Prévia do material em texto
Sistemas de Informações Nacionais em Saúde Heuler Souza Andrade Iniciativas na Área de Informação em Saúde Criação do DATASUS (Depto. de Informática do SUS) Atribuições do DATASUS A coleta Processamento Disseminação das informações Centro tecnológico e normativo para a montagem dos S.I Classificação dos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde Sistemas de Informações Epidemiológicas SIM, SINASC, SINAN Sistemas de Informações Assistenciais (produção de serviços) - SIH/SUS e SIA/SUS Sistemas de Informações para monitoramento de programas específicos SIAB, SISPNI, SISHIPERDIA, SISPRENATAL; Cadastros Nacionais CNES, CNS-cartão SUS; IBGE Sistema de Informação sobre mortalidade - SIM É o mais antigo SIS no país Foi instituído pelo MS em 1975, e dispõe de dados consolidados nacionalmente a partir de 1979 O registro da causa de morte baseia-se na CID O documento básico é a Declaração de Óbito (DO), padronizada nacionalmente e distribuída pelo MS, em três vias. Declaração de óbito Deve ser preenchida pelo médico; nos locais sem médico, o preenchimento é feito em cartório, diante de duas testemunhas. Esse documento é indispensável para o fornecimento da certidão de óbito em cartório de registro civil e para o sepultamento. As DO são coletadas pelas secretarias estaduais ou municipais de saúde, em estabelecimentos de saúde e cartórios, sendo então codificadas e transcritas para um sistema informatizado. Potencialidades e limitações do SIM Aspectos positivos Contém dados sobre as características de todos os óbitos; É universal, com cobertura e confiabilidade relativamente boa; Possibilita a construção de indicadores que permitem uma aproximação da situação de saúde da população e do risco de morte; Permite a elaboração de estatísticas necessárias para o planejamento e avaliação das ações de saúde. Potencialidades e limitações do SIM Aspectos Negativos Pouca agilidade no processamento dos dados Sub-registro e Subnotificação Acentuado número de óbitos por causa mal definida Preenchimento inadequado de diversos campos da DO SIM - Algumas considerações Na média nacional, estima-se que em 2004 o sub- registro de óbitos em 10%, chegando a mais de 30% em alguns estados das regiões Norte e Nordeste. O sub-registro é reconhecidamente mais elevado nos grupos etários de menores de um ano e de idosos. Aproximadamente 10% das declarações de óbito computadas no SIM não têm a causa básica definida, por insuficiência das informações registradas ou por falta de assistência médica (6%). SIM Indicadores Mortalidade Geral Mortalidade Infantil Mortalidade Materna Mortalidade por causas e/ou idades específicas Mortalidade Proporcional por causa e/ou faixa etária Sistema de informação sobre nascidos vivos SINASC Foi concebido à semelhança do SIM e implantado gradualmente pelo Ministério da Saúde, a partir de 1990. Dispõe de dados consolidados nacionalmente desde 1994. Propicia informações sobre nascidos vivos no país, com dados sobre a gravidez, o parto e as condições da criança ao nascer. O documento básico é a Declaração de Nascido Vivo (DN), padronizada nacionalmente e distribuída pelo MS, em três vias. Declaração de nascido vivo - DN A primeira via da DN deve ser preenchida e é coletada pela secretaria de saúde correspondente. No caso de partos domiciliares, essa comunicação cumpre aos cartórios do registro civil. O fluxo do Sinasc é análogo ao do SIM, com codificação e transcrição efetuadas pelas secretarias municipais e estaduais de saúde. Aspectos positivos Contém informações sobre as características dos Nascidos Vivos, das mães, da gestação e do parto Tem cobertura universal Serve de base para o planejamento, adoção de ações específicas voltadas ao grupo materno-infantil Pontos negativos Pouca agilidade no processamento dos dados Sub-registro e Subnotificação Preenchimento inadequado de diversos campos da DN Indicadores Taxa de Fecundidade Taxa de Natalidade Mortalidade Infantil e Materna (denominador) Proporção de Gravidez na Adolescência Proporção de Recém-Nascidos com Baixo Peso Proporção de Partos Cesáreos e/ou Domiciliares Algumas considerações sobre o SINASC A cobertura do Sinasc em 2004, foi estimada em 90% do total de nascidos vivos no país, supera amplamente a de nascimentos registrados em cartório. Apenas na região Nordeste a cobertura é menor que 90%, estando estimada em mais de 80%. Também para este sistema esforços tem sido feitos pelos órgãos gestores para a melhoria da cobertura e da qualidade de dados. Sistema de informação de agravos de notificação - SINAN Foi implantado no país de forma gradual, a partir de 1993 e atualmente, o sistema está implantado em todo país. Serve para apoiar processos de investigação e de análise das informações sobre doenças de notificação compulsória. Há dois documentos básicos, que complementam entre si as informações sobre cada caso notificado: a Ficha individual de notificação (FIN) e o boletim de acompanhamento de surtos. As secretarias estaduais ou municipais de saúde são responsáveis pela impressão, numeração e distribuição dos formulários. Principais Doenças de Notificação Compulsória Hanseníase; Tuberculose; Dengue; Difteria; Cólera; Esquistossomose; Hantavirose; Hepatites; E outros. Principais indicadores Número de casos por semana, sexo, idade Dados complementares do caso Coeficiente de incidência (casos novos) Coeficiente de prevalência (casos novos+antigos) Limitações - SINAN Sub-notificação dos casos Qualidade do preenchimento das FIN e FII Não acompanhamentos e fechamentos dos casos Algumas considerações Distribuição de medicamentos Responsabilidade social Sistemas de informações assistenciais (produção de serviços) SIH – SUS SIA - SUS Sistema de Informação Hospitalar – SIH/SUS O SIH/SUS foi originalmente concebido para operar o sistema de pagamento de internação aos hospitais contratados pelo Ministério da Previdência Social, a partir de 1981. Seu documento básico é a Autorização de Internação Hospitalar (AIH), que habilita a internação do paciente e gera valores para pagamento. A AIH é preenchida pelo estabelecimento hospitalar e enviada mensalmente, em meio magnético, ao gestor municipal e/ou estadual do SUS, conforme o nível de gestão. São disponíveis dados individualizados (mas não identificados) sobre o paciente e a internação, como o diagnóstico de internação, os procedimentos realizados e os valores pagos. Sistema de Informação Hospitalar – SIH/SUS A abrangência do sistema está limitada às internações no âmbito do SUS, excluindo, portanto, as que são custeadas diretamente ou cobertas por seguro-saúde. Estima-se que o SIH/SUS reúna informações sobre 60 a 70% das internações hospitalares realizadas no país, variando de acordo com a região. Eventuais reinternações e transferências do mesmo paciente a outros hospitais também não são identificadas, o que pode resultar em contagem cumulativa. SIH/SUS Aspectos positivos Extrema Agilidade (45 - 60 dias) Sistema nacional (disponível para a população) Sofre auditoria e críticas para pagamento Registros sistemático mensal (controle/avaliação); Informações de morbidade das doenças crônico-degenerativas Possibilita a construção de diferentes indicadores de saúde SIH/SUSAspectos negativos Cobertura - rede do SUS (70-80%) Suspeita de fraudes (reduz a confiabilidade) Não identifica todas as reinternações Sofre diversas alterações (política, dinâmica da assistência) Informações “secundárias” mal preenchidas (qualidade) Ainda é pouco explorado (subutilizado) Indicadores – SIH/SUS ASSISTENCIAIS Oferta de leitos e clínicas disponíveis Serviços e procedimentos realizados Evolução do paciente e tempo de internação Valores pagos com a internação (faturamento dos hospitais) EPIDEMILÓGICOS Frequência absoluta e relativa Coeficiente de internação ou mortalidade hospitalar Razão entre de internação e notificação de agravos Coeficientes específicos (causa, sexo e faixa etária) Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB Foi criado em 1998 pelo DATASUS Sua função é auxiliar o acompanhamento e avaliação das atividades realizadas ACS, agregando e processando os dados advindos das visitas domiciliares, bem como, do atendimento médico e de enfermagem realizado na unidade de saúde e nos domicílios Fichas utilizadas Ficha A Ficha B (gestante, hipertenso, diabético, hanseníase e tuberculose) Ficha D Relatórios (PMA-2 e SSA-2) Algumas limitações Estar fortemente atrelado ao financiamento da atenção primária Uso limitado da informação para a tomada de decisão e planejamento a nível local Ausência de mecanismo de avaliação e controle da qualidade das ações produzidas Ausência de mecanismos de avaliação da satisfação dos usuários Esferas superiores não retornam avaliação da informação gerada Não apresenta informações odontólógicas HIPERDIA - Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos Orienta os gestores públicos na adoção de estratégias de intervenção; Permite conhecer o perfil epidemiológico da hipertensão arterial e do diabetes mellitus na população. Cadastra e acompanha a situação dos portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus em todo o país; Disponibiliza informações de acesso público com exceção da identificação do portador; SISPRENATAL - Sistema de Acompanhamento da Gestante Fornece informações fundamentais para planejamento, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas, através do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento; Melhora o acesso, cobertura e qualidade do acompanhamento pré-natal; Permite o repasse do incentivo financeiro aos municípios. Gera relatório de indicadores, e cerca de 40 relatórios de acompanhamento; BOA TARDE!!!