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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MAR E PETRÓLEO ENGENHARIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO ANA KAROLINA LACERDA LOBO BEATRIZ DOS SANTOS SANTANA LORENA CARDOSO BATISTA EXPERIMENTO 01: TEORIA DE ERROS Salinópolis, Pará Abril, 2018 Ana Karolina Lacerda Lobo Beatriz dos Santos Santana Lorena Cardoso Batista EXPERIMENTO 01: TEORIA DE ERROS Relatório apresentado como requisito para avaliação da disciplina Laboratório de Física da Universidade Federal do Pará. Orientador: Dr. Cledson Santana Lopes Salinópolis, Pará 2018 Laboratório de Física - I Teoria de Erros 3 1. Introdução Na ciência experimental estamos envoltos com a pesquisa de resultados de medições, em sua maioria descrita em números que devemos ter claramente definidos para interpretá-los corretamente. Quando realizamos uma medição de objeto, usando um instrumento de medida, sendo assim percebemos que o ato de medir é estar fazendo uma comparação com uma unidade associada ao instrumento. (NAGASHIMA, 2011), as variações dos resultados apresentados com as medições estarão aplicadas como valores dentro da “Teoria de Erros”. 2. Objetivos Os experimentos apresentados têm como intuito compreender a importância da teoria de erros na exposição de resultados experimentais, avaliando seu grau de incerteza que cada medida esta associada e a partir disso criar uma estatística das variações, além disso, também possui o proposito de aprender a utilizar de maneira adequada os equipamentos de medida de comprimento e massa. 3. Fundamentos Teóricos As grandezas físicas são classificadas por medidas que não expõem uma perfeita precisão em virtude das características dos instrumentos utilizados. Ao realizar a medida de uma grandeza física é identificado um número que a representa. No momento em que este resultado será aplicado, faz-se imprescindível saber com que confiança pode-se admitir que o número obtido equivale à grandeza física; Além disso, a necessidade de se obter medidas precisas foi aumentando conforme o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, com esse propósito foi desenvolvido instrumentos cada vez mais avançados, a fim de se obter medidas com uma maior precisão. Portanto, é primordial retratar o grau de incerteza de um parâmetro com intuito de fazer outras pessoas compreende-lo, sendo assim, também se deve Laboratório de Física - I Teoria de Erros 4 aplicar métodos adequados para condizer às incertezas dos diversos fatores que influem no resultado. O modo de se alcançar e controlar os dados experimentais, com a finalidade de estimar com a maior precisão possível o valor da grandeza medida e o seu erro, exige um tratamento adequado que é o objetivo da chamada “Teoria dos Erros”, a qual será abordada neste relatório. 3.1 Erros e incertezas Erro é uma diferença entre o número obtido ao determinar o valor de uma grandeza e o número real da mesma. Tal desigualdade pode ser considerada um "erro positivo" ou um "erro negativo". O erro costuma ser categorizado em dois componentes: erro sistemático e erro aleatório. O erro sistemático ocasiona uma desigualdade geralmente no mesmo fundamento; um exemplo disso é fazer com que as medidas estejam sempre com menores valores em relação a realidade. Tal erro deve-se a falhas instrumentais, circunstâncias pessoais do espectador ou por motivos externos ao experimento. Um erro aleatório ocorre no momento em que erros positivos e negativos acontecem com uma probabilidade equivalente, os quais são governados pelas leis da estatística e podem ser estimados por meio de um desvio. 3.2 Desvio Desvio é a diferença entre o resultado alcançado ao medir-se uma grandeza e o número que tem mais proximidade do valor real da mesma. Desvio Absoluto É indicado pela quantidade que a medida se desvia do valor mais plausível. Desvio Médio Absoluto É a média aritmética dos desvios absolutos. Laboratório de Física - I Teoria de Erros 5 Desvio Relativo É a associação entre o desvio absoluto e o valor mais provável, o qual se caracteriza pela média aritmética dos números obtidos ao efetuar a medida. Dr = Da/v 3.3 Paquímetro É um instrumento que tem como utilidade medir comprimentos pequenos, diâmetros internos e externos e profundidade. Tal objeto se constitui por uma régua metálico e por um nônio, também chamado venier, que concede a análise da menor divisão de uma régua. O nônio presente nos paquímetros porta 10 fragmentos que correspondem a 9 divisões da escala principal ou 20 fragmentos que correspondem a 39 da escala principal. 3.4 Micrômetro É um objeto com a finalidade de medir espessuras de lâminas e diâmetros. Ele possui uma escala principal que é separada em intervalos medindo 0,5 mm cada e, além disso, sobre a escala está presente uma peça cilíndrica, conhecida como manga ou tambor, fragmentada em 50 ou 100 partes iguais. Esta peça cilíndrica se desloca por meio de movimento rotacional. 4. Materiais Utilizados 4.1 Calculadora 4.2 Paquímetro 4.3 Micrômetro 4.4 Balança 4.5 Esfera 4.6 Cilindro Oco 4.7 Cilindro Maciço 5. Experimentos e Atividades Laboratório de Física - I Teoria de Erros 6 5.1 Procedimento Experimental Atividade 1 1.1) Com ajuda do paquímetro tire 05 (cinco) medidas do diâmetro interno e externo do cilindro oco e coloque em uma tabela. Tabela 1 – Medidas dos diâmetros Medida Diâmetro Interno Externo 1 2,94 3,71 2 2,94 3,73 3 3,02 3,71 4 3,01 3,76 5 3,04 3,78 1.2) Tire cinco medidas da altura do cilindro oco e anote na tabela. Tabela 2 – Medidas de altura Medida Altura 1 4,96 2 4,96 3 5,01 4 5,01 5 5,05 1.3) Tabela 3 – Incerteza das medidas de diâmetro Interno Tabela 4 – Incertezas das medidas do diâmetro Externo Tabela 5 – Incertezas das medidas da altura do cilindro oco Laboratório de Física - I Teoria de Erros 7 Observação: Somente foram aplicadas quatro medidas, pois duas medidas sempre coincidiam então estas foram tomadas como valores referências para com as demais leituras. 2) Calcule a área desse cilindro A formula da área do cilindro oco é dada por: Aplicando os valores A = 2. 3,14. 4,99 (1,04 + 1.86) A = 2. 3,14. 2,49. 2,9 A = 45,34 mm³ 3) Repetir os procedimentos anteriores 3.1) Com ajuda do paquímetro tire 05 (cinco) medidas externo e da altura Tabela 6 – Medidas diâmetro externo e altura Medidas Externo Altura 1 1,90 5,01 2 1,98 5,01 3 1,91 5,02 4 1,99 5,09 5 1,98 5,08 3.2) Calcule a área desse cilindro A formula da Área de um cilindro maciço é fornecida por: Aplicando na formula temos então A = 2. 3,14. 0,97. (0,97 + 5,07) A = 2. 3,14. 0,97. 6,05A = 36,85 mm³ Laboratório de Física - I Teoria de Erros 8 4) Calcule os volumes dos cilindros oco e maciço 4.1) Volume do cilindro oco V= πr²h V = 3,14. (1.86)². 4,9 V = 54,02 mm³ 4.2) Volume do cilindro maciço V= πr²h V = 3,14. (0,97)². 5,07 V = 14,07 mm³ 5) Com micrômetro tire cinco medidas do diâmetro da esfera Tabela 7 – Medidas diâmetro na esfera Medidas Diâmetro 1 24,25 2 24,18 3 24,21 4 24,18 5 24,15 6) Utilize as teorias dos erros e calcule o intervalo de incerteza Tabela 8 – Medidas diâmetro externo e altura 7) Calcule o volume dessa esfera Sendo esta a formula para o volume da esfera, então aplicando teríamos: Raio = 12,09 (sendo a média dos diâmetros divido por dois) π = 3,14 Assim aplicando a formula temos: Laboratório de Física - I Teoria de Erros 9 V = 4 . 3,14 . (12,09)³ / 3 V = 22195,68 / 3 V = 7398,56 mm 8) Levar a esfera para uma balança e calcular sua massa (pelo menos três medidas) Tabela 9 – Medidas diâmetro externo e altura. Medida Massa 1 19,69 2 19,69 3 19,68 4 19,66 9) Calcule a densidade da esfera Sendo a densidade dada por: D = Massa / Volume Então aplicando os valores teríamos D = 19,68 / 7398,56 D = 0,0026 mm 10) Qual a natureza do nônio utilizado É a diferença entre a primeira divisão da régua principal imediatamente posterior á primeira divisão do nônio e esta. 11) Qual natureza do micrômetro É o menor comprimento medido pelo instrumento 6. Conclusão Ao término do experimento, a partir dos instrumentos utilizados, o paquímetro mostrou ser o equipamento mais versátil, visto que ele permite medir diâmetros internos e externos, além de comprimento e profundidade. Por conseguinte, o presente experimento permitiu verificar a diferença entre a precisão dos equipamentos manipulados, considerando, assim, sua margem Laboratório de Física - I Teoria de Erros 10 de erro. Desse modo, quanto maior a precisão do instrumento, seu erro percentual minimizará. Portanto, conclui-se que o experimento "Teoria de Erros" avaliou o grau de incerteza das medidas e possibilitou calcular erros arbitrários, a partir de conceitos e expressões matemáticas e por meio de observações feitas nas medições. Laboratório de Física - I Teoria de Erros 11 7. Referências Bibliográficas TEORIA dos Erros. Disponível em: <http://wwwp.fc.unesp.br/~malvezzi/downloads/Ensino/Disciplinas/Lab FisI_Eng/ApostilaTeoriaDosErros.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2018. NAGASHIMA, Haroldo Naoyuki. Teoria dos Erros . Disponível em: <http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/fisicaequimica/relacao dedocentes973/apostila-lab-fisica-i----agosto-2011.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2018. GAUDIO, Anderson Coser. Teoria dos Erros . Disponível em: <http://www.profanderson.net/files/disciplinas/Teoria_de_erros.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2018.
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