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Clostridium perfringens e Clostridium botulinum Microbiologia dos alimentos Universidade Salgado de Oliveira – Bacilo G+ – Anaeróbio – Esporulado – Imóvel – Produtor de toxinas •alfa-toxina, beta-toxina, epsilon-toxina e iota-toxina – 5 tipos (A, B, C, D, E) – Cresce na faixa de 15°C a 51,7°C Clostridium perfringens • Características da doença • Toxinfecção alimentar • Tipo A: toxinfecção clássica – Dores abdominais, diarreia com náuseas e febre, vômitos raros – PI: 8 a 12 horas – Duração do quadro: 12 a 24 horas • Tipo C: enterite necrótica – Rara. Dores abominais muito intensas, diarreia sanguinolenta, vômitos algumas vezes, inflamação necrótica do int delg, sendo frequentemente fatal – Vários casos associados ao consumo de carne suína mal cozida. Clostridium perfringens • Patogênese: - Enterotoxina responsável por toxinfecção é formada durante esporulação que ocorre principalmente no intestino (pouco provável que quadro seja por toxina pré- formada muita quantidade necessária para sintomatologia e toxina sensível a pH ácido) - Toxina ativada pela tripsina liga-se a receptores das células intestinais poros na membrana celular extravasamento de conteúdo celular diarreia (grande eliminação de Na e K e inibição da absorção de glicose). Clostridium perfringens Epidemiologia - Presente em solo, pode ser encontrada em homem e animais - Surtos principalmente ligado ao preparo de alimentos em grandes quantidades e consumidos muito tempo depois. - Principalmente alimentos a base de carne bovina e de frango Clostridium perfringens • Medidas de controle – Esporos resistentes ao cozimento – 60°C elimina células vegetativas Clostridium perfringens – Bacilo G+ – Anaeróbio – Esporulado – Produtor de toxinas (A, B, C1, C2, D, E, F, G) – Toxinas A, B, E e F associadas a doença no homem Clostridium botulinum • Características da doença – Botulismo alimentar, botulismo por feridas e botulismo infantil – Botulismo alimentar ocorre pela ingestão da toxina pré-formada no alimento (que é, também, neurotoxina) – Botulismo alimentar: O quadro clínico inicia-se com sinais e sintomas gastrintestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. O quadro neurológico se instala com manifestações de cefaleia, vertigem, ptose palpebral, disartria, disfagia, paralisia facial bilateral, redução dos movimentos da língua e dificuldade para sustentar o pescoço. Pode levar ao óbito em 24 horas. Clostridium botulinum • Patogênese – Neurotoxina destrói as proteínas envolvidas na exocitose do neurotransmissor acetilcolina na placa nervosa motora. – A ação da neurotoxina resulta na paralisia dos músculos. Quando extensa, provoca a paralisia do diafragma impedindo a respiração normal e podendo levar à morte por asfixia. – Considerada uma emergência que requer administração de antitoxina (antídoto) imediata. Clostridium botulinum • Epidemiologia – Amplamente distribuído na natureza – Conservas vegetais e outras, embutidos de carnes em geral (por exemplo salsicha, salame, presunto), hortaliças; legumes (por exemplo palmitos, aspargos, cogumelo, alcachofra, pimentões, berinjela, alho, picles); peixes; frutos do mar, etc. Clostridium botulinum • Medidas de controle – Nitritos e nitratos como conservantes – Neurotoxina termolábil: 80°C por 30 min ou 100°C por poucos minutos – Congelamento ou refrigeração inúteis Clostridium botulinum
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