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48
1 INTRODUÇÃO
A cada ano que se passa, identificam-se mais doenças ocupacionais como motivo de afastamento nas empresas. Pensando nisso algumas empresas e instituições estão preocupadas em investir na qualidade de vida dos seus funcionários,apesar da grande maioria se preocupar apenas com a sua produtividade.
	 Após certa resistência dos empresários brasileiros, a ginástica laboral, agora também conhecida como cinesioterapia laboral, vem adentrando nosso ambiente de trabalho, desde 1969 quando foi introduzida por executivos nipônicos na Ishikawajima do Brasil Estaleiros S.A. (Ishibrás). Contribuindo na prevenção e na redução dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, os exercícios laborais visam à promoção da saúde e a melhora das condições de trabalho e conseqüentemente o interpessoal gerando um maior retorno financeiro para empresa.
	 O levantamento e transporte manual de cargas tem sido uma das grandes causas de traumas nos trabalhadores, principalmente quando a empresa não tem recursos para investir em equipamentos. Uma vez que o colaborador tem flexibilidade postural esse quadro de traumas pode diminuir, pois a flexibilidade é a capacidade física que determina a amplitude dos movimentos de uma articulação sem lhe ocasionar alguma lesão.
	Um dos maiores vilões da coluna é mesmo o levantamento excessivo de peso. Isso significa que os trabalhadores braçais estão potencialmente expostos a lesões vertebrais de origem dinâmica. Todo trabalho braçal obriga a musculatura da coluna a ter um esforço extra. Ao mesmo tempo em que precisa equilibrar o corpo, ativando os músculos anti-gravitacionais, o trabalho dinâmico também tem que acionar a musculatura de braços e pernas para levantar ou carregar pesos. 
	Mediante todas as condições que agravam o trabalho do colaborador surge a ergonomia: o estudo científico das adaptações dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho às capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem, estudando diversos aspectos do comportamento humano e as conseqüências do trabalho. A cinesioterapia laboral pode ser encarada como uma intervenção ergonômica. Sendo assim utilizada como ergonomia de conscientização. A ergonomia de conscientização visa conscientizar os colaboradores através de palestras, intervenções ergonômicas e até mesmo exercícios laborais, proporcionando assim o entendimento do posto de trabalho e bem estar físico e mental aos colaboradores.
 
2 OBJETIVO
 O objetivo do estudo é analisar a flexibilidade da musculatura de tronco, lombossacra e ísquiostibiais com ênfase em coluna lombar, depois da implantação da cinesioterapia laboral em colaboradores do setor operacional, de uma transportadora, utilizando como avaliação o método de Wells e Dillon (1952). 
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 FISIOTERAPIA DO TRABALHO
 	 A experiência histórica da fisioterapia com a prevenção iniciou-se em meados da década de 1970 pelos treinamentos denominados back school, que podemos traduzir como “escola de postura”. (DELIBERATO, 2002, p. 119)
 	 A fisioterapia durante muito tempo foi mantida enclausurada nos limites das clínicas, hospitais e leitos domiciliares. O mais perto que chegávamos das empresas e, conseqüentemente, dos trabalhadores era nos CRPs- Centros de Reabilitação Profissional do INSS. A função desses Centros de Reabilitação era a de tornar novamente aptos ao trabalho àqueles que se acidentaram, ficaram afastados por um período longo. Em alguns casos, os trabalhadores que ficaram incapacitados de exercer a função anterior seriam treinados e outros ofícios para exercerem nova função na empresa. Foi uma excelente opção, para não aposentarem as pessoas, muitas delas ainda novas com potencial produtivo alto, impedindo que fossem relegadas a um ostracismo doloroso, gerador de depressão e outros problemas. Ficaria muito caro investir para atender às novas demandas de trabalho que surgiram no país, logo sua capacidade de reabilitar reduziu-se rapidamente. Porém, esse tipo de pressão aguçou a criatividade dos especialistas, que descobriram na prevenção um meio de esvaziar os CRPs. (BARBOSA, 2000, p. 92-93)
 	 As intervenções preventivas realizadas atualmente trabalham com um grupo de atividades centradas nos indivíduos. Por exemplo; a ginástica laboral, os exercícios de pausa compensatória, as correções posturais, e os treinamentos de manejo. Entretanto, há quem defenda estratégias de prevenção como a mudança na organização do trabalho, a melhora dos locais de trabalho e das condições ergonômicas, a eliminação da repetitividade com o uso do sistema de revezamento na realização das tarefas, o descanso intercalado à jornada laboral e a conscientização dos trabalhadores pelas atividades educativas (LESCH & HOEFEL, 1996 apud DELIBERATO, 2002, p. 119-120)
	 Os fisioterapeutas começaram a entrar nas empresas, tendo suas intervenções reconhecidas como úteis na manutenção do processo produtivo. O trabalhador que recebe o atendimento preventivo transforma-se em multiplicador, que leva para seu lar, atingindo diretamente seus vizinhos e indiretamente os familiares destes, conhecimentos novos e de extrema utilidade. (BARBOSA, 2000, p. 93)
3.1.1 ERGONOMIA
 
	 A palavra é de origem grega: ERGO = que significa trabalho/ NOMOS = que significa regras. Definição: “Estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente” (SERRANO, 1996, p. 6)
	 A ergonomia tem sido fator de aumento de produtividade e da qualidade do produto bem como da qualidade de vida dos trabalhadores, na medida em que a mesma é aplicada com a finalidade de melhorar as condições ambientais, visando a interação com o ser humano. (SERRANO, 1996, p. 12)
		Ao abordarmos as origens da ergonomia, podemos visualizar com maior clareza o papel do ergonomista no contexto da produção e dos produtos, nos projetos de postos de trabalho, na concepção ou adequação de máquinas, ferramentas e equipamentos, nos programas de produtividade, qualidade, segurança do trabalho, bem como na qualificação de mão-de-obra. (DELIBERATO, 2000, p. 122)
		Existem as Normas Regulamentadoras, as quais significaram um grande passo no sentido de regulamentar alguns parâmetros na saúde do trabalhador, seja do ponto de vista do próprio trabalhador, seja do ponto de vista das empresas. (BARBOSA, 2002, p. 9)
			N.R 17.1 (em anexo 1) esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2006)
3.1.1.1 Tipos de ergonomia
 
		 Há quatro tipos de implementação para a abordagem ergonômica:
Ergonomia de correção: É realizada quando é feito o diagnóstico de algum problema, seja por fadiga, falta de segurança, presença de distúrbios ou diminuição da produtividade. A melhora pode ser conseguida, mas o custo é elevado e o resultado, pouco animador. (DELIBERATO, 2002, p. 124). Atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como: dimensões, iluminação, ruído, temperatura e etc. (SERRANO, 1996, p. 23)
Ergonomia de concepção: É desenvolvida na fase inicial do projeto de um produto, máquina ou ambiente. Representa o uso do conhecimento ergonômico antes do relacionamento do homem com esse objeto, o que exige grande experiência do profissional para que o resultado seja satisfatório. (DELIBERATO, 2002, p. 124). Interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, do instrumento, da máquina ou do sistema de produção, organização do trabalho e formação de pessoal. (SERRANO, 1996, p. 24)
 Ergonomia de conscientização: É fundamental para obtenção dos objetivos propostos pelo projeto ergonômico, pois é pela realização de treinamento, palestras, cursos de aprimoramento e atualização constante que é possíveleducar o funcionário acerca dos meios de trabalho menos prejudiciais para a sua saúde individual e, ao mesmo tempo, mostra-lhe todos os benefícios das propostas ergonômicas para a saúde da coletividade. (DELIBERATO, 2002, p. 124). Ensina o trabalhador a usufruir dos benefícios de seu posto de trabalho, tais como: Boa postura, uso adequado de mobiliários, e equipamentos, implantação de pausas, Ginástica laborativa (antes, no meio e depois da atividade). (SERRANO, 1996, p. 25)
 Ergonomia participativa: Estimulada pela presença de um Comitê Interno de Ergonomia (CIE) que englobe representantes da empresa e dos funcionários, utiliza as ferramentas da ergonomia de conscientização para que haja o pleno usufruto do projeto ergonômico, seja esse implementado pela ergonomia de concepção ou de correção. (DELIBERATO, 2002, p. 124)
3.2 HISTÓRICO DA CINESIOTERAPIA LABORAL
		O termo “cinesioterapia laboral” é recente, mas atividades realizadas em empresas já fazem algum tempo que existe, sendo conhecida como Ginástica Laboral. Conforme Figueiredo e Alvão (2008, p. 65), a primeira vez que se ouviu falar deste tipo de atividade, foi em um pequeno livro editado na Polônia, em 1925 , chamado de “Ginástica de Pausa” destinada a operários. 
		Segundo Zilli (2002, p. 35-36), a Rússia foi citada realizando a ginástica da pausa adaptada para cada cargo em 150.000 empresas, envolvendo 5 milhões de operários. Na Bulgária e na União Soviética (antiga) comprovou-se que o tempo de pausa era compensado com a produtividade e ainda se percebeu a melhora na acomodação visual em trabalhos de precisão e otimização da reação visomotora entre 42 e 65% das pessoas que executavam um programa de ginástica de pausa. Na Europa (França, Bélgica e Suécia) a ginástica era utilizada como fonte de pesquisas para investigação da fadiga, condições físicas e psicológicas, realizavam também questionários e entrevistas buscando resultados sobre interesses e sentimentos das pessoas envolvidas.
		A mesma autora relata que em 1928, teve origem no Japão com exercícios diários executados pelos funcionários dos Correios a fim de se descontraírem e cultuar a saúde. 
 		Conforme Polito e Bergamaschi (2003, p. 25), após a Segunda Guerra Mundial, este hábito foi difundido por todo o país, e atualmente, um terço dos trabalhadores japoneses exercitam-se diariamente, tendo obtido como resultados, em 1960, a diminuição dos acidentes de trabalho, o aumento da produtividade e a melhoria do bem-estar geral dos trabalhadores. As autoras destacam que, essa grande difusão das atividades laborais no Japão, deve-se à adaptação de um programa da Rádio Taissô, que consiste em um tipo de ginástica rítmica, com exercícios específicos, acompanhados por música própria. Esta atividade acontece todas as manhãs, sendo transmitida pela rádio, por pessoas especialmente preparadas, e é praticada não somente nas fábricas ou ambiente de trabalho, mas também nas ruas e residências. O programa é acompanhado de palestras de curta duração sobre assuntos relativos à saúde, ao trabalho, à circulação sangüínea e ao aumento de produtividade.
			Zilli (2002, p. 36) diz que, no Brasil os primeiros registros a que se temos acesso sobre a ginástica laboral datam de 1966, nos estaleiros Ishikavajima, introduzida por executivos nipônicos e, em 1973, na Federação de Ensino Superior (FEEVALE) com experiências realizadas por meio da aplicação de programas de atividades físicas que em conjunto com o SESI implantaram o programa de Ginástica Laboral Compensatória em cinco empresas da região do Vale dos Sinos. Já as autoras Polito e Bergamaschi (2003, p. 26), intitulam um projeto deste mesmo ano como “Educação Física Compensatória e Recreação”, e que após cinco anos a mesma instituição junto com a Associação Pró-ensino Superior em Novo Hamburgo (ASPEUR) e o SESI, implantaram o projeto denominado: “Ginástica Laboral Compensatória”, há relatos que o projeto tinha caráter experimental e visava aprofundar estudos nesta área. Esse tipo de projeto visava, também, combater uma doença que no princípio era chamada de tenossinovite, popularmente conhecida como “Doença dos Digitadores”, que foi a primeira doença reconhecida como doença profissional, por meio da portaria nº. 4602 do Ministério da Previdência e Assistência Social.
		Após a experiência no Vale dos Sinos, esse tipo de atividade caiu no esquecimento por um longo período. Concluíram que a atividade laboral não evoluiu naquele período, devido aos objetivos da pesquisa realizada pela FEEVALE, ASPEUR E SESI serem apenas de estudo e de não haver naquela época uma visão de que favorecendo a implantação deste tipo de trabalho e mostrando seus resultados seria uma base para implantação do programa em outras empresas. (POLITO e BERGAMASCHI, 2002, p. 27)
 			 Segundo Oliveira (2007, p. 2), ainda em 1978, em Betim/MG, na fábrica Fiat de Automóveis, iniciou-se o “Programa de Ginástica Laboral. Este programa do SESI abrange todo o País, atualmente. 
			 Figueiredo e Alvão (2008, p. 67 apud LIMA, 2003) relatam que, em 1981, devido à dificuldade de encontrar documentos arquivados referentes às experiências esportivas e de lazer nas empresas, o Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) patrocinou um encontro entre profissionais, a fim de obter informações. Em 1989, a Associação Nacional de Medicina do Trabalho declarou que o Ministério da Saúde deveria exigir a implantação da prática de atividades físicas como meio de prevenção de doenças crônico-degenerativas. Com efetivo apoio dos sindicatos e dos trabalhadores, em curto prazo os benefícios foram visualizados principalmente pela melhoria das condições psicofísicas dos trabalhadores e a conseqüente diminuição dos índices de absenteísmo. Entre os anos de 1990 e 2000, mais especificamente de 1995 em diante, a atividade laboral começou a ser compreendida como um bom instrumento na melhoria da saúde física do trabalhador, reduzindo e prevenindo problemas ocupacionais.
 
3.3 CONCEITOS DA CINESIOTERAPIA/ GINÁSTICA LABORAL
 
		Ginástica nas empresas, ginástica laboral, ginástica matinal, ginástica preparatória, ginástica de pausa, ginástica compensatória, ginástica corretiva, ginástica do trabalho e muitas outras denominações ou formas de atuação da atividade laboral nas empresas. Zilli (2002, p.67) acredita que a expressão mais apropriada para denominação geral– cinesioterapia laboral. Cinesio significa movimento; terapia significa tratamento e laboral vem de labor, que significa trabalho. Então o tratamento através do movimento no ambiente de trabalho passa a ser não só uma ferramenta na prevenção e terapêutica dos possíveis distúrbios osteo-musculares relacionados ao trabalho.
		 Oliveira (2003, p. 47) diz que, “... visa à promoção da saúde e melhoria das condições de trabalho, além da preparação bio-pssicosocial dos participantes, contribui direta ou indiretamente para a melhoria do relacionamento interpessoal, sem falar na redução dos acidentes de trabalho, e na redução de lesões por esforços repetitivos e, conseqüentemente, proporcionando aumento da produtividade com qualidade.”
		Segundo Figueiredo e Alvão (2008, p. 69), relatam que se pode arriscar a conceituar a GL como uma atividade física realizada durante a jornada de trabalho, com exercícios de compensação aos movimentos repetitivos, à ausência de movimentos, ou a posturas desconfortáveis assumidas durante o período de trabalho. 
		 “São exercícios efetuados no próprio local de trabalho, com sessões de cinco, dez ou quinze minutos, tendo como principais objetivos a prevenção das LER/ DORT e a diminuição do estresse, através dos exercícios de alongamento e de relaxamento.” (OLIVEIRA, 2007, p. 3). 
		Polito e Bergamaschi (2003, p. 28), a Ginástica Laboral é um repouso ativo, que aproveita as pausas regulares durante a jornada de trabalho, para exercitar os músculos correspondentes e relaxar os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho, tendo como objetivo a prevençãoda fadiga.
3.4 TIPOS DE CINESIOTERAPIA/ GINÁSTICA LABORAL
		A cinesioterapia/ ginástica laboral pode ser intitulada segundo o seu horário de aplicação. Tem a ginástica realizada no início da jornada de trabalho, nos intervalos ou durante e no final da jornada de trabalho. Zilli (2002, p. 58) classifica a ginástica quanto aos seus objetivos que seria a ginástica corretiva, ginástica de compensação ou a ginástica de conservação ou manutenção. Baseando em pesquisas, existem momentos durante a jornada de trabalho, em que podem ser feitas as aulas de ginástica laboral:
3.4.1 Ginástica de Aquecimento ou Preparatória
		É aquela realizada antes da jornada de trabalho e tem como objetivo principal preparar o indivíduo para o início do trabalho, aquecendo os grupos musculares que serão solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que se sintam mais dispostos. (FIGUEIREDO e ALVÃO, 2008, p. 71)
3.4.2 Ginástica de Pausa ou Compensatória 
		 	É “realizada durante as pausas obrigatórias, objetiva o impedimento da instalação de vários vícios de postura, em face da posição em que o indivíduo é obrigado a permanecer durante suas atividades habituais”. (POLITO e BERGAMASCHI, 2003, p. 28-29) “... Tem como aliviar as tensões, fortalecer os músculos do trabalhador, além de interromper a monotonia operacional e, acima de tudo, promover exercícios específicos de compensação para esforços repetitivos... “(FIGUEIREDO e ALVÃO, 2008, p. 71) 
3.4.3 Ginástica de Relaxamento
		É uma ginástica utilizada no final da jornada de trabalho, em que o trabalhador poderá descansar acalmar-se e relaxar antes de ir para casa, tendo como objetivo a redução do estresse, alívio das tensões, redução dos índices de desavenças no trabalho e em casa, com conseqüente melhora na função social. (ZILLI, 2002, p. 60)
3.4.4 Ginástica Corretiva ou Postural
		Também realizada durante as pausas, tem como função restabelecer o antagonista muscular, utilizando exercícios específicos que visam encurtar os músculos que estão alongados. (POLITO e BERGAMASCHI, 2003, p. 29)
 
3.4.5 Ginástica Terapêutica
		 Tem como objetivo o tratamento de distúrbios, patologias ou alterações posturais com grupo de funcionários avaliados previamente e separados por queixas. Tal modalidade tem que ser acompanhada e ter diagnóstico médico, em razão da objetividade do tratamento. Deverá ser realizada em local apropriado, de preferência afastado do grupo de trabalhadores sem queixa. Sua duração pode chegar a 30 minutos. (ZILLI, 2002, p. 61)
3.4.6 Ginástica de Manutenção
	 	É um programa que dá continuidade após a obtenção do equilíbrio muscular alcançado pelas técnicas corretivas ou terapêuticas citadas, podendo evoluir para um programa de condicionamento físico aeróbico associado a reforço muscular e alongamentos. Sendo necessário que a empresa disponha de sala especial para o treinamento (mini academias ou mini ginásios) para que o funcionário possa utilizar seus horários de folga. (ZILLI, 2002, p. 61-62)
		A mesma autora relata que existem técnicas e exercícios aplicados na cinesioterapia laboral como:
Exercícios de respiração diafragmática e a pressão abdominal como papel importante para redução de níveis de estresse.
Exercícios de alongamento e flexibilidade
Exercícios posturais adaptando postura do RPG (Reeducação Postural Global) 
Exercícios de força e resistência
Iso Stretching, conhecida como ginástica de higiene e manutenção utilizando o trabalho respiratório como expiração máxima.
Lian Gong, uma técnica que une medicina terapêutica e a cultura física.
Exercícios de equilíbrio e coordenação
Yoga buscando equilíbrio harmônico entre corpo, alma e mente.
Tai Chi Chuan, combate ansiedade e stress, exercícios que buscam o equilíbrio e a harmonia dos movimentos.
Automassagem, o próprio colaborador aplica sobre seus músculos e seu efeito se dá nos sistemas circulatório e nervoso.
Shiatsu, a técnica fundamenta-se em que a pressão nos pontos da acupuntura restaura o equilíbrio natural do corpo.
Reflexologia massagem reflexa nos pés
3.5 OBJETIVOS DA CINESIOTERAPIA/ GINÁSTICA LABORAL
	 	 A ginástica na empresa tem como objetivo geral, suscitar, desenvolver e aprimorar as qualidades físicas do industriário, estimular o funcionamento de seus órgãos e, como principal objetivo, desenvolver excepcionalmente certas qualidades que a natureza da profissão escolhida exige para melhor rendimento de trabalho . (PENA e MARINO apud POLITO e BERGAMASCHI, 2003, p. 30). Os objetivos da Cinesioterapia/ Ginástica Laboral, podem estar relacionados como:
Prevenção da instalação DORT´ s. (DELIBERATO, 2002, p. 174)
Redução de licenciados e absentos por DORT-´s. (OLIVEIRA, 2007, p. 4)
Aumento do ânimo e disposição para o trabalho. (OLIVEIRA, 2003, p. 49)
Melhorar relacionamento interpessoal. (POLITO e BERGAMASCHI, 2003, p. 30)
Promoção do auto-condicionamento orgânico. (ZILLI, 2002, p. 61)
Correção de vícios posturais. (POLITO e BERGAMASCHI, 2003, p. 30)
Melhorar o Clima Organizacional. (FIGUEIREDO e ALVÃO, 2008, p. 80)
Melhorar a Qualidade de Vida. (OLIVEIRA, 2003, p. 51)
3.6 BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA/ GINÁSTICA LABORAL
 	 Deliberato (2002, p. 175) relata um quadro de benefícios:
	BENEFÍCIOS FÍSICOS
	controle do peso corporal 
melhora da mobilidade articular 
melhora do perfil lipídico 
melhora da resistência local e global
	 aumento da densidade óssea 
- melhora da força muscular
 controle da pressão arterial 
 melhora do equilíbrio e da 
coordenação
	BENEFÍCIOS PSICOSSOCIAIS
	- alívio do estresse - manutenção da autonomia
- aumento do bem estar - redução do isolamento social
	 - aumento da auto-estima 
 - aumento da motivação
 - diminuição da ansiedade 
 - incremento da consciência coletiva
	BENEFÍCIOS GERAIS
	- feito no próprio local de trabalho - ausência de equipamento específico
	 -intensidade leve ou moderada (baixo custo)
 Quadro 1.0 - Benefícios do programa de exercícios laborais
 Fonte: Adaptado Deliberato, 2002. 
		Zilli (2002, p. 66-68) diz que, os benefícios da cinesioterapia/ginástica laboral podem ser:
-Benefícios para a empresa, melhorando a imagem da empresa junto à sociedade, valorizando funcionários, redução de custos com assistência médica, melhora da produtividade, redução dos acidentes de trabalho enfim outros itens que são benéficos para empresa.
 -Benefício da atividade física previne e controla doenças do tipo diabetes, osteoporose e etc.
 -Benefícios aos sistemas, respiratórios, circulatório e digestivo.
		A mesma autora relata que a cinesioterapia/ ginástica laboral pode trazer benefícios psicológicos e sociais, além dos benefícios fisiológicos como o aumento da circulação e da oxigenação muscular reduzindo o ácido láctico e as toxinas, melhora da postura, melhora da amplitude articular e a flexibilidade, redução das tensões musculares, redução dos índices de alterações gástricas por tensões, facilidade de adaptação postural, melhora da coordenação motora, melhora da agilidade e concentração, melhora da força e resistência muscular, melhora das habilidades físicas e motoras, promoção do auto-conhecimento orgânico, equilíbrio funcional, melhora da ativação neuromuscular e etc.
 3.7 FLEXIBILIDADE
 
Flexibilidade refere-se à extensibilidade dos tecidos periarticulares para permitir movimento normal ou fisiológico de uma articulação ou membro. A palavra flexibilidade significa diferentes coisas para pessoas diferentes, dependendo de seu ponto de vista. O termo pode ser definido de várias formas diferentes, dependendo da disciplina ou da natureza da pesquisa. A palavra flexibilidade é derivado do latim flectere ou flexibis, “curvar-se”. (ALTER,1999, p.18) 
Aurélio (2000, p. 254) diz que, tem o significado de flexível: “1. Que se pode dobrar ou curvar. 2. Elástico. 3. Fácil de manejar; maleável. 4. Dócil, submisso. Fle-xi-bi-li-da-de”.
 A flexibilidade pode ser definida pela máxima amplitude de movimento voluntário em uma ou mais articulações sem lesioná-las. (ACHOUR, 1996, p.10)
 “Conceito: é a habilidade de mover o corpo e suas partes dentro dos seus limites máximos sem causar danos nas articulações e nos músculos envolvidos. (JOHNSON e NELSON,1969 apud ACHOUR,1999, p.11) 
A flexibilidade é fundamental para facilitar os movimentos nas diversas atividades profissionais e nas tarefas diárias. O estilo de vida, pouco ativo e a falta de exercícios específicos de alongamento, geralmente não propiciam movimentos amplos, diminuindo a flexibilidade. O alongamento permite ao corpo retornar à postura normal, mas a postura correta, por si só, não desenvolve a flexibilidade, confirmando a importância dos exercícios de alongamento com um pouco de desconforto (tensão) muscular para aumentar a flexibilidade. O exercício de alongamento que requer muita flexibilidade de alguma articulação pode ser prejudicial para as estruturas músculo-articulares de pessoas pouco flexíveis, em especial, quando não se tem predisposição genética para ser muito flexível. (ACHOUR, 1999, p. 18) 
É insuficiente medir a flexibilidade; o que se pretende é analisar precisamente os resultados dos testes, a fim de se indicar os efeitos dos exercícios de alongamento em benefício da saúde, no desempenho atlético ou na doença. Quantificar a flexibilidade é relativamente simples, mas estabelecer valores exatos e necessários de cada articulação ainda está para ser resolvido. (ACHOUR, 1996, p.20)
A eficácia do movimento na maioria das atividades é influenciada pelo grau de flexibilidade corporal. Podendo ser definida como amplitude de movimento da articulação. Ela se refere ao grau de facilidade com que o corpo consegue flexionar-se ou se contorcer, contraindo ou relaxando os músculos. (ALLSEN et al, 2001, p. 191)
 
3.7.1 ANATOMIA E FLEXIBILIDADE DA COLUNA VERTEBRAL
 
	 	 A coluna vertebral é uma estrutura única e em termos leigos ela é chamada de espinha dorsal, que descreve sua posição no corpo, mas oferece pouca descrição de sua estrutura e capacidades de movimento. De fato, a coluna vertebral não é um simples osso. (ALTER, 1999, p. 256)
3.7.1.1 Anatomia geral da coluna vertebral
	 Segundo Alter (1999, p. 256-272), a coluna vertebral é feita de uma série de ossos separados, as vértebras, ligadas pela cartilagem, discos e ligamentos. A coluna consiste de 33 vértebras, que são geralmente agrupadas em cinco divisões:
7 vértebras cervicais 
12 vértebras torácicas
5 vértebras lombares
5 vértebras sacrais
4 vértebras coccígenas
	 Uma vértebra típica é feita de duas partes principais: o corpo vertebral e o arco vertebral. O processo espinhoso é a parte mais posterior da vértebra. Entre os corpos vertebrais e unindo-os estão 23 discos intervertebrais. (ALTER, 1999, p. 256-272)
		As vértebras estão separadas por discos fibrocartilagíneos intervertebrais e seguras entre si por processos articulares e ligamentos, disposição estrutural esta que permite somente movimentos limitados da coluna vertebral como um todo. Entre as vértebras existem aberturas chamadas forames intervertebrais que permitem a passagem dos nervos espinhais. Quando vista lateralmente, podem-se identificar quatro curvaturas na coluna vertebral. As curvaturas: cervical, torácica e lombar são identificadas pelo tipo de vértebras que pertencem a elas. A curvatura pélvica é formada pelas curvaturas do sacro e do cóccix. As curvaturas da coluna vertebral desempenham importante papel funcional aumentando força e mantendo equilíbrio da parte superior do corpo; elas também tornam possível a permanência na posição bipedal. (VAN DE GRAAFF, 2003, p. 158-159) 
 	 Os discos intervertebrais funcionam como amortecedores que permitem compressão e distorção, permitindo movimento entre as vértebras. O disco consiste de duas partes: o núcleo pulposo e o anel fibroso. As propriedades líquidas e elásticas do núcleo pulposo e o anel fibroso, agindo em conjunto, permitem que o disco agüente grandes cargas. (ALTER, 1999, p. 256-272) 
		 O núcleo pulposo é composto de um material incompressível como gel que está envolto em um recipiente elástico. Uma proteína polissacarídica forma sua composição química. Sua principal função é ser como um amortecedor hidráulico, recebendo primariamente, as forças verticais dos corpos vertebrais e redistribuí-los em um plano horizontal. (VAN DE GRAAFF, 2003, p. 159)
 Uma importante característica da coluna vertebral é a presença de quatro curvas distintas quando vistas de lado. No nascimento, a coluna do bebê tem somente uma curva longa. Essa curva estende-se sobre todo seu comprimento e é posteriormente convexa (em forma de C). Contudo, uma vez que o bebê começa a levantar sua cabeça, a curva cervical começa a desenvolver-se. Essa curva anteriormente convexa é chamada de lordose cervical. Mais tarde, quando a criança começa a ficar de pé e caminhar, a curva lombar desenvolve-se na parte inferior das costas. Essa curva também é convexa anteriormente e é conhecida como lordose lombar. (ALTER, 1999, p.256-272)
3.7.1.2 Função da coluna vertebral 
 
	 A coluna vertebral tem várias funções diferentes. Provavelmente, a função mais importante que ela exerce é proteger a medula espinhal. Ela também fornece um suporte firme para o tronco e apêndices. Assim, ela serve como uma haste de sustentação para manter a posição ereta do corpo. Fornece inserções musculares, serve como uma âncora para a caixa torácica age como um amortecedor e fornece uma combinação de força e flexibilidade que proporciona proteção e estabilidade máximas com restrição de modalidade mínima. (ALTER, 1999, p. 256-272)
 O mesmo autor relata que a coluna vertebral tem quatro funções:
Sustentar a cabeça e os membros superiores embora permita liberdade de movimentos
Capacitar o bipedalismo
Fornecer fixação aos vários músculos, costelas e órgãos viscerais; e 
“Proteger a medula espinal e dar passagem aos nervos espinais.”
3.7.1.3 Coluna vertebral X Trabalho
Não há dúvida de que a maioria das pesquisas de flexibilidade relacionada com os aspectos de saúde preocupa-se com a coluna lombar. A postura corporal e os exercícios físicos podem demonstrar significativamente uma excelente prevenção aos problemas da coluna lombar. Pessoas mais fracas necessitam de mais esforços para realizar determinadas tarefas, ficando mais expostas a lesões, e pessoas pouco flexíveis, em geral têm dificuldades de manter as várias posturas e estressam os discos vertebrais. (HEYWARD, 2004, p. 207)
A resistência aeróbia é muito reconhecida na profilaxia de doenças do sistema cardiorrespiratório. Pouco, porém, contribuem para evitar as desordens da coluna. Mas quando o indivíduo tem o peso acima do padrão normal considerado normal, pode alterar a mecânica de alinhamento do quadril e do joelho, ocasionando uma acentuação da lordose. A hiperlordose é um dos fatores primitivos da incidência de problema na coluna. Instalam-se cedo na vida e já no princípio da adolescência manifesta os sintomas dolorosos. A dor na coluna pode ser de herança, sentado no banco escolar ou em frente à televisão pode provocar a disfunção ou aumentá-la, se já instalada. O mais grave acontece na idade adulta nas atividades do trabalho e/ou com o desuso das articulações. O ambiente escolar e o local de trabalho podem ser muito apropriados, para se estruturar um programa de exercício físico com a finalidade de conservar a integridade da coluna. (ACHOUR, 1996, p. 58)
O problema de dor na coluna afeta 80% das pessoas de países industrializados, em alguns momentos da vida. Felizmente a maioria dos problemas são resolvidos em 6 a 8 semanas. Embora grande parte do problema de coluna, seja passageiro, ele influi em 25% de todas asincapacidades por lesão ocupacional e causa uma perda de 1400 dias de trabalho por 1000 (mil) trabalhadores em cada ano, nos Estados Unidos. Este problema é o segundo na freqüência de visitas médicas, o terceiro em hospitalização, o terceiro em procedimento cirúrgico e o terceiro na categoria de doença aguda. Indivíduos com dor na coluna têm menor rendimento profissional e limitam seus movimentos reduzindo a produtividade e tendo dificuldade em realizar determinadas funções diárias. Estas situações limitantes podem sugerir que a carga na coluna deve ser um fator de desordem, que os esforços cooperativos das diversas áreas da ciência são imprescindíveis para a integridade da coluna. (ACHOUR, 1996, p. 28)
Os trabalhos pesados para sustentar o avanço industrial têm ocasionado desordem na coluna (degeneração dos discos, espondiloses etc.) tornando-se interesse científico. (VAN DE GRAAF, 2003, p. 160)
 	É importante compreender que tanto, o estar de pé como estar sentado, colocam carga nos discos vertebrais, sendo a primeira menos lesiva que a segunda. Isto ocorre em parte pelo maior tempo que a coluna levou para se adaptar em posição ereta, e tem um pouco mais de 40 a 50 anos para se adaptar em sentada. A projeção do corpo para frente quando se está sentado ou a extensão do tronco quando se está em pé solicita consideráveis alcances do movimento do quadril, e se a musculatura do quadril estiver encurtada provavelmente coloca uma carga adicional na coluna. Fazendo com que assim o indivíduo tenha lesões e sinta dores consideráveis na coluna. (ACHOUR, 1999, p. 57) 
Os discos vertebrais se comprimem também quando alguém permanece em pé devido aos efeitos da gravidade. Se acompanhados com cargas, principalmente assimétricas, trabalhos que exijam rotação da coluna, condução sustentação e elevação de peso, acima da cabeça provocam uma forte pressão nos discos, muitas vezes acompanhada de hiperlordose. A compressão nos discos vertebrais pode ser acentuada por um único esforço ou pela fadiga instalada em decorrência de período prolongado de trabalho, tornando a musculatura tensa. Quando a musculatura se encontra em tensão por tempo prolongado pode ocasionar pequenos deslizamentos nas vértebras e desgastá-las, fatores que podem pressionar os nervos provocando lesão e dor na coluna. As vértebras da coluna são passíveis de fadiga pela própria repetição de carga, ou pela realização de uma tarefa manual inabitual que exceda o limite da força. As duas maneiras e o esforço máximo pelo excesso de uso podem provocar micro lesões. A cada nova lesão, a área de cicatrização torna-se maior e os tecidos adjacentes vão se envolvendo diminuindo a capacidade muscular de suportar uma mesma quantidade de trabalho. (ACHOUR, 1996, p. 54-55)
 3.7.1.4 Flexibilidade da coluna
O músculo esquelético é um dos tipos de célula mais altamente ordenado e estruturalmente especializado. Os músculos variam em forma e tamanho. A porção central de um músculo inteiro é chamada de ventre. O ventre compreende compartimentos menores chamados fascículos. Cada fascículo consiste em compartimentos de fibras musculares e assim cada fibra muscular constitui uma única célula muscular. (VAN DE GRAAFF, 2003, p. 235-236)
Se um músculo está encurtado, os músculos adjacentes se contraem para evitar movimentos que poderiam lesioná-los. Isto por sua vez reduz o fornecimento nutricional nos tecidos e torna a pessoa cada vez mais limitada em realizar movimentos que exijam flexibilidade. A tensão muscular pode ser um mecanismo que precipita a desordem na coluna. Além disso, com a inatividade física, pode agravar-se o sistema de nutrição vertebral. Esses são os fatores que podem ocasionar a deterioração precoce dos discos vertebrais. Os exercícios físicos podem facilitar a nutrição dos discos e prevenir a degeneração precoce. O encurtamento também pode ocorrer nos ísquiostibiais, tornando a carga na coluna exagerada, em particular nas atividades de levantamento e condução de peso. (ALTER, 1999, p. 256-272).
Estudos relatam que a falta de constatação científica dos índices de flexibilidade como indicadores de problemas futuros na coluna não impossibilita prever se um programa que induz alteração na flexibilidade e do controle postural. A coluna vertebral pode realizar movimento multiplanar, pois sua força e flexibilidade não são proporcionais em toda sua porção. A região lombar possui maior capacidade de extensão e flexão do que de rotação. (ACHOUR, 1999, p. 57- 58)
 3.8 FATORES QUE INTERFEREM NA FLEXIBILIDADE
 
As estruturas que interferem na flexibilidade são: óssea, músculo, tendão, ligamento e cápsula articular. (ACHOUR, 1999, p. 3)
 Há vários fatores que podem limitar a amplitude de movimento de uma articulação, incluindo equilíbrio muscular impróprio, controle muscular, idade do músculo e a imobilização ou não do músculo. (ALTER, 1999, p.147-154)
Os músculos e seus tendões, juntamente com as bainhas fasciais circundantes, são responsáveis com maior freqüência pela limitação da amplitude de movimento. Ao realizar exercícios de alongamento para melhorar a flexibilidade em uma determinada articulação, você está tentando tirar partido das propriedades altamente elásticas dos músculos. Com o tempo, é possível aumentar a elasticidade ou a extensão em que um dado músculo pode ser alongado. Os indivíduos que apresentam boa quantidade de movimento em uma determinada articulação tendem a ter músculos altamente elásticos e flexíveis. (PRENTICE e VOIGHT, 2003, p. 84)
O mesmo autor relata que, a estrutura óssea pode restringir o ponto final da amplitude. A gordura também pode limitar a capacidade de realizar o movimento total. A pele também pode ser responsável pela limitação de movimento. O tecido conjuntivo que circunda a articulação, como os ligamentos e as cápsulas articulares têm certa elasticidade e, no entanto, se uma articulação for imobilizada durante certo período, essas estruturas tendem a perder um pouco de elasticidade e, na verdade, encurtam. 
3.9 AVALIAÇÕES E OS PRINCÍPIOS DE TREINO DE FLEXIBILIDADE
 
 Um treinamento de flexibilidade tem que ser específico e qualificado para cada indivíduo. Os instrumentos de flexibilidade têm por sua função quantificar em graus ou centímetros as diferentes articulações do corpo humano. Uma pessoa com boa flexibilidade gasta menos energia ao se movimentar do que uma pessoa sem flexibilidade. (ALLSEN e et al, 2001, p. 38)
3.9.1 Avaliação da flexibilidade
 
Os fatores individuais e complexos vão influenciar os diversos níveis de flexibilidade medidos, como os aspectos biomecânicos, fisiológicos e até psicológicos. Para qualquer medida da flexibilidade algumas variáveis devem ser consideradas: o nível de atividade física, a temperatura, a diferença sexual e a idade. Pois, estas influenciam nas propriedades físicas dos tecidos. A elasticidade, por exemplo, é a capacidade do organismo de resistir à deformação. (RIBEIRO, 2006, p.102)
A medida exata de flexibilidade necessária a um indivíduo não foi cientificamente determinada, devendo-se ressaltar que ela é específica para cada articulação do corpo. (ALLSEN e et al, 2001, p.38)
No entanto, é difícil estabelecer os limites e dimensionar. Qualificar a flexibilidade é relativamente simples, mas estabelecer valores exatos de amplitudes de movimento ainda está para ser resolvido. É insuficiente identificar o grau de flexibilidade; o que se pretende é uma análise precisa dos resultados dos testes a fim de se indicar uma conduta permanente na realização dos exercícios de alongamento em benefício da saúde, no caso de lombalgias, na convalescença e no desempenho atlético. Os instrumentos de flexibilidade podem contribuir nas respostas às implicações das diferentes amplitudes de movimentos para os vários objetivos. É difícil propor um critério de flexibilidade por idade e sexo, pois as interpretações objetivas dos testes de flexibilidade continuam de difícil alcance. (ACHOUR, 1999, p. 81)
Um método comum e distintoque deve ser empregada na maioria dos regimes de exercícios é um programa de aquecimento/ desaquecimento de flexibilidade que é definido como um programa de exercícios planejado, deliberado e regular feito imediatamente antes e depois de uma atividade para aumentar o desempenho ou reduzir o risco de lesão na atividade. (ALTER, 1999, p. 147-154)
A flexibilidade é específica, nos diferentes conjuntos músculo-articulares, estes apresentam diferentes ângulos de movimento. Assim, é concebível que haja diversas amplitudes de movimento de acordo com os ângulos de movimentos. Nesse sentido, a flexibilidade também sofre influência de coordenação em um padrão de movimento. (ACHOUR, 1999, p. 60)
3.9.2 Princípios de treino de flexibilidade
 A flexibilidade estática, embora não apresente a coordenação específica da flexibilidade dinâmica, compensa parcialmente essa diferença por ser considerada superior à flexibilidade dinâmica. (ACHOUR, 1999, p. 60). 
Flexibilidade estática é curvar-se lentamente para tocar o solo ou realizar um grand écart. Outro termo um tanto relacionado ao último é flexibilidade dinâmica. Esse termo refere-se à habilidade para usar a amplitude de movimento articular na realização de uma atividade física numa velocidade normal ou rápida. Um componente essencial de qualquer programa de treinamento é o programa de treinamento de flexibilidade. Pois é definido com exercícios planejados, deliberados e regulares que podem aumentar permanente e progressivamente a amplitude de movimento conveniente de uma articulação ou um conjunto de articulações durante um período curto. Os defensores afirmam que um programa de treinamento de flexibilidade pode resultar em benefícios que podem ser qualitativos ou quantitativos: relaxamento do estresse e da tensão; relaxamento muscular; auto-disciplina; alívio das câimbras musculares; melhora da aptidão corporal, postura e simetria; alívio do sofrimento muscular e risco reduzido de lesão ou dores lombares. Especialmente a
 flexibilidade favorável aumenta a eficiência do movimento.” (ALTER, 1999, p. 19-24)
 
3.9.3 Testes utilizados para aquisição da flexibilidade
 Os testes de flexibilidade usados no programa Exercícios e Qualidade de vida avaliam a flexibilidade da região lombar, do quadril, da parte posterior da coxa, dos músculos do ombro e da cintura escapular. (ALLSEN e et al, 2001, p. 38)
 É insuficiente identificar o grau de flexibilidade; o que se pretende é uma análise precisa dos resultados dos testes afim de, se indicar uma conduta permanente na realização dos exercícios de alongamento em benefício da saúde, no caso de lombalgias, na convalescença e no desempenho atlético. (ACHOUR, 1999, p. 82-92). Para avaliar a flexibilidade existem várias técnicas e instrumentos de medidas, constata-se na literatura utilização de goniômetros e flexômetros que proporcionam medidas em ângulos. (RIBEIRO, 2006, p. 105). O teste de Sentar e Alcançar são amplamente utilizados no meio desportivo para verificar se há relacionamento com as lesões musculares. (ACHOUR, 1996, 80-81)
Os testes existentes para a medição e avaliação da flexibilidade podem ser divididos em três grupos distintos: angulares, adimensionais e lineares. Os testes angulares possuem resultados expressos em ângulos (formados entre dois segmentos corporais que se opõem na articulação). A medida dos ângulos é chamada de goniometria podendo ser feita por diferentes instrumentos, como goniômetros e flexômetros. Considerada como técnica direta de mensuração respeita o aspecto de que a flexibilidade é específica para cada articulação e também é mais precisa, porém estes testes podem consumir muito tempo e dinheiro, o que pode limitar sua aplicação em estudos populacionais, por envolver um grande número de sujeitos. (ALLSEN et al., 2001, p. 38)
Os testes adimensionais possuem como principal característica a interpretação dos movimentos articulares comparando-os com uma folha de gabarito, determinando pontuação para a amplitude de movimento conseguida. Esta forma de avaliação, por sua extensão, não é adequada para estudos populacionais. Os testes lineares, considerados como técnicas indiretas para a medição da flexibilidade caracterizam-se por expressar seus resultados em uma escala de distância, normalmente em centímetros, mensurando a distância conseguida no movimento de uma articulação ou segmento corporal, tomando como referência a posição inicial, anterior ao movimento. O teste linear de sentar e alcançar (principalmente o teste de Wells & Dillon- 1952) é o mais difundido e utilizado, principalmente em estudos populacionais, mas também recebe críticas em seus resultados, que podem ser influenciados pela largura e extensão dos segmentos corporais e pela estatura, como também por envolver mais de uma articulação na realização da tarefa motora, onde uma articulação mais eficiente pode compensar a deficiência da outra. Porém este teste vem sendo fortemente indicado para a avaliação de crianças, adolescentes e adultos e seus resultados empregados como representativos da flexibilidade geral, com alta reprodutibilidade, e bem aceito por utilizar um movimento que se assemelha com algumas situações do cotidiano, por avaliar a flexibilidade ao nível de coluna e dos músculos isquiotibiais (associada à grande parte das queixas dolorosas na região lombar e aos problemas de ordem postural), e também por permitir avaliação em um grande número de pessoas devido à facilidade na sua aplicação e baixo custo. (KRUCHELSKI e RAUCHBACH, 2004, p. 02).
 
3.9.3.1 Teste de Sentar e Alcançar
 
O teste de sentar e alcançar é útil pela pouca necessidade de espaço pelo pouco tempo na aplicabilidade do teste, pelo material de baixo custo, de fácil aplicação e transporte, e é seguro. Entretanto, a flexibilidade não apresenta uma característica geral do corpo humano. Assim, o teste de sentar e alcançar não caracteriza a pessoa como flexível. (ACHOUR, 1999, p. 82-92)
Cureton (1941) desenvolveu o primeiro teste linear, entretanto, o de maior disseminação representa o teste de Sentar-e-Alcançar de Wells. (MARINS e GIANNICHI, 1998 apud KRUCHELSKI e RAUCHBACH, 2004, p. 02).
Esse teste é muito criticado e pesquisado. Por avaliar mais de uma articulação de maneira retilínea pode, por um lado, tornar-se o mais sujeito a erro e, por outro lado, é o mais utilizado pelo fato de a mensuração única fornecer um feedback de uma importante região anatômica (coluna e ísquiostibiais). (ACHOUR, 1999, p. 82-92)
Alguns autores assinalam que são vários os testes de sentar e alcançar e são comumente utilizados em baterias de aptidão física, que envolvem os isquiotibiais e a flexibilidade lombar. Já outros autores questionaram e constataram que a influência do tronco, comprimento de braços e pernas no escore do teste de sentar e alcançar. Outros autores também criticaram a validade do teste de Wells & Dillon, propondo novos testes e protocolos como: o V-teste de sentar e alcançar e o Back-saver sentar e alcançar. (RIBEIRO, 2006, p. 108) 
O teste de sentar e alcançar – Seat and Reach test (JOHNSON e NELSON, 1979), o objetivo é medir a flexibilidade do quadril, dorso e músculos posteriores dos membros inferiores. O equipamento usado é o flexômetro e o seu resultado é computada a melhor das três tentativas executadas pelo testando. (MARINS e GIANNICHI, 1998 apud KRUCHELSKI e RAUCHBACH, 2004, p. 02)
Para mensuração da flexibilidade dos músculos ísquiostibiais correlacionou-se de maneira moderada quando utilizado para comparação o flexômetro de Leighton. Todavia, foi baixa a correlação entre o teste de sentar e alcançar e o teste de Macrae & Wright para região da coluna. Os autores concluíram que o teste foi válido somente para os ísquiostibiais. Hoeger & Hopkins (1992), procuravam identificar se os maiores resultados no teste indicavam maior flexibilidade, ou se havia possibilidade de que, para alguns sujeitos, o relacionamento entre o comprimento dos membros superiores e o dos membros inferiores pudesseafetar o resultado do teste de sentar e alcançar. Assim em 1986, propuseram o teste modificado de sentar e alcançar, com finalidade de anular essas diferenças. (apud ACHOUR, 1999, p. 82-92 ) 
O teste padrão de sentar e alcançar utiliza uma caixa de sentar e alcançar (30,5 cm). (HEYWARD, 2004, p. 207). Conhecido como o banco de Wells, sendo adaptado ou não às necessidades do avaliador. (figura 1)
3.9.3.1.1 O banco de Wells 
O instrumento é composto de uma caixa de madeira com dimensão de 30,5 X 30,5 X 30,5 centímetros e com superfície de 56,5 centímetros de comprimento. Nessa é colocada a escala de medida, coincidindo o valor 23 com a posição dos pés do avaliador contra a caixa; o limite da escala é 50 cm, com valores de 0,50 cm entre elas. (ACHOUR,1999, p. 84)
 
 Figura 1 - O banco de Wells adaptado com dobradiças
 Fonte: Acervo pessoal
 	
3.9.3.1.2 Protocolo 
 
Oriente o cliente a sentar-se no chão com as pernas juntas, os joelhos estendidos e as plantas dos pés colocadas contra a borda da caixa . A menos que se estabeleça de outra forma, faça os clientes tirarem seus calçados para todos os protocolos de teste de sentar. (HEYWARD, 2004, p. 84). (ver figura 2) 
 Figura 2: O teste de sentar e alcançar
 Fonte: Acervo pessoal
 
O avaliado flexiona a coluna vertebral com a cabeça entre os braços até o alcance máximo do movimento não forçado, permanece estático por aproximadamente 2 segundos, quando o avaliador realiza a leitura na escala. São realizadas três tentativas. Será aceita como indicadora do alcance máximo do movimento maior das três. (ACHOUR, 1996, p.84) 
Para tal o avaliado deve realizar um prévio aquecimento com leves exercícios de alongamento. Deve-se, depois, registrar o maior índice alcançado (ACSM, 2000 apud RIBEIRO, 2006, p. 108)
 3.10 ALONGAMENTO
As fibras musculares são incapazes de alongar-se ou estenderem-se sozinhas. Para ocorrer o alongamento, uma força externa ao músculo deve ser recebida. Entre essas forças estão a gravidade, o momento (movimento), a força dos músculos antagonistas no lado oposto da articulação e a força fornecida por outras pessoas ou por alguma parte do próprio corpo da pessoa. (ALTER, 1999, p. 166)
O movimento articular depende da forma da articulação, do posicionamento dos ligamentos e da ação dos músculos envolvidos. Assim sendo, é fácil entender como os encurtamentos musculares agem como fatores limitantes da amplitude articular. (BARBOSA, 2002, p. 115)
Independente do método empregado, a possibilidade de alongamento além do limite de segurança de uma pessoa depende de uma variedade de fatores, incluindo a intensidade do alongamento, a duração do alongamento, a freqüência, ou número de movimentos realizados em um determinado período e a velocidade ou natureza do alongamento. (ALTER, 1999, p. 166) 
O trabalho de alongamento muscular, dentro do trabalho cinesioterápico, muitas vezes esquecido por fisioterapeutas, tem sido uma grande ferramenta nas intervenções preventivas e curativas. (BARBOSA, 2002, p. 115)
3.10.1 TIPOS DE ALONGAMENTO
O alongamento pode ser aplicado em músculos, tendões e ligamentos pela elaboração de uma força ativa nessas estruturas, podendo ser classificado como ativo passivo, estático e balístico. O alongamento ativo ocorre a partir da aplicação ativa de tensões nos músculos antagonistas. O alongamento passivo ocorre mediante a aplicação de uma força de alongamento diferente da tensão dos músculos antagonistas. O alongamento estático se dá pela manutenção de uma posição de alongamento lento, controlado e persistente através do tempo, habitualmente por trinta segundos. O alongamento balístico é brusco e de alta intensidade, não é aplicável como intervenção preventiva. (BARBOSA, 2002, p. 115)
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Esse estudo se caracteriza de modo analítico e quantitativo em colaboradores de uma empresa do ramo de transportes, onde se tem colaboradores do setor operacional que trabalham no transporte e manuseio de cargas.
4.1 MATERIAIS
 	A avaliação ocorreu através de instrumentos já utilizados em outros estudos. Foi realizada uma anamnese de cada colaborador, através de questionário e mapa de desconforto (apêndice B) onde os trabalhadores responderam e indicaram qual o local de dor e realizaram também o teste de sentar e alcançar antes de ser inserido ao programa de cinesioterapia/ ginástica laboral na empresa. Os resultados obtidos foram compilados e armazenados em tabelas, gerados do Microsoft Word 2007, e gráficos no Microsoft Excel 2007.
 
4.1.1 Equipamentos
Banco de Wells adaptado com dobradiças 
 Figura 3 – Banco de Wells adaptado com dobradiças
 Fonte: Acervo pessoal
Colchonete encapado com plástico PVC (marca desconhecida) – para realização do teste de sentar e alcançar.
Câmera digital Mitsuca 5.0 Mp.
Câmera digital Olimpus 7.0 Mp. 
Bastão em madeira de 1,20 cm – para realização de atividades.
Bambolê – arco em plástico para realização de atividades recreativas.
Questionário e mapa de desconforto (Oliveira, 2003)
Tabela de classificações em percentil para o teste padrão de sentar e alcançar (Heyward, 2004)
Prancheta de madeira e caneta bic azul – para preenchimento do questionário.
4.1.1.1 O banco de Wells e o protocolo utilizado
 O banco é um caixote de madeira de 30 x 30 cm, dotado de uma régua de medição fixa de 50 cm, recuada a 15 cm do local de apoio dos pés, e a pessoa descalça, senta-se na frente do banco com as pernas estendidas e empurra com as mãos uma peça de madeira móvel ao nível do banco que está sobre a régua de medição. (Ribeiro, 2003, p. 108) 
 O executante senta-se com os joelhos estendidos (o avaliador pode segurar os joelhos do executante), apóia os pés descalços na caixa e posiciona uma mão sobre a outra. Mantém os dois dedos indicadores unidos e sobrepostos apoiados sobre a superfície plana da caixa. (ACHOUR, 1999, p. 82-92)
4.1.2 Resultados do questionário e mapa de desconforto.
 Através de um questionário e mapa de desconforto (apêndice B) foram compilados em gráficos os parâmetros em relação a faixa etária entre os colaboradores, qual a região que relatavam maior dor e os fatores psicológicos sendo desconsiderados para uso na pesquisa o índice de pessoas fumantes, pessoas que ingerem álcool e o relacionamento no trabalho, uma vez que esses fatores segundo a literatura não interferem na musculatura do colaborador. 
	
Gráfico 1 – Faixa etária dos colaboradores
Fonte: Acervo Pessoal
	
Gráfico 2 – Níveis de distúrbios psicológicos nos colaboradores decorrentes do trabalho
Fonte: Acervo pessoal
	
Gráfico 3 – Região do mapa de desconforto onde o colaborador relatou dor 
Fonte: Acervo pessoal
 
	 No gráfico 1, estão apresentados a faixa etária dos colaboradores. Baseando nos resultados do gráfico 2 e gráfico 3 foi elaborado o programa de fisioterapia do trabalho, onde foi avaliado os fatores psicofisiológicos e com sessões de cinesioterapia laboral, e eventualmente quick massage e orientação através de palestras de conscientização para todos os colaboradores.
4.2 SELEÇÕES DA AMOSTRA
O grupo de colaboradores para o estudo foi constituído por uma amostra de conveniência, o motivo pelo qual se optou por esta mescla de funcionários se deu porque para o momento os únicos elementos que o pesquisador dispunha para o desenvolvimento da pesquisa foram estes. 
 Os sujeitos desse estudo foram selecionados, com base levando em consideração dois critérios: 1-) O quadro de dor na região lombar ; 2-) Assiduidade nas aulas de cinesioterapia/ ginástica laboral, realizadas 3(três) vezes por semana, na empresa MIRA OTM Transportes Ltda, situada no município de São Paulo, S.P.
 Entre os meses de novembro de 2007 e junho de 2008, foram convidados colaboradores para pesquisa onde realizavam o preenchimento de questionário e mapa de desconforto ( apêndice B) e realização de testesde flexibilidade como mostrado anteriormente seguindo o protocolo do Banco de Wells ( figura 2) e tabela ( anexo B) , onde 189 colaboradores preencheram questionário , 158 colaboradores compareceram à primeira semana para realização do primeiro teste que seria parâmetro para os seguintes, após 4 meses 136 colaboradores realizaram o segundo teste e 66 colaboradores compareceram para realização do teste, após o período de 8 meses. Entre os colaboradores, 47 colaboradores se fizeram presentes em todas as etapas. O mapa de desconforto (apêndice B) com as principais queixas de dores foi feito em virtude de se eliminar o efeito placebo, priorizando as queixas de dores por lombalgia. 
 Assim sendo, a amostra ficou constituída por 47 colaboradores, com idade média de 20 a 55 anos, destes 38 (trinta e oito) homens e 9 (nove) mulheres. Esses colaboradores realizavam uma jornada de trabalho de até 12 horas seguidas.
 No período de 8 meses participaram de sessões semanais de cinesioterapia/ ginástica laboral e eventualmente participaram de sessões de quick massage, recreações e palestras de conscientização sobre o assunto ergonomia e a importância da prática da cinesioterapia laboral. 
4.3 O PROCEDIMENTO DA CINESIOTERAPIA/ GINÁSTICA LABORAL
 O programa foi executado totalizando um período de 30 semanas ininterruptas. Foram realizadas a cinesioterapia/ ginástica laboral, 3 (três) sessões semanais em dias alternados nos horários das 7:00 às 7:15 hs e 14:00 às 14:15 hs, verificando as alterações da flexibilidade do tronco, musculatura ísquiotibiais e lombar, a cada 120 dias. As sessões de cinesioterapia/ ginástica laboral foram feitas com um grupo de colaboradores, que participaram do estudo assiduidamente, e foram realizados alongamentos que envolveram principalmente as musculaturas do pescoço, ombro, cintura, punho, mão, tornozelo, joelho, pernas, posterior da coxa e lombar. 
4.3.1 Descrição da cinesioterapia/ginástica laboral
 As sessões foram realizadas no próprio local de trabalho onde os colaboradores do setor operacional começavam elevando os braços com os dedos entrelaçados e inspirando como se estivessem espreguiçando (figura 4 em anexo 3), no período em que o setor operacional começavam o expediente, proporcionando assim uma sensação de bem estar antes de começar o trabalho.
4.3.1.1 Alongamentos na sessão operacional
		O setor operacional é composto pelas áreas: coleta, carregamento e distribuição. Os colaboradores deste setor são ajudantes gerais, motoristas e conferentes. A cinesioterapia/ ginástica laboral foi realizada no horário das 7:00 horas da manhã e 14:00 horas, período que começavam o expediente dos turnos matutino e vespertino, com duração em torno de 10 à 15 minutos, com 3 séries de 20-30 segundos cada alongamento.
	Nas figuras 5 e 6 (em anexo 3) os colaboradores alongam a musculatura que é muito utilizada pelos conferentes que escrevem e digitam o turno todo e motoristas que dirigem em torno de 8 horas seguidas. Essa tensão do dia-a-dia no trânsito acomete a cervical musculatura que alongamos ( figura 7 em anexo 3) . A musculatura mais utilizada pelos ajudantes gerais que andam o turno todo, levantam e carregam peso são quadríceps femoral e toda a musculatura de cadeia posterior que mostramos nas figuras 8 e 9 ( em anexo 3).
 
Cinesioterapia/ ginástica laboral com uso de acessórios
	
 Foram utilizados recursos como bastão em madeira e bambolê para algumas atividades, assim como recreações e dinâmicas. Essas atividades eram realizadas uma vez por semana para não tornar a rotina de cinesioterapia/ ginástica laboral muito monótona. Nas figuras 10, 11 e 12 (anexo 4), os colaboradores fazem os exercícios laborais com bastão de madeira simulando fortalecimento dos músculos usando o próprio bastão como peso, fazendo 3 (três) séries de 10 dez) repetições cada movimento.
Na figura 11 a e 11 b (anexo 4) simulamos flexão de cotovelo intercalando o bastão nas costas e no tórax, trabalhando com a musculatura do bíceps braquial e a coordenação do colaborador. Na figura 13 (anexo 4) foi realizado movimentos com bastão no chão estimulando a função e utilizando a musculatura dos dedos associando ao alongamento dos músculos paravertebrais. Ao final de cada mês foram realizados atividades de recreação incentivando a competição e cooperação entre os funcionários (figura 14a e 14b em anexo 4) e estimulando coordenação motora grossa e concentração dos colaboradores (figura 15 em anexo 4). trabalhando com o colaborador a coordenaçs exercterior 
5 RESULTADOS 
 
 Foi realizado o teste de sentar e alcançar seguindo o protocolo do banco de Wells (anexo 2), os colaboradores foram divididos em subgrupos para uma avaliação mais precisa, quantificando a faixa etária e apresentando assim os de níveis de flexibilidade de cada pós teste realizado. No gráfico 5, os resultados obtidos nos testes de flexibilidade não obteve parâmetros dos colaboradores de 30 – 39 anos, quanto a diminuição de flexibilidade.
	
Gráfico 4- Percentual de níveis de flexibilidade em colaboradores de 20 – 29 anos
Fonte: Acervo pessoal
	
Gráfico 5 – Percentual de níveis de flexibilidade de colaboradores de 30 - 39 anos.
Fonte: Acervo pessoal 
	
Gráfico 6 – Percentual de níveis de flexibilidade de colaboradores de 40 - 49 anos.
Fonte: Acervo pessoal
	
Gráfico 7- Percentual de níveis de flexibilidade de colaboradores de 50 - 55 anos
 Fonte: Acervo pessoal
	No gráfico 7, os resultados obtidos no 1º pós-teste não obtiveram significância percentual entre os colaboradores de 50- 55 anos, quanto à diminuição e manutenção da flexibilidade. E no 2º pós-teste não obteve resultados quanto à manutenção da flexibilidade. 
 	
6 DISCUSSÃO
 	 
 	Sobre os resultados apresentados autores como Achour (1998) acredita que o instrumento como o banco de Wells usado para avaliar a flexibilidade é útil pela pouca necessidade de espaço, pelo pouco tempo na aplicabilidade do teste, pelo material de baixo custo, de fácil aplicação e transporte, e é seguro, mas deixando claro na pauta que a flexibilidade não apresenta uma característica geral do corpo humano, assim esse teste não caracteriza a pessoa como flexível, sendo muito usado na relação atividade física e saúde, é o teste mais pesquisado e discutido entre os autores. Kruchelski e Rauschbach (2004) relatam que o teste linear de sentar e alcançar principalmente o teste de Wells e Dillon (1952) é o mais difundido e utilizado principalmente em estudos populacionais. Quando Ribeiro (2003) relata que alguns autores criticam a validade do teste, propondo mudanças no mesmo, nós percebemos a necessidade de adaptação ao banco de Wells no nosso estudo e encontramos em algumas literaturas o teste de sentar e alcançar modificado com outros recursos ou até mesmo sem o banco. 
 Nos gráficos 1, 2 e 3 foram aplicados um questionário e mapa de desconforto (apêndice B) os quais foram compilados os dados que a literatura cita importante para a implantação da cinesioterapia/ ginástica laboral . Lima (2007) relata que a avaliação dos indicadores determinados e pré-avaliados no início do programa de ginástica laboral é muito importante. Figueiredo e Álvão (2008) mostra em fases e caracteriza a fase I a qual , são colhidos os dados como características e condições de posto de trabalho, ritmo de trabalho, perfil do grupo. 
 Nos gráficos 4, 5, 6 e 7 mostram significância percentual com relação aos resultados ,mas na literatura consta em Araújo & Pereira & Farinatti (1998) apud Coelho & Araújo (2000) que com o objetivo de traçar um perfil da flexibilidade de acordo com faixas etárias, o que normalmente acontece, é que existe uma pequena perda de flexibilidade dos 16 aos 40 anos, porém, após os 40anos de idade o declínio é muito rápido . Segundo Einkauf et al.,(1987) apud Achour (1999) a maior perda da flexibilidade foi observada entre os 30- 39 anos de idade no movimento de extensão do tronco, sendo menos severa na flexão de tronco. Araújo & Pereira & Farinatti (1998) apud Coelho & Araújo (2000) cita que outro aspecto constatado, é que a variabilidade da flexibilidade corporal aumenta com a idade, momento em que o principal fator para a manutenção ou recuperação da flexibilidade é a prática regular de atividades físicas. Como foi o que aconteceu na avaliação da flexibilidade; os indivíduos que possuíam escores iniciais menores apresentaram maiores ganhos de flexibilidade na segunda avaliação. Contradizendo o que o autor anterior cita nosso estudo mostra que os índices de flexibilidade se manteve tanto no primeiro pós teste quanto no segundo pós-teste. 
 E por fim Achour (1999) relata que fatores como sexo e idade são secundários no desenvolvimento da flexibilidade, em particular se entra em jogo a saúde, pois em todas as idades é possível desenvolver a flexibilidade. Conforme mostramos no presente estudo.
7 CONCLUSÃO 	
 	 Verificou-se que os voluntários após 8 meses, apresentaram ganho de flexibilidade significativa e portanto o programa de fisioterapia do trabalho com ênfase em cinesioterapia laboral foi de grande importância.
 Sugerimos que outros estudos sejam realizados com outros tipos de teste de flexibilidade, os quais sejam também de fácil aplicação e transporte para o uso em empresas, auxiliando os profissionais da área para que através de relatórios apresente à direção da instituição os resultados dos níveis de flexibilidade obtidos antes e após a cinesioterapia/ ginástica laboral de todos colaboradores participantes.
 	Por fim o programa de fisioterapia do trabalho deve ser criado com o propósito de minimizar os possíveis distúrbios psicofisiológicos, seja em qualquer posto de trabalho, incluindo sessões cinesioterapia laboral, eventualmente sessões de quick massage, recreações e palestras de orientação de ergonomia e promoção de saúde.
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APÊNDICE A: Termo de consentimento de funcionário e pesquisador
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 Você está sendo convidado(a) a participar, como voluntário, em uma pesquisa que visa detectar os níveis de flexibilidade de colaboradores após o uso do programa de cinesioterapia laboral. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias de igual teor. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado(a) de forma alguma. 
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA: 
Título do Projeto: Fisioterapiado Trabalho: A flexibilidade em colaboradores de uma transportadora apósa utilização do programa de fisioterapia no trabalho com ênfase em cinesioterapia laboral.
Orientadora do projeto: Nicole Yaroshenko
Pesquisadora Responsável:Graziella Borges de Carvalho
Telefone para contato: (11) 9223-8864
 
Essa pesquisa tem como base para o estudo científico abordar os níveis de flexibilidade do colaborador, enfatizando a sequência de exercícios do programa de prevenção com a cinesioterapia laboral, na qual o colaborador participa três vezes por semana, durante 15 minutos. O objetivo deste estudo é levar ao conhecimento público, os resultados da cinesioterapia laboral em um grupo de colaboradores de uma transportadora, onde o grupo muscular da cadeia posterior é muito utilizado na sua função, tanto setor administrativo como setor operacional, uma vez o não tratamento poderá acarretar graves problemas na coluna.
 Você participará de livre e espontânea vontade do teste de flexibilidade, onde você sentará em um colchonete e será colocado uma caixa de madeira sob os seus membros inferiores, em seguida com os braços estendidos sobre a cabeça e mãos paralelas, deve realizar três tentativas, com intervalos de recuperação, flexionar lentamente o tronco até o valor máximo, mantidos os membros inferiores estendidos. Depois registraremos o maior índice alcançado pela medição.
O uso de forma errada da musculatura da cadeia posterior, pode acarretar desconforto em algumas regiões do corpo, portanto o funcionário toma ciência que a cinesioterapia laboral mal realizada pode provocar dores na musculatura. O funcionário avisará imediatamente o pesquisador, que se encontra com dor e então ele não realizará os exercícios laborais no dia. 
A participação do colaborador o beneficiará com alongamentos e relaxamento, promovendo um bem estar físico, psico-social e mental.
O período de participação será do mês novembro/2007 à maio/2008. Que você se prontifique a garantir sigilo total dessa pesquisa e poderá retirar seu consentimento a qualquer dia e em qualquer circunstância, sem qualquer prejuízo da continuidade do acompanhamento do estudo.
 CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO 
Eu, ______________________________RG: _________________________________ abaixo assinado, concordo em participar da pesquisa: Os níveis de flexibilidade em colaboradores de uma transportadora após o uso do programa de Fisioterapia no trabalho, como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador: Graziella Borges de Carvalho sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve à qualquer penalidade ou interrupção de meu acompanhamento/ assistência/ tratamento. 
São Paulo,____/____/____. ____________________________ 
 Assinatura do participante
 
 
Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e aceite do colaborador em participar.
Nome: ______________________________Assinatura: _________________________ APÊNDICE B : Questionário e mapa de desconforto
Departamento:_____________________________Data:________________
 Idade:________
Por favor marque com um X a resposta que retrate a sua realidade a sua realidade “atual”.
Você fuma?
( ) sim ( ) não
Você bebe?
( ) sim ( ) não
 3-Você tem dificuldade em se relacionar com as pessoas do seu trabalho?
( ) sim ( ) não
Como você se sente atualmente no horário de trabalho?
( ) estressado ( ) irritado ( ) nervoso
( ) cansado ( ) mau humorado ( ) desmotivado
 ( ) estou tenso
Se você sente dor em alguma parte do corpo, marque com um X na figura abaixo:
ANEXO 1 : NORMAS REGULAMENTADORAS
NR 17 – Ergonomia
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. (117.001-5 / I1)
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 / I2)
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. (117.003-1 / I1)
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. (117.004-0 / 11)
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. (117.005-8 / 11)
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1)
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; (117.007-4 / I2)
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; (117.008-2 / I2)
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2)
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais

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