar o bolo fecal (resíduos não 
digeridos e não absorvidos).
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§	O ceco é uma bolsa intestinal larga. É intraperitoneal e móvel dentro da fossa ilíaca direita. O óstio 
ileal permite a passagem do conteúdo do íleo para o ceco. Do lado cecal, o ostio tem dois lábios 
que normalmente estão fechados formando apapila ileal, uma válvula passiva que evita o refluxo 
do ceco para o íleo.
§	O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal conectado na face medial do ceco que contém teci-
do linfoide em seu interior. De dentro do ceco vemos a papila ileal e o ostio do apêndice vermiforme.
§	O cólon é formado por quatro partes sucessivas que formam um arco circundando a cavidade abdomi-
nal como a moldura de um quadro. O colo ascendente é uma continuação do ceco em direção superior, 
a partir do nível da papila ileal até a flexura direita do colo. O colo transverso se localiza horizontal-
mente, entre as flexuras direita e esquerda do colo, e possui o mesocolo transverso (peritônio que o 
fixa na parede posterior do abdome). O colo descendente se estende da flexura esquerda do colo até a 
fossa ilíaca esquerda. O colo sigmoide é envolto pelo mesocolo sigmoide e tem formato semelhante a 
um S, pois conduz o intestino da região anterior à posterior da pelve. Ele apresenta disposição variável 
e se estende até a junção retossigmóidea.
§	O reto é mediano na pelve, nos homens está posterior à bexiga e próstata, na mulher é posterior ao 
útero e à vagina. Apresenta em sua extensão duas flexuras antero-posteriores (retosacral e anorretal) 
e três latero-laterais que provocam pregas internamente. Na mucosa, a secreção de muco e a pre-
sença das pregas favorece a evacuação, porque com a prensa abdominal as fezes são expelidas em 
movimento espiral.
O tubo digestivo encerra com o canal anal e o ânus.
§	 canal anal: Contém internamente as colunas anais (pregas longitudinais) e entre elas os seios 
anais. Região com túnica mucosa muito fina e com muitas veias e vasos linfáticos, o que permite fácil 
absorção de medicamentos. Porém, o atrito das fezes favorece a formação de varizes, sintomatologia co-
nhecida como hemorroidas. As hemorroidas são intensificadas em pessoas com tendência genética, com 
muita prisão de ventre, e com evacuação de fezes secas por pouca ingestão de água. Mulheres gestantes 
dificultam a drenagem venosa da parte inferior do corpo, podendo desenvolver varizes nos membros infe-
riores e hemorroidas.
§	 Ânus: Abertura externa constituída pelo músculo esfíncter anal de contração voluntária, que 
controla a passagem das fezes. Externamente a pele é pigmentada, enrugada e contém pelos.
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Figura 12: Divisões do intestino grosso.
Fonte: http://ulbra-to.br/morfologia/uploads/Sem-titulo86.jpg
Ø	 Fígado
O fígado é a maior glândula do corpo humano, e localiza-se no canto direito superior do abdômen, abaixo 
do diafragma.
Entre algumas das funções do fígado, podemos citar:
•	 Destruição das hemácias velhas; 
•	 Emulsificação de gorduras no processo digestivo, através da secreção da bile; 
•	 Armazenamento e liberação de glicose; 
•	 Síntese de proteínas do plasma; 
•	 Produção de precursores das plaquetas; 
•	 Conversão de amônia em ureia; 
•	 Purificação quanto a diversas toxinas; 
•	 Destoxificação de muitas drogas e toxinas.
O fígado possui três faces: 
§	diafragmática (superior, convexa e lisa);
§	visceral (inferior, côncava e irregular, aloja a vesícula biliar); 
§	Posterior (Apresenta a área nua, sem revestimento do peritônio).
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Ele também possui quatro lobos: dois maiores (direito e esquerdo, sendo o direito bem maior que o 
esquerdo) e dois menores (lobo quadrado e lobo caudado). Os dois lobos maiores são separados pelo 
ligamento falciforme, na face diafragmática, e pela fissura umbilical na face visceral.
Entre os lobos há o hilo hepático onde apresenta a artéria hepática bifurca-se em ramo direito e ramo 
esquerdo (dois lobos principais), a veia porta que leva o sangue venoso do baço, estômago e intestino e 
os dutos biliares drenam a bile. Estes elementos que penetram no hilo hepático formam em conjunto o 
pedículo hepático. 
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Figura 13: Fígado: vista anterior, vista inferior, vista posterior e relações anatômicas in locus.
http://vignette1.wikia.nocookie.net/aia1317/images/b/b8/Liver.jpg/revision/latest?cb=20131022012257&path-prefix=pt-br
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Ø	 vesícula biliar
É localizada abaixo do fígado em formato de bolsa, com 10 cm de comprimento por 4 cm de largura. É divi-
dida em fundo, corpo e colo, no qual conecta-se o ducto cístico. Armazena a bile, utilizada para emulsificar 
gorduras (ação detergente) durante o processo digestivo. Sua cor verde-escuro deve-se ao seu conteúdo 
(bile).
A vesícula biliar está ligada ao fígado e ao duodeno pelas vias biliares extra-hepáticas. As vias biliares 
são formadas pela união dos ductos hepáticos direito e esquerdo, formando o duto hepático comum, 
onde este por sua vez se junta com o ducto cístico que vem da vesícula biliar e formam o ducto colédoco, 
que se une no ducto pancreático principal formando a ampola hepato-pancreática. A ampola desemboca 
na papila duodenal maior.
Figura 14: Vias biliares extra-hepáticas e anatomia da vesícula biliar.
Fonte: http://medifoco.com.br/wp-content/uploads/2012/03/2.gif
Ø	 Pâncreas
O pâncreas também é uma glândula de secreção mista. É relativamente comprido (15-25 cm). Está 
localizado posteriormente ao estômago e próximo ao duodeno.
Depois do fígado é a glândula anexa mais volumosa do sistema digestivo, possui uma parte endócrina 
(produz e secreta principalmente Insulina e glucagon) e outra parte exócrina (produz e secreta sulco 
pancreático que neutraliza acidez do quimo transformando em quilo e faz a digestão de proteínas, de 
carboidratos e de gorduras).
O pâncreas tem as seguintes funções:
ü	 Dissolver carboidrato (amilase pancreática);
ü	 Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastáse); 
ü	 Dissolver triglicerídeos nos adultos (lípase pancreática);
ü	 Dissolver ácidos nucleicos (ribonuclease e desoxirribonuclease).
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Situa-se posteriormente ao estômago.
É dividido em quatro regiões:
1) cabeça (encaixada na concavidade do duodeno);
2) colo (estreitamento entre a cabeça e o corpo);
3) corpo (maior porção abriga os ductos pancreáticos);
4) cauda (extremidade lateral esquerda faz relação com o baço).
O pâncreas apresenta dois sistemas:
•	 Sistema secretor exócrino – células acinares que produzem o suco pancreático. Ele é drenado por 
dutos menores até desembocar nos dutos pancreáticos, principal e acessório. Como vimos, o duto 
pancreático principal segue o comprimento do pâncreas e termina na segunda porção do duodeno, na 
ampola hepatopancreática;
•	 Sistema secretor endócrino – grupos celulares altamente vascularizados, conhecidos por ilhotas pan-
creáticas, que secretam os hormônios insulina e glucagon. 
Palavras Finais do ProFessor
Olá, estimado(a) aluno(a)! Chegamos ao fim de mais uma unidade. Nossa! Quanta coisa nova aprende-
mos!
Nesta unidade, ao estudar o sistema respiratório e o sistema digestório, pudemos perceber que ambos 
trabalham em harmonia e retiram do meio ambiente os nutrientes para a vida das células: o oxigênio e as 
moléculas orgânicas dos alimentos.
Conhecemos os órgãos e estruturas do sistema respiratório, o caminho que o ar percorre em nosso corpo 
e como a respiração acontece. Além disso, reconhecemos outras funções ligadas a estes órgãos como: a 
fonação, o olfato, a deglutição, dentre outras.
Agora podemos entender melhor e explicar aos demais o que é adenoide, a diferença entre sabor e gosto, 
o que é a sinusite, edema de glote, o sufocamento ocasional durante a deglutição, o porquê dos homens 
terem voz mais grave que as mulheres... Enfim, podemos enxergar e sentir o corpo com um novo olhar.
Conhecemos os órgãos do sistema digestório, percebendo que sua morfologia indica a função, como 
vimos no esôfago um importante tubo condutor do alimento, no estômago uma câmara de digestão e 
armazenamento temporário dos alimentos, e nos intestinos, muitas pregas para aumentar a capacidade 
de absorção de nutrientes. 
Vimos às estruturas anexas, favorecendo as etapas da digestão como os dentes e as glândulas salivares 
ajudando na formação do bolo alimentar, e fígado e pâncreas contribuindo na finalizaçãoda digestão.
Uau! 
O que será que ainda vem por aí? 
Ficou curioso(a)?!
Temos muitas novidades a descobrir, eu garanto. Mas por enquanto, releia o guia para fixar melhor as 
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informações e não se confundir, e partilhe com os colegas o quanto aprendeu.
Bons estudos!
acesse o aMbiente virtual
Olha só! Passou tão rápido, e já terminamos nossa unidade 3. Vamos agora consultar o ambiente virtual 
para organizar as ideias e reforçar os pontos mais importantes de nossa unidade. Não esqueça de realizar 
nossas as atividades e procure o tutor em caso de dúvidas.
Nos vemos na próxima unidade!
reFerências biblioGráFicas
MARIEB, E. N. & HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008. p.351.3 
TORTORA, G. J. & NIELSEN, M. T. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013.

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