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DIP Morgana (1)

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Estudar conselho de segurança
Prova quarta dia 07/11 tratados em diante.
Provas de tratados a direitos humanos
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Profª. Tatiana Cardoso
Por Eroni Numer
27/02/12
Apresentação do plano de ensino.
Provas:
GA: 16/04/12 – Dissertativa (10 pontos)
GB¹: 28/05/12 – Mista (4,25 pontos)
GB²: 03/07/12 – Objetiva (4,25 pontos) – Provão 21/06/12
Trabalho (resumo estendido – 3 a 5 páginas – individual): 26/06/12 (1,5 pontos)
Título (letra times, 12, negrito)
Nome do aluno (times, 12, negrito)
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão
Palavras-chave: uma-duas-três
Bibliografia
* Mínimo de 3 páginas e máximo de 5 páginas
* Texto corrido, sem numeração, em espaçamento simples
* Citações: nenhuma citação direta maior de 3 linhas. Sempre referenciar no estilo: sobrenome do autor, ano da obra, página.
Conteúdo até GA:
1-Conceito
2-Evolução Histórica
3-Fundamentos do Direito Internacional
4-Monismo – Dualismo
5-Sujeitos do Direito Internacional
6-Fontes do Direito Internacional
1- Conceito de Direito Internacional Público
Conjunto de princípios e regras que regem as diversas relações existentes entre os sujeitos do direito.
O Direito Internacional Público não se resume à regras positivadas, mas também à aplicação dos costumes.
Conceito: Conjunto de regras e princípios que regulam as diversas relações existentes entre os múltiplos atores que compõe a sociedade internacional, os quais transcendem as fronteiras nacionais e ajudam a manter a ordem (paz).
Outros nomes: JUS GENTIUM – DIREITO TRANSNACIONAL
Críticas: É um sistema jurídico autônomo, porém, que sofre com críticas. 
O que caracteriza um ramo do direito é a sua criação legislativa e a sua judiciabilidade. Ou seja, para que certa conduta considerada incorreta, seja juridicamente afastada, é necessário haver a sua positivação (diferença de dever moral); e caso não haja o cumprimento do dever legal prescrito na regra, há a possibilidade de o sistema buscar/forçar a sua realização por meio da justiça (poder judiciário). 
O Direito Internacional Público se difere do direito interno (que é voltado para os indivíduos), pois é o direito entre os Estados, para manter a ordem internacional, respeitando às soberanias.
DIP e Direito Internacional Privado – é a primeira diferenciação que deve ser realizada, dada a proximidade dos dois campos. O segundo diz respeito ao conflito de leis aplicáveis para uma determinada matéria, como é o caso de um contrato, em que tem como participantes duas pessoas que firmam um contrato, mas não elegem um foro ou lei específica. 
05/03/12
2- EVOLUÇÃO HISTÓRICA
3010 A.C => 1280-1275 A.C => GRÉCIA => ROMA => Idade Média => 
Renascimento => Westphália => Revoluções => Congresso de Vienna => Liga das 
Nações => ONU => Guerra Fria => Terrorismo
Em 3010 AC surgiu o primeiro tratado internacional, lavrado em pedra, e que objetivou colocar fim em conflito armado entre dois povos, delimitando os limites territoriais de cada povo (Umma e Lagash). 
Em 1279 surgiu o tratado de Kadesh, que formou uma aliança bélica entre os Egípcios e Ititas.
Na Grécia teve origem as organizações internacionais, que se chamaram de Anfictionias, destinada a resolver conflitos entre pessoas de diferentes Estados e entre as próprias organizações governamentais, objetivando evitar a guerra e julgar as infrações pelo descumprimento de acordos e tratados. A Anfictionias era composta por duas outras suborganizações que resolviam os conflitos (Confederação de Delfos, que era um tribunal supracitadino e Confederação de Delos, que detinha o caráter marítimo). 
Arbitragem: Também, na mesma época surgiram espécie de Tribunais Arbitrais, que resolviam conflitos não resolvidos na Anfictionias. O Tribunal Arbitral criou o Ultimatum para exigir o cumprimento e em caso de não cumprimento poderia declarar guerra.
Em Roma ocorreu uma grande evolução do Direito Internacional, com grande desenvolvimento jurídico. 
Jus civilis: direito relacionado aos indivíduos com cidadania Romana. O estrangeiro não tinha direito de casar, comercializar ou apelar das decisões. 
Jus Gentium: relacionado com o Direito Internacional Privado, pois tratava a relação entre pessoas consideradas estrangeiras e os romanos.
Jus Fetiale: tratava do direito relacionado aos conflitos armados (guerra), que se assemelhava às funções dos Tribunais Arbitrais gregos, também com um ultimato e posterior possibilidade de deflagrar a guerra.
Na Idade Média, os cristãos estabeleceram regras iniciais do comércio marítimo (Leis de Rodes, Tabula Almaphitana e Consulado do Mar). O Papa era o árbitro dos conflitos no âmbito das relações internacionais. 
Nesta época foram criados três institutos: 
1º) Guerra Justa: guerra que pode ser tomada legalmente, pois há um fundamento por trás do conflito armado (Ex: quebra de tratado e guerra preventiva). Hoje não tem mais guerra preventiva. Hoje tem o revide ou pela autorização da ONU.
 
2º) Paz de Deus: limitação daquilo que pode ser feito na guerra. Ex: é proibida a queima de colheitas, restrição de liberdade de locomoção de comerciantes e de mulheres (respeito à pessoa humana). Também nesta época surgiu a troca de prisioneiros de guerra.
3º) Trégua de Deus: período de trégua da guerra nos dias santos e domingos, assim como funeral de pessoas importantes.
Na época do Renascimento surgiram os fundadores do direito internacional, com as primeiras missões diplomáticas. O Direito Internacional teve três nomes importantes: Francisco de Vitória, teólogo espanhol que lutou pelos direitos humanos dos índios e das demais pessoas (direitos íntimos); Francisco Suarez, que defendia que existiam direitos postos pela sociedade, tais como direitos diplomáticos, que iniciou os direitos entre as nações, com pactos escritos entre estados. 
Além dos dois Franciscos, Hugo Grotius, advogado e diplomata Holandês, teve grande importância, pois advogava pela liberdade dos mares, já que havia grande domínio inglês, espanhol e português nos mares. Teorizava o direito apartado da religião, acreditando que o direito das gentes existiria mesmo se deus não existisse. Também escreveu o livro “Direito da Guerra e da Paz”, tentando convencer as nações de resolver os conflitos antes de entrar em conflito armado. Foi considerado o pai da diplomacia.
Após a guerra dos trinta anos, que marcou um grande conflito religioso entre católicos e protestantes, surgiu o acordo de paz na cidade de Westphalia, no qual foi lavrado o direito de escolher a sua religião. Também nesta época surgiu a soberania e o próprio estado-nação, com a definição poderia definir as suas regras. Foi o marco da diplomacia moderna. 
No período das revoluções (1776-1789), o Monarca era o grande soberano e as pessoas começaram a se rebelar contra o excesso de pagamento de impostos e sem retorno e a arbitrariedade da monarquia. Surgiram, então, os direitos humanos de primeira dimensão, como direitos políticos, de liberdade, fraternidade, solidariedade e locomoção. 
No Congresso de Vienna, em 1815, determinou que todos os monarcas destituídos por Napoleão Bonaparte retornem aos seus respectivos tronos, restituindo a soberania. Também neste congresso ficou definido que, para fins comerciais, os mares eram área internacional (livre navegação comercial). Além disto, definiu os direitos e funções dos diplomatas (defende os interesses do estado), dos consulados (defende os interesses dos indivíduos) e dos comerciantes. 
06/03/12
Com a Liga da Nações (1815 a 1819) surgiu o direito internacional humanitário, lei específica para disciplinar os conflitos (tempo de guerra), enquanto que os direitos humanos são destinados a disciplinar as questões em tempo de paz, embora haja a possibilidade de aplicação também em tempo de guerra.Também nesta época surgiram as entidades como a Cruz Vermelha ou Crescente Vermelha, objetivando o auxílio em tempo de guerra, sem distinção de lado, tendo em vista a questão humanitária.
A convenção de Genebra (1889) tratou da proteção do indivíduo no conflito armada, com fito na questão humanitária.
A convenção de Haia (1907) definiu espécie de regras ou limites dos meios do conflito armado. São direitos/obrigações que os estados devem respeitar em tempo de guerra.
Nesta época surgiu então o DI Humanitário, que hoje faz parte do tripé que baseia o direito internacional: DI Humanitário, DI Refugiados e DI Direitos Humanos. 
Comparação de Liga das Nações e ONU
- A Liga das Nações (Sociedade das Nações) foi criada ao final da 1ª guerra mundial (1919 e extinta em 1946) 
-Sede era em Genebra
- Corte Permanente de Justiça Internacional
- Conselho de Segurança (EUA, Inglaterra, França, Japão e Itália)
- A ONU foi criada no final da 2ª guerra mundial (1945)
- Sede em New York
- Corte Internacional de Justiça
- Conselho de Segurança (EUA, Rússia, China, Inglaterra e França)
A partir do final da 2ª guerra mundial surgiu a necessidade de criar uma instituição que tentasse uma solução para evitar o conflito armado, já que a Liga das Nações não evitou. Surgiu a ONU a partir de carta da ONU, elaborada em São Francisco em 1945. 
A Guerra Fria, era entre o bloco do socialismo e bloco do capitalismo (Rússia x EUA). 
O Terrorismo, principalmente operado por organizações trouxe ao debate questões que envolvem a penalização de indivíduos. A partir daí o Tribunal Internacional Penal como efetivamente a ser utilizado.
12/03/12
Caso do americano que saiu da base militar da OTAN e ingressou num vilarejo e matou 16 pessoas. A OTAN tem responsabilidade? Não, porque só se responsabilizam quando ordenam o ataque ou o ataque ocorre durante uma missão. A pessoa será julgada/punida pela comissão militar de seu país. Neste caso não irá ao TPI porque para levar alguém ao TPI o país tem que ser parte do tratado de Roma (1997), que não é o caso dos EUA. Outra forma é através de uma recomendação através de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, mas é condição para prosseguimento que não haja veto, o que é provável que o EUA vete para não levar seu próprio cidadão ao TPI.
3- FUNDAMENTOS DO DIREITO INTERNACIONAL
É encontrar o porquê que uma norma irá ser seguida pela comunidade internacional. São os fundamentos que irão definir como será seguido o direito internacional.
O direito internacional precisa de um fundamento com intuito de explicitar a força obrigatória do mesmo, encontrado em algumas linhas argumentativas que possibilitam (justifiquem) o seu cumprimento. 
Existem três teorias:
a) Teoria Voluntarista: os Estados decidem voluntariamente aderir ao pacto de regras internacionais. A nação tem interesse e concordam em participar do tratado que cria normas internacionais. Esta teoria exige a vontade das partes (voluntariado) Ex: Tratado de Assunção, que iniciou o Mercosul, que depois foi completado/ratificado no Tratado de Ouro Preto. 
Esta teoria está baseada no princípio da soberania e podem criar as regras internas (dentro do território nacional). 
O voluntarismo está em consonância com o positivismo jurídico que leva em consideração a ideia da soberania absoluta do Estado, vez que ele decide conforme a sua vontade (seu consentimento é espontâneo e deve ser expresso).
Está ligado ao caráter obrigatório que o consentimento passa a gerar também no direito interno (pela internalização de tratados), haja vista que, pactuando, concorda com os termos dos acordos, o que denota a vontade comum das diversas nações e a própria existência de uma norma superior (pois concordam com ela! – o Direito Internacional). 
Não é que se crie um direito (internacional), pois impossível de quebrar a soberania estatal. O que acontece é a comunhão de vontades particulares, tornando apta uma determinada tarefa que é comum.
Havendo uma violação deste tratado, um país só poderá julgar o outro dentro da sua jurisdição se o país julgado deverá dar o Consentimento. Outras hipóteses para ocorrer o julgamento na jurisdição de outro é Iuri gestionis, que é quando um Estado comete um ato de gestão (ato do governo de matéria comercial, com características privadas – direito privado) Ex: contratação de brasileira para limpar a embaixada alemã no Brasil; e Dano Territorial, que é quando um estado invade o território de outro e comete infrações aos direitos humanos aos nacionais do país invadido. Ex: Alemanha invade a Itália e força italianos a trabalho escravo (atingiu a soberania do estado invadido). 
Não estando em nenhuma destas hipóteses não haverá o julgamento e se ocorrer não terá validade.
Esta teoria tem críticas:
* Instabilidade porque o Estado pode entrar ou sair (denúncia ou retirada) do tratado voluntariamente e a qualquer tempo.
* O surgimento de país novo traz dúvida na aplicação dos costumes internacionais, pois o país novo pode não estra habituado a estes costumes e sentir que sua soberania está comprometida. 
A norma fundamental de Kelsen é o direito internacional, que tem como seus fundamentos a paz mundial e a segurança internacional. 
b) Teoria Sociológica: diz respeito à sociedade e o direito internacional vai surgir a partir dos acontecimentos sociais. O costume é a base do direito internacional desta teoria. Os tratados são esquecidos, deixados de lado.
Para esta corrente, existindo a comunidade internacional, existe o direito internacional.
Consciência Jurídica Coletiva (objetivo): é a consciência social do grupo sobre o dever de respeitá-lo, conforme a razão e o direito objetivo. É o direito escrito, regra jurídica positivada.
Consciência Sociológica (subjetiva): é acreditar que aquilo é o correto e deve ser seguido. O direito internacional surge de uma necessidade social e é obrigatório em função desta necessidade. É o costume que é considerado mais importante, deixando o direito positivo em segundo plano.
c) Teoria Jusnaturalista: faz uma mescla entre o direito positivo e natural. Vale tanto o costume quanto o a norma escrita (tratado). Esta teoria é a mais aceita pelo direito internacional, pois permite o diálogo entre as fontes de direito internacional.
RELAÇÕES ENTRE DIREITO INTERNO E DIREITO INTERNACIONAL
	
	DIREITO INTERNO
	DIREITO INTERNACIONAL
	PODER
	Centralizado. Tudo é baseado na Constituição Federal.
	Descentralizado. Todos os países estão na mesma linha horizontal. Não tem um poder único que determine se os estados podem ou não podem fazer acordos entre si. Tem organizações internacionais que aplicam sanções e buscam a paz e a segurança internacional. 
	Divisão dos poderes
	Existe uma divisão Montesquieuana entre executivo, legislativo e judiciário.
	Não existe divisão dos poderes.
Não há executivo 
Legislativo pode ser via ONU ou não.
Judiciário múltiplo
	Hierarquia de normas
	Art. 4 da LICC/42: primeiro são as leis, após, na sua omissão, são aceitos:
- analogia 
- costumes
-princípios gerais de direito
	Não há hierarquia entre as fontes do Direito Internacional.
Art. 38 do Estatuto da CIJ/45.
Fontes clássicas são: Tratados, Costume, Princípios Gerais de Direito, decisões e doutrina.
Importante frisar agora que não há hierarquia entre as fontes, apenas que as duas primeiras são as mais importantes e que as demais são subsidiarias, ajudando no entendimento das demais. 
	Hierarquia
	Há uma questão de subordinação entre os sujeitos, de forma vertical.
Ex: presidente subordina-se a lei
	Há uma relação de coordenação, visto que não há uma superioridade de algum órgão ou entidade ou Estados.
Todos colaboram entre si, sendo, portanto, uma relação horizontal.
Há cada vez mais uma universalidade predomi- nante no âmbito interna- cional, o que não se restrin-ge nem aos próprios Esta- dos (por força dos demais atores internacionais); além disso, é aberta (a emergên- cia de novos atores).
Necessidade de consenti- mento é imperativa.
Jargão: “todos são iguais perante a lei”.
Exemplo: TPI nova org. internacional, que não está subordinada a outra.
19/03/12
4- DUALISMO E MONISMO
	TEORIA DUALISTA 
	≠
	TEORIA MONISTA
	Direito Interno ≠ Direito Internacional 
Os direitos são apartados um do outro. 
Interno regula as questões internas e não
Tem efeito no plano internacional.
O direito internacional é de regras inter-
nacionais.
Existe uma internacionalização do direito 
Internacional, através de um decreto para
acolher as regras internacionais
	
	Direito Interno e Direito Internacional
Existe um sistema só, no qual um abarca o outro. Tendo uma primazia sobre o outro.
 
Na Primazia no Direito Interno é quando o direito internacional está contido no direito interno, estando restrito aquilo que o direito interno prevê. O direito internacional se adapta ao direito interno.
 Direito Interno
Na Primazia do direito internacional é quando o direito internacional regula o direito interno, o qual se adapta às regras do direito internacional. A Constituição de cada Estado Nação se adapta ao direito internacional. Os estados é se adaptarão ao que disciplina o direito internacional. 
Ex: Prisão de infiel depositário, que no Código Civil está prevista, mas o pacto de São José da Costa Rica modificou a posição e o Brasil se adaptou a ele, não mais levando à prisão o depositário infiel.
Pode ser Radical (direta) ou Moderada (indireta).
No Brasil, o sistema que é utilizado é com base na Primazia do Direito Internacional.
Direito Internacional
No entanto, mesmo que o Brasil se filie à corrente de que o direito internacional é que regula, existe a necessidade, por determinação constitucional (art. 84, VIII) que passará pelo crivo do Congresso Nacional. Por isso, é a primazia moderada (indireta), pois sendo direta a primazia, não precisaria passar pelo Congresso Nacional.
5- SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL
1- Estados
2- Organizações Internacionais
3- Beligerantes e Insurgentes
4- Santa Sé
5- Cruz Vermelha
6- Indivíduos
1-ESTADOS
O Estado é uma instituição criada pelos homens com a finalidade de organizar as diversas atividades humanas dentro de um dado território, zelando pelo bem comum daqueles que o habitam, fazendo valer a sua autoridade sobre as pessoas e as coisas situadas dentro das respectivas fronteiras.
Estado = Status = Estar firme
Elementos do Estado
1-Povo
2-Território
3-Governo
4-Capacidade
Conforme a Convenção de Montevidéu sobre os Direitos e Deveres dos Estados (1933), para ser criado/reconhecido como Estado, deve passar por um teste de admissibilidade e ter comprovado os quatro elementos constitutivos de Estado.
Povo: todo Estado tem um povo estabelecido em seu território. É o elemento humano (comunidade de indivíduos). O elemento humano é imune às variações ocorridas dentro do Estado, sendo a sua continuidade a responsável pela composição do Estado.
O povo é diferente da população. Povo são os naturais e naturalizados. População é o conjunto de todos que estão no país/Estado, incluindo os apátridas (povo+estrangeiros+apátridas).
Nação está ligada ao indivíduo com direito de ter a nacionalidade de uma nação (mesma base), tendo as mesmas características (tradições, costumes, língua, origem, etc).
Estado está ligado não à naturalização do indivíduo, mas sim na relação política e o direito de escolher seus governantes. 
ESTADO está relacionado à vinculação política independente, estabelecida permanentemente, num determinado território e sob a autoridade de um governo capaz de manter relações com a outra coletividade da mesma natureza, sem que se fale em fatores psicológicos de ligação entre os indivíduos que o compõe.
Território: o país para ser considerado como tal, deve possuir um território. O território é formado por três elementos: Solo, Mar e Espaço (aéreo). É o elemento material.
Trata-se do ELEMENTO MATERIAL do conceito de Estado, que se consubstancia na fração delimitada do planeta em que este se assenta com sua população e seus elementos. Abrange: TERRA (solo e subsolo), MAR (rios, lagos, golfos, baias, portos, plataforma continental e plataforma submarina) e ESPAÇO (correspondente ao solo).
A fronteira tem que ser delimitada perfeitamente? Na verdade, não precisa ser cartograficamente, podendo ser limitada por elemento natural, como um rio.
A embaixada de um país em outro país não torna território do seu país. Ela é inviolável, mas está no território do outro país (Convenção de Viena). No entanto, as embarcações e aeronaves brasileiras são extensões do território nacional.
Mesmo que tenha território pequeno (microestado), como Mônaco é considerado Estado. Outro exemplo é o Vaticano.
Governo: É o elemento político. O Governo deve ser legítimo e efetivo. O governo deve ser legitimamente escolhido, de acordo com as regras internas do Estado. Democracia, Ditadura, etc. Também deve ser efetivo. É aplicada e a população reconhece, acredita e as determinações. Exerce o controle efetivo da população. 
É necessária a efetividade, pois cada o Governo tenha legitimidade, mas não sendo efetivo pode ocorrer situação como no Afeganistão que o Governo tinha legitimidade, mas de fato o povo seguia as regras do Alcorão aplicado pelos Talibãs. Aos olhos externos, a efetividade era exercida pelos Talibãs.
Capacidade: o Estado tem que ter a capacidade para exercer as funções de estado, assinando contratos e tratados internacionais. A capacidade está ligada a independência. 
O país não pode estar atrelado ou obedecer às ordens de outro país não possui independência e, por consequência, não é capaz.
O Estado precisa ter uma capacidade para ser considerado como tal, a qual permita-o atuar com liberdade quer interna quer internacionalmente, devendo a sua atuação estar conectada e coordenada com os interesses dos indivíduos que ali habitam e com os do próprio Estado, quando atua ao lado de outros entes soberanos no plano internacional.
A capacidade internacional plena, é oriunda da independência governamental de um Estado é representada no plano internacional pelo poder de PACTUAR (jus tractum), participar de encontros DIPLOMÁTICOS (jus legationis) e de deflagrar GUERRA perante outro Estado quando autorizada pelo Direito Internacional (jus belli).
Finalidade: além dos quatro elementos, o estado sempre terá uma finalidade, que é a busca e o zelo pelo bem comum do seu povo.
É o ELEMENTO SOCIAL do Estado, o qual não aparece na Convenção de Montevidéu, todavia, importante no sentido de considerar o fim do Estado, o qual este deve perseguir em nome de seus cidadãos – que é o BEM COMUM. Ou seja, é o meio para que os indivíduos alcancem os seus fins particulares. Assim, os indivíduos não existem para p Estado, mas o Estado que existe para os cidadãos, devendo proteger e garantir os meios necessários para a sua realização pessoal.
20/03/12
RECONHECIMENTO DE ESTADOS
Assim como todos os organismos e os próprios entes humanos, os Estados também têm o seu processo de desenvolvimento, que começa com o seu nascimento, passa por sua transformação e pode terminar com a sua extinção.
O reconhecimento de estados está sujeito a duas teorias:
Teoria Constitutiva
Diz que tendo os quatro elementos/características o Estado se torna um ente de direito internacional, podendo realizar atos de Estado. Não depende de nenhuma manifestação, apoio ou declaração de outros países.Teoria Declaratória
Diz que além dos elementos constitutivos é exigida uma declaração dando o aceite de outros Estados reconhecendo o surgimento do novo Estado. Pode ser feita pela ONU. 
Esta teoria é a seguida pelo Brasil e pela maioria dos demais países. Ex: o Brasil declarou o reconhecimento da criação de Kosovo, juntamente com outros 68 países, o que contribuiu para emissão da declaração pelo tribunal internacional.
FORMAÇÃO DO ESTADO
Como o Estado se forma:
 
A) Fundação Direta
Consiste no estabelecimento permanente de uma população em um dado território sem dono (terra res nullis), com a instituição de um governo organizado e permanente. 
A.1) Ocupação
I- Anexação de território.
Um país ocupa o outro e não há dono (terra nullis). Não há ninguém dizendo que é dono. 
Segundo passo, é colocar a sua bandeira para indicar que o lugar já foi descoberta. 
Terceiro passo é enviar ata com as coordenadas geográficas para a Coroa.
A coroa, então, comunica à comunidade internacional da descoberta.
Além disto, deve demonstrar o animus ocupandi, comprovando de alguma forma (construções, plantios, etc) que deseja ficar ocupando o novo território.
II- Prescrição aquisitiva (usucapião internacional) ocorre quando não é demonstrado o animus ocupandi, mesmo permanecendo pessoas no local. 
Quando o ocupante deixa a terra ocupada, acontece a terra derelicta, que é terra abandonada e pode outro estado ocupar, voltando a condição de terra nullis. 
De forma natural (não comercial) só ocorre anexação ao território e prescrição aquisitiva se for descoberta terra/ilha nova.
III- Conquista e Anexação
Quando alguém conquista (entrada armada em outro país e declara que será parte do país invasor), parando apenas quando encontra uma “barreira/muro/resistência”. Ex: Federação Rússia conquistando países para a União Soviética; e anexação (invasão a força de território previamente pensado pelo país que deseja anexar aquele espaço de terra). Ex: invasão do Kwait pelo Iraque. 
Como é proibido o uso da força (art. 2º, §4º da carta da ONU) – Pacto Briand-Kellog, 1928, a conquista e a anexação não ocorre mais. 
É autorizado o uso da força apenas em dois casos: em legítima defesa ou autorização da ONU. 
A.2) Acessão (natural e/ou humana)
Acessão natural
Acessão humana 
Consiste num acréscimo ao domínio terrestre do Estado de nova porção de território, em virtude de fatos da natureza (por exemplo o degelo, tornando aeras antes impróprias para a habitação, próprias, permitindo o acesso; o surgimento de ilhotas por meio de lava ou separação de parcela da placa tectônica); por meio de uma ação humana (construções como os aterros, para aumentar a área territorial).
A.3) Cessão
A cessão de território é o ato pelo qual um Estado transfere a outro, voluntariamente, os seus diretos soberanos sobre parte de seu território, podendo ser celebrada a título gratuito ou oneroso. Quando um estado vende parte de seu território a outro estado.
Ex: Bolívia vende o Acre para o Brasil, através do tratado de Petrópolis, 1903. 
O CEDENTE renuncia os direitos sobre o território em favor do CESSIONÁRIO, formalizado por meio de um tratado internacional.
B) SECESSÃO (separação)
Significa separação, porém, a primeira diz respeito as separações ocorridas dentro um cenário de colonização e a segunda fora de tal âmbito.
B.1) Emancipação: meio pelo qual um Estado se liberta de seu dominante, tal como ocorreu no caso das COLONIAS, seja de forma pacífica, seja por meio de rebelião. O país colonizado se torna independente (emancipou-se). Ex: independência do Brasil, em 1822.
B.2) Desmembramento: é a separação propriamente dita de um país em mais de um. Um Estado se separa ou se desmembra para formar outro. Ex: Sudão e Sudão do Sul. Ex²: Kosovo e Sérvia.
C) FUSÃO
Transformação de dois ou mais estados em um, por mútuo acordo. Ex: Tanganiza e Zanzibar, que formaram a Tanzânia. 
26/03/12
(Renato Selayaram)
Sujeitos do Direito Internacional
São três os sujeitos do direito internacional: Estados, Organizações Internacionais e os Indivíduos.
I-Estados
II-Organizações Internacionais
III-Indivíduo
IV-O caso da Santa Sé
V-Coletividades não-estatais: Beligerantes e Insurgentes.
I-ESTADO
Entre os Sujeitos do DI o Estado é o mais importante, pois foi em razão dos Estados que foi criado o Direito Internacional.
O objeto do direito internacional são os Estados, as Organizações Internacionais e Indivíduo.
Segundo a ótica do direito internacional o Estado é o ente político criado/formado pelos elementos território, população e soberania. Existindo estes elementos o Estado está constituído/criado, não necessitando do reconhecimento dos outros Estados. 
O vaticano é um país? Sim. Tem território, tem soberania, mas não tem povo (nacionais), mas tem população (nacionais ou estrangeiros que moram). Portanto, é um Estado “sui generis”, pois é formado por uma população funcional, que moram lá, mas são estrangeiros.
II-ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL (intergovernamental)
Organização internacional é uma associação de Estados. (por analogia é como se fosse um clube). Sua característica principal 
III-INDIVÍDUO
Normas de direitos humanos e de direito internacional humanitário são normas de direito internacional voltadas para regulamentar as relações que envolvem os indivíduos. 
Direitos Humanos é aplicado em tempo de paz e Direito Internacional Humanitário em tempo de guerra. Portanto, o que diferencia um do outro é o período que ele é aplicado.
O que diferencia direitos humanos de direitos fundamentais é que o segundo é o primeiro internalizado na legislação interna do país. 
IV-O caso da Santa Sé
A Santa Sé embora tenha a representação religiosa da igreja e possui personalidade jurídica de direito internacional, podendo praticar atos de direitos internacionais, como assinar tratados que envolvam o Vaticano, não é Estado. O Estado é o Vaticano.
IV-Coletividades não-estatais
1-Beligerantes
2-Insurgentes
O que diferencia beligerante e insurgente é a existência de guerra. Na Beligerância existe uma guerra civil. Na Insurgência há conflitos, mas que não chegam a ser caracterizados como guerra. Ex: manifestações do Egito “primavera árabe” (Insrgência); Guerra dos Farrapos (Beligerantes); Movimento separatista de Irton Marx proclamando a República do Pampa (Insurgência).
27/03/12
(Samuel)
OUTROS ENTES DE DIREITO INTERNACIONAL
- Santa Sé
- Cidade do Vaticano
- Cruz Vermelha
- Ordem de Malta
ONG é pessoa jurídica de direito público? 
Santa Sé
Com o nome de Sé Apostólica (Santa Sé) designam-se o Pontífice, A Secretaria de Estado, o Conselho para os negócios públicos da igreja e os demais organismos da Cúria Romana.
O Embaixador da Santa Sé é chamado de Núncio Apostólico.
Quem administra a Santa Sé é o Secretário. 
A cidade do Vaticano é um país/estado, que tem todo o seu território (44 hectares) e população (1.000 habitantes) dentro da cidade de Roma. Sua língua é o Italiano, mas na santa Sé é adotado o latim.
O Vaticano é uma monarquia (o Papa é o rei), Teocrática e absolutista. Na cidade do Vaticano existem os três poderes, inclusive com Constituição, mas todos agem em torno da Santidade. 
O mandato do Papa é eletivo e vitalício. 
O vaticano pode fazer tratados, mas a Santa Sé pode ter tratados que o Vaticano não tem, pois ela é mais conhecida que o próprio estado do Vaticano.
Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha foi criada a partir da ideia do suíço Hanry Dumant, que depois de ver muitos feridos na guerra de San Verino, decidiu reunir esforços para ajuda-los, independente de qual lado na guerra eles estavam defendendo.
Ordem de Malta
Dado o nome pela origem na Ilha de Malta, esta ordem tem como função cuidar das pessoas doentes que caminham à “terra santa”. 
09/04/12
FONTES DODIREITO INTERNACIONAL
São fundamentos utilizados para embasar as ações junto aos Tribunais/Cortes Internacionais.
O Art. 38 do Estatuto da CIJ define: a Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as controvérsias que sejam submetidas, deverá aplicar:
a) as convenções internacionais (tratados/acordos), sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 
b) o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como direito; 
c) os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; 
d) as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59.
As decisões judiciais aceitas como fonte do Direito Internacional são relevantes para o direito internacional, mesmo que sejam de cortes internas das nações. Ressalta-se que as decisões de nações mais influentes e mais tradicionais serão mais consideradas.
As doutrinas aceitas são de pessoas reconhecidas internacionalmente, como doutrinadores renomados e com número considerável de obras que tratam do assunto, em especial do direito internacional.
Todas as fontes são igualmente importantes, não havendo hierarquia entre elas. Todavia, as Convenções Internacionais e o Costume Internacional são mais utilizados, uma vez que se encontram em maior número.
Nas Convenções Internacionais, que são os acordos ou tratados internacionais, deverão ser aplicados alguns princípios:
a) Princípio da Soberania: para firmar tratado não pode haver ofensa à soberania nacional.
b) Princípio da Igualdade entre Estados: todos os Estados estão no mesmo nível, de forma horizontal, não existindo hierarquia entre eles. São todos iguais.
c) Princípio pro homine: é a observância dos direitos humanos. O Estado tem que respeitar os direitos humanos ao firmar tratado com outro Estado. Ex: não pode assinar acordo que exija carga de trabalho que caracterize o trabalho escravo (atinge a dignidade da pessoa humana).
d) Pacta Sunt Servanda: significa que o que foi acordado no tratado vale entre as partes e deve ser seguido. No entanto, pode renunciar ao tratado. Além disto, tem a possibilidade de deixar de ser cumprido em função da mudança significativa da situação.
No direito brasileiro, estes princípios estão previstos no art. 4º da CF/88.
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
IV - não intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Definição de tratado
Art. 2º, I, da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969): Para fins da presente convenção:
a) "tratado" significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica. 
A Convenção CVDT/69 trata de tratados entre Estados.
A convenção CVDT/86 trata de tratados entre Estados e Organizações Internacionais.
Histórico
Os tratados surgiram para por fim aos conflitos armados, que iniciou em 1280 a.C, tornou-se costume até o século XIX e hoje com a globalização está mais comum.
Tipos
São três os tipos de tratados:
a) Bilaterais: firmados entre dois países. 
b) Multilaterais: quando firmados por mais de 30 países. Ex: Convenção de Genebra.
c) Plurilaterais: quando envolve mais de dois, mas com número não tão significativo. Ex: Mercosul.
Internalização de Tratados
Os tratados devem ser internalizados para terem validade e obrigarem o Estado a cumprir o acordado.
No Brasil os tratados que geram obrigações ou oneram o estado não são auto-executáveis. No Brasil, é preciso passar por alguns passos (cinco passos) para ter validade interna.
Ressalta-se que notas diplomáticas, que não geram obrigações internacionais, podem ser entendidos como auto-executáveis. 
Passos/fases para internalização 
(1, 2 e 5 são fases internacionais. 3 e 4 são fases internas)
1-Negociação: onde são negociados os artigos/cláusulas do tratado.
2-Assinatura: ato formal pela autoridade competente (Presidente da República – art. 84, VII da CF-, podendo transferir poder representantes diplomáticos) pondo fim à fase de negociação, definindo o acordo. Não existe a renúncia de assinatura, pois ainda não há a vinculação ao tratado. 
A pessoa que está autorizada a negociar é chamado de Plenipotenciários, pois detém a carta de plenos poderes. O Ministro das Relações Exteriores não precisa da carta para negociar, embora no ordenamento brasileiro não esteja expressa esta deliberação.
No caso de parlamentarismo, o primeiro ministro também não precisa da carta de plenos poderes.
A carta de Credenciamento informa quais as pessoas integrarão a delegação dos representantes na conferência de organizações internacionais e é dada pelo Ministro das Relações Exteriores. 
No entanto, para negociar devem ter a Carta com Plenos Poderes, dada pelo Presidente da República, conforme art. 84, VII, da CF/88.
Artigo 7º, CVDT/69: “a adoção ou autenticação de texto de tratado, bem como a expressão de consentimento em obrigar-se pelo mesmo, deve ser efetuada por pessoa detentora de plenos poderes”.
3-Referendo (Ratificação): é a passagem pelo Congresso Nacional. É uma mensagem enviada ao Congresso Nacional submetendo o texto à consideração de ambas as casas legislativas. 
Na verdade, esta ratificação é um referendo, pois no direito interno é apenas um passo da internalização. Após a aprovação nas duas casas do CN, será materializada através de um Decreto Legislativo, assinado pelo Presidente do Senado, conforme competência exclusiva disciplinada no art. 49 da CF/88.
No direito internacional ratificação significa passar por todos os cinco passos de internalização dos tratados.
4-Promulgação/Publicação: aprovado o referendo no CN irá uma mensagem ao Presidente da República para que seja promulgado. Acontece esta fase porque não existe um prazo para que o CN faça o seu decreto e por isso, pode ultrapassar o mandato presidencial daquele que enviou. O Executivo emitirá um Decreto para promulgar o texto aprovado pelo CN. Após, será encaminhado o Decreto para publicação no Diário Oficial da União e passará a ter vigor interno. Vigor internacionalmente será com o depósito.
Duas coisas importantes no Decreto: a) previsão de data do vigor internacional, vinculando o país e passando a ter a validade; e b) quando se tratar de emendas ao tratado, o Decreto não substitui o texto anterior.
5-Depósito: ato de tornar público aos países integrantes do tratado que ocorreram as ratificações e que o tratado passará a ter vigor internacional. 
Passando pelas cinco fases terá vigor interno. Para ter vigor internacional, além de passar pelas cinco etapas, é necessário que atinja o número de ratificações (internalização nos países) previstas no próprio tratado, para que ele passe a ter vigor para todos os países signatários do tratado. Ex: art. 126 do Estatuto de Roma (60 ratificações). Enquanto não ratificado pelo país 
não terá para ele validade o tratado, mesmo que já tenha atingido o mínimo por outros países.
Também estará indicado no tratado o país onde será depositado o respectivo tratado. 
Todas as modificações (emendas) ocorridas posteriormente a internalização deverão passar pelos cinco passos novamente.
Uma vez internalizado o tratado, terá força de Lei Ordinária. Quando conflitar com lei ordinária, valerá a lei posterior (art. 2º, §1º, da LICC). Quando uma lei ordinária revoga um tratado internacional, o tratado deixará de valer no âmbito interno,mas continuará valendo internacionalmente. Para deixar de valer no âmbito internacional, o país deverá denunciar o tratado, sob pena de ser responsabilizado caso não seja cumprido internacionalmente.
Os tratados poderão ter vícios ou reservas.
Reserva: é a estipulação por parte de um Estado de que certas cláusulas não serão aplicadas/não serão consideradas para ele. “Essa cláusula o Brasil não vai seguir”. No entanto, o objeto do tratado não pode ter reserva. Caso ocorra, a reserva será nula. Ex: um tratado que fala sobre liberdade de religião, não pode ter reserva sobre uma determinada religião. 
O momento da reserva é na fase interna (referendo ou promulgação/publicação). 
Vício: significa que o tratado pode ser nulo ou anulável pela existência de vícios. O Estado forçado a assinar o tratado por coação/ameaça, estado de necessidade ou por força maior. O vício pode ocorrer em uma parte ou cláusula do tratado.
Quando o país é compelido a cumprir uma cláusula do tratado e ele não cumpre, pode gerar uma obrigação internacional e o país responderá na Corte Internacional. Entretanto, se a assinatura foi com vício não haverá a punição do país que não cumpriu.
Renúncia ou Denúncia de Tratado: quando um país não quiser mais fazer parte do tratado pode renunciar ou denunciar ao tratado. Para isto, é necessário que seja feita uma Nota Diplomática (mensagem) no mesmo país de depósito. A partir da data do depósito o tratado passará a não ter mais validade para o país. É ato do Presidente da República, do Ministro das Relações Exteriores ou de detentores da Carta de Plenos Poderes, sem necessidade de autorização do Congresso Nacional.
Portanto, tem que cumprir o tratado, não podendo alegar norma de direito interno para não aplicar tratado (art. 27, CVDT).
Tratados de Direitos Humanos
A nossa constituição (Art. 5º, CF/88) diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, estendendo aos tratados:
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela EC nº 45, de 2004).
16/04/12
Prova
17/04/12
Todos os tratados que não são de Direitos Humanos irão entrar no ordenamento interno como uma Lei Ordinária. Caso haja uma lei interna que trata do mesmo assunto, o tratado (internalizado) revogará a esta lei anterior. A fundamentação está na LICC, art. 2º, §1º. 
Caso ocorra a edição de uma lei posterior que conflite com o tratado anterior, o Brasil deverá denunciar o tratado, sob pena de cometer um ilícito internacional por violação de tratado internacional. 
Caso o Brasil não denuncie e cometa o ilícito internacional, uma organização não governamental brasileira poderá levar o assunto à Corte Interamericana (se for desta alçada, como no caso do pacto de San José da Costa Rica), mas na Corte Internacional de Justiça não poderá ser levado, pois somente Estado poderá representar nesta corte. O assunto chegaria à CIJ se outro país, mesmo que representando um indivíduo, leve faça a queixa.
O CTN, como é uma Lei Complementar e não poderia ser alterada por Lei Ordinária, para reconhecer a força do tratado internacional, prevê no seu art. 98 a possibilidade de ser alterado por tratado.
Quando se tratar de Direitos Humanos, algumas regras são diferenciadas. 
Tratados de Direitos Humanos 
Os Tratados que versem sobre Direitos Humanos aprovados no Congresso Nacional terão caráter supralegal (acima das leis ordinárias e abaixo da CF). No entanto, caso a aprovação nas casas legislativas do Congresso for, em dois turnos, por 3/5 dos seus membros, será equiparação de Emenda Constitucional (art. 5º, §3º da CF).
As fontes de Direito Internacional não possuem hierarquia entre elas, mas há uma distinção entre normas primárias e secundárias. Tratados e costumes serão caracterizadas como normas primárias e Princípios de Direito e Decisões ou Doutrinas como normas secundárias.
COSTUME INTERNACIONAL
É a fonte mais antiga do Direito Internacional. O costume Internacional terá duas características: Prática Reiterada e Opinio Iuris et necessitatis. 
A prática reiterada é o elemento objetivo. Reiterada significa que seja repetida pelo Estado em suas várias intervenções, criando-se o hábito por parte dos autores em realizar ou se abster de realizar determinada conduta. 
No entanto, repetir se difere de durar prolongadamente. Isto quer dizer que para ser costume não é necessário que ele exista a muitos anos, bastando que a prática do Estado seja sempre a mesma (Ex: apito de navio sempre que um cruza pelo outro), mesmo que não de forma uniforme por todos os Estados (Ex: definição de mar territorial da Noruega). 
O Opinio Iuris et necessitatis é o elemento subjetivo do costume, ou seja, o Estado tem aquela conduta não escrita como correta e de cunho obrigatório (sentimento de obrigação de aplicar o costume). É a convicção que o Estado tem de que aquilo que se pratica deve ser realmente cumprido. Os atores, portanto, seguem a prática habitual não porque há uma convenção que os obriga a tal, mas porque é de seu entendimento (crença/consciência) que tal ato é o correto e justo, devendo ser, portanto, seguido (gerando, por força da sua convicção, uma obrigatoriedade).
Normalmente quem alega tem o ônus da prova. No caso do costume é ao contrário. Quem alega o costume internacional não precisa provar, ficando o ônus da prova com aquele que não o reconhece. 
O costume local pode ser aplicado no direito internacional. Frisa-se que a extensão geográfica do costume pode ser universal (abrangendo um número grande de países), regional (um numero menor de países) ou até mesmo local (um país), mas todos sendo aceitos no âmbito internacional para justificar uma conduta de um Estado, posto que o que importa é a prática reiterada e a convicção do Estado em realizar uma determinada conduta. Por força disso, a Corte estabeleceu no caso Haia de la Torre [2] que o costume não precisa abranger todos os países.
Novo costume internacional: pode existir o surgimento de um novo costume. Para isto é preciso que tenha as duas características (prática reiterada e o sentimento de obrigação), mesmo que ele não seja praticado a vários anos.
Persistent Objector: quando um país sempre aplicou uma regra e não aceitou a regra definida por outros países, mesmo que a comunidade internacional tenha outra regra, o costume legal deverá ser considerado como normativa para ele. Este país será considerado Persistent Objector (objetor persistente). Fica claro que este elemento ocorre quando um Estado não aceita o costume internacional/regional vigente, sempre se opondo ao seu conteúdo ou a sua existência.
23/04/12
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
 
Diz respeito ao reconhecimento dos princípios aceitos pela sociedade internacional, em seu conjunto, como formas legítimas de expressão do DIP, utilizadas para suprir lacunas. Os princípios podem ser oriundos de direito interno ou do próprio direito internacional. 
Apesar das normas internas dos Estados normalmente serem distintas, os princípios normalmente são os mesmos, fato este que atesta a sua utilização pelo Direito Internacional. Todavia, tal como a Corte afirmou na decisão sobre o Sudoeste Africano em 1950, os princípios quando não oriundos originalmente do próprio direito internacional, devem adaptar-se ao ambiente do direito internacional – não sendo possível empregar uma argumentação principio-lógicade direito interno, se o direito internacional (e a situação concreta), não admitir a sua utilização.
 
DECISÕES JUDICIAIS
 
É meio auxiliar para a determinação das regras do direito (de aplicação secundária). Isso porque, a jurisprudência, na verdade, não cria o direito por, mas o interpreta. 
As decisões judiciais, constantes no artigo 38(d) do Estatuto da Corte dizem respeito aos precedentes da própria Corte, das decisões de outros Tribunais Internacionais (como a Corte Europeia de Direitos Humanos, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, o Tribunal Penal Internacional para Ruanda, o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, o Tribunal Internacional do Mar, o Tribunal Penal Internacional, os Órgãos de Solução de Controvérsia do Mercosul e da OMC, etc.), bem como as decisões das mais altas cortes dos Estados.
 
Interessante ressaltar que não há teoria formal de stare decisis. Ou seja, em direito internacional as cortes não são obrigadas a seguir suas decisões ora julgadas (precedente obrigatório), apesar de normalmente seguirem, normalmente, o seu entendimento. Ademais, conforme o art. 59 do Estatuto da Corte, as decisões só vinculam as partes que participaram da lide (incluindo os terceiros interessados – art.63), isto é, só para estas se faz obrigatória. 
EX: quando temos a mudança de um costume, ou há um tratado posterior que modifica uma determinada matéria, em que a Corte poderá se distancia de um julgamento proferido anteriormente.
 
Aliás, note-se que as decisões judiciais internas de um Estado são um ótimo exemplo de prática reiterada, para atestar um costume.
 
DOUTRINA
 
Ao lado da jurisprudência dos tribunais, dos juristas mais qualificados também é fonte de direito internacional (auxiliar). Os grandes doutrinadores, somado aos grandes centros de estudiosos, como a Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas e a Academia de Direito Internacional de Haia, formam um aporte secundário para a interpretação da norma jurídica internacional, quando obscuridades fazem-se presentes. 
Decisões de Tribunais Arbitrais Internacionais normalmente utilizam a doutrina. Na Corte Internacional de Justiça, nas decisões, normalmente não se utiliza – o que é diferente das opiniões dissidentes de certos juízes da Corte, os quais utilizam para fundamentar seus entendimentos contrários/diferentes.
Novas (ou outras) fontes do Direito Internacional - estas não estão listadas no art. 38
ATOS UNILATERAIS 
Entende-se por ato unilateral do Estado a manifestação de vontade inequívoca deste, formulada com a intenção de produzir efeitos jurídicos nas suas relações com outros Estados ou Organizações Internacionais, com o conhecimento expresso destes.
 
Esses atos podem criar direitos e obrigações no plano internacional e são realizados por meio de uma declaração pública a qual não se traduz numa proposta contratual nem depende de compromisso recíproco assumido pelos Estados (tal como um tratado) – criando efeitos jurídicos a partir do seu pronunciamento, vinculando o Estado que a proferiu.
 
O ato unilateral segue o princípio do acta sunt servanda, segundo o qual todo ato unilateral em vigor obriga os Estados que o formularam e deve ser por eles cumprido de boa-fé. 
Ex: A França, quando realizava testes nucleares nas proximidades da Austrália e Nova Zelândia, por meio de seus representantes, realizou várias manifestações e de proferiu várias declarações no sentido de que pararia com os testes – o que, na verdade, não o fez. Uma vez tendo declarado/prometido, e não realizado, realiza um ilícito internacional, ou seja, descumpre uma obrigação (com a qual tinha se autovinculado por intermédio de um ato/declaração unilateral) e por força disso foi levada junto a CIJ em 1974 (caso dos Testes Nucleares).
Ressalta-se, porém que o art. 38 do Estatuto da Corte não menciona os atos unilaterais entre as fontes possíveis do direito internacional público, assim como poucos autores lhe concedem essa qualidade, ficando a maioria com o entendimento de que são apenas meros atos jurídicos.
JUS COGENS – (obrigatória, peremptória indegorrável).
Conjunto de normas que, no plano do direito das gentes, impõem-se objetivamente aos Estados, a exemplo das normas de ordem pública que em todo sistema de direito interno limitam a liberdade contratual das pessoas. 
Estas regras somente serão substituídas por normas de igual equivalência. 
Ou Seja, são normas inderrogáveis, imperativas, estão listas no Pacto de são José, art. 27 da CIDH entre outros.
Diferença entre normas peremptórias e normas Erga omnes:
Diferenciam pois estas buscam a efetividade não só a um – porem a todos.
Há um entendimento de que as normas jus cogens tem preferência em escala de hierarquia.
ATOS UNILATERIAS DOS ESTADOS
São os atos e manifestações do próprio Estado que ele esta obrigado a cumprir. Ou seja a declaração do Estado pode vincular o país a determinada conduta, assim declarações são relevantes para a mobilização de um país na intervenção em outro Estado.
SOFT LAW
É um direito flexível que não gera uma obrigação ao Estado, sendo tratada como mera recomendação. Ex: aplicação do princípio da precaução na questão ambiental. Toda matéria de direito ambiental internacional, com exceção do protocolo de Quioto, é Soft Law. 
Apenas em caso de violação há um dever moral de seguir aquela normativa. 
O direito rígido é chamado de Hard Law, que é vinculante/obrigatório.
ATOS DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS (resoluções)
São consideradas como fontes do direito internacional.
São diretivas internacionais aprovadas por maioria que vincula todas as partes integrantes do acordo, mesmo que existam algumas que votaram contra. Normalmente trata de admissão, Expulsão, Orçamento, etc. 
Exceção: Conselho de Segurança das Nações Unidas (quando emitidas com base no capítulo XII e veto). Neste caso não vale apenas a maioria, pois um voto contrário de país com direito a veto impedirá a validade da normativa. No caso de não aplicação da resolução do conselho de segurança, com base no capítulo VII da Carta da ONU, oferece o direito de ingerência sobre a soberania dos Estados. 
MAR TERRITORIAL
Mar Territorial é a faixa marítima que banha o litoral de um Estado e onde, até um limite prefixado, o mesmo exerce sua jurisdição e competência. Trata-se de uma zona intermediária entre o alto-mar e a terra firme (de domínio exclusivo do Estado costeiro), cuja existência encontra-se justificada pela necessidade de segurança, conservação e defesa do estado ribeirinho, bem como por motivos econômicos (navegação, cabotagem, pesca, etc.) e ainda, de polícia aduaneira e fiscal. Qualquer que seja o sistema adotado, o mar territorial interessa particularmente ao Estado no desempenho dessas relevantes atribuições internacionais. 
Conforme disposição 2º da Convenção de Montego Bay, a soberania do Estado estende-se além de seu território e das suas águas interiores a uma zona de mar adjacente designada pelo nome de Mar Territorial, o qual tem natureza jurídica de parte integrante do território do Estado.
Ressalta-se que o espaço aéreo sobre o mar territorial e a faixa de terra coberta pelas águas recebem o mesmo tratamento deste em relação à soberania do Estado.
A mesma Convenção de Montego Bay definiu no artigo 3º que a extensão do mar territorial é de 12 milhas marítimas, medidas a partir da linha de baixa-mar (maré-baixa) do litoral continental e insular brasileiro.
ZONA CONTÍGUA: art. 33 da Convenção de Montego Bay a zona é a faixa de 24 milhas ( doze mais 12) contados da linha de base imediatamente seguintes a faixa do mar territorial, na qual o Estado costeiro tem o direito de tomar medidas de fiscalização que julgar convenientes na defesa de seu território, exercendo o necessário controle no sentido de prevenir ou punir infrações aos regulamentos aduaneiros, fiscais, sanitários, de imigração e de segurança, quer tenhamsido tais infrações cometidas em seu domínio terrestre ou no mar territorial. A Zona Contígua é considerada alto-mar e o Estado ribeirinho não tem a plenitude da soberania sobre ela.
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA
A Zona Econômica Exclusiva do Brasil é definida pela lei 8617/93 é a faixa a partir do mar territorial, (art. 55) na qual é feita a administração econômica. No caso brasileiro é de extensão 188 milhas marítimas. A ZEE contada da base costeira é de 200 milhas.
A Zona Econômica Exclusiva pode (art. 56) ser utilizada por embarcações estrangeiras, inclusive para pesca, mas devem obedecer às regras definidas pela legislação brasileira. Nesta zona a jurisdição é relativa, pois a soberania não é 100%. Por exemplo: embarcações que fazem cruzeiros e tem cassinos a bordo, enquanto estão na ZEE brasileira não podem funcionar, porque no Brasil o jogo é proibido.
PLATAFORMA CONTINENTAL ( art. 76) : é o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. Pode ser estendida até 355 mm – item 5 do art. 76 – além destes limites pode ser ultrapassado este limite desde que sob autorização Comitê das Nações Unidas do direito do mar.
Art. 77 - direitos dos atos costeiros sobre a plataforma continental - organismos vivos e não vivos. 
Art. 80 da convenção de MontegoBay – ilhas artificiais e estruturas na plataforma continental. 
Passagem pacífica ou inocente x passagens com fins militares.
24/04/12
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DOS ESTADOS
Não existe um tratado que trate da responsabilidade internacional dos Estados, mas o projeto da Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, embora não tenha concluída a votação e ainda não virou tratado (não foi nem assinado), é utilizado para se balizar, como costume, no embasamento das ações internacionais.
O que gera a responsabilidade internacional do Estado é a soma de Ato Ilícito, Nexo Causal e Dano.
Ato Ilícito: é a quebra de compromisso internacional livremente assumido por sujeitos de DIP. Ex: violação ou descumprimento de tratado, como o pacto de San Jose da Costa Rica.
Nexo Causal: é imputar o ato ilícito a um sujeito do DIP.
Dano: é a ocorrência de um prejuízo, seja de ordem material ou imaterial (de cunho moral – dano moral.
Para o ingresso na Corte Internacional é necessário esgotar todas as possibilidades internas. 
Responsabilidade Objetiva
O Estado não responde somente pela responsabilidade subjetiva, cometida por ele diretamente ou indiretamente.
O Estado responde objetivamente em casos específicos, que são sempre previamente estabelecidos por meio de tratados internacionais, como:
a) Danos nucleares; e
b) Quedas de objetos espaciais:
O ato do estado representar o seu indivíduo para buscar a reparação/indenização é chamado de Proteção Diplomática.
Só não vai ser responsabilizado no caso de haver uma excludente de ilisitude
Responsabilidade Subjetiva
Quem comete atos que ensejam a Responsabilidade Internacional dos estados pode ser o próprio Estado, mesmo que com delegação aos seus agentes (diretos) ou por pessoas que não lhe representa (indiretos).
Atos Diretos (ação): são aqueles atos contrários às obrigações internacionais cometidos pelos órgãos e agentes do Executivo, Administrativo ou Judiciário, visto que agem em nome do Estado (exercem função pública, nos limites da competência delegada pelo Estado). Ex: Judiciário deixa de apurar um crime (ação direta de omissão); Legislativo faz uma lei que contrarie uma obrigação internacional; Executivo que expulsa estrangeiro sem motivação ou ofensa a outro chefe de estado.
Estes são atos que levaram o Estado brasileiro a receber sanção internacional. Estes atos podem ser cometidos no território nacional ou no estrangeiro.
Atos Indiretos (Omissão): são aqueles atos contrários às obrigações internacionais cometidos por indivíduos e organizações internacionais, os quais não representam o Estado. Ocorre quando o Estado não age diligentemente na prevenção e na repressão de tais atos (tal como a situação exigia). Ex: uma pessoa que queima uma bandeira de outro país e o Estado brasileiro não faz nada para impedir ou reprender. Ex: empregado de organização internacional que não recebe os direitos e condições trabalhistas e o Brasil, sabedor do caso, não faz nada para coibir.
Estes atos podem ser cometidos contra outro Estado ou indivíduo estrangeiro.
Excludentes de Ilicitude
São quatro as principais causas de exclusão da ilicitude, embora possam existir outras que são utilizadas após as principais.
a) Consentimento: o Estado consente, por meio de tratado, com outro na realização de um ato que normalmente é ilícito. Ex: fazer testes nucleares (ilícito), mas por acordo o país onde será feito o teste consentir. Quem não consentiu e foi lesado poderá reclamar se foi lesado.
b) Autodefesa: o Estado sofre um ilícito e pode “revidar” dentro do permitido pelo DIP (carta da ONU permite o revide em casos de ataques sofridos, sanções econômicas). Ex: ações contra o terrorismo internacional, mas sempre observando a proporção,............... e imediatez. 
Uso da força é proibido - a ameaça ou o uso da força - Carta da ONU art. 2º § 4º. No entanto com a autorização da ONU no capítulo 7º 39 ss a exceções: sanções econômicas e legítima defesa – art. 51 da carta da ONU – direito de represália – individual, coletiva, antes do conselho de segurança se manifestar ou com a anuência deste. Se a resposta for não, ou seja o conselho não se manifestou ok para a auto defesa. Se o conselho de segurança já se manifestou somente poderá haver represália com a autorização do Conselho.
Esta represália deverá ser proporcional ao dano causado. A desproporcionalidade gera a responsabilidade internacional. 
c) Força Maior: Estado não age em conformidade com a obrigação internacional por um evento imprevisível, irresistível ou fora de controle. 
d) Necessidade: não há outra maneira de o estado resguardar um interesse essencial contra uma situação de perigo imediato. Ex: necessidade de explodir um navio que estava com vazamento de óleo, evitando dano maior. 
Consequências da Responsabilização da Corte Internacional
São três as consequências da responsabilização, sendo exigida preferencialmente na ordem sequencial, quando uma não foi possível será realizada a outra, muito embora possa-se cumular a responsabilização.
1ª) Restituição: restituir a situação existente antes do ato, caso seja materialmente possível e proporcional. É voltar ao status quo anterior. Sempre é avaliado o caso, pois em muitos deles pode ter outras situações decorrentes daquele ato.
Exemplo: voltar a situação anterior, destruir uma fabrica que polui para voltar ao status quo. Mas destruir um empresa pode não ser proporcional, pois foi empregado milhões na construção. Assim procede-se a compensação.
2ª) Compensação: não sendo possível a restituição, faz-se a compensação, que é compensar os danos causados, cobrindo os danos financeiros (lucros cessantes e danos morais).
3ª) Satisfação: não sendo possível as consequências anteriores, é feita a satisfação, que é a reparação excepcional de caráter simbólico. Declaração de arrependimento, desculpas formais e reconhecimento de infração. 
Para o ato de pedir desculpas deve cumprir determinadas formalidades: nota diplomática.
Na corte interamericana geralmente é aplicada a compensação e a satisfação de forma cumulativa, pois muitas vezes envolve indivíduos.
Obs: 
Responsabilidade Internacional Estado x Estado
Por violação de uma obrigação internacional as quais estão inseridos nas fontes de DIP. O Estado pode representar o seu nacional, caso seja de seu interesse por intermédiodiplomático.
Corte Internacional de Justiça
Regional: Indivíduo x Estado – que cometeu a violação Regional – Violação ao Pacto de São José da Costa Rica.
Plano Europeu
Plano Interamericano e africano . É indireta pois o indivíduo não pode reclamar diretamente necessitando de ajuda de ONG – as ONGs irão levar os casos para a comissão ( interamericana ou Africana) para que esta possa agir contra o Estado de forma preliminar. Caso este não responda a comissão daí o caso será levado a corte. 
A comissão – nos casos em que a comissão age tal como a MP e representa o indivíduo contra o Estado.
Comissão Interamericana de Justiça
Corte Interamericana – pode dar uma sentença.
Corte Africana
07/05/12
IMUNIDADE DO ESTADO
Teoria clássica						
Imunidade total						
Par in paren non habet judicium/ imperium		
Imunidade p/ qualquer ato do Estado em outro Estado
Perda: por renúncia
Teoria prevalecente até os anos 60
Teoria Moderna
Imunidade parcial
Atos de império atos de gestão
Imunidade apenas p/ atos de império
Império: renúncia/ gestão: Não
Após anos 60 – BR: CF/88
Imunidade de execução
Majoritária: uso comum
Atos de império não atos de gestão sim (minoritária).
Hipóteses: negociações diplomáticas, revogatória, renúncia, execução sem bens não afetos ao serviço exterior. 
Trata-se de imunidade de jurisdição de um Estado sobre o outro.
“A jurisdição das cortes é um ramo do que a nação possui como um poder soberano e independente”. 
“A jurisdição não é susceptível de qualquer limitação senão [aquela] imposta por ela mesma”.
“Qualquer restrição a ela, que derive sua validade de uma fonte externa, implicaria numa diminuição de sua soberania.”
REGRA COSTUMEIRA: Par in parem non habet judicium (nenhum estado soberano pode ser submetido à justiça de outro contra a sua vontade). 
REGRA COSTUMEIRA (pós 1970): é preciso fazer a distinção entre JURI IMPERII e JURI GESTIONIS.
JURI IMPERII 
Administração interna (expulsão de estrangeiro);
Atos legislativos (leis sobre nacionalidade);
Atos das forças armadas;
Atos da atividade diplomática;
Empréstimos contraídos no exterior, etc.
JURI GESTIONIS
Age como comprador/vendedor de produto (contrato de compra e venda);
Ações relativas a um estabelecimento comercial, industrial, exploração (estrada de ferro);
Quanto ao respeito de leis trabalhistas (faxineira local da embaixada).
*Código Bustamante: art. 333 e 334 (imperii).
*Art. 335 (gestionis) [c/c. arts. 102(I) e 109(II)(III) – CF/88]. 
*1ª Convenção Internacional que aborda a matéria: Convenção de Basileia – a convenção europeia sobre imunidades do Estado de 1972.
*No âmbito da ONU: Convenção sobre Imunidades Jurisdicionais do Estado e de seus Bens de 2004 (30 ratificações para vigor internacional – 13 só ratificaram até hoje).
*Art. 10 a 17: http://dre.pt/pdf1s/2006/06/117A00/43444363.pdf
MATÉRIA TRABALHISTA
EC/45 – inseriu art. 114(I) na CF, competindo a justiça do trabalho para apreciar casos contra de entes de direito público externo.
Art. 42/CC – entes de direito público externo são os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo DIP.
O Estado estrangeiro não tem imunidade trabalhista (quando contrata alguém para trabalhar na embaixada ou no consulado).
COMPETÊNCIA ≠ JURISDIÇÃO!!
IMUNIDADE DE EXECUÇÃO
*CVRD/61 – Art. 32 (§4): A renúncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações cíveis ou administrativas não implica renúncia à imunidade quanto às medidas de execução da sentença, para as quais nova renúncia é necessária.
*O que não pode ser executado? Bens usados para os serviços diplomáticos e consulares (desafetados). Ex.: Vila Vigoni, caso Alemanha vs. Itália – CIJ, 2012. 
*CVRD/62: Art. 22 ; CVRC/63: Art. 31.
*Outros remédios? carta rogatória (solicitando o pagamento) ou até bloqueio de contas-correntes (quando usada p/fins mercantis). 
*Art. 19 da Convenção de 2004 da ONU sobre Imunidade.
TRT – AP 00611-2008-001-10-00-5 - 3ª Turma/2011
ESTADO ESTRANGEIRO. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. FASE EXECUTIVA. CARÁTER RELATIVO. BENS AFETADOS ÀS ATIVIDADES DE IMPÉRIO. IMPENHORABILIDADE. ESTADO ESTRANGEIRO. DEVIDO PROCESSO LEGAL. CRITÉRIO DE DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA. 
Ao comparecer perante a jurisdição nacional, o Estado estrangeiro deve observar as regras e procedimentos previstos na legislação processual, editados de forma soberana pelo Estado acreditado (CF, art. 5º, LIV). Disso decorre que a aplicação de institutos processuais da legislação nacional, relativos aos critérios e parâmetros de distribuição do ônus da prova, não configura infração a preceito de normativo internacional, relativo à imunidade de execução, antes traduzindo simples expressão da soberania do Estado acreditado. Para afastar a possibilidade de apreensão de bens em sede de execução de sentença de créditos trabalhistas — gravados de caráter alimentar e integrantes do rol de direitos humanos fundamentais (CF, arts. 6º e 7º) —, deve o ente público executado comprovar, de forma clara e insofismável, que os bens indicados estão afetados à missão consular ou diplomática. Detectado o equívoco da imputação desse ônus ao Exequente, inclusive por aplicação do critério doutrinário da aptidão para a prova, cabe determinar o retorno dos autos à origem, para retomada do curso executivo legal, como entender de direito o d. juízo primário. 
AGRAVO DE PETIÇÃO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
08/05/12
IMUNIDADE DE INDIVÍDUOS
Objetivo: a imunidade de jurisdição de indivíduos surge a fim de garantir a independência e estabilidade dos representantes do Estado no exterior, para que desfrutem de prerrogativas especiais, as quais são inerentes ao cargo ou função de que estão investidas.
Escopo: criminal, civil e fiscal.
Quem são estes indivíduos: Chefe de Estado e de Governo, Ministros das Relações Exteriores e Agentes Diplomáticos.
Ressalta-se que há diferença entre Diplomata e Cônsul.
Pode haver mandado de prisão para presidente para fosse a julgamento em outro país por crimes contra a humanidade e de guerra? Não!
Quando pessoas que tenham imunidades, mesmo presidentes, e que cometeram crimes do art. 5º do TPI (Estatuto de Roma) terão a sua imunidade retirada para serem julgados pelo TPI. 
No entanto, somente o TPI poderá emitir mandado de prisão contra as pessoas com imunidades e não outro Estado.
Há Impunidade? Não! 
(chefe da missão = 102(I)(c) CF/88; interesse da união = 109(IV) CF/88).
CASO ICJ – Arrest Warrant (‘Mandado de Prisão’), entre Congo e Bélgica de 2002:
A professora pulou esta parte e foi para Direitos Humanos.
IMUNIDADE DE DIPLOMATAS
(CVRD/61 – arts. 20 a 42)
A Missão Diplomática abrange Diplomatas e quadro técnico.
A imunidade do Diplomata é em todos os momentos e abrange a sua família, desde que nacionais do país de origem.
O quadro técnico também tem imunidade jurisdicional quando no exercício da função.
O Diplomata representa o Estado de origem junto ao Estado que se encontra (Embaixador) para assuntos de Estado.
Três tipos de Garantias do Diplomata:
Inviolabilidade Pessoal e Domiciliar: é garantido o sigilo pessoal e de correspondência, inclusive o seu automóvel.
Imunidade Jurisdicional: independente do crime, o diplomata não será julgado pelo Estado que ele tiver cometido o crime e sim pelo seu Estado. A imunidade não pode ser renunciada pelo próprio Diplomata, mesmo que ele desejasse se submeter ao julgamento pelo Estado estrangeiro. Apenas o Estado de origem pode renunciar a imunidade.
Isenção Fiscal: isenção de tributos diretos, mas pagará os indiretos.
TPI - art. 27 § 2: As imunidades não obstam que esse tribunal exerça a sua jurisdição sobre tal pessoa.
Persona non grata: mesmo que não seja julgado pelo Estado estrangeiro, o Diplomata poderá ser considerado pessoa não grata, que lheobriga a sair daquele estado. Portanto, se equivale a uma expulsão. Esta qualificação deve ser de forma expressa (Decreto).
IMUNIDADE DE CÔNSULES
O Consul tem as mesmas garantias do Diplomata, mas somente quando no exercício da sua função. A imunidade é só para o Cônsul, não estendendo à família, e apenas no exercício da função.
Tem uma Convenção específica para tratar do assunto: CVRC/63 – arts. 31 a 35 e arts. 40 a 71.
O Cônsul representa o Estado de origem para fim de tratar de interesses privados, em especial dos seus compatriotas que lá estão.
Três tipos de Garantias:
Inviolabilidade Pessoal e Domiciliar: é garantido o sigilo pessoal e de correspondência, inclusive o seu automóvel.
Imunidade Jurisdicional: independente do crime, o Cônsul não será julgado pelo Estado que ele tiver cometido o crime e sim pelo seu Estado. 
Isenção Fiscal: isenção de tributos diretos.
Persona non grata: mesmo que não seja julgado pelo Estado estrangeiro, o Cônsul poderá ser considerado pessoa não grata, que lhe obriga a sair daquele estado. Portanto, se equivale a uma expulsão. Esta qualificação deve ser de forma expressa (Decreto).
Renúncia à Imunidade: Somente o Estado de origem pode renunciar à imunidade penal e civil que gozam seus representantes diplomáticos e consulares. A renúncia feita em processo de conhecimento não atinge a execução, sendo necessária nova renúncia.
DIREITOS HUMANOS
Os direitos humanos nasceram dos direitos naturais, que foram evoluindo historicamente e foram ao longo do tempo se positivando em função das disputas sociais entre os Estados.
Definição: “Direitos Humanos são um conjunto mínimo de direitos necessários para assegurar a vida digna do ser humano aonde quer que este esteja, abrangendo os direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais, os quais são atribuídos a qualquer indivíduo”.
Origens Históricas
1215 – Carta Magna: O Rei João sem Terra elaborou a carta magna que trazia direitos dos seres humanos, entre eles que o indivíduo não poderia ser encarcerado sem razão (de forma arbitrária).
1628 – pettiions of: como continuava pessoas sendo presas arbitrariamente foi elaborada este documento ratificando os termos da carta magna.
1689 – Bill of Rights: ao invés de continuar dizendo que não poderiam prender, criaram uma limitação do poder do monarca, dizendo que ele não poderia prender o indivíduo de forma arbitrária.
1776 – Declaração de Independência dos EUA: constava liberdade do ser humano, da religião, igualdade, da imprensa, entre outros.
1789 – Revolução Francesa: com a queda da bastilha e o surgimento da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, foram colocados muitos direitos humanos.
1917 – Constituição Mexicana: trouxe alguns direitos sociais
1919 – Constituição de Weimer: introduziu os direitos da constituição Mexicana e ampliou os direitos sociais.
1945 – ONU
1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos- DUDH
1966 - PIDCP + PIDESC (Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos + Pacto Internacional dos Direitos Econômico, Social e Cultural).
1993 – Convenção de Vienna
Elementos Básicos
1- Irrenunciáveis
2- Universais
3- Peremptórios
4- Não se aplica o Persistent Objector
5- Imprescritíveis
6- Indivisíveis
14/05/12
Renato Salaryam
DIREITOS HUMANOS
I- Noções Gerais
1-Conceito: conjunto de direitos que tem por objetivo a proteção da integridade física e psicológica do indivíduo. Foram criados como uma forma de impor limites da violência do Estado contra o cidadão.
Direitos Humanos é o conjunto mínimo de direitos necessários para assegurar a vida digna do ser humano, abrangendo direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais atribuídos a qualquer indivíduo. 
Também podemos incluir outros direitos, além da proteção da integridade física e psicológica e os citados no conceito mais amplo (acima), tais como o de liberdade de expressão, dignidade humana, discriminação, acessibilidade e muitos outros que foram criados ao longo da história.
Em tese, os direitos humanos são os mesmos direitos fundamentais, diferenciando-se apenas no fato de que os fundamentais são os direitos humanos internalizados no direito interno.
2-Breve Histórico: começou-se a falar de direitos humanos após a 2ª guerra mundial, mas violações aos direitos humanos existiram muito antes disto. A violência é própria do ser humano e sempre que sofremos violência ocorre a violação dos direitos humanos. Entretanto, normalmente, foi indivíduo x indivíduo ou Estado x Estado.
É considerada a 2ª guerra mundial o desabrochar das discussões de direitos humanos em função de ser ápice da violência contra o ser humano (a gota d’água), uma vez que o Estado promoveu a maior violação dos direitos humanos conhecida pela humanidade.
a) Magna Carta – 1215: é o primeiro instrumento que trouxe a previsão de direitos humanos, assinada pelo Rei João sem Terra, por uma imposição dos nobres, que exigiram, sobretudo, a proibição de estabelecer impostos sem a concordância destes nobres. 
b) Petition oh Rights e Bill of Rights – 1628: foram também instrumentos que colocaram limites ação dos monarcas.
c) Revolução Francesa – 1789: é um marco quanto aos direitos humanos. O povo não aguentava mais lutar para se manter vivos, enquanto os nobres e membros da igreja viviam em fartura. A queda da bastilha foi o início da Revolução Francesa, que foi feita para tentar garantir direitos aos pobres.
d) Constituição Mexicana – 1917: esta constituição foi o primeiro texto constitucional a trazer benefícios sociais. Depois foi seguida pela Constituição de Weimer.
e) DUDH – 1948: A comissão de direitos humanos da ONU, que não é um órgão jurisdicional, faz estudos e sugestões quanto aos direitos humanos. Uma delas foi a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
f) PIDCP + PIDESC – 1966: (Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos + Pacto Internacional dos Direitos Econômico, Social e Cultural).
g) Convenção de Viena sobre DH – 1993
3- Características
a) Irrenunciáveis: ninguém pode exigir que sejam renunciados os direitos humanos
b) Universais: valem em todo o território.
c) Imprescritíveis: não possuem prazo de validade.
d) Indivisíveis: embora sejam diferentes, são indivisíveis.
II- Sistema Global
Compreende aquelas normas que tem abrangência em todos os continentes. Entre eles:
1- DUDH: é o principal instrumento da globalização dos direitos humanos. Embora nunca tenha entrada em vigor na forma de tratado, pois não cumpriu todos os requisitos, é amplamente utilizada na forma de costume internacional. 
2- Comissão de DH da ONU
Além destes, também fazem parte do sistema global os pactos internacionais e a Convenção de Viena
III- Sistemas Regionais
Normas que atingem apenas alguns continentes. Os mais importantes são:
1- Europeu: 
2- Interamericano: 
(o Pacto de San José da Costa Rica é um dos principais instrumentos regionais, sendo incorporado ao nosso sistema jurídico).
A principal diferença entre o sistema Europeu e o Interamericano é a facilidade de acesso direto à Corte de Direitos Humanos (Européia).
No sistema Interamericano tem duas instâncias: a Comissão Interamericana de DH, que não é um órgão jurisdicional e que funciona como uma triagem, (abrirá o processo e buscará informações e esclarecimentos junto ao Estado e à parte violada) e que posterior encaminhará à Corte Interamericana de Direitos Humanos, que é composto por juízes e, portanto, órgão jurisdicional.
A corte tem duas funções (consultiva, na qual qualquer Estado pode fazer consulta sobre a aplicação de alguma norma e contenciosa, na qual os Estados que assinaram/aceitaram são julgados pela referida corte).
Normalmente, o julgamento resulta em aplicação de uma pena pecuniária.
Como somente o Estado pode violar direitos humanos,

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