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HISTÓRIA DA REPORTAGEM 
NO BRASIL
Profa. Ms. Ana Camilla Negri
4/3/2010
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INÍCIO DA IMPRENSA NO BRASIL
13 DE MAIO DE 1808: Inauguração da Impressão Régia no Brasil.
CORREIO BRAZILIENSE (Armazém Literário): lançado em 1 de junho de 1808 por Hipólito da Costa, em Londres, é considerado o veículo precursor da imprensa no Brasil.
GAZETA DO RIO DE JANEIRO: primeiro jornal publicado no Brasil, em 10 de setembro de 1808. Jornal oficial, feito pela imprensa oficial.
DIÁRIO OFICIAL: Impresso em 1 de outubro de 1862. Continha editorial, atos oficiais e artigos sobre comércio e política internacional.
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1ª FASE: Consolidação da imprensa (1808-1880)
 A história da imprensa brasileira iniciou-se vivendo uma fase de relatos oficiais e artigos de opinião (publicismo) atravessando os primeiros anos dividida entre o oficialismo e a oposição.
Período literário: durante o segundo reinado grandes nomes da literatura passaram a colaborar nos jornais do país (Folhetim=textos literários extensos publicados em capítulos). Ex: Manoel Antonio de Almeida publica “Memórias de um Sargento de Milícias” no Correio Mercantil.
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2ª FASE: Investimentos (pós 1880)
Tipografia, acompanhando as mudanças trazidas pela industrialização, vai deixando seu caráter artesanal dando lugar à fase empresarial. 
Os jornais-tribuna abandonam pouco a pouco o caráter opinativo cedendo espaço ao jornalismo noticioso.
1889: mudança do regime (Proclamação da República) não alterou o desenvolvimento da imprensa. Surgiram nesse período: O ESTADO DE S. PAULO, na época Província de S. Paulo (1875) e o JORNAL DO BRASIL (1891).
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Final séc XIX – início do XX
	Surge a figura do repórter de fato, aquele capaz de investigar os fatos buscando a notícia ‘in loco’ e entrevistar fontes.
GRANDE REPORTAGEM= jornalismo aprofundado e explicativo:
Contextualização (dentre origens e consequências)
Abordagem multiangular
Humanização do relato
Predominância de forma narrativa diferenciada
- Suporte especializado (enquete, pesquisa de opinião, entrevista com especialistas e testemunhas)
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EUCLIDES DA CUNHA
Considerado o 1º repórter brasileiro. Em agosto de 1896, a fim de cobrir a Guerra de Canudos para O ESTADO DE S. PAULO, acompanhou a 4ª e última expedição. 
Pioneiro na arte da reportagem ao entrevistar prisioneiros, descrever (contextualização) o arraial a partir de seu interior, vasculhar arquivos a procura de informações de Antonio Conselheiro e contextualizar fatos.
JOÃO DO RIO
	Esse pseudônimo nasceu na Gazeta de Notícias em 1903 quando Paulo Barreto tinha 22 anos. Barreto marcou a história da reportagem devido as técnicas que utilizava, incomuns ao período: observava o cotidiano da cidade do Rio de Janeiro e então coletava as informações entrevistando fontes. Seu pioneirismo deu-se graças a elementos hoje fundamentais ao gênero reportagem: ampliação, reconstituição e humanização dos fatos.
	Exemplos de reportagem: “A alma encantadora das ruas” (Gazeta de Notícias 1904-1907).
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ANOS 10
Grandes jornais de São Paulo e Rio de Janeiro instalam ou ampliam escritórios para seus correspondentes internacionais.
Em 1911 é fundado por Irineu Marinho o jornal 
A NOITE (que perdura até 1964).
- Período em que surgiram importantes revistas: Kosmos, O Malho, Fon-Fon, Careta, Tico-Tico, Tagarela.
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Ilustração: Di Cavalcanti década de 10
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ANOS 20
Lançamento de vários veículos impressos importantes:
1921: Assis Chateaubriand adquire O JORNAL
1925: O GLOBO e a FOLHA DA MANHÃ
1926: A MANHA, de Aparício Torelly (Barão de Itararé)
1928: DIÁRIO CARIOCA e a revista O CRUZEIRO (marco no jornalismo brasileiro).
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Aparício Torellly proclamou-se duque de itararé em 1930. Irônico, rebaixou-se a “barão” por modéstia.
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Primeiro exemplar
 de O CRUZEIRO
10 novembro 
 1928
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ANOS 30
Delineia-se uma estrutura industrial do jornalismo. Surgimento de uma “imprensa de massa” .
Período de grandes agitações políticas: Rev. de 30, chefiada por Vargas e Juarez Távora. Os jornais estão ao lado da lei e publicam a notícia com atraso de meses. Em 32 se dá a Revolução Constitucionalista de SP e O ESTADO DE S. PAULO lidera o apelo às armas.
 11 novembro de 1937: Estado Novo. Com a ditadura surgiu a implacável censura à imprensa através do DIP.
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ANOS 40
 Em março de 1940 a redação de OESP é ocupada pela polícia e subordinada ao DIP.
O DIÁRIO DE NOTÍCIAS manteve atitude de compostura para continuar circulando. 
A reportagem ganhou espaço em dois veículos na época: as revistas O CRUZEIRO (pertencente aos Diários Associados) e DIRETRIZES (de Samuel Wainer e que fazia sucesso criticando a situação vigente)
Nesse período a figura do repórter valorizou-se. As reportagens passaram a ser assinadas trazendo a marca da criatividade e ousadia dos repórteres.
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O CRUZEIRO
Meio esquecida pelo dono dos Associados, a revista obteve impulso quando Freddy, sobrinho de Chatô, entrou como diretor e contratou grandes talentos do jornalismo e da literatura: Edmar Morel, Odorico Tavares, Arlindo Silva, Millôr Fernandes, Nelson Rodrigues, Lúcio Cardoso, Franklin de Oliveira e a dobradinha repórter/fotógrafo que fez sucesso: David Nasser e Jean Manzon.
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26/11/1946
08/11/1930
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DIRETRIZES
Lançada em abril de 1938 por Azevedo Amaral e Samuel Wainer a revista usava a reportagem como forma de criticar indiretamente a ditadura de Vargas. A revista era o ponto de encontro dos intelectuais esquerdistas da época. 
Burlar a censura e conseguir ser o único veículo de oposição garantiu o sucesso da revista que abrigava grandes nomes da literatura, tais como: Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos; e do jornalismo: Rubem Braga, Carlos Lacerda, Joel Silveira, Moacir Werneck de Castro.
Diretoria: Adalgisa Neri (esposa do Lourival Fontes do DIP) e Astrojildo Pereira (um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro).
Ex de grande reportagem: “Grã-finos em São Paulo” (Joel Silveira-publicada em três edições sucessivas em 1943)
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PÓS GUERRA
Após a II Guerra Mundial e a deposição de Getúlio Vargas em 1945, a imprensa volta a respirar liberdade.
Tempos de novos jornais impressos,de mudanças gráficas e de novas tecnologias de comunicação.
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ANOS 50
1951: lançado o vespertino ÚLTIMA HORA, de Samuel Wainer, na cauda do trabalhismo de Getúlio Vargas. Várias versões são criadas em diversas cidades do país. 
1953: TRIBUNA DA IMPRENSA, de Carlos Lacerda, em eterna disputa com o UH. No mesmo ano é lançada por Adolpho Bloch a REVISTA MANCHETE.
CPI para investigar a origem do financiamento do UH. (vendido para grupo de empresários, liderados por Maurício Alencar, em 1972)
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REFORMAS GRÁFICAS
Jornal do Brasil, a partir de 1956, promove uma reforma que vai influenciar muitos outros jornais.
Até então o modelo dos jornais era pesado e feio. A linguagem rebuscada e as colunas eram separadas por fios verticais. Jornais passam a ter novo design e outro conceito de notícia.
JB: transformação conteúdo e forma. Diminuição dos anúncios na capa, fotografias grandes substituindo as caricaturas e ilustrações, mais branco do que preto.
Última Hora de Wainer: UH introduz novas técnicas de apresentação gráfica e editorial ao jornalismo.
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DIÁRIOS ASSOCIADOS
O império começa com a compra de O Jornal em 1921. 
No apogeu: 32 jornais, 3 revistas, 23 emissoras de rádio, 13 estações de TV e uma Agência de Notícias.
Chatô impõe a seus ‘produtos’ o padrão associado (tipo de jornalismo que procura atender o gosto comum dos consumidores mas que ao mesmo tempo se põe a serviço de seu proprietário).
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ANOS 60
Em 1964 é implantada a ditadura militar e a imprensa volta a conviver com a censura.
Jornaiscomo CORREIO DA MANHÃ mostravam focos de oposição e resistência promovendo denúncias contra o regime.
Pela esquerda, nascia a imprensa ‘imprensa nanica’, militante e não empresarial que começou com o bem-humorado O PASQUIM, e engrossou o tom com OPINIÃO e VERSUS.
O PASQUIM (69/91): entrevistas soltas onde a naturalidade ganhava, na forma escrita, o sabor da fala oral
OPINIÃO (72/77): “Estórias de trabalhador” fórmula de reportagem em miniconto
Propostas interessantes: REALIDADE, JORNAL DA TARDE e JORNAL DO BRASIL. (baseados no new journalism norte-americano).
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New Journalism (EUA – anos 60)
Gênero jornalístico surgido na imprensa dos Estados Unidos, na década de 60 (Truman Capote/1956/reportagem-perfil de Marlon Brando no New Yorker: “O duque em seus domínios”)
Classificado como romance de não-ficção, sua principal característica é misturar a narrativa jornalística com a literária
JORNAIS: Herald Tribune, Daily News, The New Yok Times
JORNALISTAS: Jimmy Bresin, Tom Wolfe, Truman Capote (livro-reportagem 1966 A sangue frio), Norman Mailer, Gay Talese.
CARACTERÍSTICAS: Vivacidade da linguagem, capacidade do texto de emocionar, lado subjetivo da realidade, repórter imerso “dos pés a cabeça” na reportagem, combinar o jornalismo à técnica literária (fluxo de consciência, por exemplo)
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JORNAL DO BRASIL
Fundado e, 1891 por Rodolfo de Souza Dantas e Joaquim Nabuco, o jornal vivenciou todas as transformações da imprensa, passando por diversos donos.
A partir de 1950, como vimos, o JB ingressa num período de reformulações cuja consolidação se dão com ALBERTO DINES na década de 60. 
Dines cria em 64 o DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO, introduzindo no país o que chamamos hoje de jornalismo interpretativo.
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REVISTA REALIDADE
Novembro de 1965: número piloto da revista dirigida por Paulo Patarra e Sérgio de Souza. 
Características: grande reportagem. Temáticas interessantes e polêmicas em textos expressivos e profundos (texto solto). O repórter lançava-se à realidade que se propunha cobrir envolvendo-se a ela (observação participante)
Buscava também liberdade de estilo, possibilitando o toque de individualidade de cada repórter.
Após 1968 a revista não conseguiu manter suas características iniciais de sua proposta editorial. Durou até 1976.
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“Observando a movimentação de todos em direção aos feridos, por um momento me passou pela cabeça a certeza de que o terreno entre a minha posição e a dos feridos, já tão fartamente pisado, não podia ter mais mina nenhuma. Com a máquina em posição de ataque, corri para os feridos, Henry ao meu lado. A cinco metros do local, vejo uma bota com um pé dentro, minando sangue. Penso sem querer pensar:
– Isso é que é pé frio!
Ouço uma explosão fantástica. É um tuimmm interminável que me atravessa os ouvidos de um para o outro lado, dá-me uma sensação de grandiosidade. Sinto-me no ar, voando (...) Um segundo após me no chão, sentado. A cortina de fumaça se esgarçou e vi aproximar-se de mim Shimamoto, o fotógrafo japonês. Pergunto-lhe:
– Shima, você está bem?
Sem responder, ele continuou caminhando para mim. Foi aí que senti a perna esquerda. Os músculos repuxaram para a coxa com tal intensidade que eu não me equilibrava sentado. Para não cair, rodopiava sobre mim mesmo, em círculos e aos saltos. Instintivamente, levei as duas mãos para ‘acalmar’ a minha perna esquerda, e foi então que a vi em pedaços". 
(HAMILTON RIBEIRO - Realidade, 1968)
JORNAL DA TARDE
Lançado em janeiro de 1966 o JT inovou o mercado trazendo uma linguagem irreverente e diagramação arrojada. 
Dirigido por Mino Carta e Murilo Felisberto.
Como Realidade, primou pela contextualização do fato, sem exigir fórmulas narrativas, permitindo ao jornalista manifestar sua criatividade.
Redação composta por jovens talentos recém saídos da universidade ou escalados do Correio de Minas e da Revista Alterosa em Belo Horizonte (Ivan Ângelo, Dirceu Soares, Carmo Chagas, entre outros)
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ANOS 70
Após 68 a repressão aumenta com o AI-5 e vai podando esse jornalismo crítico e irreverente.
Na década de 70, com o governo Médici, havia censores nas redações ou os próprios veículos se auto-censuravam. 
Muitos jornalistas ligados à militância caíram na clandestinidade buscando a vitória pela luta armada.
Outros, sem espaço para um jornalismo crítico na imprensa convencional, passaram a se manifestar através de uma imprensa alternativa. Esse caminho possuía duas vertentes: a de RAIMUNDO PEREIRA, voltada para jornalismo político; e a de SÉRGIO DE SOUZA/NARCISO KALILI e HAMILTINHO DE ALMEIDA, dedicada a variações jornalísticas. (Bondinho, Jornalivro)
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JORNALISMO INVESTIGATIVO
(ou de precisão)
	Antigos pregam: toda reportagem é investigativa (características específicas)
 investigação minuciosa dos fatos: pelo tempo que for necessário, até elucidar todos os meandros, possíveis ângulos, pontos de vista e personagens envolvidos em determinado assunto; 
disponibilidade de recursos específicos: tempo, dinheiro, paciência, talento e sorte; 
precisão das informações: implicando a exatidão dos termos utilizados, e a ausência de distorções ou citações fora de contexto. 
RAC: Reportagem Assistida por Computador (banco de dados para cruzamento de informações)

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