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1 UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI - CAMPUS DE ERECHIM ANDRÉ PATZER; BIANCA FIGUEIREDO; CAMILA TOBALDINI; LAÍS MUNTINI; LAURA ORO; LUCIANE VIEIRA; LUCAS COLLA; RENAN BOIANI TRABALHO DE FUNDAM. DAS TEORIAS FENOMENOLÓGICA, EXISTENCIAL E HUMANISTA ERECHIM, NOVEMBRO DE 2013 2 ANDRÉ PATZER; BIANCA FIGUEIREDO; CAMILA TOBALDINI; LAÍS MUNTINI; LAURA ORO; LUCIANE VIEIRA; LUCAS COLLA; RENAN BOIANI A PSICOTERAPIA CENTRADA NA PESSOA SEGUNDO CARL ROGERS Trabalho da disciplina de Trabalho De Fundam. das Teorias Fenomenológica, Existencial e Humanista, Curso de Psicologia, Departamento de Ciências Humanas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim. Professor: Me. Felipe Biasus ERECHIM, NOVEMBRO DE 2013 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................................04 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................................05 1. BIOGRAFIA DE CARL ROGERS...................................................................................05 2. O PROCESSO DE TORNAR-SE PESSOA - ALGUMAS DIREÇÕES DO PROCESSO TERAPÊUTICO..........................................................................................................07 3. PSICOTERAPIA CONSIDERADA COMO UM PROCESSO...............................................09 4. SER O QUE REALMENTE SE É....................................................................................10 5. ALGUNS MAL ENTENDIDOS......................................................................................11 CONCLUSÃO.........................................................................................................................00 BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO Ao contrário de outros estudiosos cuja atenção se concentrava na ideia de que todo ser humano possuía uma neurose básica, Rogers concluiu com suas pesquisas que essa visão não era exata, passando a defender que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era à saúde e seu bem-estar. Carl Rogers ficou famoso por desenvolver um método psicoterapêutico centrado no próprio paciente. O terapeuta tem que desenvolver uma relação de confiança com o paciente para poder fazer com que ele encontre sozinho sua própria cura. 5 BIOGRAFIA DE CARL ROGERS Carl Rogers (1902-1987) foi um psicólogo norte-americano. Desenvolveu a Psicologia Humanista, também chamada de Terceira Força da Psicologia. Segundo o psicólogo Abraham Maslow, Carl Rogers foi um dos principais responsáveis pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise. Sua postura enquanto terapeuta sempre esteve apoiada em sólidas pesquisas e observações clínicas. Na universidade de Wisconsin, Rogers dedica-se, inicialmente, aos seus estudos de ciências físicas e biológicas. Logo após graduar-se, em 1924, Rogers passou diante das expectativas de sua família, a frequentar o Seminário Teológico Unido, em Nova Iorque, onde recebeu uma liberal visão filosófica da religião. Transferindo-se para o Teachers College da Columbia University, foi introduzido na psicologia. Obteve seus títulos de Mestre em 1928 e Doutor em 1931. Suas primeiras experiências clínicas, calcadas na tradição behaviorista e, psicanalista, foram feitas como interno do Institute for Child Guidance, onde sentiu a forte ruptura entre o pensamento especulativo freudiano e o mecanicismo medidor e estatístico do behaviorismo. Depois de receber seu título de Doutor, Rogers passou a fazer parte da equipe do Rochester Center, do qual passaria a ser diretor. Neste período, Rogers muito tirou das idéias e exemplos de Otto Rank, que havia se separado da linha ortodoxa de Freud. Foi trabalhando em Rochester que Rogers atingiu novos insights e percepções do tratamento psicoterapêutico que lhe liberou da forte amarra acadêmica e conceitual que havia no ensino e prática da psicologia. Em 1949, Rogers passou a ocupar a cátedra de Psicologia da Universidade de Ohio. Por ter passado muito tempo envolvido diretamente com a clínica, ficou claro que, durante seu trabalho ativo com clientes, ele tinha atingido novas formas de pensar a prática psicoterapêutica que eram muito diferentes das abordagens acadêmicas convencionais. De todo modo, as críticas iniciais a que foi submetido e o interesse que os estudantes demonstravam em sua teoria compeliu-o a explanar melhor seus pontos de vista, resultando uma série de livros, principalmente Counseling and psychoterapy (1942). Em 1945, Carl Rogers tornou-se professor de Psicologia na Universidade de Chicago e secretário executivo do Centro de Aconselhamento Terapêutico, quando elaborou e definiu ainda mais seu método de terapia centrada no cliente, a partir do legado de outros teóricos, principalmente Kurt Goldstein, formulando uma teoria da personalidade e conduzindo pesquisas sobre a psicoterapia, o que muito pouco era feito com relação à abordagem do momento, a Psicanálise. 6 Em 1957, Rogers passa a ensinar na Universidade em que se graduou, Winconsin, até 1963. Durante esses anos, ele liderou um grupo de pesquisadores que realizou um brilhante estudo intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia centrada com pacientes esquizofrênicos, obtendo, em alguns pontos, muito material sobre a relação terapêutica e muitos outros dados de interesse científico, em termos estatísticos, com estes e com seus familiares. De qualquer modo, foi o início de uma abordagem mais humana junto aos pacientes hospitalares. Desde 1964, Rogers associou-se ao Centro de Estudos da Pessoa, em La Jolla, Califórina, entrando em contato com outros teóricos humanistas, como Maslow, e filósofos, como Buber e outros. Rogers passou a ser agraciado por muitos psicólogos pelo seu trabalho científico, e atacado por outros, que viam nele e em sua teoria uma abordagem tola e perigosa para o status e o poder que tinha, principalmente nos meios médicos que se viram forçados a reconhecer, a custas das inúmeras pesquisas sérias levadas por Rogers e seus auxiliares, que o psicólogo pode ter tanto ou mais sucesso no tratamento psicoterapêutico quanto um psiquiatra ou psicanalista. Rogers foi, por duas vezes, eleito presidente da Associação Americana de Psicologia e recebeu desta mesma associação os prêmios de Melhor Contribuição Científica e o de Melhor Profissional. Rogers morreu em 1987, aos 85 anos de idade. 7 O PROCESSO DE TORNAR-SE PESSOA - ALGUMAS DIREÇÕES DO PROCESSO TERAPÊUTICO O processo da psicoterapia é uma experiência única e dinâmica, diferente de indivíduo para indivíduo, se dividindo em algumas características fundamentais para o êxito no processo psicoterápico. A Percepção do eu potencial Um dos aspectos do processo terapêutico que se torna evidente em todos os casos pode designar-se como “a vivência da experiência”. Rogers emprega nesse ponto a expressão “vivência do eu” embora a expressão não seja completamente exata. Na segurança da relação com um terapeuta centrado no cliente, na ausência de qualquer ameaça presenteou possível contra o eu, o cliente pode permitir-se examinar diversos aspectos da sua experiência exatamente da mesma maneira que os sente, tal como os aprende através do seu sistema sensorial e visceral, sem os distorcer para adaptá-los ao conceito existente de eu. Pode-se dizer que uma das direções fundamentais que o processo terapêutico toma é o vivenciar livremente as reações sensoriais e viscerais reais do organismo, sem demasiado esforço para relacionar essas experiências com o eu. Isto é geralmente acompanhado da convicção de que esses dados não pertencem ao eu nem podem ser integrados nele. O ponto final do processo é o momento em que o cliente descobre que pode se definir a partir da sua própria experiência. A vivência integral de uma relação afetiva Um dos elementos da terapia de que mais recentemente tomamos consciência é o quanto a terapia é para o cliente, a aprendizagem de uma aceitação plena e livre, sem receio, dos sentimentos de outra pessoa. Descobrir que não se é destruído por se aceitar os sentimentos positivos que vêm dos outros, que isso não faz necessariamente mal, que na realidade “uma pessoa sente-se bem” quando tem alguém consigo nas lutas para enfrentar a vida- este é talvez um dos mais profundos aprendizados que o individuo poderá encontrar, estando ou não em terapia. O que significa tornar-se pessoa Tive a oportunidade de trabalhar com pessoas que apresentam uma ampla variedade de problemas pessoais. Aluno preocupado em reprovar de ano, dona de casa perturbada com o casamento, pais preocupados com os filhos, etc. Todavia apesar dessa multiplicidade, talvez haja apenas um problema. Parece que cada um está levantando a mesma questão, é como se cada pessoa estivesse perguntando: “Quem sou eu, realmente”? Como posso me tornar eu mesmo? Por trás da máscara A meta que o individuo mais pretende alcançar, o fim que ele intencionalmente ou inconscientemente almeja, é o de se tornar ele mesmo. 8 O individuo passa a perceber o quanto sua vida é guiada por aquilo que pensa que ele deveria ser, e não por aquilo que é. Frequentemente descobre que ele só existe em resposta às exigências dos outros, que parece não ter nenhum eu próprio, e que está somente tentando pensar, e sentir e se comportar de acordo com a maneira que os outros acreditam que deva pensar, e sentir e se comportar. O filósofo dinamarquês, Soren Kierkegaard, ilustrou o dilema do indivíduo há mais de um século, com um insight psicológico aguçado. Ele destaca que o desespero mais comum é estar desesperado por não escolher, ou não estar disposto a ser ele mesmo; porém, a forma mais profunda de desespero é escolher “ser outra pessoa que não ele mesmo”. Ao invés de tentar sustentar a sua experiência na forma de uma máscara, ou fazer com que seja uma forma ou estrutura que não é, ser ela mesma significa descobrir a unidade e harmonia que existe em seus próprios sentimentos e reações reais. Significa que o eu verdadeiro é algo que se descobre tranquilamente por meio da própria experiência, e não algo imposto sobre esta. Parece que gradualmente, dolorosamente, o indivíduo explora o que está por detrás das máscaras que apresenta ao mundo, e mesmo atrás das máscaras com as quais vem se enganando. De forma profunda e frequentemente vívida, ele experiência os vários elementos de si mesmo que se encontravam escondidos dentro dele. Dessa forma, cada vez mais ele se torna ele mesmo, não uma fachada de conformidade aos outros, não uma negação cínica de todos os sentimentos, nem uma frente de racionalidade intelectual, mas um processo vivo, que respira, sente e oscila em suma, ele se toma uma pessoa. Confiança no próprio organismo A pessoa descobre cada vez mais que seu próprio organismo é digno de confiança, que constitui um instrumento adequado para descobrir o comportamento mais satisfatório em cada situação imediata. Passa a ter conhecimento de seus próprios sentimentos e impulsos que são frequentemente complexos e contraditórios. Está mais apto a permitir que seu organismo total, seu pensamento consciente participativo, considere, pondere e equilibre cada estímulo, necessidade e exigência, e seu peso e intensidade relativos. Um cliente que está aberto à sua experiência, vem a confiar mais em seu organismo e sente menos medo das coesões emocionais que tem. Um foco interno de avaliação Outra tendência que se faz evidente neste processo de tomar-se pessoa se relaciona à fonte ou foco de escolhas e decisões, ou julgamentos apreciativos. O indivíduo passa a perceber cada vez mais que esse foco de avaliação se encontra dentro de si mesmo. Cada vez menos olha para os outros em busca de aprovação ou desaprovação; de padrões a seguir; de decisões e escolhas. Ele reconhece que cabe a ele mesmo escolher; que a única questão que importa é: “Estarei vivendo de uma maneira que é profundamente satisfatória para mim, e que me expressa verdadeiramente?” Esta talvez seja a pergunta mais importante para o indivíduo criativo. Rogers afirma ter certeza de que esse processo de tornar-se pessoa não ocorre somente na terapia. Ressalta que cada indivíduo faz uma pergunta dupla: “Quem sou eu?” e “Como posso me tornar eu mesmo?”. Afirma ele, que o processo de tornar-se ocorre quando o indivíduo deixa cair as máscaras defensivas com as quais vinha encarando a vida, uma após a outra, ele 9 descobrirá nessas experiências o estranho que vinha vivendo por detrás destas máscaras, o estranho que é ele mesmo. O indivíduo deve aceitar-se como um curso de tornar-se e não como um produto acabado. PSICOTERAPIA CONSIDERADA COMO UM PROCESSO Carl Rogers apresenta cada um desses processos Psicoterapêuticos a partir da sua experiência imediata, relevando a mudança de personalidade do ser humano, definindo como a personalidade é moldada. Rogers se vê confrontado a elaborar conceitos através da experiência como terapeuta, e também como paciente, vivenciando e sentido o paciente, para então destacar hipóteses verificáveis, significando os sentimentos do paciente, Carl Rogers buscou elementos que caracterizavam a mudança buscando atributos específicos para isso, também destaca que a vivencia é relegada ao passado antes de poder ser compreendida, através disso Carl também definiu a mudança da nossa personalidade de como ela é moldada a partir de sete estágios que apresentam implicações, mas que avançam no continuo e que são: 1. O individuo se encontra num estado de fixidez, não virá de boa para a terapia, diz que é inútil falar da sua própria vida, é o estágio onde o individuo acha que não tem problema algum. 2. Quando a pessoa pode, vivencia a si mesma, e é totalmente aceita, mas não existe responsabilidade pessoal, onde nesse segundo estágio consegue-se um grau modesto de resultados favoráveis. 3. Há aceitação reduzida de sentimentos, onde paciente manifesta sentimentos e na sabe, acham o sentimento vergonhoso, no terceiro estágio descobre um comportamento, mas não é de acordo com sua decisão. 4. No quarto estágio o cliente se sente compreendido em vários aspectos da sua experiência, existe mais fluência livre de sentimentos, nesse estágio as hipóteses provisórias podem ser estudadas de um modo experimental. 5. No quinto estágio sentimentos são expressos livremente como se fossem experimentados no presente, e aceita com maior facilidade a sua própria responsabilidade perante aos problemas a enfrentar. 6. A vivência no Sexto estágio assume a qualidade de um processo real, já vive uma parcela de seus problemas. 7. No ultimo estágio já não é necessário que o cliente se sinta aceito pelo terapeuta embora seja importante. Nesse estágio já existe uma riqueza de detalhes, tanto naterapia como fora dela, há uma mudança evolutiva evidente e solida do paciente. Ou seja, tudo virou a vivencia de um processo. O individuo modificou-se, mas o que há de mais significativo é ele ser um processo integrado de transformação. 10 SER O QUE REALMENTE SE É Carl Rogers propõe questões básicas para nos questionarmos, como “Qual o meu objetivo de vida?”, “O que procuro?”, “Qual é a minha finalidade?”. Com estas questões ele relaciona um estudo realizado por Charles Morris, onde o mesmo buscou os padrões de vida preferidos por estudantes de seis países, sendo estes a Índia, a China, o Japão, os Estados Unidos, o Canadá e a Noruega. Neste estudo, sem entrar em pormenores ele constatou cinco dimensões, ou cinco padrões de vida que seriam por fator comum a todos os estudantes destes países. A primeira dessas dimensões de valor implica uma preferência por uma participação na vida responsável, moral e, comedida, apreciando e conservando aquilo que o homem conseguiu. A segunda acentua o gosto pela ação vigorosa na superação dos obstáculos. A terceira dimensão enfatiza o valor de uma vida interior autônoma com uma consciência de si rica e elevada. A quarta dimensão subjacente valoriza a receptividade às pessoas e à natureza. A quinta e última dimensão acentua o prazer dos sentidos, a procura do próprio prazer. Pegando como base tal estudo Rogers desenvolveu basicamente quatro conceitos, ou quatro passos pelos quais seus pacientes passavam, sendo o primeiro destes passos intitulado “Por detrás das fachadas”. POR DETRÁS DAS FACHADAS Neste conceito Rogers destaca o fato de que de uma forma característica, o cliente demonstra um tendência para se afastar, com hesitações e com receio, de um eu que ele não é. Mesmo sem saber para onde se encaminha, o paciente desvia-se de alguma coisa. Um exemplo disto é de uma pessoa que diz ser rica, porém não é, mas mesmo assim continua dizendo que é para apenas manter as aparências, para continuar sendo aquilo que não é. Tal pessoa tem receio de tornar-se aquilo que ela é. PARA ALÉM DO “DEVIA” Outra tendência do mesmo gênero surge no cliente que se desvia da imagem compulsiva daquilo que ele “devia ser”. Alguns indivíduos absorveram completamente dos pais a ideia de “Eu devo ser bom”, ou “Eu tenho de ser bom” que só conseguem se afastar deste objetivo quando ocorre uma luta interna muito grande, quando ocorre basicamente uma reforma no modo de pensar desta pessoa. PARA ALÉM DO QUE OS OUTROS ESPERAM Outros pacientes ainda, se percebem fugindo daquilo que a cultura espera que eles sejam. Neste conceito podemos exemplificar com o que é produzido pelas universidades. Tal pessoa entra para o curso de engenharia civil, e a partir deste momento ela será moldada para se tornar um engenheiro, irá adquirir uma linguagem diferente, criará novos valores para si, irá se tornar basicamente aquilo que o curso propõe. Quando tal paciente se torna livre para ser como quiser, ele mostra certa tendência para se irritar e para discutir essa tendência da organização, da universidade ou da cultura, para os moldarem segundo um determinado modelo. Ele se torna alguém que está ciente do mundo que está ao seu redor. 11 PARA ALÉM DE AGRADAR OS OUTROS Muitos destes indivíduos se formaram procurando agradar aos outros, mas que, quando são livres, se modificam. Tais indivíduos devido a sua formação tornaram-se submissos de certa forma as vontades das pessoas que a cercam. Após se tornarem “livres” desta formação começaram a realmente viver, decidindo para si mesmos o que é bom ou mal. O relato de um paciente define esta fase. “Senti afinal que tinha simplesmente de começar a fazer o que queria e não o que eu pensava que devia fazer, sem me preocupar com a opinião dos outros”. ALGUNS MAL ENTENDIDOS Para muitos a vida está longe de ser satisfatória. Rogers devassou que gostaria de esclarecer essas ideias. Uma reação dos meus pacientes em relação a essa trajetória de vida que se descreveu é que ser o que realmente se é significaria ser mau (se eu ousasse deixar correr os sentimentos que represei aqui dentro de mim, se por qualquer hipótese eu vivesse esses sentimentos seria uma catástrofe). A proposta de Rogers era de que pouco a pouco o paciente estivesse se permitindo que esses sentimentos fluam e existam nele, até que estes encontram o seu lugar adequado numa total harmonia (homeostase), contudo esses sentimentos quando vividos de uma maneira íntima e aceitando em sua complexidade realizam uma harmonia construtiva e não em uma forma de vida desenfreada. Muitos pacientes quando indagado isso a eles se sentiam um pouco retraídos e com medos que fosse soltar uma (besta ou um leão), desta forma Rogers fez uma descrição de um leão para que houvesse esclarecimento mediante a proposta do mesmo, aonde o (leão) era de fato um ser vivo equilibrado em seus comportamentos não obtendo mais que suas necessidades, e que não haveria problemas em ser como era desde que vivesse em harmonia entres esses comportamentos. 12 CONCLUSÃO A questão abordada é a de que exista um direcionamento no processo de tornar-se pessoa, praticado pelo psicoterapeuta. A atuação do psicólogo centrado na pessoa acaba por ser direcionada a trazer o paciente para o contato consigo mesmo. As histórias trazidas pelo cliente, os fatos tais quais aconteceram e a forma como se desenrolou a situação descrita em si mesma não se tornam o foco central de atenção do psicoterapeuta, mas, por conseguinte, os sentimentos intrínsecos ao sujeito que estão por detrás da narrativa. Qualquer que seja a fase experiencial em que se encontre o cliente este deverá ser aceito incondicionalmente de forma que nós possamos seguir o fluxo de seu auto-crescimento tanto quanto reconhecimento pessoal. 13 BIBLIOGRAFIA ROGERS, Carl R. Tornar-se pessoa – 5ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1997.
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