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07 Administrativo - Aras - OAB - 1ªfase

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
1ª Fase 2013.3 
7ª Aula 
Prof. José Aras 
 
DESAPROPRIAÇÃO 
 
 
1. Generalidades: 
- Intervenção que retira a propriedade do particular; 
- Chamada de Intervenção Supressiva, porque suprime, retira a propriedade do particular; 
- As desapropriações são efetivadas em atendimento também a supremacia do interesse 
público sobre o interesse privado, e ao princípio da função social da propriedade; 
- As desapropriações se dividem em dois grandes blocos, quais sejam: desapropriações 
sancionatórias e desapropriações não sancionatórias; 
 
2. Desapropriação com Caráter Sancionatório: 
- Quando a desapropriação tem caráter de sanção, funciona como uma PENALIDADE ao 
proprietário, que deixou de cumpri a função social a que estava obrigado; 
- Nessas hipóteses, o proprietário ou NÃO será indenizado, ou o pagamento será feito 
mediante títulos, podendo ser titulo da divida pública ou agrária; 
 
2.1. Desapropriação Sancionatória Urbana: 
- A competência é EXCLUSIVA dos Municípios; 
- União e Estados NÃO podem desapropriar o imóvel urbano; 
- Incide sobre imóveis urbanos; 
- A indenização será feita mediante pagamento por meio de títulos da dívida pública 
(TDP), com prazo de resgate de até 10 (dez) anos; 
- O descumprimento da função social do imóvel urbano NÃO gera de imediato a 
desapropriação, isto porque, o Município deve obedecer a um determinado iter (percurso) 
 
 
 
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composto de dois passos anteriores, quais sejam: 
1º) Notificação para o parcelamento ou edificação compulsórios; 
2º) Imposição do IPTU progressivo no tempo; imposto por um período de 05 (cinco) anos, 
consecutivos, e a alíquota máxima será de até 15%; 
- A lei veda qualquer tipo de anistia ou acordo envolvendo o IPTU progressivo; 
- STF 668; ratifica a constitucionalidade do IPTU progressivo, como forma de 
cumprimento da função social da propriedade; caráter extrafiscal; 
3º) Desapropriação com pagamento de título da dívida pública; prazo de resgate de até 
10 (dez) anos; a emissão desses títulos tem que ser autorizada pelo Senado Federal; 
Essa fase ocorre, caso o proprietário não cumpra a função social depois das fases 
anteriores; 
- Para que se efetivem essas medidas, é também necessário que o Município tenha plano 
diretor (PDDU), e lei especifica para a área, em que tais medidas serão impostas; 
 
2.2. Desapropriação Sancionatória Rural: 
- A desapropriação rural é de competência EXCLUSIVA da União; 
- Essa modalidade de desapropriação é uma pena para o proprietário que não cumpriu a 
função social rural; 
- O pagamento será feito mediante título da dívida agrária (TDA), com prazo de resgate 
de 20 anos, com 02 (dois) anos de carência; pagamento é feito anualmente, mas a partir 
da emissão o Governo só paga depois de dois anos (os dois primeiros são carência); 
- A desapropriação rural, que é de competência exclusiva da União, será efetivada por 
meio do INCRA; 
- Por isso é que, toda desapropriação rural será de interesse social, para fins de reforma 
agraria, quando tiver caráter sancionatório; 
- Se no imóvel tiver benfeitorias, uteis ou necessárias, o pagamento da indenização 
dessas benfeitorias, será feito em dinheiro; ex: uma casa, curral, plantações; 
- As benfeitorias voluptuárias e a terra nua, é que serão indenizadas através de TDA; 
- Terra Nua = sem nada = sem benfeitorias; 
- O fato de ter benfeitoria NÃO significa que a terra é produtiva; 
- Esse tipo de desapropriação, não incide sobre: a propriedade produtiva e a pequena ou 
media propriedade rural, a não ser que o proprietário tenha mais de uma propriedade; 
 
 
 
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- A utilização de mão de obra análoga a escrava, corresponde ao descumprimento da 
função social, e gera também a desapropriação para a reforma agraria; 
- A lei veda que se coloquem nomes em bens públicos, de pessoas que ficaram 
conhecidas como patrocinadoras de trabalho escravo; 
 
2.3. Desapropriação Confisco: 
- Desapropriação de competência EXCLUSIVA da União; 
- O Proprietário NÃO receberá qualquer tipo de indenização; 
- A causa é a utilização da gleba (terra) para o plantio e o cultivo de plantas psicotrópicas; 
- Plantio e cultivo ILEGAL; 
- O confisco alcança também TODOS e demais bens ligados ao trafico ilícito de 
entorpecentes; ex: balança de precisão, aviões, carros, dinheiro; 
- Esses bens confiscados serão vendidos, mediante Leilão, e o produto arrecadado será 
utilizado para aparelhamento da polícia, e programas de prevenção e recuperação de 
viciados; 
- A gleba confiscada será destinada a colonos, que serão assentados para o cultivo de 
gêneros alimentícios e medicamentosos; 
 
3. Desapropriação sem Caráter Sancionatório: 
- Nessas hipóteses de desapropriação não sancionatórias, o proprietário cumpre a função 
social, porém há o interesse público, que justifica mesmo assim a desapropriação; 
- O proprietário utiliza a propriedade; mora no local; mas o interesse social é maior; 
- Nas desapropriações sem caráter de sanção, a indenização será justa, prévia e em 
dinheiro; 
 
3.1. Desapropriação por Utilidade Pública: 
- Toda vez que desapropria, e fica para a Administração pública; 
- NÃO tem caráter de sanção; 
- Indenização justa, prévia e em dinheiro; 
- A competência é da União, Estados, DF e Municípios = competência concorrente; 
- As desapropriações NÃO sancionatórias, envolve competência concorrente entre a 
União, os Estados, DF e Municípios; 
 
 
 
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- Na desapropriação por Utilidade Pública, a Administração detém o bem; ex: escola, 
hospitais, 
- Na desapropriação por interesse social, o Estado (sentido amplo) transfere para 
terceiros os bens; ex: construções de casas populares; 
- Daí porque a União pode desapropriar imóveis urbanos, assim como os Municípios 
podem desapropriar imóveis rurais; 
 
3.2. Desapropriação por Interesse Social: 
- Toda vez que desapropria, e transfere para Terceiro; 
- NÃO tem caráter de sanção; 
- Indenização justa, prévia e em dinheiro; 
 
- As desapropriações NÃO sancionatórias, tem outro ponto em comum referente a 
maneira de serem efetivadas, ou seja, mediante um processo administrativo composto de 
duas fases: 
1ª fase  fase declaratória = nessa fase, a pessoa política declara o motivo e a finalidade 
da desapropriação; essa declaração pode ser feita pelo poder executivo (decreto) ou 
legislativo (lei); essa declaração corresponde ao poder de polícia do Estado, sendo 
indelegável; na fase declaratória, o expropriante fixa o estado do bem e quantifica-o para 
oferecer a indenização; ao fim da fase declaratória, o poder público oferece ao 
proprietário o valor que entende como justo para a desapropriação, iniciando assim, a 
segunda fase do processo administrativo, qual seja, fase executória. Se o proprietário 
aceitar a oferta do preço a solução será amigável. Caso não aceite, a solução se dará 
pela via judicial; 
 
Na ação judicial: se discutirá unicamente o preço justo da indenização; NÃO cabe ao juiz 
avaliar o aspecto de mérito da desapropriação; é obrigatória em qualquer hipótese a 
efetivação de pericia (para saber o valor justo); cabe sempre pedido de imissão na posse, 
desde que se demonstre urgência e deposite o preço entendido como justo; o proprietário 
pode levantar ate 80% do valor depositado; 
 
2ª fase  fase executória = essa fase, tanto amigável como judicial, admite delegação a 
 
 
 
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pessoas da Administração Pública Indireta (autarquias, fundações públicas, EP e SEM) e 
também para, os concessionários de serviços públicos; consórcios rodoviários;Destinação: é a finalidade (destino) da desapropriação; ex: desapropria por utilidade 
pública, para a construção de uma escola; 
 
Tredestinação: corresponde ao desvio do destino; pode ser lícita ou ilícita; licita = 
atender ao interesse público, ilícita = quando não atende ao interesse público; a 
Tredestinação ilícita gera a retrocessão; 
 
Retrocessão: é a consequência da Tredestinação ilícita; 
 
Direito de extensão: é o direito do proprietário de que, a desapropriação alcançará todo 
o imóvel, quando sobejar (restar) uma parte inadequada à utilização;

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