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TRAUMA DE FACE 
 
 
 
 
 
Nome: R.A.: 
Data: 
Local: 
 
 
 
Curso de Formação de Socorrista Resgatista 
Trauma de Face 
 Além de serem dramáticos pela sua aparência, não podemos nos 
esquecer de que os traumas que atingem a face também podem apresentar 
situações com risco de vida para as vítimas, além de outras lesões 
importantes associadas. 
É frequente a presença concomitante de obstrução das vias aéreas, de 
hemorragia severa e de lesões intracranianas e da coluna cervical. Todas as 
vítimas de trauma severo de face devem ser consideradas como tendo lesão 
de coluna cervical até realizar exames radiológicos que eliminem esta 
hipótese. 
 
FRATURA DOS OSSOS DA FACE 
SINAIS E SINTOMAS 
As fraturas múltiplas da mandíbula ou fraturas combinadas da 
mandíbula, maxilar e nariz podem causar obstrução das vias aéreas 
superiores e morte. A mandíbula é responsável pela manutenção da 
língua em sua posição anatômica e, nos casos de fraturas graves da 
mesma, a língua pode deslizar posteriormente e obstruir as vias aéreas. 
Outra causa de obstrução das vias aéreas é a que resulta de um trauma 
severo da face, com edema importante das partes moles na região oronasal. 
Em alguns casos, ocorre um sangramento importante dentro da orofaringe, 
dificultando as manobras de liberação das vias aéreas e exigindo intervenção 
médica cirúrgica. Epistaxes de difícil controle podem ser decorrentes de 
fraturas do nariz, do maxilar ou da base do crânio. 
Além das fraturas, as vítimas de trauma de face podem apresentar ferimentos 
cortocontusos, ferimentos incisos, escoriações e lacerações, que podem 
atingir grandes extensões. 
Exame Físico 
O diagnóstico depende de uma cuidadosa avaliação da vítima, com a 
inspeção e a palpação da face. Deve-se palpar gentilmente os contornos das 
órbitas, os ossos nasais, as arcadas dentárias superior e inferior e a região 
média da face, procurando: dor, aumento de volume, crepitação, 
afundamento e movimentos anormais dos ossos. Verificar também a oclusão 
dentária. 
As fraturas de órbita podem causar enoftalmia e as simetria dos globos 
oculares, com a vítima apresentando a visão dupla (diplopia) como 
consequência. 
CUIDADOS DE EMERGÊNCIA 
Realizar a abordagem primária (ABC) e a abordagem secundária, conforme 
já mostrado no capítulo específico, identificando e intervindo nas situações 
com risco de vida para a vítima, liberando suas vias aéreas e fazendo o 
controle das hemorragias. 
Nas vítimas com um sangramento importante na cavidade orofaríngea, 
poderá ser necessária a intervenção médica com técnicas cirúrgicas que 
previnam a asfixia. 
A intubação nasotraqueal está contraindicada nas vítimas com suspeita de 
fratura de base de crânio, pois a cânula endotraqueal poderá ser guiada, 
inadvertidamente, para o interior da cavidade craniana. 
 
TRAUMATISMO OCULAR 
Em oftalmologia é pequeno o número de emergências que necessitam um 
tratamento imediato. Porém, é importante que aquele que dá o primeiro 
atendimento possa conduzir o caso adequadamente, minimizando os danos 
e agilizando para que o especialista encontre o paciente em condições de 
prestar seu tratamento mais rapidamente. 
Durante o exame, não se deve fazer qualquer pressão sobre o globo ocular, 
lembrando-se que mesmo a mais suave pressão pode causar perda dos 
líquidos vitais no olho traumatizado. 
SINAIS E SINTOMAS 
Podemos encontrar as seguintes queixas da vítima de trauma ocular: 
Dor/desconforto/irritação 
Fotofobia (desconforto com a luz) 
Visão dupla (diplopia) 
Sensação de corpo estranho. 
DIAGNÓSTICO 
Nas vítimas com história de contusão ocular ou ferimento penetrante, 
devemos realizar cuidadoso exame físico (às vezes isto não é possível devido 
ao grande edema palpebral). 
Exame externo - deve-se observar as condições da órbita, pálpebras e globo 
ocular. Palpa-se o rebordo orbitário à procura de fraturas e verifica-se a 
presença de corpos estranhos e objetos empalados, perfurações, hiperemia, 
perda de líquidos oculares etc. 
Acuidade visual - verifica-se a visão de cada olho, ocluindo-se o outro sem, 
aperta-lo; mesmo de modo grosseiro é um dado importante a se investigar. 
Mobilidade ocular - avaliação dos movimentos oculares, procurando-se 
paralisias dos músculos locais. A visão dupla é uma queixa característica 
nestes casos. 
Reação pupilar - a pesquisa dos reflexos fotomotores das pupilas é muito 
importante nos traumatismos cranianos. 
CUIDADOS DE EMERGÊNCIA Queimaduras Químicas 
Os acidentes de trabalho são frequentes causadores de queimaduras 
oculares. Dependendo do agente químico, a queimadura ocular pode levar à 
cegueira. Por isso, é importante administrar o tratamento o mais rápido 
possível. Geralmente as queimaduras com ácidos são instantâneas. 
A extensão da queimadura irá depender da potência do ácido e da duração 
do contato com os tecidos do olho. Já as queimaduras por álcalis (bases 
fortes como amônia, cal etc.) tendem a ser mais profundas, penetrando nos 
tecidos dos olhos e levando à necrose da córnea e conjuntiva. 
TRATAMENTO 
Iniciar a lavagem do olho imediatamente, de preferência já no local onde se 
deu o acidente, com um fino jato de água de torneira ou, se possível, água 
estéril. A rapidez é de grande importância. Os olhos devem ser enxaguados 
pelo menos por 15 a 30 minutos, prestando-se atenção especial para a parte 
interna das pálpebras. Pode-se enxaguar durante o transporte inclusive. 
Queimaduras Térmicas 
Devido ao reflexo de piscar, as queimaduras térmicas do olho geralmente se 
limitam às pálpebras. As queimaduras leves são tratadas fechando-se os 
olhos, colocando-se um curativo frouxo sobre os mesmos e, se forem graves, 
provavelmente também haverá queimaduras graves sobre a face e o corpo, 
bem como o risco de queimaduras de vias respiratórias. 
Neste caso deve ser acionado o médico supervisor, pois esta vítima pode ser 
candidata à intubação de vias aéreas. Após prevenir ou tratar as 
complicações citadas, os olhos devem ser enxaguados para remover 
qualquer material estranho existente. Curativos por tempo prolongado 
aumentam a possibilidade de infecção e impedem a drenagem de secreções. 
Transportar a vítima ao hospital de referência. 
Trauma Ocular Perfurante 
No caso de uma perfuração ocular, devesse proteger o olho, evitando 
manipulação excessiva. Se houver um objeto penetrante no olho, o mesmo 
não deve ser removido. Se este objeto estiver protuberante, bandagens 
devem ser cuidadosamente usadas para apoia-lo. 
Se o objeto não estiver protuberante, cubra o olho com um tampão metálico. 
Não coloque compressas sobre o olho lesado, pois podem causar pressão 
nociva. Cubra também o olho não lesado, isto ajuda na imobilização e 
mantém os olhos em repouso. Mantenha a vítima em decúbito dorsal, o que 
ajuda a manter as estruturas vitais dentro do olho lesado. 
Traumas do Olho e Tecidos Vizinhos 
Lacerações das pálpebras - as pálpebras podem sofrer lacerações nos 
traumas contusos ou cortocontusos. 
Olho roxo - traumas sobre o rebordo orbitário podem causar ruptura de vasos 
com equimoses no tecido subcutâneo, de coloração avermelhada, sem 
limites nítidos. Coloque um tampão metálico sobre o olho lesado e cubra o 
olho são, também, para imobilizar o olho lesado. 
 
Corpos Estranhos 
Corpo Estranho Alojado no Globo Ocular 
Muitas são as causas de abrasão da córnea como areia, poeira, objetos de 
madeira ou de metal. 
Os corpos estranhos de córnea são fáceis de serem observados, porém sua 
retirada pode ser difícil. Não mobilize o corpo estranho, o quepode agravar 
a lesão. Oc1ua o olho com um tampão e transporte o paciente. 
Corpo Estranho sob a Pálpebra Superior 
Expor a superfície interna da pálpebra Superior puxando os cílios superiores 
entre o polegar e o indicador de uma mão e inverte a pálpebra, dobrando-a 
contra uma haste de cotonete, posicionada com a outra mão. Pode-se então 
remover a partícula cuidadosamente com a ponta de uma gaze estéril ou 
cotonete úmido. 
Lesões Oculares Causadas pelo Airbag 
Muitos casos de lesões do globo ocular causadas pelo airbag, têm sido 
descritos na literatura mundial. A maioria é decorrente do impacto direto com 
o dispositivo totalmente inflado, mesmo em casos de impactos leve entre 
veículos. 
As lesões mais descritas são as contusões abrasões, lacerações e rupturas. 
Os descolamentos de retina são geralmente as lesões mais sérias 
encontradas. O impacto do airbag contra a face causa uma onda de choque 
através do globo ocular e estruturas orbitárias, podendo romper vasos 
sanguíneos e nervos. 
As lesões mais comuns são as contusões, porém pode ocorrer também a 
abrasão córnea (impacto direto). O uso de óculos pode agravar ainda mais 
estas lesões. 
Outro tipo de lesão que pode ocorrer é a certaste química alcalina, causada 
pelos produtos químicos contidos pelo airbag. 
TRAUMATISMO DOS OUVIDOS 
DIAGNÓSTICO 
Lesões do ouvido externo (orelhas) geralmente apresentam-se como 
contusões, abrasões e lacerações, causadas por raspões ou traumas diretos. 
As lesões do ouvido médio e interno são frequentemente causadas por 
explosões ou fraturas da base do crânio. Costuma haver saída de liquor pelo 
conduto, junto com sangue. 
As lesões causadas por explosões ou pressão externa causam dor aguda, 
sangramento e/ou drenagem de fluidos e vertigem (sensação vertiginosa de 
perda do equilíbrio). 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
As lacerações e abrasões do ouvido externo podem ser tratadas com 
curativos compressivos de gaze estéril, destinados a controlar o sangramento 
e a prevenir infecção. Em orelha seriamente mutilada, aplicar curativo 
espesso, sem compressão, entre a orelha e o crânio e sobre a própria orelha, 
e transportar a vítima. 
Havendo ferimentos no conduto auditivo externo, posicionar cuidadosamente 
uma bolinha de algodão estéril sobre o ferimento e recobrir a orelha com gaze 
estéril, antes de transportar a vítima. 
As lesões do ouvido interno causadas por explosões ou rajadas são em geral 
muito dolorosas e sangram bastante. Não fazer qualquer tentativa de limpar 
o conduto auditivo, retirar coágulos ou oc1uir o conduto. Colocar o curativo 
bem frouxo, apenas para absorver os fluidos, mas não para controlá-Ios. 
 
TRAUMATISMO DO NARIZ 
DIAGNÓSTICO 
Lesões do nariz são comuns nos traumas, resultando em epistaxes 
(sangramento), edemas e fraturas. 
A epistaxe é geralmente óbvia e varia de moderada à severa, dependendo 
do tipo e local da lesão. Sintomas de fratura de ossos do nariz incluem 
epistaxe, dor, edema e, geralmente, algum grau de deformidade, mobilidade 
de ossos nasais e equimoses de face. 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
Nos cuidados com a epistaxe resultante de trauma, examinar 
cuidadosamente o líquido eliminado para ter certeza de que não haja liquor 
(fluido cerebroespinhal) misturado ao sangue. 
Caso haja liquor, suspeitar de fratura da base do crânio e colocar a vítima em 
decúbito lateral para permitir a drenagem. Não fazer qualquer tentativa de 
parar o sangramento. 
Não havendo liquor misturado ao sangue, tentar conter o sangramento. 
A epistaxe geralmente cessa quando se forma um coágulo contra o ponto de 
sangramento. Para ajudar na coagulação, fazer compressão sobre as narinas 
com o polegar e indicador por quatro ou cinco minutos. O frio também 
provoca vasoconstrição dos tecidos no local de sangramento. 
Por isso, a aplicação de panos frios molhados no nariz, face e pescoço 
costuma ser efetiva. Posicionar a vítima sentada, com a cabeça levemente 
fletida para trás. O tamponamento nasal com gaze é procedimento médico. 
Havendo fratura, realizar curativos para conter o sangramento e prevenir 
infecções e encaminhar ou transportar a vítima ao hospital. 
 
TRAUMATISMO NA BOCA 
Feridas cortocontusas na cavidade bucal (LÍNGUA, BOCHECHAS E 
GENGIVAS) 
Aspirar secreções e, se necessário, fazer compressão com gaze. 
FRATURAS 
Do Alvéolo Dentário com Avulsão (Arrancamento) do Dente 
Recuperar o dente o mais rápido possível e limpá-Io com soro fisiológico; 
Limpar o alvéolo dentário com soro fisiológico; 
Recolocar o dente no alvéolo, na posição mais correta possível; 
Levar o paciente ao hospital e informar sobre o dente reposicionado, para 
que seja providenciado atendimento especializado com imobilização do 
dente. 
Do Alvéolo Dentário com Intrusão (Penetração) do Dente na Arcada 
Óssea 
Limpeza, curativo e encaminhamento ou transporte para atendimento 
odontológico. 
Da Coroa do Dente 
Encaminhar com a coroa para atendimento odontológico.

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