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ESTRUTURAS CLINICAS EM PSICANALISE

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ESTRUTURAS CLÍNICAS 
EM PSICANÁLISE
Profª. Ma. Camila Alencar Pereira
Para que 
estudar as 
estruturas?
Qual a função das 
estruturas para o 
enquadramento?
 “ ... o diagnóstico em psicanálise é uma
construção e não uma classificação. Não basta
circunscrever um nome e dá-lo ao sujeito, pois
este, na sua eterna excentricidade, nunca vai
estar lá onde é esperado. O diagnóstico
psicanalítico visa a causa mas não a doença e
sim o sujeito” (apud Oliveira, p.117)
 As razões para compreensão das estruturas:
O DIAGNÓSTICO PARA PSICANÁLISE
Efetivar a 
comunicação
Conhecer o modo de 
funcionamento do paciente
Ter embasamento para 
conduzir o processo
 Freud não utilizou com frequência o termo estrutura e
nem mencionou a expressão estruturas clínicas;
 O termo estrutura foi consagrado por Durkheim em
"Les règles de la méthode sociologique" (1895);
 empregado por Saussure no Curso de linguística
geral ministrado entre 1907 e 1911;
 Difundido por Jakobson no I Congresso Internacional
de Linguística realizado em Haia, em 1928. De
acordo com as formulações de diversos
estruturalistas, pode-se afirmar que uma estrutura
implica uma conjunção de elementos, a posição de
cada um no interior do conjunto e suas relações
mútuas;
A TERMINOLOGIA
ESTRUTURAS
Neurótico
(Recalque)
Perversa
(Recusa)
a castração
Psicóticos
(Forclusão)
Negação
Borderlines
(Fronteiriços)
ESTRUTURAS
AS ESTRUTURAS
NEUROSE
•Angústia
•Histeria 
•Obsessivo-
compulsiva
• Fobia
•Depressão 
PSICOSE
• Paranóia
• Esquizofrenia
•Melancolia
PERVERSÃO
AS NEUROSES
 Inicialmente Freud dividiu os transtornos
emocionais em:
Neuroses atuais
Neuroses transferenciais (Histerias, fobias e
obsessivas)
Neuroses narcisistas (atuais casos psicóticos)
Freud afirmar que apenas as neuroses
transferências poderiam ser tratadas por
meio da psicanálise.
HISTÓRICO DO TERMO
É notável algum grau de sofrimento e de
desadaptação em alguma, ou mais de uma
área importante da vida:
• Sexual; Familiar; Profissional; Social;
• Sua compreensão interna e externa;
• Os mecanismos internos de defesa do ego não
são tão primitivos;
• 5 TIPOS DE ESTRUTURAS NEURÓTICAS:
Nos Neuróticos:
Angústia Histeria
Obsessivo-
Compulsiva
DepressãoFobia
Neuroses Atuais
 Não seriam produzidas por conflitos
históricos, mas sim por motivos atuais: ex.
Pacientes psicossomáticos (atualmente);
 Caracterizadas pela presença de motivos
atuais, ou fatores biológicos de acumulo das
“toxinas sexuais”;
Freud descreveu 3 tipos de neuroses atuais:
a)Neurose de angústia: resultante de uma
“libido estancada” – coito interrompido;
b)Neurastenia: excessiva descarga de
“substâncias sexuais” – masturbação;
c)Hipocondria: excesso de “auto-cuidado”.
Neuroses de Angústia
 Manifestação de uma angústia livre, que se
expressa por sintomas somáticos –
taquicardia, dispneia, sensação de bola no
peito-, sensação de medo de morte iminente.
 Distinção entre ansiedade e angústia:
 Ansiedade: descompensação da
harmonia psíquica interna, nem sempre
perceptível, um desejo desmedido. Pode
se pensar em fobia.
 Angústia: falha no mecanismo de
repressão. Nesse caso é possível pensar
em doença do pânico.
Neurose de Angústia - Neurose 
Atual
 A neurose de angústia: manifestação somática de
uma angústia livre ligada à ameaça de retorno de
primitivos desejos proibidos; - reprimido –
 A neurose atual: o sujeito não consegue
processar um excesso de estímulos que, na
realidade e na atualidade estão ameaçando seu
ego, que escoam pela fisiologia orgânica;
A neurose de angústia se confunde com a síndrome do
pânico, com a neurose atual e com a angústia dos
fóbicos, o que explica a denominação freudiana para
as fobias de “histeria de angústia”.
Fobias
 A fobia é multideterminada e varia
intensamente de um indivíduo para o outro;
 Está associada à neurose histérica e
principalmente à neurose obsessiva e à
paranoia;
 Fobia: sempre tem a presença de uma
circunstância ou objeto bem determinado,
bastando evitá-la para que a angústia cesse.
 Síndrome do pânico: é difícil correlacionar a
origem desencadeante da causa; responde
mais positivamente à farmacoterapia.
 Pluralidade etiológica
 Cabe classificá-las de acordo com a
pluralidade causal:
 Permanente deslocamento da ansiedade
para outros objetos;
 Intensa relação simbiótica com a mãe na
infância;
 Dificuldade da separação-individuação;
 Identificação da criança com a fobia de
ambos os pais;
Fobias
 Características clínicas:
 Sempre vem acompanhada de
manifestações paranóides e obsessivas;
 Má elaboração de pulsões agressivas;
 Acentuada tendência a manifestações de
natureza psicossomática;
 Uso da técnica de evitação ou de
dissimulação;
Fobias
Neurose Obsessivo-Compulsiva
 Dúvidas ruminativas, pensamentos
negativistas, obstinação, rituais e
cerimoniais.
 Obsessão: refere-se aos pensamentos;
 Compulsão: atos motores para se contrapor
à pressão dos pensamentos.
 Traços Obsessivos  presença
permanente e predominante dos
traços de meticulosidade, controle...
 Caráter marcantemente obsessivo
desde que não seja excessivo é
sadio.
 Neurose Obsessivo-Compulsivo 
grau de sofrimento a si e aos demais
e prejuízo familiar e social.
Neurose Obsessivo-Compulsiva
 Obras exploradas:
 1894 – As psiconeuroses de defesa;
 1895 – Obsessões e fobias;
 1907 – Atos obsessivos e práticas religiosas
– formulação da religião enquanto neurose
obsessiva universal, enquanto a neurose
obsessiva uma religião em particular;
 1908 – Carater e erotismo anal;
 1909 – Notas sobre um caso de neurose
obsessiva – O homem dos ratos;
 1912 – Totem e Tabu
 1913 – Disposição Neurose Obsessiva
 entre outras;
Neurose Obsessivo-Compulsiva
 Fatores etiológicos mais marcante:
 Pais obsessivos que impuseram um 
superego por demais rígido;
 Falha na capacidade do ego de 
síntese;
 Conflito intrasistêmico:o ego está 
submetido ao super-ego cruel;
 Fixações anais;
Neurose Obsessivo-Compulsiva
 Característica Clínica:
 Ambigüidade e ambivalência no sujeito
obsessivo (tenho que fazer sob pena de...);
 Ordem, limpeza, disciplina,
escrupulosidade;
 Ou se manifesta de forma passiva
(necessidade de agradar) ou de forma
sádica (identificação com o agressor –
exercer um controle sádico sobre o outro);
 Mecanismos de defesas:
a)Anulação
b) isolamento, formações reativas como
forma de negação, racionalização e
intelectualização.
Neurose Obsessivo-Compulsiva
 Mecanismos de defesas:
a) Anulação  desfazer aquilo que já foi feito,
sentido ou pensado
b) Isolamento  isolar o afeto da ideia
c) formações reativas como forma de
negação  como forma de negar os
sentimentos que lhe despertem ansiedade
d) racionalização e intelectualização 
utilizada especialmente na situação
analítica a serviço das resistências.
Neurose Obsessivo-Compulsiva
Topograficamente Falando
 O conflito neurótico situa-se entre o
superego e as pulsões e desenrola-se no
interior do ego;
 O ego está completo na estrutura
neurótica;
 O princípio do prazer sempre fica mais
ou menos submetido ao controle do
princípio de realidade;
 A defesa neurótica característica é o
recalcamento (Verdrãngung);
Resumindo
 Na clínica é necessário estar atendo as
formas obsessivas e compulsivas que
muitos tomam, como se “fossem um bom
cumpridor de todas as tarefas”;
 Baixo grau de decomposição da
personalidade, comportamento repetitivo,
queixa-se de coisas triviais, são
minuciosos, perfeccionistas, tensos,
angustiados,ansiedade patológica,
comportam-se de forma socialmente
aceita;
 Raramente perde a orientação sobre si
próprio e ambiental;
 São exceções as síndrome conversivas
dissociativas ( antiga “histeria de conversão”);
 Somáticos (taquicardia, suor, taquipneia,
peristaltismo aumentado), musculares (dores,
contraturas, tremores), respiratório
(sufocação), psiquismo (tensão, insegurança,
dificuldade na concentração, estranheza, mal
estar indefinido);
 Não há alucinações ou outros desvios externo
no pensamento (delírios).
Resumindo
 O “neurótico” tem certa compreensão da
natureza do seu estado psíquico. Procura
alguém que alimente as suas ideias doentes;
 Ele busca o tratamento, mas nem sempre quer
se tratar. Sabe de tudo o que estar se
passando;
Resumindo
AS PSICOSES
 O caso Schreber, publicado por Freud em 1911.
 Freud ocupa-se do delírio psicótico da mesma
forma que do sintoma neurótico: ao invés de
descartá-lo como manifestação patológica a ser
eliminada, busca encontrar nele um sentido.
“Dedica-se, portanto, a uma análise cuidadosa
do conteúdo do delírio de Schreber que se crê
perseguido por Deus, que lhe teria confiado a
missão salvadora de se transformar em mulher e
gerar uma nova raça o que lhe permite formular a
hipótese de que o delírio seria uma defesa contra
a homossexualidade."
PSICOSES
• Jaques Lacan, ocupa-se do caso e utiliza o termo
Foraclusão: al. Verwerfung; esp. desestimación;
fr. forclusion; ing. Foreclosure;
Conceituado por Jacques Lacan (1956) para
designar um mecanismo específico da psicose, através
do qual se produz a rejeição de um significante
fundamental para fora do universo simbólico do sujeito.
Quando essa rejeição se produz, o significante é
foracluído. Não é integrado no inconsciente, como no
recalque, e retorna sob forma alucinatória no real do
sujeito. No Brasil também se usam "forclusão",
"repúdio", "rejeição" e "preclusão".
PSICOSES
No Psicótico
 Na estrutura psicótica não há uma inscrição
(e não um recalque) da realidade, o
investimento objetal é precário;
 A Psicose não negocia com a realidade;
 Não trata-se de uma categoria homogênea
(Zimerman):
1. Psicoses Propriamente Ditas;
2. Estados Psicóticos;
3. Condições Psicóticas.
Psicoses Propriamente Ditas
 Processo deteriorativo das funções do ego,
a tal ponto que haja, em graus variáveis,
algum sério prejuízo de contato com a
realidade.
 Ex.: Esquizofrenias crônicas;
 Filme: Uma mente brilhante;
Estados Psicóticos
 Pressupõe a preservação de áreas do ego
que:
 Permite uma relativa adaptação ao mundo
exterior (borderlines); excessivamente
narcísicas ou paranóides;
 Possibilitam recuperação, sem sequelas,
após irrupção de surtos francamente
psicóticos (reações esquizofrênicas agudas)
 Filme: Cisne Negro
Condições Psicóticas
 Refere aqueles pacientes que, apesar de
estarem manifestamente bem adaptados, são
portadores de condições psíquicas que os
caracterizam como potencialmente psicóticos.
 Bion, chamará de “a parte psicótica da
personalidade” = núcleos psicóticos;
 Esse núcleos psicóticos estão ligados a
estruturas neuróticas rigidamente organizadas
 funcionam como barreira defensiva contra a
permanente ameaça de descompenssação
psicótica;
W. Bion : PPP
 Todo ser humano tem uma parte psicótica
que deve ser analisada. Caso contrário
análise está incompleta e superficial;
 Características mais marcantes segundo
Bion:
 Existência de pulsões destrutivas,
predomínio da inveja e voracidade; agindo
dentro do próprio psiquismo, contra ele;
 Baixissímo limiar de tolerância as
frustações e situações angustiantes;
W. Bion : PPP
 Relações mais íntimas com vínculos de
natureza sadomasoquistas;
 Existência de um grande ódio a toda
realidade que seja penosa  preferencia
pelo mundo das ilusões.
 Prejuízo na capacidade das funções do
pensamento verbal, formação de símbolos;
 A substituição da aprendizagem pela
experiência, por onipotência, onisciência;
W. Bion : PPP
 Perda da capacidade de discriminação perde
a noção do que é real ou não.
 Existência de um “super” superego  dita as
leis e quer impor aos outros.
 Incapacidade de expressar ou colocar
experiências emocionais sob pensamentos e
pensamentos sobre palavras; “salada de
palavras”;
 Confusão entre o real e o imaginário;
W. Bion : PPP
 Não utilizam da “repressão”, e sim uso de
splittings;
 Presença de “terror sem nome”, quando a
criança não denominava o objeto, devolvia a sua
mãe e não “recebia”;
 Linguagem:
• Acting (substituir a capacidade de pensar sobre as 
angústias por evacuações motoras);
• Comunicação primitiva (o que não consegue 
comunicar em palavras);
• Modelo do pensamento (ausência de símbolos);
• Produção de efeitos no outro (dissociar os vínculos 
associativos do analista);
Psicoses Propriamente Ditas
 Um “tratamento” relativamente novo para o
método psicanalítico;
 Zimerman propõe observar a partir da:
 Importância do corpo;
 A função cognitiva do ego;
 Prática Clínica;
1. Importância do corpo:
 No inicio da vida a criança não percebe seu
corpo, unido, ao contrário, são várias
partes;
 No psicótico a uma busca no outro destas
partes que ele não vê organizadas em si, no
seu self;
 Experiência a dissolução do ego e do self;
 Estranheza e uma despersonalização;
Psicoses Propriamente Ditas
2. A função cognitiva do ego
 Bion aprimora a ideia de que uma das funções
do Ego (patológicas), poderiam ser vistas na
percepção, na comunicação e,
principalmente, no pensamento;
 Psicótico existe uma lógica:
1. Sincrético: parecer é o mesmo que ser igual;
2. Reversivo: tudo que acontece tem uma
recíproca;
3. Racionalizado: fazer o real adaptar-se ao seu;
4. Classificatório: todos por mais similares, são
todos iguais;
Psicoses Propriamente Ditas
3. Na prática clínica
 Interesse após os anos 50;
 A função atual eclética e uma formação
pluralista;
a) Recentes avanços teóricos;
b) Valorização da realidade externa (ob. 
Internos e ob. Externos);
c) Relações familiares;
d) Colaboração Multidisciplinar (Inter);
Psicoses Propriamente Ditas
e) Tratamento múltiplo;
f) Promover constância objetal interna e a
constância da percepção da realidade
externa e integração das dissociações;
g) Desenvolvimento das capacidades de
domínio das frustrações;
h) A transição do imaginário para o
simbólico;
i) A formação do sentimento de identidade.
Psicoses Propriamente Ditas
 De Freud a Klein – grandes avanços;
 Temos que nos apegar a parte não psicótica do
psicótico;
 Estabelecimento de Aliança terapêutica;
 Preservação do Setting básico;
 A Sensibilidade as frustrações;
 Conhecer o material que o paciente traz, como
ele nomeia, conceitua e dá juízo crítico a isso;
 As respostas contratransferências;
 Analista deve exercer a mesma função que uma
mãe adequadamente boa exerce para seu filho.
 Erro técnico  dar ênfase a parte destrutiva do
paciente.
Psicoses Propriamente Ditas
Topograficamente Falando
 O ego jamais está completo; encontra-se de
saída fragmentado;
 A angústia está centrada na fragmentação, na
destruição, na morte por estilhaçamento;
 A atividade sintética do ego encontra-se
abolida nos casos extremos, ou então
enfraquecida;
 O delírio, com a negação da realidade, tornar-
se indispensável para a manutenção da vida
por meio da reconstrução de uma nova
realidade;
Implicações Clínicas
A grande novidade do tratamento psicanalítico de 
pacientes ditos psicóticos:
Recentes 
Avanços 
Teóricos
Valorização da 
Realidade 
Externa
Relações 
Familiares
Colaboração 
MultidisciplinarTratamento 
Múltiplo
Particularidade 
da Técnica 
Psicanalítica
Implicações Técnicas
 Manejar a idealização extremada deste
paciente ao analista;
 Conhecer as manifestações
psicosomáticas;
 O analista deve entender sua tolerância
a frustação, pois psicóticos são
sensíveis a frustrações;
 O psicanalista pode portar-se como um
objeto transicional; passando de “dois
para três”;
 Substituir a “lei do desejo” (Mãe) pelo
“desejo da Lei” (pai);
BORDERLINES
(Pacientes Fronteiriços)
ESTRUTURAS
Neurótico
(Recalque)
Perversa
(Recusa)
a castração
Psicóticos
(Forclusão)
Negação
Borderlines
(Fronteiriços)
Conceitualizando
 Estrutura com características específicas
e peculiares;
 Entretanto, é preciso entender que
Borderline é uma parada no
desenvolvimento do sujeito, consistindo em
estruturas de transição;
 No início, o termo Borderline se encontrava
na “fronteira da psicose”, mais
especificamente na esquizofrenia. Com o
tempo, esse transtorno se aproximou dos
transtornos afetivos (Mc Glashan, apud
Gabbard, 1998);
Conceitualizando
 Conforme Kaplan (1997, p.693) “os
pacientes com transtorno de
personalidade Borderline situam-se no
limite entre neurose e psicose, e se
caracterizam por afeto, humor, relações
objetais e auto imagem
extraordinariamente instáveis”.
 De acordo com Bedani (2002) o surgimento
dos estudos sobre Borderline origina-se
em 1801;
Conceitualizando
 Green (1986) lembra que esta terminologia
foi adotada primeiramente pela psiquiatria,
e que após alguns anos foi percebido que
não eram psicoses latentes, mas
organizações originais, estruturas
autônomas e estáveis na medida em que
necessariamente não evoluíam para a
psicose;
 Desorganização de limites no interior do
aparelho psíquico e não apenas da relação
ego-objeto;
Conceitualizando
 Laplanche (1992) - “caso-limite” e
entende que é uma “expressão utilizada
na maioria das vezes para designar
afecções psicopatológicas situadas no
limite entre neurose e psicose,
particularmente esquizofrenias latentes
que apresentam uma sintomatologia de
afeição neurótica”;
Características
 Gabbard (1998), Kernberg observou
nesses pacientes:
 Sintomas obsessivos compulsivos;
 Fobias múltiplas;
 Reações dissociativas;
 Sexualidade perverso polimorfa;
tendências paranóides;
 Preocupações hipocondríacas,
ansiedade latente flutuante, abuso de
substâncias, etc.;
 Conservam o juízo crítico e o senso de
realidade;
 Ansiedade difusa a sensação de um vazio
crônico;
 Neurose polissintomática;
 Angústias persecutórias e depressivas;
 Actings da natureza de sexualidade perversa e
sadomasoquista;
 Casos mais avançados é possível “pré-
psicose”:
 Hipomania;
 Neuroses impulsivas;
 Transtornos alimentares;
 Drogadigcções;
 Psicopatias;
Características
 Transtorno no sentimento de identidade;
 Defesa de dissociação, há uma organização
ambígua da pessoa, instável e
compartimentada;
 Contraditoriamente, são mais gratificantes de
“tratar”;
 Idealização primitiva: é o exagero de ver objetos
externos como bons, excluindo falhas e não
tolerando imperfeição. Em contraposição, há a
desvalorização dos outros ou a percepção
deles como persecutórios e perigosos;
 Denegação: tem consciência de que seus
pensamentos, sentimentos e percepções são
opostos aos expressos, porém isso não
consegue influenciar o seu estado mental atual.
Características
Borderlines na Clínica
 Possíveis falhas no desenvolvimento
emocional primitivo, formação de “buracos
negros”, esperando serem preenchidos, pela
postura analítica do terapeuta;
 Bom prognóstico na prática clínica;
 Estados paranóides podem acontecer
isoladamente ou mesclados entre si:
 Zimerman
 Ideação delirante de perseguição;
 Ciúmes;
 Erotomania;
 Megalomania.
 Em situação de borderline, o paciente faz
uso de excessiva defesa de dissociação:
 É uma defesa necessária para proteger o
ego ainda frágil da criança de uma angústia
excessiva; favorece a organização das
primeiras estruturas da mente, que depois
poderão se integrar. Mecanismo de
defesa onde ocorre a perda do estado de
unidade da consciência, com uma
desintegração
dos sentimentos, pensamentos e ações do
indivíduo.
Borderlines na Clínica
A PERVERSÃO
Perversão
 A perversão permanece como um desafio
teórico e clínico. Talvez não seja apenas pelos
interesses comerciais em explorar a veia
mórbida do público consumidor que o tema
da perversão esteja em voga na mídia
contemporânea, excitando o imaginário
social.
 Esse foco na perversão também responde a
novos desafios que se colocam em uma
sociedade não mais regulada por regras
religiosas, ritos e usos universais, mas que se
apoia em uma ciência e em um corpo jurídico
que pouco avançaram a respeito desse
fenômeno.
 O significado da palavra perversão articula-
se com a palavra que lhe deu origem:
perversidade;
 Há no ser humano uma duplicidade: ele
quer o bem, crê nele, mas faz o mal;
 Ele tende a perverter, a desviar, o bem em
mal.
Perversão
 O termo perversão é bastante antigo e
significa “inversão”, sugerindo a noção de
uma norma moral, ou de um comportamento
natural, dos quais o perverso estaria se
afastando.
Perversão
 O perverso não se considera um doente e,
portanto, fica longe dos consultórios
médicos;
 Na maior parte do tempo, são homens e
mulheres respeitáveis em sua vida social,
profissional e familiar, embora tenham, por
outro lado, secretamente, discretamente,
uma vida paralela que não é vista pelos
guardiões da ordem médico-legal.
Perversão
 Krafft-Ebing declarava perversa toda
exteriorização do instinto sexual que não
respondesse ao objetivo da natureza, isto é, à
reprodução, quando a ocasião de uma
satisfação sexual natural fosse dada:
1. Aquelas em que o objetivo da ação é
perverso: o sadismo, o masoquismo, o
fetichismo e o exibicionismo;
2. Aquelas em que o objeto é perverso: o grupo
da homossexualidade, da pedofilia, da
gerontofilia, da zoofila e do auto-erotismo;
Perversão
Freud
 Três ensaios sobre a teoria sexual, fala sobre a
perversão sendo:
 Resíduo da sexualidade infantil, ligada as fixações em
certas zonas erógenas;
 Negativo das neuroses;
 Estágio evolutivo normal.
 Leonardo da Vinci e uma lembrança da sua infância
(1910):
 Freud aborda a origem da homossexualidade de
Leonardo a partir da primitiva relação com sua mãe,
desde a amamentação = identificação de Leonardo
com sua mãe;
 Sobre o narcisismo: uma introdução (1914):
 Trata a homosexualidade, os objetos homossexuais 
como uma perversão;
1°
2°
“Mesmo no processo mais normal reconhecem-se os 
rudimentos daquilo que, se desenvolvido, levaria às 
aberrações descritas como perversões.”
(Freud, 1905)
“Nenhuma pessoa sadia, ao que parece, pode deixar de 
adicionar alguma coisa capaz de ser chamada de perversa 
ao objetivo sexual normal, e a universalidade desta 
conclusão é em si suficiente para mostrar quão inadequado 
é usar a palavra perversão como um termo de censura.”
(Freud, 1905)
Nos “Três Ensaios sobre a Sexualidade” (1905), Freud 
propõe a existência de uma sexualidade infantil ainda não 
genital, que denomina de disposição perversa polimorfa.
Freud
 1927 – O fetichismo:
 Postula sobre as defesas de renegação da
angústia de castração;
 Clivagem do Ego no processo de defesa
(1938/1940):
 O ego da criança precisa decidir se
reconhece o perigo real, cedendo ante ele e
renunciando a satisfação pulsional, ou
ignorando a realidade para ver que não
existe motivo para o medo, tentando assim
manter-se satisfeita;
3°
Freud
Novas Classificações
Freudianas Freud sobre objetos sexuais fala sobre os
desvios:
 Por exemplo, a homossexualidade, a
pedofilia, e a zoofilia, entre outros;
 Freud afirma que a bissexualidade é inata
aos seres humanos. A definição por uma
sexualidade adulta homo, bi, ou hetero
dependerá da combinação dos fatores
constitucionais e adquiridos
(identificações);
Evolução de um Conceito
Freud
 A fixação e a regressão, podem predispor o sujeito
à perversão, na medida em que mantêm o
funcionamento psíquico num patamar onde
prevalece o prazer, o primitivismo e as pulsões
sexuais parciais;
 A educação e a cultura impõem ao sujeito
restrições a livre manifestações dessas tendências
da infância. Essas tendências primitivas são
submetidas às ações da repressão e do recalque;
 Sem o recalque, o sujeito se tornaria perverso;
 Por outro lado, o recalque é um mecanismo ligado à
frustração e à neurose: fenômenos constitutivos da
vida em cultura;
Evolução de um Conceito
Freud
 Enquanto a neurose mantém o sujeito
inibido e contido a partir de valores morais
e éticos, a perversão se caracteriza pela
ausência da repressão ou do recalque;
 O sujeito perverso só se contém pelo
medo de punições externas;
 A função ética, para Freud, nasce
paulatinamente como resultado da
vivência edipiana e da castração.
Perversão
 O perverso permanece a meio caminho
da resolução do complexo de Édipo.
 Ele não leva em conta o desejo de seu
objeto de amor, nem as leis éticas;
reivindica para si a total exclusividade do
gozo, impondo aos seus objetos um modo
de relação primitivo e violento;
 A perversão não se restringe às formas
sociopáticas ou manifestações bizarras.
Perversão
 Consiste numa presença inerente ao
desejo humano que se ancora nas
camadas mais primitivas do psiquismo,
onde as memórias das vivências de
satisfação infantis continuam a alimentar e
sustentar o desejo do adulto, permitindo
que as pulsões agressivas e destrutivas se
atualizem.
Freud
 Se todos nós “somos perversos”, o que faz 
com que não sejamos seriais killers, ou algo 
do tipo?
Perversão
 Porque nós conseguimos inserir nossos
desejos no mundo sem se fixar na
perversão;
 O termo perversão designa fixações
infantis da sexualidade em objetos e
atividades que se cronificam no adulto;
 Estas fixações manifestam-se como
comportamentos repetitivos e
estereotipados em que o parceiro é um
mero figurante em ritos sexuais;
Perversão
 O termo é também utilizado para designar
comportamentos narcisistas, malignos, em
que o sujeito sente prazer em maltratar o
outro;
 No âmago das várias formas de perversão,
sempre estão em jogo o prazer e o medo;
 Assim, quando o psicanalista enfoca o
inconsciente e seus conteúdos latentes,
são os conflitos mais arcaicos do
entrelaçamento entre o medo e o prazer
que lhe interessa revelar.
Psicopatia
 Na prática analítica, são pacientes que
raramente entram espontaneamente em análise,
e quando o fazem, mostram uma forte propensão
para atuações e para o abandono do tratamento
quando percebem a seriedade do analista;
 Esta dificuldade de dar continuidade ao trabalho
analítico se deve a uma arraigada
predominância da pulsão de morte e de seus
derivados que impõem, ao indivíduo, uma
conduta hétero e auto-destrutiva;
 Há muitos pontos comuns entre perversões e
psicopatias porém existem diferenças entre elas,
às vezes muito sutis, não sendo raro que elas se
interponham entre si.
Resumindo
 Não há fuga da realidade em sua
totalidade;
 Sujeito que transgride para sentir prazer
e manter-se vivo;
 Recusa a castração;
 Fixa sua libido em objetos privilegiados;
 Está ligado ao narcisismo;
 Da ordem do ético: é o desejo de
anulação do outro;
 Na neurose há uma negação. O sujeito nega
simbolicamente um desejo. Desse modo o
retorno deve ser também simbólico e por isso
aparece por meio de sintoma.
 Na psicose há um não inscrição. Não é que
houve uma negação de algo! É que algo não se
inscreveu. Como não se instalou no simbólico,
volta no não simbólico, ou seja, no real.
 Na perversão teríamos uma negação do
materno, da castração da mãe. Uma negação
que retorna no simbólico imaginário, em uma
estrutura que não significante, mas é um objeto
Resumindo
OBRIGADA!

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