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1 1 Cinemática de um Ponto Material Prof. Alexandre Mikowski Joinville - SC Universidade Federal de Santa Catarina Campus de Joinville Curso de Engenharia da Mobilidade 2 Conteúdos da Aula � Introdução; � Cinemática do Movimento Retilíneo: � Movimento Contínuo; � Movimento Irregular. � Movimento Curvilíneo Geral: � Componentes Cartesianos; � Movimento de um Projétil; � Componentes Normal e Tangencial; � Componentes Cilíndricos; � Análise de Movimentos Absolutos Dependentes; � Análise do Movimento Relativo de Dois Pontos Materiais usando-se Referenciais em Translação. 2 3 Introdução � Mecânica: É um ramo das ciências físicas que trata do estado de repouso ou de movimento de corpos submetidos à ação de forças. � Divisão da Mecânica: i. Estática; ii. Cinemática; iii. Dinâmica. 4 Introdução � Estática: Ramo da mecânica que investiga as propriedades de equilíbrio em corpos que se encontram sob a ação de forças externas. Uma de suas suposições básicas é a de que os corpos estudados são idealmente rígidos, i. e., não se deformam. Há também duas outras suposições oriundas das leis da mecânica: uma delas afirma que um corpo estaria em equilíbrio, ou repouso, quando a soma vetorial das forças externas, que agem sobre o mesmo, é nula; a outra, que não há forças que provoquem uma rotação, ou seja, não se pode formar um sistema conjugado resultante das forças externas. 3 5 Introdução � Cinemática: Ramo da mecânica que estuda o movimento de corpos ou partículas, sem referência a massas ou a forças. � Dinâmica: Ramo da mecânica que investiga as mudanças no movimento de corpos ou partículas provocadas pela ação de forças. No limite de baixas velocidades, em que são válidas as leis do movimento de Newton, temos a dinâmica clássica; no limite de altas velocidades utiliza-se o termo dinâmica relativística. 6 Introdução Galileu Galilei (1564 – 1642), astrônomo, físico e filósofo italiano. Na física, estudou o fenômeno da gravidade, realizando experiências com corpos de diferentes pesos que rolavam sobre um plano inclinado, o que lhe permitiu inferir que todos os corpos, independente do peso, caem na mesma velocidade, e que esta velocidade varia de modo proporcional ao quadrado do tempo transcorrido. Publicado em 1638 sob o título “Discurso e Demonstração Matemática sobre duas novas Ciências Relativas à Mecânica”. 4 7 Introdução Isaac Newton (1642 – 1727), físico e matemático inglês. Em 1686 e 1687, publicou o livro “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, onde apresenta suas três leis do movimento, atualmente conhecidas como leis do movimento de Newton, i. e., a lei da inércia, a lei da ação e reação e a lei que afirma que a força é proporcional à aceleração; além da lei da gravitação universal. 8 Introdução � Conceito de Partícula: Na física clássica, corpos cujas as dimensões espaciais são muito menores que as do sistema estudado e cuja estrutura interna é irrelevante para a análise e compreensão de um determinado fenômeno físico. � Conceito de Ponto Material: Idealização que se caracteriza pela atribuição de uma massa a um ponto geométrico; esta idealização é possível se as dimensões espaciais de um corpo são consideravelmente menores que as do sistema estudado e se não há necessidade de levar em consideração a estrutura interna do corpo. 5 9 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Contínuo A cinemática de um ponto material é caracterizada especificando-se, em cada instante, sua posição, velocidade e aceleração. � Posição: vetor de posição r. 10 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Contínuo rrr −=∆ ' � Deslocamento: o deslocamento de um ponto material é definido como a mudança de sua posição. � Vetor deslocamento: � Módulo do vetor deslocamento: sss −=∆ ' 6 11 � Velocidade: deslocamento de um ponto material durante um intervalo de tempo. No S. I. (m / s) Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Contínuo 12 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Contínuo t r vméd ∆ ∆ = dt rd t r v t = ∆ ∆ = →∆ 0 lim dt ds v = � Velocidade média: � Velocidade instantânea: � Velocidade escalar instantânea: � Velocidade média de percurso: ( ) t s v T médperc ∆ = 7 13 � Aceleração: se a velocidade de um ponto material varia num dado intervalo de tempo. No S. I. (m / s2) Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Contínuo 14 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Contínuo t vv t v améd ∆ − = ∆ ∆ = ' 2 2 0 lim dt rd dt vd t v a t == ∆ ∆ = →∆ 2 2 dt sd dt dv a == � Aceleração média: � Aceleração instantânea: � Aceleração escalar instantânea: 8 15 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Contínuo dvvdsa = vdvdsadtdsvdtdva aa cc c === = e ; � Relação diferencial: envolvendo deslocamento, veloci- dade e aceleração. � Aceleração constante: as equações da cinemática podem ser integradas e expressões que relacionam ac, v, s e t são obtidas. 16 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Contínuo tavvdtadv c t c v v +=⇒= ∫∫ 0 0 0 ( ) 200 0 0 2 1 0 tatvssdttavds c t c s s ++=⇒+= ∫∫ � Velocidade como Função do Tempo: � Posição como Função do Tempo: � Velocidade como Função da Posição: ( )0202 2 00 ssavvdsadvv c s s c v v −+=⇒= ∫∫ 9 17 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Irregular v dt ds = � Dado o Gráfico s-t, Construir o Gráfico v-t: inclinação do gráfico s-t = velocidade 18 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Irregular a dt dv = � Dado o Gráfico v-t, Construir o Gráfico a-t: inclinação do gráfico v-t = aceleração 10 19 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Irregular ∫=∆ dtav � Dado o Gráfico a-t, Construir o Gráfico v-t: variação na velocidade = área sob o gráfico a-t 20 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Irregular ∫=∆ dtvs � Dado o Gráfico v-t, Construir o Gráfico s-t: deslocamento = área sob o gráfico v-t 11 21 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Irregular ( ) ∫=− 1 0 2 1 2 0 2 1 s s dsavv � Dado o Gráfico a-s, Construir o Gráfico v-s: área sob o gráfico a-s 22 Cinemática do Movimento Retilíneo Movimento Irregular = ds dv va � Dado o Gráfico v-s, Construir o Gráfico a-s: aceleração = velocidade vezes inclinação do gráfico v-s 12 23 Movimento Curvilíneo Geral Todo movimento de um ponto material cuja trajetória é uma curva. 24 Movimento Curvilíneo Geral Todo movimento de um ponto material cuja trajetória é uma curva. 13 25 Movimento Curvilíneo Geral Todo movimento de um ponto material cuja trajetória é uma curva. 26 Movimento Curvilíneo: Componentes Cartesianos kzjyixr ++= 222 zyxrr ++== � Vetor Posição: � Módulo: � Vetor Unitário: r r u r = 14 27 Movimento Curvilíneo: Componentes Cartesianos dt rd v = � Velocidade: kvjvivv zyx ++= ... zvyvxv zyx === Após alguns cálculos: Onde: � Módulo →→→→ 222 zyx vvvvv ++== 28 Movimento Curvilíneo: Componentes Cartesianos dt vd a = � Aceleração: kajaiaa zyx ++= ......... zvayvaxva zzyyxx ====== Após alguns cálculos: Onde: � Módulo →→→→ 222 zyx aaaaa ++== 15 29 Movimento Curvilíneo: Movimento de um Projétil � Aceleração da gravidade: aceleração constante devida à atração gravitacional de qualquer corpo em queda livre, próximo à superfície da Terra. 22 pés/s 2,32m/s81,9 ==g 30 Movimento Curvilíneo: Movimento de um Projétil � Movimento Horizontal: 0=xa ( ) ( ) ( ) ( ) =⇒−+= +=⇒++= =⇒+= xxc xc xxc vvssavv tvxxtatvxx vvtavv 00 2 0 2 00 2 00 00 2 2 1 “O componente horizontal da velocidade permanece constante durante o movimento”. 16 31 Movimento Curvilíneo: Movimento de um Projétil � Movimento Vertical: gay −= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) −−=⇒−+= −+=⇒++= −=⇒+= 0 2 0 2 0 2 0 2 2 00 2 00 00 2 2 2 1 2 1 yygvvyyavv gttvyytatvyy gtvvtavv yyc yc yyc “Somente duas das três equações são independentes”. 32 Movimento Curvilíneo: Componentes Normal e Tangencial 17 33 Movimento Curvilíneo: Componentes Normal e Tangencial tuvv = . sv =Onde: � Aceleração: . . . tt uvuvva +== � Velocidade: Eq. (∗∗∗∗) 34 Movimento Curvilíneo: Componentes Normal e Tangencial � Vetor unitário: tu “Preserva seu módulo e muda sua direção”. ttt uduu += ' nt udud θ= ( ) θddut 1= θρ dds = 18 35 Movimento Curvilíneo: Componentes Normal e Tangencial � Como: nt udud θ= θρ dds = ρ θ . . s = nt uu . . θ=� Derivada temporal de � Portanto: nnnt u v u s uu ρρ θ === . . . então Eq. (∗∗∗∗∗∗∗∗) 36 Movimento Curvilíneo: Componentes Normal e Tangencial � Aceleração: nntt uauaa += . vat = Onde: ou vdvdsat = e ρ 2v an = � Módulo: 22 nt aaa += 19 37 Movimento Curvilíneo: Componentes Normal e Tangencial . ,0 , Se vaaa tn ===∞→ρ � Movimento ao longo de uma linha reta: � Movimento ao longo de uma curva: ρ 2 . e 0 vaava nt ==== “O componente tangencial da aceleração representa a taxa temporal de variação da velocidade escalar”. “O componente normal da aceleração representa a taxa temporal de variação da direção da velocidade”. 38 Movimento Curvilíneo: Componentes Normal e Tangencial ntb uuu ×= 20 39 Movimento Curvilíneo: Componentes Cilíndricos � Coordenadas polares: coordenada radial r e coordenada transversal θθθθ. rurr = � Posição: � Velocidade: . . . rr ururrv +== 40 Movimento Curvilíneo: Componentes Cilíndricos � Coordenadas polares: coordenada radial r e coordenada transversal θθθθ. � Velocidade: . . . rr ururrv +== rrr uuu ∆+= ' θ θ u tt u u t r t r ∆ ∆ = ∆ ∆ = →∆→∆ 00 . limlim θθ uur . . = ( )θ∆≈∆ 1ru θθuur ∆=∆vetor →→→→ →→→→ módulo 21 41 Movimento Curvilíneo: Componentes Cilíndricos � Coordenadas polares: coordenada radial r e coordenada transversal θθθθ. � Velocidade: θθ uvuvv rr += . rvr = . θθ rv = Onde: e 22 θvvv r += � Módulo: 42 Movimento Curvilíneo: Componentes Cilíndricos � Coordenadas polares: coordenada radial r e coordenada transversal θθθθ. � Aceleração: . . . . . θθθθ uvuvuvuvva rrrr +++== θθ uvuvv rr += ou . ..... . ... . θθθ θθθ urururururva rr ++++== Com e = = . . θθ rv rvr 22 43 Movimento Curvilíneo: Componentes Cilíndricos � Aceleração: θθθ uuu ∆+= ' r tt u tt u u ∆ ∆ −= ∆ ∆ = →∆→∆ θθ θ 00 . limlim ruu . . θθ −= ( )θθ ∆≈∆ 1u ruu θθ ∆−=∆vetor →→→→ →→→→ módulo . ..... . ... . θθθ θθθ urururururva rr ++++== 44 Movimento Curvilíneo: Componentes Cilíndricos . 2 .. θrrar −= .... 2 θθθ rra += Portanto: e 22 θaaa r += � Módulo: � Aceleração: . ..... . ... . θθθ θθθ urururururva rr ++++== θθ uauaa rr += 23 45 Movimento Curvilíneo: Componentes Cilíndricos � Coordenadas cilíndricas: r, θθθθ e z. 46 Movimento Curvilíneo: Componentes Cilíndricos � Coordenadas cilíndricas: r, θθθθ e z. � Posição: zrp uzurr += zr uzurrurra ...... . 2 .. 2 + ++ −= θθθθ � Velocidade: � Aceleração: zr uzururv ... ++= θθ 24 47 Análise de Movimentos Absolutos Dependentes � Comprimento total da corda: TBCDA lsls =++ 0=+ dt ds dt ds BA ou AB vv −= Derivando: 2a derivada de lT: AB aa −= 48 Análise de Movimentos Absolutos Dependentes lshs AB =++2 AB vv −=2 AB aa −=2 Derivando: 2a derivada de l: 25 49 Análise de Movimentos Absolutos Dependentes ( ) lshsh AB =++−2 AB vv =2 AB aa =2 Derivando: 2a derivada de l: 50 Análise do Movimento Relativo de Dois Pontos Materiais Usando-se Referenciais em Translação � Posição: ABAB rrr += � Velocidade: � Aceleração: ABAB vvv += ABAB aaa += 26 51 Análise do Movimento Relativo de Dois Pontos Materiais Usando-se Referenciais em Translação � Posição: ABAB rrr += � Velocidade: � Aceleração: ABAB vvv += ABAB aaa += 52 Referência Bibliográfica � HIBBELER, R. C. Dinâmica – Mecânica para engenharia; 10ª edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. � RODITI, I. Dicionário Houaiss de Física; 1ª edição, Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2005.
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