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Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 TRELIÇAS ESPACIAIS Torre em linha de transmissão Cobertura Na treliça espacial, a estrutura e, em geral também o carregamento, não está contida em qualquer plano. É necessário utilizar nos cálculos os três eixos: x, y e z. Torre de telecomunicação INTRODUÇÃO Outras aplicações: Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 TRELIÇAS ESPACIAIS INTRODUÇÃO A maioria das treliças é espacial. As treliças planas costumam ser obtidas pela decomposição das treliças espaciais em partes, de acordo com o carregamento, para o cálculo poder ser simplificado. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À LEI DE FORMAÇÃO a) Treliças simples: São formadas a partir de uma das duas configurações iniciais mostradas: a1 a2 A treliça simples pode ser completamente montada adicionando-se, a cada vez, um nó e três barras não coplanares. Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 TRELIÇAS ESPACIAIS CLASSIFICAÇÃO QUANTO À LEI DE FORMAÇÃO 63 nb A configuração inicial “a1”, um tetraedro (6 barras e 4 nós), é a mais comum; a partir dela a treliça será isostática se houver o acréscimo de 6 restrições de translação de forma a impedir os seus deslocamentos de corpo rígido. Para este caso existe a relação A configuração inicial “a2”, um tripé com 3 barras e 4 nós, para ser isostática e estável, necessita de 9 restrições de apoio (3 apoios articulados fixos tridimensionais - rótulas esféricas ou superfícies rugosas - localizados exatamente nas extremidades onde há as “barras faltantes”). b) Treliça composta: É o resultado da junção de duas ou mais treliças simples, de sorte que a treliça como um todo não seja simples. Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 TRELIÇAS ESPACIAIS c) Treliça complexa: É a treliça que não é simples nem composta. 63 nb Se todas as treliças simples forem formadas a partir do tetraedro (configuração “a1”) e internamente isostáticas, na treliça composta também é válida a relação CLASSIFICAÇÃO QUANTO À LEI DE FORMAÇÃO As equações de equilíbrio externo ficam “incorporadas” nas 3n equações nodais independentes de equilíbrio b: no de barras r: no de reações de apoio Número total de incógnitas: brninc Número de equações de equilíbrio: nneq 3 n: no de nós (SFx=0, SFy=0 e SFz=0 em cada nó) ESTABILIDADE E ESTATICIDADE Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 TRELIÇAS ESPACIAIS Nas treliças espaciais é mais simples a verificação da estabilidade com a posterior constatação da estabilidade: Fazer verificação adicional da estabilidade ESTABILIDADE E ESTATICIDADE • Hiperestáticas eqinc nn nbr 3 • Isostáticas eqinc nn nbr 3 • Hipostáticas eqinc nn nbr 3 • Razões para a instabilidade: a) Forma crítica / instabilidade parcial Barras arranjadas de forma inadequada: cada barra deve estar ligada a pelo menos três pontos “indeslocáveis” b) Apoios incorretos Reações de apoio todas paralelas ou todas interceptadas pela mesma reta Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 TRELIÇAS ESPACIAIS • Método dos nós RESOLUÇÃO DAS TRELIÇAS ESPACIAIS • Método das seções (superfície) Método dos nós (método espontâneo) Se toda a treliça está em equilíbrio, então cada nó também está em equilíbrio e pode ser resolvido isoladamente. Aplicam-se as três equações de equilíbrio no plano para cada nó: 0xF 0yF As incógnitas são resolvidas três a três; deve-se iniciar por um nó onde concorrem apenas três barras. É mais vantajoso usar o cálculo vetorial. • Método de substituição de barras ou de Henneberg 0yF Para o cálculo de uma treliça espacial pelo método dos nós, o seguinte roteiro pode ser seguido: Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 TRELIÇAS ESPACIAIS • Obter as coordenadas dos nós – escolher um sistema global de eixos tal que a estrutura fique por inteiro no primeiro octante • Obter os vetores direcionais unitários de cada barra • Obter os vetores de cada força normal e de cada reação de apoio • Obter as reações de apoio usando, se necessário, as seis equações do equilíbrio • Calcular os esforços normais igualando a zero cada uma das três componentes do vetor resultante de cada nó RESOLUÇÃO DAS TRELIÇAS ESPACIAIS Método dos nós (método espontâneo) Os momentos de cada força podem ser calculados diretamente pela definição de produto vetorial; entretanto, podem ser usadas as propriedades dos momentos para evitar cálculos extensos. Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 TRELIÇAS ESPACIAIS Observação: Tal como no caso plano, o cálculo da treliça ideal fornecerá uma ótima estimativa da realidade se as barras forem leves, retilíneas e tiverem os seus eixos geométricos concorrentes. Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 GRELHAS Grelhas são estruturas planas submetidas a carregamento perpendicular ao seu plano (xz). INTRODUÇÃO As grelhas foram muito utilizadas como modelos simplificados de pórticos espaciais, com menos graus de liberdade. Para a estrutura no plano xz e carregamento em y, há 3 equações de equilíbrio disponíveis: 0yF 0xM 0zM Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 GRELHAS 0xM 0zM 0tM O eixo t está contido no plano xz, mas não concorre com os eixos x e z no mesmo ponto O. Os eixos x e z não precisam ser ortogonais. Outra opção é fazer Esforços internos existentes: • momento torçor (Mx = Mt) • momento fletor em z (Mz = M) • Esforço cortante em y (Qy = Q) y O x z Mt Q S M O momento resistente resultante está contido no plano da grelha. Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 GRELHAS • Eixo y local: paralelo e com o mesmo sentido do eixo Y global • Eixo x local: contém o eixo longitudinal da barra. Sentido: o mais semelhante possível ao eixo X global. • Eixo z local: obedecendo a regra da mão direita para os produtos vetoriais. ORIENTAÇÃO DOS EIXOS LOCAIS DE CADA BARRA CONVENÇÃO DE SINAIS PARA OS ESFORÇOS INTERNOS E DIAGRAMAS :QQy • À esquerda da seção: positivo no sentido de y crescente • À direita da seção: positivo no sentido de y decrescente :tx MM Positivo quando o vetor Mt “sair” da seção (tal como uma força de tração) :MMz Positivo quando comprimir a região da seção transversal onde y é positivo (a parte superior) Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 GRELHAS y x M - Q+ Mt+ M + DIAGRAMAS DE ESFORÇOSESFORÇOS INTERNOS SOLICITANTES Q+ M+ Mt+ Q+ M+ Mt+ x Q- Mt- CÁLCULO DOS ESFORÇOS INTERNOS NAS GRELHAS Embora seja possível a análise direta dos esforços, é mais conveniente analisar a grelha barra por barra, por meio da subestruturação: cada nó rígido interno é transformado de cada vez em um engaste tridimensional, e as barras são calculadas como se fossem vigas engastadas e livres. Na análise da viga adjacente, basta carregá-la com o recíproco das reações de apoio obtidas anteriormente. Sempre se recai no cálculo de vigas isostáticas, cuja análise é mais simples que a análise direta, 3D, da estrutura. Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 GRELHAS TIPOS DE GRELHAS ISOSTÁTICAS Existem três reações de apoio no engaste: os momentos Mx e Mz e a força vertical Ry. • Grelha engastada e livre y x z Mx Mz Ry 0yF 0xM 0zM A estrutura se apoia em 3 apoios do 1o gênero (xy ou yz), com 3 restrições de translação em y não coplanares: VB, VC e VE. • Grelha triapoiada y x z :0 BCM :0CEM :0 yF A VB VC VE B C D E resulta VE resulta VB resulta VC Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 GRELHAS TIPOS DE GRELHAS ISOSTÁTICAS Para que as reações de apoio verticais não serem coplanares, é necessário que os apoios não sejam todoscolineares. • Grelha triapoiada É necessário haver vinculação nas direções do plano horizontal da grelha (xz). Os apoios nestas direções, entretanto, não funcionam para o carregamento vertical; por isso não são representados. Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 ESTRUTURA PLANA SUJEITA A CARREGAMENTO QUALQUER y x z = + Grelha (xy) Qz, My, Mt y x z Pórtico plano (xy) Qy, Mz, N y x Princípio da superposição: Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 PÓRTICOS ESPACIAIS INTRODUÇÃO Os pórticos espaciais são o tipo mais geral de estrutura reticulada. Todos os casos estudados anteriormente – vigas, pórticos planos, treliças planas, treliças espaciais e grelhas – são casos particulares do pórtico espacial. Os pórticos espaciais isostáticos são pouco frequentes – em sua grande maioria são hiperestáticos; sua resolução é feita em programas de computador. A estrutura e o carregamento, em geral, não estão contidos em planos específicos. Em geral é necessário utilizar as seis equações escalares do equilíbrio da Estática: 0xF 0yF 0zF 0xM 0yM 0zM Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 PÓRTICOS ESPACIAIS INTRODUÇÃO Esforços internos existentes: • momento torçor (Mx = Mt) • momento fletor em y (My) • momento fletor em z (Mz = M) • esforço normal (N) • esforço cortante em y (Qy = Q) • esforço cortante em z (Qz = Q) • Eixo x local: contém o eixo longitudinal da barra. Barras verticais: crescente para cima Barras horizontais: crescente para a direita * o mais semelhante possível ao eixo X global. • Eixos y e z locais: decorrentes do giro do sistema global até a orientação em que o X global coincida com o x local. *Mais de uma representação possível. * Tentar deixar cada sistema local o mais semelhante possível com o global ORIENTAÇÃO DOS EIXOS LOCAIS DE CADA BARRA Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 PÓRTICOS ESPACIAIS CONVENÇÃO DE SINAIS PARA OS ESFORÇOS INTERNOS E DIAGRAMAS ,QQy ,tx MM iguais aos das grelhas:MMz :zQ • À esquerda da seção: positivo no sentido de z crescente • À direita da seção: positivo no sentido de z decrescente :N Positivo quando for de tração :yM Positivo quando comprimir a região da seção transversal onde z é positivo Esforços internos solicitantes Mz+ Mt+ Qy+ Mz+ Mt+ x BARRAS HORIZONTAIS y z N+N+ Qz+ My+ My+ Qz+ Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 PÓRTICOS ESPACIAIS CONVENÇÃO DE SINAIS PARA OS ESFORÇOS INTERNOS E DIAGRAMAS BARRAS HORIZONTAIS y x Mz -Qy + Mt+ Mz + Diagramas de esforços Qy - Mt-z N + N - y x z Qy+, N+, Mt+ : marcados em y+ Mz+: marcado em y- Qz+: marcado em z+ My+: marcado em z- Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 PÓRTICOS ESPACIAIS CONVENÇÃO DE SINAIS PARA OS ESFORÇOS INTERNOS E DIAGRAMAS Esforços internos solicitantes BARRAS VERTICAIS Diagramas de esforços Elementos de Mecânica das Estruturas – EEA 336 PÓRTICOS ESPACIAIS TIPOS DE PÓRTICOS ISOSTÁTICOS • Pórtico engastado e livre • Pórtico hexaapoiado CÁLCULO DOS ESFORÇOS NOS PÓRTICOS ESPACIAIS É mais conveniente analisar o pórtico espacial barra por barra, por meio da subestruturação, tal como nas grelhas.
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