Buscar

Aula 10 Escola Sócio Técnica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESCOLA 
SÓCIO-TÉCNICA 
 
INTRODUÇÃO 
Mudança de contexto: maior competitividade industrial, 
avanço tecnológico constante, insatisfação da mão-de-
obra (greves, conflitos etc). 
 
Segundo Valle (1994), o projeto e a gestão dos 
sistemas de produção vêm ganhando características 
cada vez mais distantes do modelo clássico. O “pós-
fordismo” vem sendo anunciado desde os anos 60 e, 
mais recentemente, a intensificação do desafio devido 
à abertura de mercado deixou claro o obsoletismo 
competitivo da proposta “taylorista” em alguns setores. 
“No ponto de partida, temos Taylor pregando um objetivismo 
“científico” que pressupunha uma visão grosseira da 
subjetividade do trabalhador: um “bovino” interessado 
unicamente em salário. (...) A primeira correção veio do Grupo 
de Harvard, que passou a reconhecer alguma vida psíquica nos 
habitantes do mundo da produção. Mais tarde. Maslow desejou 
dotar os gerentes de um guia prático das prioridades que 
governam as mentes dos assalariados e elaborou sua famosa 
pirâmide das necessidades humanas. Argyris trouxe para o 
primeiro plano a incompatibilidade entre o indivíduo e a 
organização, entre a auto-realização pessoal e o esmagamento 
do desenvolvimento da personalidade.(Fonte: Valle (1994)) 
INTRODUÇÃO 
“(...) Mc Gregor denunciou o desperdício das 
potencialidades intelectuais do trabalhador, que ele via 
como alguém sedento de responsabilidades, e falou em 
uma participação eficiente e limitada.(...) Quando por fim 
Bennis passou a criticar a burocracia, elogiar a democracia 
e pregar um programa de mudanças nas organizações (...) 
A escola Sócio-técnica despontava como a continuidade 
natural destas idéias. (...) Ao propor mudanças no próprio 
processo de trabalho, seja nas oficinas (com a substituição 
das linhas de montagem fordistas por grupos semi-
autônomos ), seja nos escritórios (com sua preferência 
pelas organização matricial),(...)” (Valle, 1994) 
INTRODUÇÃO 
“(...) Entretanto, vista como utopia delirante pelos 
empresários e como armadilha ideológica pelos 
sindicalistas mais radicais, a Escola Sócio-técnica não pode 
se desenvolver. (...) O vazio deixado pela rejeição da 
Escola Sócio-técnica foi logo preenchido por uma 
alternativa menos radical. Tudo aquilo que podemos 
agrupar sob o rótulo de “modelo japonês” (CCQ, TQC, 
Kanban, TQM, QFD, etc) foi aos poucos se impondo como 
a verdadeira terceira geração de racionalização da 
produção.” (Valle, 1994) 
INTRODUÇÃO 
Os métodos tradicionais, baseados apenas em rotinas de 
trabalho detalhadas e em uma organização segmentada, 
passam a revelar uma eficiência decrescente. 
 
Assim, o novo conceito central dos que projetam e geram 
os sistemas produtivos é integração da produção. 
 
Com as novas ferramentas tecnológicas e organizacionais, 
a necessidade e a forma das intervenções humanas é 
muito menos previsível e planejável; logo, é preciso que o 
próprio pessoal de produção tome, cotidianamente, 
inúmeras microdecisões operacionais. (Fonte: SALERNO, 
1999) 
 
INTRODUÇÃO 
 
A dinâmica da nova forma de reestruturação produtiva, 
trata-se não somente de aspectos técnicos, mas também 
de interações sociais entre sujeitos com diferentes 
mundos, culturas e práticas sociais. 
INTRODUÇÃO 
 
A abordagem sócio-técnica nasceu das experiências de 
um grupo de pesquisadores (sociólogos e psicólogos) do 
TAVISTOCK INSTITUTE OF HUMAN RELATIONS, junto às 
minas de carvão de Durham, ao norte da Inglaterra, no 
ano de 1949. Os pesquisadores Erick L. Trist e Kenneth 
W. Bamforth introduziram o conceito de escolha 
organizacional. 
 
Ao contrário do que prega a administração científica, o 
projeto de trabalho não coube somente a especialistas. 
Embora não interferindo no projeto das máquinas, a 
concepção da organização do trabalho coube aos 
próprios mineiros, aos trabalhadores; a concepção foi, 
então, partilhada. 
ESCOLA SÓCIO-TÉCNICA 
 
Os fundamentos da Escola Sócio-Técnica, são: 
• A organização na perspectiva sócio-técnica é, 
antes de mais nada, um sistema aberto. Ela interage com 
o ambiente, é capaz de auto-regulação e possui a 
propriedade da equifinalidade, isto é, pode alcançar um 
mesmo objetivo a partir de diferentes caminhos e usando 
diferentes recursos; 
• A organização é formada por dois subsistemas : o 
subsistema técnico - que são as máquinas, 
equipamentos, técnicas etc.; e o subsistema social - que 
são os indivíduos e grupos de indivíduos, seus 
comportamentos, capacidades, cultura, sentimentos e 
tudo de humano que os acompanha; 
ESCOLA SÓCIO-TÉCNICA 
 
Os fundamentos da Escola Sócio-Técnica, são: 
• O idéia de sistema aberto considera no projeto 
organizacional as relações com os movimentos social, 
econômico, político e tecnológico. 
 
Objetivo de favorecer a flexibilidade técnico-produtiva. 
 
Orientação para trabalho em grupos semi-autônomos, 
encoraja autonomia e iniciativa. 
ESCOLA SÓCIO-TÉCNICA 
 
Os fundamentos da Escola Sócio-Técnica, são: 
• A escola sócio-técnica considera que o 
comportamento das pessoas, face ao trabalho, depende 
da forma de organização deste trabalho e do conteúdo 
das tarefas a serem executadas; 
• Os subsistemas social e técnico devem ser 
cons iderados, par t i cu larmente, e ot imizados 
conjuntamente, para que os objetivos organizacionais 
sejam atingidos, ao mesmo tempo em que alcançamos o 
desenvolvimento e a integração dos indivíduos. Isto quer 
dizer que é preciso projetar em conjunto o sistema social 
e a tecnologia particular ao caso. (fonte: Duarte, 1982) 
ESCOLA SÓCIO-TÉCNICA 
 
Vistos como sistemas abertos, os grupos semi-
autônomos são sistemas de trabalho com um espaço 
para a negociação e decisão que tendem a aumentar, à 
medida que se desenvolve a capacidade do grupo para a 
solução de problemas, e para a absorção das funções de 
manutenção e controle. Os grupos semi-autônomos são 
capazes de adquirir conhecimentos e evolução 
( TRIST,1982 apud DUARTE, 1982) 
GRUPOS 
SEMI-AUTÔNOMOS 
 
Um grupo semi-autônomo ou auto-regulável se 
caracteriza pela responsabilidade coletiva frente a um 
conjunto de tarefas, onde o arranjo do trabalho é 
definido com a participação de seus próprios membros, 
permitindo o aprendizado de todas as tarefas e a rotação 
das funções, e facilitando uma interação cooperativa. 
 
A autonomia de um grupo semi-autônomo pode 
abranger : métodos de trabalho, escolha de lideres, 
distribuição de tarefas, definição de metas etc. 
Fonte: Duarte, 1982) 
 
GRUPOS 
SEMI-AUTÔNOMOS 
 
 
O líder, ao contrário do que acontece na organização 
burocrática convencional, não está preocupado com o 
controle do trabalho dos operários, mas, sim, voltado a 
garantir as condições e recursos necessários ao bom 
funcionamento do grupo, promover a interação entre 
grupos e com a direção. 
GRUPOS 
SEMI-AUTÔNOMOS 
 
VELHO PARADIGMA: 
§  Componente tecnológico é 
imperativo 
§  Homem é uma extensão da 
máquina 
§  homem é um componente 
substituível 
§  Divisão do trabalho exigindo 
baixas habilidades 
§  Controle externo, supervisão 
§  Muitos níveis hierárquicos e 
estilo autocrático 
§  Competição 
§  São considerados apenas os 
interesses da organização 
§  Descomprometimento 
§  Baixa taxa de mudança 
ESCOLA SÓCIO-TÉCNICA 
 
NOVO PARADIGMA: 
§  Desenvolvimento conjunto dos 
sistemas técnico e social 
§  Homem é complemento da 
máquina 
§  Homem é recurso a ser 
desenvolvido 
§  trabalho em grupo e incremento 
de habilidades 
§  controle interno, auto-regulação 
§  Poucos níveis hierárquicos, estilo 
participativo 
§  Cooperação no trabalho 
§  São considerados interesses 
individuais, sociais e organizacionais 
§  Comprometimento 
§  Inovações 
 
DUARTE,F.J.C.M.; O enfoque sócio-técnico: conceitos e condições de 
aplicação numa fundição de alumínio; Tese M.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de 
Janeiro, RJ, Brasil;1987. 
 
SALERNO, M. S.; Projeto de Organizações Integradas e Flexíveis: processos, 
grupos e gestão democrática via espaços de comunicação-negociação, São 
Paulo, Editora Atlas S.A., 1999 
 
VALLE, R., 1994; “Tecnologia, estratégia, cultura técnica: três dimensões 
para modernização da indústria brasileira” In: anais do Encontro Nacional da 
Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET); 1994. 
 
VALLE, R at all; Novas qualificações e instituições de formação profissional 
no Brasil: enfim, a “nova classe operária”?; XXII Encontro Anual da 
ANPOCS; Caxambu, 1998 
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS

Outros materiais