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seção 1 prajur de constitucional

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO ESTADO DE PERNAMBUCO.
 
Antonio Augusto, brasileiro, inscrito no CPF n° xxx, e RG n° xxx, titulo eleitoral n° xxx, em pleno gozo dos seus direitos políticos, residente e domiciliado no estado do Pernambuco, representado por seu advogado que esta subscreve (documento em anexo), vem perante Vossa Excelência com fulcro no artigo 5°, inciso LXXII da Constituição Federal e na lei 4.717/65, propor a presente: 
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR 
Em face do ato praticado pelo Governo do Estado de Pernambuco, representado por, Martimiano Santos, brasileiro, inscrito no CPF n°xxx, e RG n° xxx, residente e domiciliado no Estado de Pernambuco, vinculado ao Governo do Estado de Pernambuco, pelos fatos e fundamentos a seguir exposto:
 
DO CABIMENTO DA AÇAO POPULAR
O art. 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal, admite a impetração da ação popular, por qualquer cidadão, visando anular ato lesivo ao patrimônio público ou se entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII. Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular um ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Assim, o ajuizamento da presente ação é perfeitamente cabível, para que assim, anule o ato ilegal do Gestor Público, que atribuiu ao cargo de Presidente do Banco do Estado do Pernambuco.
DOS FATOS
O Gestor Público xxxx, do Estado de Pernambuco, elegeu para o cargo de Presidente do Banco do Estado, o senhor, Martimiano Santos, que responde uma ação de execução fiscal por não pagamento de tributos federais relativos ao recolhimento de seu próprio imposto de renda.
A nomeação desagradou grande parte da população, tendo o cidadão Antonio Augusto como autor dessa ação, propondo ação cabível, para impugnar em juízo o ato em questão.
DOS DIREITOS
Da Legitimidade Ativa
A presente ação popular foi proposta pelo cidadão Antonio Augusto que está em pleno gozo de seus direitos políticos. Conforme artigo 1º, §3º, da Lei n. 4.717/65 está legitimado para pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio público, vejamos:
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
Desta forma, a autora é parte legítima para propor a presente demanda, uma vez que trata-se de cidadão que visa anular ato lesivo à moralidade administrativa.
Da Legitimidade Passiva
Segundo o art. 6º da Lei 4.717/1965, os legitimados passivos são in verbis:
O que se entende é que os legitimados passivos são as pessoas que dão causa ao dano, a ilegalidade ou ilicitude dos atos praticados, os funcionários ou administradores que autorizaram, aprovaram, ratificaram, ou praticaram os atos acima aludidos e os beneficiários de tal ato. 
Sendo assim, resta claro que o Estado é parte legitima pra atuar no polo passivo desta ação, visto que o próprio deu causa ao dano, elegendo seu Martimiano como Presidente do Banco do Estado de Pernambuco sem qualificação para cargo.
DO MÉRITO
Do ato lesivo
A presente demanda se funda da proteção á moralidade pública, uma vez que o Gestor, elegeu Martimiano como Presidente do Banco do Estado, sendo que o mesmo não possui qualificação necessária para o  cargo.
Dessa forma, atenta-se contra o princípio da moralidade administrativa em que o homem público tem que ser probo e zelar pelo direito e pelos princípios da administração pública, e não para fins pessoais. Assim prevê o artigo 37, caput da Constituição Federal, vejamos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Sendo assim o ato fere os princípios da moralidade administrativa e da legalidade, pois é inadmissível que o erário público sofra danos devido ao ato lesivo aqui tratado. 
Diante dos argumentos expostos, resta claro que o ato praticado pelo gestor deve ser anulado conforme artigo 3° da lei n° 4.717/65:
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.
Sendo assim, não restam dúvidas que o ato praticado não teve a observância necessária aos preceitos constitucionais, disposto no artigo 37 da Constituição Federal, ferindo os princípios que regem a administração pública, decretando a anulação do ato.
Da Concessão da Medida Liminar  
A concessão da medida liminar está prevista na Lei n.º 4.717/65, artigo 5°, parágrafo 4°, vejamos:
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município;
4º Na defesa do patrimônio público caberá à suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
Requer-se a liminar para suspensão dos efeitos do contrato prorrogado.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência:
a) Que seja deferida a liminar, para suspender o ato lesivo, conforme art. 5º, § 4º, da Lei 4.717/65, em face de estarem demonstrados os requisitos do periculum in mora e o fumus boni iuris;
b) a citação do réu, para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 20 dias, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia;
c) a citação do Estado, em separado, na forma do art. 6º, § 3º da Lei 4.717/65;
d) a intimação do representante do Ministério Público, conforme o parágrafo 4º  do artigo 6º da lei 4717/65;
e) a procedência dos pedidos para decretar a anulação do ato lesivo ao patrimônio público e à moralidade;
f) a condenação dos Réus no pagamento, ao autor, das custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como nos honorários de advogado;
g) a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental.
Dá-se à o valor da causa de R$ xxxxx apenas para efeitos fiscais.
 
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
 
Local, Data
Advogado
OAB

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