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Curso: Agronomia/Engenharia Florestal Disciplina: Histologia e Anatomia Vegetal PARÊNQUIMAS • ORIGEM – meristema fundamental • procâmbio ou câmbio • felogênio Características Tecidos mais abundantes nos vegetais adultos Representam o primeiro grau de diferenciação estrutural e funcional dos tecidos dos meristemas A maioria dos parênquimas é caracterizada como sendo potencialmente meristemáticos Parênquimas... Encontrados em: córtex de raízes e caules; medula de raízes, caules e pecíolos; formam o tecido fundamental de, por exemplo, pecíolos, nervuras e mesofilo foliar; mesocarpo de frutos (principalmente aqueles considerados carnosos); endosperma de algumas sementes; como componentes dos tecidos vasculares. Parênquimas... Características das células Na maioria dos casos são células vivas. Formato: poliédricas (8 a 21 facetas, sendo mais comumente observadas as com 14 facetas), isodiamétricas, alongadas, ramificadas, dependendo de sua localização, especialização e função. Parede: primária, relativamente fina, às vezes espessadas (ex.: endosperma da semente do grão-de- café), ou com paredes secundárias (ex.: algumas células do parênquima do xilema). Parênquimas... Principais carboidratos da parede: celulose, hemicelulose e substâncias pécticas. Presença constante de espaços intercelulares entre as células. Os espaços intercelulares formam os sistemas de aeração da planta. Podem ser encontrados três tipos, classificados de acordo com seu tamanho relativo em Meatos, Lacunas ou Câmaras continuação... Características das células Conteúdo celular Varia com as atividades metabólicas de cada tipo de parênquima. Plastídios: o exemplo mais comum de ocorrência é nas células do clorênquima, que contém cloroplastídios,ocorrendo também em outros tipos de parênquima, como por exemplo, o amilífero (amiloplastídios). Substâncias esgásticas: são substâncias formadas como produto final de algum metabolismo da célula. Exemplos de substâncias ergásticas: Amido: pode ser encontrado em: Parênquima cortical e medular, Parênquima dos tecidos vasculares, Cotilédones; endosperma de sementes; frutos; rizomas; tubérculos; Taninos: encontrados em: folhas, tecidos vasculares,periderme,frutos verdes, tegumentos; Parênquimas... cristais: podem ser encontrados em células comuns, ou podem ocorrer em Idioblastos, que são células especializadas, que não sofrem divisões e são desproporcionalmente grandes em comparação com as células vizinhas. proteínas sólidas: encontrados, por exemplo, em sementes de trigo e cevada; substâncias gordurosas: ocorrem em todas as células vivas. São mais freqüentes em: sementes, embriões e células meristemáticas; água: é muito abundante no vacúolo das células parenquimáticas, demonstrando que estas células, além de servir como células de reserva para substâncias variadas, podem ser especializadas como reserva de água. continuação... substâncias ergásticas Funções atribuídas aos parênquimas Fotossíntese. Respiração/trocas gasosas. Armazenagem (reserva). Secreção/excreção. Cicatrização e/ou regeneração de lesões/ferimentos. Formação de meristemas secundários. Formação de raízes e caules adventícios. União de enxertos. Parênquimas... Classificação dos parênquimas Baseada na atividade funcional, formato e/ou tamanho das células, e/ou localização anatômica. Parênquima propriamente dito (parênquima fundamental típico). Parênquima cortical – encontrado no córtex de caules e raízes. Parênquima medular – encontrado na medula de caules e raízes, quando houver, pois em muitas espécies a região medular é oca. Obs.: nestes casos citados anteriormente, o formato isodiamétrico das células é o mais comumente observado. Parênquimas... Parênquima Assimilador nas folhas, pode estar subdividido em: parênquima ou tecido paliçádico; parênquima ou tecido lacunoso. Parênquima de Reserva ocorre principalmente em raízes, caules subterrâneos e “polpas” de frutos e sementes. Parênquima Lenhoso (parênquima xilemático): componentes do xilema. Parênquima Liberiano (parênquima floemático): componente do floema. Classificação dos parênquimas... Parênquima Aquífero encontrado em cactos, vegetais suculentos e tecidos de vegetais xerofíticos. Parênquima Aerífero encontrado em plantas aquáticas e palustres. Alguns autores consideram, além da classificação supracitada, a presença dos seguintes tipos de parênquimas: parênquima secretor; parênquima de transporte; parênquima limitante . Continuação... Classificação dos parênquimas... Secção transversal do caule de A) Pectis brevipedunculata (cidreirinha) Fonte: Shimabukuro (2006) e B) Mikania glomerata evidenciando o parênquima cortical (PC) e o parênquima medular (PM). PC PM B A COLÊNQUIMA Características do tecido o termo origina-se do grego “colla”, que significa cola; tecido constituído de células vivas; células geralmente apresentam cloroplastídios e podendo ainda conter taninos; parede celular: primária; a estrutura das paredes celulares das células do colênquima é a característica mais marcante deste tecido. Os espessamentos são distribuídos de maneira desigual nas paredes. assemelham-se ao parênquima cortical quanto ao formato das células na secção transversal, diferindo pelo espessamento das paredes. Na secção longitudinal, suas células são alongadas, com tendência ao formato fusiforme. tecido corável em azul pelo cloreto de zinco iodado; as células conservam a potencialidade de divisões celulares, indicando ser um tecido pouco diferenciado. O colênquima é considerado um tecido de origem primária, porque: a) as paredes celulares são ricas em pectinas; b) o engrossamento (espessamento) das paredes é observado antes do crescimento total da célula. c) os espessamentos parietais são reversíveis; d) é originado a partir do procâmbio (quando associado aos feixes vasculares) ou do meristema fundamental. continuação... Características do tecido Classificação Baseada na diversidade da deposição dos espessamentos nas paredes. Colênquima Angular: é o mais comum; os espessamentos ocorrem nos ângulos das células. Em secções transversais observam-se espessamentos nos pontos de contato entre três ou mais células. Ex.: pecíolo de cucurbitas; caule da batatinha (Solanum tuberosum L. – Solanaceae). Colênquima Lamelar (laminar): os espessamentos predominam nas paredes periclinais. Colênquima Anular (anelar): os espessamentos ocorrem em toda parede, ficando o lume celular com formato arredondado. Colênquima Lacunar: os espessamentos aparecem nas faces das células, que delimitam os espaços intercelulares, preservando-os. Ex.: pecíolos de espécies de compostas (Asteraceae). Colênquima... Diversos tipos de colênquima Secção transversal do caule de A) Detalhes do colênquima lamelar do caule de Sambucus e B) colênquima angular de Mikania glomerata A B Localização É sempre sub-epidérmico ou separado da epiderme por número reduzido de camadas de células parênquimas. Sua formação é dependente da presença de luz, sendo também por esse motivo encontrado próximo às camadas de células mais superficiais. É encontrado em: caules em crescimento, caules herbáceos, folhas: pecíolos; nervuras de maior porte; bordos e componentes dos verticilos florais. Observação: geralmente, o colênquima é encontrado em dicotiledôneas, não aparecendo em monocotiledôneas (existem exceções); o colênquima não é encontrado em raízes subterrâneas. Porém,em plantas que possuem também raízes aéreas, ele está presente (ex.: raízes aéreas de Philodendron sp. – Araceae); o colênquima é um tecido típico de sustentação juvenil; quando presente num órgão que persiste por um longo período, pode tornar-se esclerificado (se isto não ocorrer, torna-se menos plástico, mais rígido e mais frágil). Colênquima... ESCLERÊNQUIMA Características do tecido a palavra deriva do termo grego “skleros”, que significa duro; tecido constituído normalmente de células mortas; células podem estar isoladas ou formando grupamentos; parede celular: secundária, fina ou excepcionalmente espessa; a deposição de lignina, se houver, inicia-se na lamela média; tecido reage positivamente com a floroglucina em meio ácido (ácido clorídrico ou ácido sulfúrico); constituído por dois tipos de células: ESCLEREÍDEOS E FIBRAS. Classificação Baseada na forma e tamanho das células e também na espessura das paredes. ESCLEREÍDEOS (escleritos) Características: variam muito de forma e tamanho; paredes secundárias espessas, muito lignificadas, com numerosas pontuações, simples ou ramificadas; podem ocorrer em camadas, em grupos, e mais freqüentemente, isolados. Ocorrem em: epidermes, parênquimas, tecidos vasculares, tegumentos de sementes, “polpas” de frutos. Esclerênquima... Classificação dos esclereídeos braquiesclereídeos (células pétreas): células aproximadamente isodiamétricas; macroesclereídeos (esclereídeos colunares): células com formato de colunas; osteoesclereídeos: células colunares com as extremidades dilatadas; astroesclereídeos: células muito ramificadas, com formato estrelado (forma de estrela estilizada); tricoesclereídeos: células com aspecto de tricomas. Esclerênquima... Diversos tipos de esclereídeos FIBRAS (fibras esclerenquimáticas) Características: são alongadas e fusiformes (tipicamente mais compridas do que largas); paredes de espessura variável, com lume celular estreito; lignificação é variável; geralmente ocorrem em feixes; ocorrem em: raízes, caules, folhas (em certas gramíneas e ciperáceas) frutos e sementes, associadas a um número variado de tecidos diferentes. Esclerênquima... Classificação das fibras - topograficamente, as fibras são classificadas em dois tipos básicos: a) Botânica: fibras xilemáticas (fibras lenhosas): originam-se do mesmo tecido que origina o xilema; fibras extraxilemáticas; fibras floemáticas (fibras do floema); fibras corticais: formadas no córtex da casca de caules e raízes; fibras perivasculares: na periferia de alguns tipos de feixes vasculares. b) Econômica: fibras duras: extraídas das folha de certas monocotiledôneas. Paredes celulares muito lignificadas. Ex.: sisal, língua-de-sogra; fibras brandas: extraídas do floema de certos caules de dicotiledôneas. Nenhuma ou pouca lignificação. Ex.: linho, juta, rami. Esclerênquima... Localização O esclerênquima pode ser encontrado em: epiderme; parênquimas; feixes vasculares de raízes, caules, folhas, frutos e sementes. Esclerênquima... Calota de fibras perivasculares (setas) presentes na nervura central da folha de Eugenia uniflora L. (pitanga), em secção transversal Comparações entre colênquima e esclerênquima COLÊNQUIMA ESCLERÊNQUIMA Função: tecido mecânico. Função: tecido mecânico. Células sempre vivas. Células, na fase adulta, sempre mortas (lignificadas ou não). Células contém: citoplasma, núcleo, plastídios, etc. Lúmen celular vazio ou com restos mortos do citoplasma. Células quase sempre isodiamétricas. Células isodiamétricas ou de forma irregular = esclereídeos; células fusiformes = fibras. Parede de celulose pura ou com pectinas. Paredes lignificadas em maior (fibras duras) ou menor grau (fibras brandas ou flexíveis). continuação... Engrossamentos das paredes distribuídos desigualmente Engrossamentos das paredes uniformes, em camadas Pontuações ocorrem nas regiões não engrossadas das paredes Pontuações menos freqüentes, às vezes em forma de canais ramificados Sem meatos ou, se existirem, são muito reduzidos Existem meatos, por ex., em torno das fibras Localizado sempre próximo à epiderme (sub-epidérmico) em órgãos jovens, folhas, etc. Localizado sempre mais profundamente dentro do órgão, geralmente próximo aos feixes. Forma-se na parte jovem do órgão em pleno desenvolvimento; não impede o crescimento do órgão onde aparece. Forma-se nas partes já desenvolvidas do órgão; não permite o crescimento posterior. Subsiste especialmente em plantas que se conservam herbáceas. Subsiste se não estiver sujeito a modificação secundária.
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