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Biomedicina / 6º semestre 1 Carlezilda da Silva Rodrigues Isabella Costa Dillenburg Laísla De Moura Rocha Libina Beatriz Guimarães Reações Transfusionais O que é transfusão? É o ato médico de transferir um sangue ou hemocomponentes de um doador para o sistema circulatório de um receptor. O que é uma reação transfusional?? Qualquer efeito indesejável que ocorre durante ou após a transfusão sanguínea a ela relacionado. Classificação 5 Tempo Imediata; Tardia; 6 Etiologia Imunológica; Não imunológica; 7 Etiologia Imediatas 8 8 Tardias 9 Conduta clínica Interromper imediatamente a transfusão; Manter o acesso venoso com soro fisiológico; Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor; Avaliar se ocorreu a reação; Manter o equipo e as bolsas intactas; Registrar as alterações no prontuário do paciente. 10 REAÇÕES TRANSFUSIONAIS, IMEDIATAS 11 Reações alérgicas Reação transfusinal mais comum; Aparecimento de reações de hipersensibilidade; Decorrente da interação entre antígenos e anticorpos; Ocorre em 1% à 3%. 12 Dividida em 3 estágios: Leve – prurido, uriticária e placas eritromatosas; Moderada – Edema da glote e broncoespamo; Grave – choque anafilático. 13 Sinais e sintomas Prurido; Eritema; Pápulas; Rouquidão; Dispneia; Cianose; Dor torácica; Tosse. 14 14 Tratamento Suspender a infusão do hemocomponentes; Manter o acesso venoso com solução fisiológica; Comunicar ao médico; Uso de anti-histamínicos; Verificar os sinais do paciente. 15 16 Reação Anafilática Esse tipo de reação é pequena; Pode começar após a infusão; Os sintomas iniciais são rubor, calafrio, hipertensão; 18 A explicação para esses tipos de reação é a presença do anti-IgA; Anafilaxia; Determinação do IgA do paciente. 19 Tratamento Interromper a transfusão; Administrar Ipinefrina aquosa; Infundir grande quantidade fluido endovenoso; Outras drogas vasopressoras. 20 Reação Febril Não-Hemolítica É caracterizado pelo aumento da temperatura corporal; Ocorre em 0,5%-1,5% das transfusões; Pode ocorrer por dois mecanismos distintos. 22 Tratamento Sempre que houver suspeita da reação, interromper a transfusão; Medicar o paciente; O diagnóstico desse tipo de reação é clínico; Caso a medicação não evite a ocorrência de reações futuras, optar por outro tratamento. 23 Reação Hemolítica Aguda Causadas por reação de antigeno-anticorpo; Anticorpos naturais IgM (anti-A, Anti-B, AntiAB) ou imune, presentes no soro do paciente e respectivo antígeno presente na unidade transfundida; Sinais e Sintomas Dor no trajeto venoso; Ansiedade e angústia respiratória; Dor torácica; Dor lombar; Dispnéia; Tremores; Febre 39 a 42ºC; Cianose labial e de extremidades; Hipotensão; Coagulação intravascular disseminada e Insuficiência renal aguda. 26 Diagnóstico Além do clínico; Coombs Direto positivo; Hemoglobinemia e Elevação dos níveis de bilirrubina indireta. 27 Tratamento 1. Suspender imediatamente a transfusão; 2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%; 3. Diuréticos – Furosemida 40 a 80 mg para adulto e 1 a 2 mg/kg para criança, podendo ser repetido uma vez; 4. Bicarbonato de sódio para manter o pH urinário acima de 7; 5. A hipotensão deve ser abordada com o uso de dopamina em baixas doses (< 5 μg/Kg/min); 6. Plasma fresco, congelado (PFC 10ml/Kg de peso) e crioprecipitado (se fibrinogênio < 100 mg/dl); 28 7. Solicitar exames de perfil hemolítico, imunohematológicos, uréia, creatinina, coagulação e urina; 8. Efetuar controle da diurese do paciente, observando e anotando o volume e coloração, e guardando as amostras em tubos seqüenciais com horário e número da amostra; 9. Enviar para o Serviço de Hemoterapia, a bolsa que estava sendo transfundida, com a respectiva etiqueta preenchida no verso, para realização da retipagem, prova cruzada e cultura. 29 CONTAMINÇÃO BACTERIANA 30 Reação rara; Dramática; Com alto índice de mortalidade. Sinais e Sintomas Febre; Vasodilatação periférica; Cólica intestinal; Dor muscular; Choque séptico; Diarréia e insuficiência renal. 32 Conduta: Tratamento 1. Suspender imediatamente a transfusão; 2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%; 3. Antibioticoterapia largo espectro; 4. Instalar cateter de O2 úmido; 5. Manutenção da Pressão arterial; 6. Assistência respiratória. 33 34 REAÇÕES TRANSFUSIONAIS, TARDIA 35 Complicações Infecciosas 36 90% das hepatites pós transfusionais; Contaminação com o vírus da hepatite. 37 1 a 13 meses Assintomático Reação Febril 1 ou 2 horas após a transfusão; Febre; Calafrios; Dor lombar leve; Hemólise; Contaminação Bacteriana. 38 Vias de contaminação Agulhas; Seringas contaminadas; Inalação de drogas; Espelhos e canudos contaminados; 39 Procedimentos Soro de Conversão; Identificar o doador; Registrar na ficha do receptor e do doador; Comunicar a ocorrência. 40 Doenças transmissíveis por vírus Hepatite pós-transfusionais- B e C; HIV I e HIV II. 41 Doenças transmissíveis por Espiroquetas Sifilis; Doença de Lyme. 42 Doenças transmissíveis por Protozoários Doença de chagas; Malária. 43 O que fazer quando suspeitar de uma reação? 44 Obrigada!! 45 Referência OLIVEIRA, Luciana CO; COZAC, Ana Paula CNC. Reações transfusionais: diagnóstico e tratamento. Medicina (Ribeirao Preto. Online), v. 36, n. 2/4, p. 431-438, 2003. BURATTI, BRUNA LACERDA DA SILVA; ARAÚJO, SÍLVIA REGINA; ANDRIELLI, FABIANA. REAÇÕES TRANSFUSIONAIS FEBRIS NÃO HEMOLÍTICAS OCORRIDAS NO HOSPITAL IPIRANGA NO PERÍODO DE 2007 A 2012. Atas de Ciências da Saúde (ISSN 2448-3753), v. 1, n. 2, 2013. 46