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REGIME DE BENS
Consiste em normas que regulam a titularidade e a administração de bens, gerando efeitos entre os cônjuges e terceiros. É voltado ao Direito Patrimonial. 
Artigos 1.639 a 1688 do Código Civil.
Princípios.
Princípio da Liberdade de Escolha ou Autonomia da vontade. 
Confere aos nubentes o direito de eleger o regramento norteador das relações econômicas que afloram da comunhão. Dá a possibilidade de criar regimes, contudo não podem afetar matéria de ordem pública. Ex: Excluir direito à herança.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
Enunciado 331 da Jornada de Direito Civil: “O estatuto patrimonial do casal pode ser definido por escolha de regime de bens distinto daqueles tipificados no Código Civil”. 
A escolha do regime deve ser feita por meio do pacto antenupcial. Contudo, não havendo ou sendo invalido, aplica-se, então, o regime supletivo da vontade, que desde 1977, com o publicar da lei do divórcio (lei nº 6.515/77), é o da comunhão parcial de bens, pois corresponde aos anseios da maioria dos casais. Antes, era o regime aplicado era o da comunhão universal de bens. 
Artigo. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
 Princípio da variedade.
Dá aos cônjuges a faculdade de escolher o regime de bens.
Separação total
Comunhão parcial
Comunhão universal
Participação final dos aquestos.
Além desses quatro, os nubentes podem definir o regime de bens no que lhe aprouver, nos termos do artigo 1.639, CC. 
Princípio da indivisibilidade
Dispõe que o regime de bens vale para “ambos os cônjuges”.
Tal princípio é absoluto? Não, pois a exceção está atrelada à boa-fé. Portanto, se protege que age de boa-fé. 
Princípio da mobilidade justificada 
Tendo em vista possibilidade conferida aos cônjuges de escolher o regime de bens, há também a possibilidade de modificação, desde que subordinados à certas exigências, visando a prática de abusos. Tais como:
Autorização judicial em procedimento de jurisdição voluntária.
Desejo de ambos (por isso a jurisdição é voluntária e não contenciosa).
Justo motivo.
Inexistência de prejuízo a terceiros. 
Em regra, os efeitos não retroagem atingindo os regimes adorados no código de 1916 (EX NUNC). Contudo pode retroagir (EX TUNC) desde que não cause prejuízo. 
Separação de Bens obrigatória. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
 I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; Art. 1.523. 
 II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. Ex: Casamento núbil (menor de idade)
Obs: o regime pode ser alterado nesses casos, desde que não traga prejuízo a terceiros. 
Vênia conjugal
É o dialogo existente entre os cônjuges em relação à disposição de bens. Ambos devem estar de acordo.
Obs: caso não respeitada a vênia conjugal e um dos cônjuges dispor de um bem, o outro cônjuge pode pedir a anulação, com prazo decadencial de 02 após a separação (divorcio). 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.
Pacto antenupcial
Negócio jurídico pelo qual os nubentes regulamentam o regime econômico do matrimonio, definindo, pois, o seu regime de bens, apartando-se do regime legal supletivo (comunhão parcial de bens). 
Deve ser formalizado no cartório de registro de imóveis, 90 dias antes do casamento. 
Caso o casamento não aconteça, o pacto é ineficaz! 
Obs: parte da doutrina entende que o casamento é condição de existência do pacto, mas para o Código Civil é uma condição de eficácia. 
Obs²: o fato de o casamento não ocorrer pode gerar indenização, porém dependerá do caso. 
Diferentes regimes de bens.
Comunhão parcial (artigo 1.658/1.666)
 Todos os bens adquiridos ONEROSAMENTE na constância do casamento se comunicam; bens adquiridos antes do casamento são excluídos. 
Os bens devem ser adquiridos onerosamente, razão pela qual herança e doações não se comunicam. 
Bens pessoais, de natureza profissional e proventos (salário) não se comunica! 
Contudo, em relação aos proventos, parte da doutrina acredita que se comunicam a partir do momento em que são pagos.
Meio soldo (metade do salário de militar reformado), pensões e montepio (pensão de servidor) também não se comunicam.
Comunhão universal de bens (artigos 1.667/1.671). 
Comunicam-se todos os bens, sejam onerosos ou gratuitos.
Observações: 
Anteriormente à 1977, era adotado como regime suplementar. 
Se houver clausula de incomunicabilidade na herança ou doação os bens não se comunicam.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. (bens pessoais, profissionais, proventos, meio soldo, pensões e montepios)
Participação final dos aquestos. 
Aquestos são bens adquiridos onerosamente durante a convivência. 
Tem origem sueca, porém o Brasil importou da França. 
Aproxima-se da comunhão parcial.
Alguns bens se comunicam e outros não. Trata-se de exceção à vênia conjugal.
Quase não é adotado porque demanda complexos cálculos. Criado para situações em que os cônjuges são empresários. 
Separação total de bens (artigos 1687/1688)
Também chamada de separação convencional. Impedindo a comunicação de todo e qualquer bem adquirido por cada cônjuge, antes e depois do casamento, seja oneroso ou gratuito. 
Pode se dar de modo convencional, por meio de pacto antenupcial, e de forma obrigatória nos casos em que existam condições suspensivas do casamento, casamento de pessoa com mais de 70 anos e casamento decorrente de decisão judicial. Contudo, a obrigatoriedade não é absoluta, podendo haver a alteração do regime, desde que não acarrete prejuízo para terceiros. 
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL
SEPARAÇÃO. 
 surgiu como substituição ao desquite (não cumprimento de deveres matrimoniais); termina com a sociedade conjugal.
2 espécies de separação: 
Amigável: aquela que se da consensualmente. Tem prazo de arrependimento de 01 ano. 
De acordo com a lei nº 11.441/ a separação pode se dar em cartório “separação administrativa”, desde que os cônjuges não tenham filhos menores ou incapazes. 
Litigiosa: se subdivide em duas: objetiva ou subjetiva. 
Separação Litigiosa Objetiva:
Separação falência: Artigo 1572, §1º do CC – Aquela em que não há mais retorno; 01 ano de arrependimento. 
Separação remédio: Artigo 1572, §2º - quando a pessoa fica “doida”; psicopatologia; prazo de 02 anos de arrependimento. 
Obs: Adotava-se o divórcio direto ao invés da separação normal.
Obs²: causa de desprezo; o juiz poderia desprezar o pedido de separaçãoremédio por causa de o doido estar piorando. 
Separação litigiosa subjetiva: 
Ocorre sempre quando há culpa de um dos cônjuges. 
Ocorre sempre quando há culpa de um dos cônjuges! 
Gerava três consequências: Perda do direito à alimentos; perda do sobrenome e do direito à guarda, ambos nos casos de traição. 
DIVÓRCIO.
Surge com a lei nº 6.515/77.
Em 1988 passou a ser trabalhado de suas formas: o direto e o indireto
Direto: 02 anos separados de fato. 
Indireto: separação judicial + um ano. 
Com a promulgação da EC 66/2010, todo divórcio passou a ser DIRETO.
A EC 66 trouxe o divórcio online? Não, pois o divorcio pode se dar apenas administrativamente e judicialmente; contudo há um projeto de lei no sentido de criar o divórcio online, porém não foi aprovado. 
CONSEQUENCIAS TRAZIDAS PELA EMENDA CONSTITUCIONAL 66/2010:
A separação de corpos foi afetada.
Não há mais perda de guarda em razão de traição. 
Alimentos são devidos ainda que haja traição. 
Não há mais perda do nome, podendo o ex-cônjuge ainda transmitir. 
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar:
I - evidente prejuízo para a sua identificação;
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida;
III - dano grave reconhecido na decisão judicial.
GUARDA.
Formas: 
Exclusiva: a criança fica com um dos pais. 
Alternada: a guarda é só de um, mas a criança pode ficar com o outro pai/mãe. A alternação é quanto aos horários. 
Compartilhada: todas as decisões relacionadas à criança são tomadas em conjunto. 
Aninhamento ou nidação: os pais, alternadamente, vão à casa da criança. (é em prol da criança). 
SINDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL
Um dos pais faz com o que o filho rejeite o outro. A lei da alienação parental visa diminuir a incidência.
O juiz, observando a ocorrência, adverte as partes; após advertência, aplica-se multa; após, há a mudança de guarda; e, por fim, se ainda estiver ocorrendo a alienação o pai/mãe é destituída do poder familiar. 
Obs: além do aparato civil, há um projeto que torna crime a síndrome da alienação parental.
MUDANÇAS COM O NOVO CPC
Legitimidade: a legitimidade para propor ação de divórcio, em regra, é do cônjuge. Entretanto, quando um dos cônjuges é incapaz podem propor: 
CURADOR
ASCENDENTE (mãe e pai).
IRMÃO 
Competência: anteriormente o juízo competente era o do domicilio da mulher, por ser a parte mais fraca. Agora, com a CF/88 que institui o princípio da igualdade entre os cônjuges a competência é do domicilio de qualquer um dos cônjuges.
No divórcio litigioso, a audiência sempre se faz necessária. No amigável a audiência é facultativa, uma vez que também pode ser decidido extrajudicialmente. 
Matéria de defesa: limita-se somente em: ALIMENTOS, BENS E GUARDA. 
Obs.: o que acontece com as separações que se fizeram antes da emenda 66? R. Para maioria da doutrina serão transformadas automaticamente em divórcio. 
Obs²: as separações que estão se fazendo após a emenda, com o novo código, o juiz teria que chamar as partes para decidirem se querem converter para divórcio (princípio da cooperação). – Art. 6º do CPC. 
FILIAÇÃO 
Vinculo de parentesco de 1º grau (sanguíneo ou afetivo) existente entre ascendente e descendente. 
Com a constituição federal, em seu artigo 227 §2º todos os filhos passaram a ter as mesmas prerrogativas, independentemente de sua origem ou da situação jurídica dos pais. (princípio da igualdade entre os filhos). 
Para que seja vivenciada a filiação não é mais preciso haver transmissão de carga genética, pois seu elemento essencial está na vivencia e crescimento cotidiano.
Presunções:
O registro civil de nascimento, é uma presunção de filiação quase absoluta, pois apenas pode ser invalidade se provas que houve erro ou falsidade. 
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;
Esses dois incisos perderam a razão de existência, tendo em vista que hoje é possível a realização de exame de DNA. 
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
Parte da doutrina entende que reprodução homóloga é inconstitucional, pois pode gerar a paternidade involuntária. 
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminação artificial heteróloga (sêmen de outro homem), desde que tenha prévia autorização do marido.
As hipóteses do artigo 1.597, CC, e aplicam tanto para o homem, quanto para a mulher hoje em dia. 
Embriões criogenizados: congelados. – A Lei de biossegurança possibilita o descarte de embriões depois de três anos. 
TODAS AS PRESUNÇÕES APLICAM-SE À UNIÃO ESTÁVEL, contudo, para os incisos i e ii deve haver o registro da união, para saber quando teve início. As presunções também se aplicam à casais homoafetivos em relação a reprodução homóloga (caso do bebe gerado por meio de dois óvulos). 
No Brasil, não é permitida a seleção genética, salvo em caso de doenças genéticas (degenerativas). 
Uma vez autorizada a reprodução heteróloga pelo homem é possível a retratação? Sim, desde que o embrião ainda não tenha fecundado. 
AÇÕES FILIATÓRIAS/ RECONHECIMENTO DE FILHOS.
A presunção do artigo 1.597 do CC, só se aplica aos filhos nascidos de pessoas casadas entre si. Dessa maneira os filhos de pessoas não casadas precisam ter o seu vinculo filiatório reconhecido pelos pais, através de ato espontâneo ou da intervenção judiciária. 
O reconhecimento pode ser voluntário ou forçado, através do qual se reconhece a relação de parentesco em primeiro grau em linha reta. 
Voluntário: ato pelo qual a mãe ou o pai ou ambos declaram o vinculo que os une ao filho nascido, conferindo-lhe o status de família. Não sendo necessário que o reconhecimento seja realizado simultaneamente pelos genitores. Pode ser realizado sucessivamente.
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. (cc).
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes. (ECA).
Apesar de ser um ato PERSONALÍSSIMO, pode ser realizado por meio de procurador, munidos de poderes específicos outorgado por escritura pública ou particular.
Trata-se de ato livre, irrevogável e irretratável, não podendo estar submetido a condição, termo e encargo ou mesmo a qualquer modalidade que tenha por objetivo restringir o reconhecimento filiatório. 
Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho.
ADOÇÃO
Está disciplinada no ECA e pelo Código Civil. Bem como a lei nacional de adoção (12.010/2009), que alterou o código civil. 
Art. 1.618.  A adoção de crianças e adolescentes será deferida na forma prevista pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Art. 1.619.  A adoção de maiores de 18 (dezoito) anos dependerá da assistência efetiva do poder público e de sentença constitutiva, aplicando-se, no que couber, as regras gerais da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.  
Trata-se de criação de um vínculo filiatório, ainda que seja pessoa estranha. 
Com o novo sistema implantado pelo Código Civil, toda e qualquer adoção carece de uma decisão judicial, proferida em procedimento que tramitará na vara da infância, quando houver interesse de criança ou adolescente,e na vara da família, nos demais casos, com a intervenção do MP. 
Também é permitida a adoção de adultos! 
Adoção subsidiária: quando não é possível adoção pela própria família ou por família extensa. 
Adoção excepcional: rompem-se os vínculos anteriores e criam-se novos. 
Adoção é irrevogável! 
LEGITIMIDADE/ CAPACIDADE PARA ADOTAR:
Maioridade, solteira ou não, sem distinção de sexo e orientação sexual. 
Diferença de idade de no mínimo 16 anos entre adotante e adotado, tem que ser valorado em relação a pessoa mais nova entre os cônjuges (art. 42, §2º ECA).
Divorciados podem adotar.
Art. 42.  Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
§ 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
Se o casal se divorciar, deve-se valorar com quem a criança se dá bem. (princípio do melhor interesse da criança);
Tutor e curador podem adotar, desde que prestadas as contas da administração dos bens do adotando. 
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado.
Estágio de convivência: o prazo de convivência é estipulado pela autoridade judiciária. Pode ser dispensado se o adotando já estiver sob a guarda do adotante por tem razoável para se avaliar a convivência. 
Obs.: é regra geral o estágio de convivência, por isso, a mera guarda de fato não é suficiente. Adoção internacional, o estágio de convivência é obrigatório e indispensável. 
Art. 46.  A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso.
 1o O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.
§ 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.
 § 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
NÃO PODEM:
Avós adotarem netos e irmão não pode adotar o outro:
Art. 42.  Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. 
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
Por outro lado, em razão do silencio legal, tios podem adotar sobrinhos. 
CONSENTIMENTO:
Necessário o consentimento dos pais do adotando, salvo se houver perda de poder familiar, bem como necessário o consentimento do adotando nos casos em que for maior de 12 anos; maiores de 18, basta o consentimento do adotando, prevalecendo a ideia de diferença de idade de 16 anos. 
Não precisa de autorização se os pais estiverem em Lins (LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO). 
VINCULOS
Na reprodução heteróloga assistida, não há vinculo com o doador do material genética. Já na adoção, em contrapartida, há um vinculo anterior que de desfaz. 
O sujeito adotado recebe o nome de quem o adotou. É possível a mudança do prenome; se a criança tem mais de 12 é ela tem que consentir a mudança. 
Art. 47 § 5o  A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome.

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