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Slide Depressão no idoso

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DEPRESSÃO NO IDOSO
Alunos: Caroline Gerolin, Fabiana soares e joão renato mourão
PROFESSORAs: FLÁVIA E JANAINA
Depressão e Recorrência
Depressão de Início Tardio (DIT) 
-sintomas aparecem pela primeira vez após os 65 anos.
-Mais queixas somáticas e hipocondríacas, menor relato de tristeza
-Causas: multifatoriais, como estressores psicossociais, múltiplas comorbidades, polifarmácia, além das alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas próprias do envelhecimento. 
-Maior comprometimento cognitivo e funcional, aumentando o risco de demência.
Depressão no Adulto Jovem – Recorrente
-Os primeiros episódios iniciam-se na fase adulta, tendo recorrências durante a vida, inclusive em >65 anos.
-Maior relato de tristeza
Depressão e Recorrência
 
 Prevalência de sintomas depressivos foi fator de risco independente para  da mortalidade e de doenças clínicas e subclínicas.
A depressão é um fator de risco para doenças clínicas e quem tem doença clínica e desenvolve a depressão piora a doença clínica. 
  A depressão afeta de maneira significativa a qualidade de vida, o estado funcional, o tempo de internação desses pacientes, os custos para a saúde.
 
 ∗Pacientes seguidos de 3 a 15 anos após a recuperação de episódios prévios. 
Fonte:  (BRAGA, 2016) 
Epidemiologia 
Epidemiologia 
Transtornos depressivos:
Acometem entre 4,8 e 14,6% dos idosos na comunidade
22% dos idosos hospitalizados ou institucionalizados
Nos estudos que avaliam os sintomas depressivos clinicamente significantes, sem levar em consideração os critérios diagnósticos para depressão maior, mas utilizando escalas de sintomas, a variação na prevalência na comunidade aumenta para 6,4 a 59,3% (Braga,2015)
E a prevalência dos sintomas depressivos é feita de acordo com a idade da população idosa, sendo:
-17,1% para os maiores de 75 anos
- 20 a 25% para os maiores de 85 anos 
- 30 a 50% para os maiores de 90 anos 
Fatores de Risco
Fonte: Braga Junior D. Depressão no idoso: Diagnóstico e Tratamento. 2015
FATORES DE RISCO PREDISPONENTES PARA DEPRESSÃO
FATORESDE RISCO PRECIPITANTES PARA DEPRESSÃO
Sexo feminino
Luto
Viuvez ou divórcio
Mudança de residência (casa de repouso)
História prévia de depressãoanterior
Eventos adversosde vida (perdas, separação, problemas financeiros)
Alterações cerebrovasculares
Estresse crônicocom declínio de saúde, problemas familiares ou conjugais
Doençascrônicas e incapacitantes
Isolamentosocial
Polifarmáciaou uso de medicamentos
Alterações do sono
Uso excessivo de álcool
Baixa renda eou baixo suporte social
Papel de cuidador de pessoas com doençasgraves (demência)
Tipode personalidade (problemas de relacionamento ou dependência
7
Tipos de Depressão
Tipos de Depressão 
Depressão Vascular
Depressão Psicótica
Depressão Melancólica
Depressão Subsindrômica/Subclínica
Depressão Secundária a Medicamentos 
Depressão Secundária à Doenças 
Presençade duas características cardinais
Presença de alguma característicasecundária
Evidênciade fator de risco ou doença vascular
Comprometimentocognitivo
Inícioda depressão > 65anos ou mudança no curso da depressão depois da depressão vascular em pessoas com início precoce da depressão
Lentificação psicomotora
Ausênciade história familiar de doença do humor
Incapacidade
Fonte: Braga,2015.
Critérios Diagnósticos para Depressão Vascular
Depressão Vascular
	É caracterizada por redução do interesse, retardo psicomotor, prejuízo na percepção e pouca agitação ou sentimento de culpa, além de uma possível piora na incapacidade. Dentre os sintomas cognitivos mais presentes estão o déficit de fluência verbal e a anomia. Deve ser suspeitada quando o primeiro episódio ocorre em idade mais avançada (mais de 85 anos) e não tem relação com história de depressão na família.
Depressão Psicótica e Melancólica
 Depressão psicótica: mais frequentes em idosos que nos adultos jovens, associa-se a alucinações e/ou delírios (culpa, hipocondria, niilismo, persecutório e de ciúmes, apodrecimento ou ausência de órgãos internos), com maior risco de comportamento de autolesão. Alucinações auditivas e, menos frequentemente visuais podem estar presentes. 
Depressão melancólica: caracterizada por incapacidade de reagir a estímulos positivos, piora do humor pela manhã, sentimento de culpa excessivo, despertar precoce, marcante retardo ou agitação psicomotora, perda de apetite ou peso. 
 
Depressão Psicótica e Melancólica
 É muito comum idosos apresentarem vários sintomas depressivos que são insuficientes para preencher critérios diagnósticos de TDM. Nessa situação é comum o uso do termo “depressão subsindrômica” ou “depressão subclínica”. 
A depressão subsindrômica pode levar ao mesmo nível de incapacidade pesente no TDM e também está associada ao aumento da mortalidade.
Depressão Secundária
Depressão secundária ao uso de substância lícitas e ilícitas
Depressão secundária à doenças 
Depressão Secundária 
Depressão Secundária à fármacos
Há uma relação entre a piora dos sintomas depressivos após o uso de determinados medicamentos. Como a depressão é comum em pacientes com doenças físicas, a avaliação se torna um grande desafio, pois, existe uma dificuldade de determinar se foi um medicamento que causou a depressão, ou se a condição é apenas uma coincidência. São drogas relacionadas com sintomas depressivos:
Álcool
Benzodiazepínicos
Betabloqueadores ; Clonidina ; Hidralazina ; Metildopa ; Reserpina
Cimetidina
Corticoides
Dextropropoxifeno
Estrógenos ; Progesterona
Levodopa
Tamoxifeno ; Vimblastina 
Depressão secundária a doenças
Frequência de depressão associada a doenças clínicas: 
Diabetes melito: 8 a 28 %
Doença de Alzheimer: 15 a 57 %
Doença de Parkinson: 20 a 70%
Doença arterial coronariana: 23%
Hipertensão arterial: 58%
Câncer: 24% - (Gástrico 11%, Mama 13 a 26%, Linfoma 17%, Orofaringe 22 a 40%, Ginecológico 23%, Cólon 26%, Pâncreas 50%)
Acidente Vascular Encefálico 26 a 54%
Esclerose múltipla 27 a 54%
Degeneração macular 33%
Dor crônica 57%
Hipotireoidismo 50%
Depressão associada a enfermidades clínicas
Depressão e dor crônica – mesma via descendente no SNC
Depressão e doença cardiovascular - DAC e IAM
Depressão e acidente vascular cerebral - preditores: incapacidade funcional, historia de depressão, disfunção cognitiva, gravidade do quadro e ansiedade
Depressão e hipo/hipertireoidismo – humor deprimido e comprometimento da memória
Depressão e apneia do sono - subdiagnóstico de SAOS
Critérios Diagnósticos
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período deduas semanas,na maior parte dodia, quase todos os dias.
1. Humor deprimido 
2. Diminuição do interesse ou prazer
3. alteração do peso/apetite
4.  alteração do sono
5. Agitação ou retardo psicomotor 
6. Fadiga ou perda de energia
7. sentimento de inutilidade ou culpa
8. Diminuição da concentração
9. Pensamento de morte, ideação suicida
B. Com sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica
D. Não é mais bem explicada por outro tipo de transtorno 
E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco
Ferramentas de Rastreio
Escala de Depressão Geriátrica (EDG) – para idosos com comprometimento cognitivo mínimo
Entrevista Clínica Estruturada para os Transtornos do DSM-5 (SCID-5)
Patient Health Questionnaire 9 (PHQ-9) – reflete os critérios do diagnóstico do DSM-5
Cornell Depression Scale - para idosos com demência
Stroke Aphasic Depression Questionnaire, Signs of Depression Scale e a Visual Analogue Mood Scale – para idosos com AVC
Minimental*
Testes neuropsicológicos
Exames Complementares
Hemograma
Glicemia
Função Renal
Função Hepática
Função tireoidiana
Sódio
Potássio
Vitamina B12
Ácido fólico
VDRL e Anti-Hiv
ECG
Ressonância nuclear magnéticaou tomografia computadorizada
Subdiagnóstico e Subtratamento
Fatores de Risco Para o Subdiagnóstico e Subtratamento da Depressão
Sintomasmuitoleves ou pouco específicos
Sintomas físicoscomunsà depressão e a outras condições clinicas(ex.: fadiga, diminuição do apetite, dores, alterações do sono e perda depeso)
Diminuição deenergia(é consideradaqueixa comum no processo deenvelhecimento)
Presença deirritabilidadecomo traço marcante de depressão e não de tristeza
Presençadecomorbidades médicas
Prejuízocognitivo
Efeitos colateraisde medicamentos
Dificuldadespessoais do profissional de saúdeem lidar com o adoecimento psiquiátrico
Fonte: Braga Junior D. Depressão no idoso: Diagnóstico e Tratamento. 2015
Diagnósticos diferenciais 
Luto
Tristeza
Transtorno Bipolar
Distimia
Delirium
Demência
Parâmetros
Depressão
Demência
Data de início pode ser identificada com precisão
Usual
Pouco usual
Idade de inicio
Qualquer idade
Incomum antes dos 60 anos
História de depressão
Usual
Menos usual
Queixas de perdacognitiva / Incapacidade
Enfatizadas
Minimizadas no estagio tardio da doença
Descrição pelo paciente de sua perda cognitiva
Desempenho melhor que aautoavaliação
Desempenho melhora com pistas para evocação
Desempenho pior que a autoavaliação
Desempenho não melhora com pistas para evocação
Comportamento congruente com a gravidade da perda cognitiva
Pouco usual
Usual
Humor
Deprimido
Labil; deprimido; embotamento afetivo
Esforço para executar tarefas
Pequeno
Grande
Deterioração da capacidade para atividades sociais
Precoce
Tardia
Atenção e concentração
Adequadas
Deficientes
Respostas como “não sei”
Usuais
Pouco usuais
Perda de memória para eventos recentes comparada à perda de memória para eventos remotos
Igual
Maior
Desempenho em tarefas com dificuldade semelhante
Variável
Consistente
Velocidade de processamento
Lentificada
Normal
Fonte: VIANA, 2016 - Adaptado
Consequências Funcionais 
	Varia segundo cada indivíduo, podendo ser leve, em que muitos daqueles que interagem com o indivíduo afetado não percebem os sintomas depressivos, até Incapacitante, que torna o indivíduo incapaz de dar atenção às necessidades básicas de cuidado consigo mesma ou fica muda ou catatônica
Depressão e Suicídio
Machucar-se ou as tentativas anteriores de suicídio são os principais preditores.
Nos Estados Unidos existe a relação de 36:1 entre tentativas e efetivação de suicídios de jovens, de 8:1 na população em geral; entre idosos, essa relação é muito estreita: 4:1.
As mulheres idosas pensam mais em suicídio e os homens estão na frente na efetivação do suicídio.
Depressão e Suicídio
Estudos demonstraram que: 
71% e 95% das pessoas idosas que cometeram suicídio possuíam diagnóstico de algum transtorno mental
 77% deles padeciam de algum distúrbio psiquiátrico quando cometeram o ato, dos quais 63% sofria de depressão
Depressão e Suicídio
Como desconfiar do pensamento suicida?
Comportamentos sintomáticos: o mais previsível é a própria tentativa. 
Descuido com a medicação
Desinteresse pelas coisas da vida
Busca súbita de alguma religião ou igreja
Fatores situacionais: 
Aposentado que se isola
Morte do cônjuge, filhos ou amigos
Diagnóstico de uma doença grave a perda das referências sociais, como a privação de espaço na própria casa.
Fatores sindrômicos: 
Depressão com ansiedade, tensão, agitação
Sentimento de culpa 
Mudanças nos hábitos de comer e de dormir;
Súbita recuperação em relação a um quadro de depressão profunda.
O paciente geralmente comenta com familiares e com seu médico que está tendo pensamentos de morte, que planeja se matar. Muitas vezes esses avisos são desconsiderados.
Tratamento
Tratamento 
O tratamento requer estratégias:
A curto prazo - farmacológico
A longo prazo - prevenir recorrências com psicoterapia
40% abandonam o tratamento se melhora não ocorrer em até 1 mês
Resultado melhora com maior frequência das consultas entre as primeiras 4 a 6 semanas e parecer psiquiátrico, quando necessário
Tratamento 
O tratamento requer estratégias:
Iniciar com ½ da dose terapêutica
Informar ao paciente que ele pode sentir: náusea, cefaléia, ansiedade.
Após 1 a 2 semanas aumentar para a dose terapêutica mínima
Reavaliar em 3 a 4 semanas
Na hora de retirar o medicamento: desmame, retirando ¼ da dose por semana
Tratamento 
Fases do tratamento de depressão:
Aguda: Visa remissão dos sintomas e início da recuperação psicossocial. Duração de 6 a 12 semanas. Paciente assintomático por 6 meses é considerado recuperado do episódio atual.
De continuação: Visa prevenção de recaídas. Duração de 4 a 9 meses.
De manutenção: Aos pacientes com grande risco de recorrência ao longo da vida: depressão crônica(duração acima de 2 anos), depressões resistentes a tratamento(mais de 2 episódios em 2 anos), depressões recorrentes(3 ou mais episódios ao longo da vida) e depressão nos idosos. Tratamento deve ser mantido por 1 ano ou mais, sendo contínuo em alguns casos. A dose de manutenção é a mesma para remissão.
Tratamento 
Curso da Depressão
O curso e o diagnostico dependem do tratamento adequado e os estudos demostram altas taxas de recuperação em 3 a 6 meses 
Resposta: melhora de 50% dos sintomas inicialmente presentes 
Remissão: desaparecimento dos sintomas
Recuperação: manutenção da remissão dos sintomas por pelo menos 6 a 12 meses
Recaída: piora dos sintomas antes da sua remissão completa ou quando já houve remissão, porém ainda não a recuperação da doença. 
Recorrência: refere-se a um novo episódio de depressão, pois acontece após a recuperação da doença. Após instituição de adequada terapêutica, 1/3 melhora e permanece bem, 1/3 apresenta recaída e 1/3 não melhora, cronifica. 
Tratamento Farmacológico
Tratamento farmacológico - Classes:
Antidepressivos tricíclicos (ADT ou ATC)
Inibidores da monoamino-oxidase (IMAO)
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRN)
Antidepressivos atípicos
Tratamento Farmacológico
Entre 60 e 70% dos pacientes deprimidos respondem a qualquer fármaco administrado em dose suficiente por 6 a 8 semanas.
Indivíduos com ideação suicida - fármaco com baixa toxicidade (perigo de overdose). 
Não existe antidepressivo ideal
Duração do tratamento: 6 a 12 semanas
Retirada de forma gradual
Resposta parcial ao tratamento: 
1° aumentar a dose do medicamento
2° trocar a classe do antidepressivo
Tratamento Farmacológico
Escolha do antidepressivo:
Preferência do paciente
Respostas aos medicamentos anteriores
Segurança
Tolerabilidade
Custo
Efeitos colaterais
Facilidade para descontinuação do tratamento
Simplicidade da posologia
Menor ajuste de doses possíveis
Baixo perfil de interações medicamentosas
Antidepressivos Tricíclicos
Boa eficácia(semelhante à dos ISRS)
Bloqueiam a ação da Norepinefrina e da Serotonina.
Ligam-se a muitos receptores diferentes(muscarínicos, histamínicos, alfa adrenérgicos) – gerando muitos efeitos colaterais.
Superdosagem potencialmente fatal.
Contra indicados aos pacientes com fatores de risco cardiovasculares graves. 
Mais seguros para idosos: Nortriptilina e Desipramina. Eles podem ser monitorados pelo plasma.
Idosos requerem dose inicial baixa e aumento progressivo lento.
Efeitos colaterais mais comuns da Nortriptilina são anticolinérgicos, como constipação, visão turva, boca seca, sedação, alteração cognitiva, hipotensão ortostática, arritmias cardíacas e ganho de peso.
Inibidores da monoaminoxidase(IMAO)
Boa eficácia (mesma eficácia que ADT) em idosos. 
Inibe a enzima que degrada as aminas neurotransmissoras, a monoaminoxidase(MAO).
Muitos efeitos colaterais, sendo os mais comuns são insônia e hipotensão ortostática.
Suas desvantagens no tratamento em idosos são: 
Necessita de dieta sem tiramina (queijo e vinho), pois não a metaboliza, gerando alta concentração desta substância no sangue, gerando efeitos simpaticomiméticos.Sua ingestão pode causar intensa crise hipertensiva com risco de vida para o paciente.
Interações medicamentosas com diversos fármacos, produzindo crises hipertensivas ou hipertermia(exemplo: ADT, simpaticomiméticos, ISRS, meperidina)
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina(ISRS)
Eficazes, seguros e bem tolerados em idosos. Fármacos de primeira escolha para essa população, que geralmente é acompanhada de comorbidades.
Inibem seletivamente a recaptação da serotonina.
Eficaz em pacientes que apresentam depressão e ansiedade associadas. 
Risco de hiponatremia, principalmete se paciente estiver em uso de diurético. Fadiga, mal estar e delírios estão relacionados a essa situação.
Efeitos adversos: Distúrbios gastrointestinais(mais comuns), SIHAD, hiponatremia e distúrbios do sono (insônia ou sonolência), bradicardia e síndrome extrapiramidal.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina(ISRS)
Fluoxetina: meia vida longa, baixo custo, diminui apetite, pode causar ansiedade
Sertralina: seguros para doença cardiovascular
Escitalopram: poucas interações medicamentosas
Citalopram: poucas interações medicamentosas
Paroxetina: aumento de peso e de sono (bom para insônia)
Fluvoxatina: menor chance de causar disfunção sexual
Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina(IRSN):
Impedem a recaptação de serotonina e norepinefrina. 
Mais seguros que os ADT, pois não afetam receptores muscarínicos, alfa-adrenégicos e histaminérgicos, tendo menos efeitos colaterais.
Boa opção quando há dores crônicas generalizadas, como na fibromialgia, pois inibem recaptação de noradrenalina.
Medicamentos:
Duloxetina
Venlafaxina
Desvenlafaxina
Tratamento
Outros medicamentos:
Trazodona: Forte agonista de receptor 5-HT2A, efeito provavelmente envolvido em sua ação antidepressiva e ansiolítica. Antagonista de autorreceptores pré-sinápticos 5-HT1. 
Sua indicação são os quadros depressivos, quando ansiedade e insônia estão presentes. . Usado mais como sedativo.
Doses diárias antidepressivas variam de 150 a 200mg, podendo chegar a extremos de 50 a 600mg. Prescrita como hipnossedativo para insônia com doses baixas de 25 a 100mg, inclusive quando decorrente da ação de outros antidepressivos, como ISRS.
Vortioxetina: Pertence a classe ISRS, mas também é um agonista dos receptores 5-HT1A, agonista parcial dos receptores 5-HT1B e antagonista dos receptores 5-HT1D, 5-HT3, 5-HT7, que leva a modulação de neurotransmissão em vários sistemas, principalmente o da serotonina, mas também os da norepinefrina, dopamina, histamina, acetilcolina, ácido gama-aminobutírico (GABA) e glutamato.
Bupropiona: Inibidor relativamente seletivo da recaptação de noradrenalina e dopamina. Pouco efeito serotoninérgico. Boa escolha para tabagistas, casos de disfunção sexual e fadiga. Não aumenta ansiedade
Tratamento
Mirtazapina: Antagonista alfa-2 de ação pré sináptica que aumenta a atividade noradrenérgica e serotoninérgica. O aumento é mediado pelos receptores 5-HT1, pois os receptores 5-HT2 e 5-HT3 são bloqueados. Em decorrência de sua ação como antagonista dos receptores histaminérgicos H1, surgem efeitos colaterais como sonolência, sedação, aumento do apetite e do peso, o que pode ser uma vantagem em algumas situações, principalmente em pacientes com insônia e anorexia.
Sua dose indicada para depressão é de 15 a 45mg/dia.
Agomelatina: Antidepressivo agonista dos receptores melantoninégicos MT1 e MT2, e antagonista dos receptores serotoninérgicos 5-HT2C.
Medicamento eficaz e bem tolerado em idosos.
Viladozone: Considerado um ISRS, mas seu mecanismo de ação não é totalmente conhecido. Tem ação agonista parcial do receptor 5-HT1A.
++; relativamente comum ou forte; +; pode ocorrer; -; raro/fraco; ?; informação insuficiente; sintomas anticolinérgicos incluem boca seca, suor, visão borrada, constipação e retenção urinária.
++; relativamente comum ou forte; +; pode ocorrer; -; raro/fraco; ?; informação insuficiente; sintomas anticolinérgicos incluem boca seca, suor, visão borrada, constipação e retenção urinária.
Tratamento
Lítio como coadjuvante no tratamento em idosos 
O lítio é uma opção para potencializar os antidepressivos. 
Desidratação e declínio da TFG pode diminuir depuração do lítio.
Pacientes mais velhos podem ter o nível sérico de lítio alterado. 
A tolerabilidade ao lítio em idosos pode estar rebaixada. Doses terapêuticas em adultos podem causar neurotoxicidade em pacientes mais velhos(tremor).
Recomenda-se 300 a 600mg/dia para pacientes entre 65 a 75 anos e 150 a 300mg/dia para os acima de 80 anos.
Tratamento
Benzodiazepínicos em idosos
A utilização prolongada de benzodiazepínico está associada a um maior risco para o desenvolvimento de doença de Alzheimer.
Estes medicamentos estão na lista de medicamentos potencialmente impróprios para idosos, conforme o critério de Beers.
Se prescrever esse medicamento, aconselha-se não ultrapassar seu uso por mais de 4 semanas.
Psicoestimulantes
Não há estudos suficientes comprovando os benefícios do uso de psicoestimulantes no tratamento para depressão, seja de forma isolada ou em associação a outro medicamento. 
Como iniciar o tratamento farmacológico?
Tratamento
Como proceder com os pacientes que não respondem aos antidepressivos ?
Os primeiros passos após a não remissão dos sintomas com antidepressivos são:
Aumento da dose do fármaco
Mudança de classe do antidepressivo
Associação de fármacos não antidepressivos (antidepressivo + antipsicótico)
Associação de um segundo antidepressivo (ISRS + nortriptilina, reboxetina ou bupropiona)
Outras combinações utilizadas são:
Venlafaxina + ISRS
Venlafaxina + Bupropiona
Venlafaxina + ADT (Nortriptilina)
Mirtazapina + Venlafaxina
Fluoxetina + Trazodona
Mirtazapina + ISRS
Mirtazapina + Bupropiona
Tratamento
Antipsicóticos atípicos:
Podem contribuir para a remissão de sintomas depressivos , quando pacientes não respondem ao uso de 2 antidepressivos diferentes, mesmo quando não há sintomas psicóticos.
Risperidona – 3mg/dia
Quetiapina – 25 a 400mg/dia
Aripiprazol – 2,5 a 5mg/dia - melhor perfil para síndrome metabólica.
A associação do tratamento com medicamentos antipsicóticos aumenta o risco de AVC.
Efeitos coloaterais: síndrome metabólica (quetiapina e risperidona) e parkinsonismo.
Tratamento
Psicoterapia:
Intervenções com ensino para adaptação e estratégias para enfrentar a depressão, aconselhamento familiar, atividades sociais e visitas regulares de equipes de saúde para revisão dos pacientes.
Terapia cognitiva comportamental(TCC): análise dos problemas, objetivos e meios para alcançá-los.
Monitorizar o paciente: sinais de agitação, ansiedade e risco de suicídio. 
Idosos tem melhor adesão ao tratamento farmacológico.
Tratamento
Eletroconvulsoterapia(ECT):
Primeira escolha de tratamento, associada ou não a medicamentos, nos seguintes casos:
Transtorno de depressão grave
Resposta inadequada ou intolerância aos fármacos antidepressivos
Manifestações psicóticas ou catatônicas
Risco de suicídio
Restrições:
Tumor, infarto cerebral, IAM
Arritmias cardíacas ou uso de Marca-passo
Aneurisma
Deslocamento de retina
Feocromocitoma
Farmacocinética e Farmacodinâmica no idoso
Estratégias Terapêuticas Complementares
A atividade física:
Diminui o estresse e ansiedade
Retardar sintomas depressivos
Diminui o risco cardiovascular
Religião e espiritualidade também podem influenciar no tratamento da depressão.
Caso Clínico
 M.R.S, sexo feminino, 72 anos, é trazida à consulta pela filha, que sempre morou com ela. A paciente tem mais dois filhos, que moram próximos a ela. É aposentada há 20 anos como professora do ensino básico. Segundo a filha, após o falecimento do marido por um câncer gástrico há 3 meses, a paciente tem participado menos das reuniões familiares, e, às vezes, até se negado a ir. 
Tem ficado muito irritada e sem paciência com os netos. A filhaobservou também que M.R.S. está mais “lenta e distraída”, inclusive se esquecendo de dar alguns recados. Em duas situações, a filha a viu chorando no banheiro de sua casa e, quando questionada, a mãe relatava que sentia muita falta do marido.
A paciente conta que não faz sua caminhada pela manhã há 6 meses, pois, acorda cansada e não tem ânimo para sair de casa. Usa com frequência dipirona para as dores que se espalham por todo o corpo e que interferem no seu sono. Relata que, nesse período, perdeu 4kg devido à falta de apetite e a uma “dor no estômago”, da qual nunca tinha se queixado, mas estava preocupada, pois o câncer do marido começou com o mesmo sintoma. 
A paciente relatou ideações de morte isoladas, mas sem planejamento.
Caso Clínico
A paciente é hipertensa há 9 anos e faz uso de candesartana na dose de 16mg/dia. Faz uso de Carbonato de cálcio 500mg/dia, “para os ossos” e Dipirona quase todos os dias, para dor. 
M.R.S, negou outros tratamentos. Não tem história pregressa de depressão, etilismo ou tabagismo. 
Na história familiar, teve um avô com Doença de Alzheimer, falecido há muito tempo. Apesar do embotamento afetivo, a paciente respondeu as perguntas e comandos solicitados. 
Perguntas:
1. Qual o diagnóstico?
A)Distimia
B)Transtorno Depressivo Maior
C)Demência
D)Luto
Perguntas:
1. Qual o diagnóstico?
A)Distimia
B)Transtorno Depressivo Maior
C)Demência
E) Luto
2. De acordo com o quadro clínico qual tratamento indicado para a paciente? 
Perguntas
2. De acordo com o quadro clínico qual tratamento indicado para a paciente? 
Foi diagnosticado HAS, gastrite leve de antro, deficiência de vit D e dislipidemia. Iniciar tratamento com pantoprazol(40 mg/dia), vit D(800U/dia), manter candesartana(16mg/dia) e esperar tratamento da depressão antes de tratar dislipidemia, pois paciente pode retomar atividades físicas, se retomar ânimo. Iniciar tratamento com medicamento antidepressivo e recomendar psicoterapia. 
3. Quais critérios devem ser utilizados para escolha do antidepressivo?
Perguntas:
3. Quais critérios devem ser utilizados para escolha do antidepressivo?
Paciente, 72 anos, sem histórico de depressão ou uso de antidepressivo. Informa dores por todo corpo, que interferem no sono e perda de peso. É hipertensa, mas controlada. Atualmente com gastrite de antro. Sem demais comorbidades.
Possibilidades de antidepressivos:
Duloxetina(IRSR): 30mg/dia (1/2 dose terapêutica) – trata dores generalizadas, como na fibromialgia.
Sertralina(ISRS): 25mg/dia(1/2 dose terapêutica) - seguro
Escitalopram(ISRS): 5 mg/dia(1/2 dose terapêutica) – seguro
Paroxetina(ISRS): 10mg/dia(1/2 dose terapêutica) – sono + e peso +
Caso clínico
Após 15 dias, a paciente retorna para reavaliação. Refere pouca melhora com o tratamento. Relatou que apresentou náuseas e cefaleia de intensidade leve, sem a necessidade de usar qualquer medicamento. 
Segundo a filha, sua mãe continuava indisposta e irritada. Percebeu que a idosa diminuiu as queixas de dor e o uso de dipirona. Não houve perda de peso nesse período.
4. Quais alterações devem ser feitas no tratamento da paciente?
Caso clínico
4. Quais alterações devem ser feitas no tratamento da paciente? 
Paciente com melhora parcial quadro depressivo em 15 dias. Tolerante aos efeitos colaterais do medicamento(Duloxetina).
 Aumentar a dose de Duloxetina para 60mg/dia(dose terapêutica) até reavaliação em 4 semanas.
Obrigado
Bibliografias
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