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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ANGLENIR DE AGUIAR GOMES - 201701251094 JORDANA TAVARES DA CONCEIÇÃO - 201701179954 NATHANY VIEIRA BARROS DA SILVA – 201702127771 ATIVIDADE ESTRUTURADA IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONAL DO CONSUMO DE ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3 E ÔMEGA 6 Nova Friburgo Outubro - 2018 Perguntas utilizadas para a elaboração da atividade estruturada: - Quais são os principais alimentos-fontes de ácidos graxos ômega 3 e 6 - A alimentação atual fornece quantidades maiores de ácidos graxos ômega 6 ou 3? - O consumo atual de ácidos graxos ômega 6 está relacionado ao aumento das doenças cardiovasculares na população? - O consumo de ácidos graxos ômega 3 ajuda no controle de alguma doença? - Qual é a relação adequada para o consumo de ácidos graxos ômega 3 e 6? Desenvolvimento da atividade estruturada: Os componentes lipídicos, especialmente os ácidos graxos, estão presentes nas mais diversas formas de vida, desempenhando importantes funções na estrutura das membranas celulares e nos processos metabólicos. Em humanos, os ácidos linoléico e alfa-linolênico são necessários para manter sob condições normais, as membranas celulares, as funções cerebrais e a transmissão de impulsos nervosos. Esses ácidos graxos também participam da transferência do oxigênio atmosférico para o plasma sanguíneo, da síntese da hemoglobina e da divisão celular, sendo denominados essenciais por não serem sintetizados pelo organismo a partir dos ácidos graxos provenientes da síntese de novo. Quando já está presente no organismo humano, o ALA pode ser transformado em outros dois ácidos graxos do mesmo grupo e também essenciais ao organismo: o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). Tanto o EPA quanto o DHA estão relacionados à diminuição do nível de colesterol total e triglicérides no sangue, e ao aumento do colesterol bom (HDL). No entanto, a conversão de ALA em ácidos EPA e DHA é limitada, pois as enzimas necessárias para processo também são usadas pelo corpo para outras funções. Por isso, recomenda-se a ingestão de alimentos que sejam naturalmente ricos em EPA e DHA. Os ácidos graxos poliinsaturados abrangem as famílias de ácidos graxos ômega 3 e ômega 6. Os ácidos graxos de cadeia muito longa, como os ácidos araquidônico e docosaexaenóico, desempenham importantes funções no desenvolvimento e funcionamento do cérebro e da retina. Os ácidos graxos das famílias n-6 e n-3 são obtidos por meio da dieta ou produzidos pelo organismo a partir dos ácidos linoléico e alfa-linolênico, pela ação de enzimas alongase e dessaturase. As alongases atuam adicionando dois átomos de carbono à parte inicial da cadeia, e as dessaturases agem oxidando dois carbonos da cadeia, originando uma dupla ligação com a configuração cis. Ácidos graxos da família ômega 3, bem como os da família ômega 6 são essenciais para a síntese de eicosanóides, prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanos e outros fatores oxidativos, principais mediadores e reguladores da inflamação. Estudos demonstram que os ácidos graxos ômega 3 controlam a inflamação por meio da redução da proteína C-reativa (PCR), das citocinas pró-inflamatórias eicosanóides, das quimiocinas e de outros mediadores inflamatórios. Além disso, apresentam efeitos benéficos na prevenção e controle de doenças cardiovasculares, dislipidemia e diabetes mellitus. Os ácidos graxos ômega 3 têm sido considerados lipídios anti- inflamatórios baseados em estudos epidemiológicos de esquimós da Groenlândia, cuja dieta é rica em ácidos graxos poliinsaturados de peixes. A prevalência de doenças com um componente inflamatório, como infarto agudo do miocárdio, diabetes mellitus, esclerose múltipla, asma e tireotoxicose, foi menor nos esquimós em comparação com as populações dos países ocidentais. As principais fontes de ácidos graxos essenciais são as plantas terrestres e aquáticas. Os ácidos linoléico e alfa-linolênico estão presentes tanto em espécies vegetais como animais empregados na alimentação humana. O ácido linoléico pode ser encontrado em grande abundância nas sementes de plantas oleaginosas, principalmente nos óleos de soja, milho, girassol e nas castanhas. O ácido alfa-linolênico, nas hortaliças, é encontrado em maior quantidade em espécies com folhas de coloração verde-escura, por ser um importante componente da fração dos lipídios polares contidos nos cloroplastos. Também ocorre em alguns cereais e leguminosas, sendo a sua concentração muito dependente da espécie e de fatores sazonais. No reino vegetal, os AGPI-CML são encontrados em plantas inferiores, que se desenvolvem principalmente em ambientes aquáticos marinhos. O consumo de vegetais, como o agrião, a couve, a alface, o espinafre e o brócolis, pode contribuir para elevar a sua ingestão, principalmente em dietas vegetarianas. Entre os cereais e as leguminosas, a aveia, o arroz, o feijão, a ervilha e a soja, constituem importantes fontes desse ácido. Nos óleos vegetais, a maior concentração do ácido alfa-linolênico ocorre no óleo de linhaça, sendo que os óleos de canola e soja também apresentam concentrações significativas. O ácido alfa-linolênico e os AGPI-CML também estão presentes em alimentos de origem animal, como peixes e aves, sendo as suas quantidades muito dependentes da dieta que esses animais forem submetidos. Entre os peixes, os de origem marinha, como a sardinha e o salmão, geralmente apresentam quantidades maiores de EPA e ADH que os peixes oriundos de águas continentais. Isso ocorre, devido à expressiva quantidade desses ácidos graxos no fitoplâncton, que provê a sua distribuição ao longo da cadeia alimentar marinha. Os fitoplânctos, que se constituem na base da cadeia alimentar dos oceanos, sintetizam os ácidos docosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA), os quais são encontrados em grande concentração nos óleos de peixes e em peixes de águas frias e profundas, principalmente: cavala, sardinha, salmão, truta. Nos alimentos provenientes de animais terrestres, que não foram submetidos a dietas com fontes adicionais de AAL, geralmente não se observa a presença de EPA e ADH. Contudo, alguns desses alimentos são fontes de AA. O consumo de ácidos graxos ômega 3 ajuda no controle de algumas doenças, pois diminui o nível de LDL (colesterol ruim), previne doenças cardiovasculares, e tem efeitos anti-inflamatório, promove a limpeza dos vasos sanguíneos e com isso diminui os riscos de doenças ligadas ao coração e melhora a função neurológica com o nível de ômega 3 em baixa, associa-se comportamentos compulsivos, impulsivos e suicidas e doenças como depressão, mal de Alzheimer, Parkinson. Existe uma relação adequada para o consumo de ácidos graxos ômega 3 e 6. Devemos da preferência ao consumo de alimentos ricos em gorduras ômega 3 e controlar o consumo de gorduras ômega 6. Recomenda-se consumir cinco porções de ômega 6 para uma de ômega 3. Esta dosagem infelizmente não é respeitada, sobretudo nos países industrializados. Na verdade, devido a um mau hábito alimentar caracterizado principalmente por uma alta ingestão de calorias, a tendência é de um consumo abundante de ômega 6 e uma fraca ingestão de ômega 3. Sabe-se que as famílias de ácidos graxos (n-3), (n-6), (n-7), (n-9) competem entre si pelas vias metabólicas de alongamento e dessaturação, uma vez que compartilham dos mesmos sistemas enzimáticos. Assim, é importante mencionar que há necessidade de equilíbrio entre os integrantes das séries dos ácidos graxos essenciais, o que implica em alguma relação ômega 6: ômega 3. Embora as exigências quantitativas para os ácidos graxos ômega 3 ainda não tenham sido estabelecidas, admite-se que a relação possa variar de 5:1 a 10:1. Assim, se o ácido linoléico representar 6 a 8% da ingestão calórica da dieta usual, seria recomendado consumir 1% dessas calorias sob forma de ácidos graxos ômega 3. REFERÊNCIAS: [1] BORGES, M. C. et al. Ácidos graxos ômega-3, estado inflamatório e marcadores bioquímicos de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico: estudo piloto. Rev. Bras. Reumatol. v.57, n.6, p.526-534, Nov./Dec. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482- 50042017000600526&lang=pt>Acesso: 06/10/2018. [2] MARTIN, C. A. et al. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr. v.19, n.6, p. 761-770, Nov./Dec. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1415- 52732006000600011&script=sci_arttext> Acesso em: 07/10/2018. [3] ANDRADE, P. M. M.; CARMO, M. G. T. Ácidos graxos n-3: um link entre eicosanóides, inflamação e imunidade. mn- metabólica. v.8, n.3, p.135-143, julho/setembro 2006. Disponível em:<http://laszlo.ind.br/admin/artigos/arquivos/prisciladematto%20machadoandrademn metab%C3%83%C2%B3licav8n3.pdf> Acesso em: 07/10/2018. [4] SUÁREZ-MAHECHA, H. et al. A importância de ácidos graxos poliinsaturados presentes em peixes de cultivo e de ambiente natural para a nutrição humana. Boletim do Instituto de Pesca. V. 28, p. 101 – 110, 2002. Disponível em: ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/Suarez_mahecha.pdf. Acesso em: 09/10/2018. [5] RIQUE, A. B. R. et al. Nutrição e exercício na prevenção e controle das doenças cardiovasculares. Rev. Bras. Med. Esporte. V. 8, N. 6, p. 244-254, Nov/Dez. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbme/v8n6/v8n6a06.pdf. Acesso em: 09/10/2018. [6] LIMA, M. F. et al. Ácido Graxo ômega 3 docosahexaenóico (DHA: C22:6 n-3) e desenvolvimento neonatal: Aspectos relacionados a sua essencialidade e suplementação ômega 3 fatty acid (DHA: 22:6 n-3). Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr. V. 28, p. 65-77, 2004. Disponível em: http://files.professorafernandatome.webnode.com/200000097- dbf33dcece/artigo_omega3_neonatal.pdf. Acesso em: 09/10/2018.
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