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DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

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Cuidados Nutricionais e Farmacológicos NA dPoC 
 
Definição
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por limitação do fluxo aéreo, não totalmente reversível, progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos. 
https://www.youtube.com/watch?v=mkmaQd-MdQ8
Epidemiologia
Atualmente, a DPOC é a quinta causa mais frequente de morte, e estudos mostram que em 2030 será a quarta mais frequente;
 No Brasil estima-se que haja por volta de 7 milhões de pessoas com DPOC;
Uma amostra utilizada extraída da cidade de São Paulo mostrou a prevalência total de 15,8%, sendo:
18% homens
14%, mulheres
Fatores de Risco
O fator de risco considerado mais importante para presença da DPOC é a fumaça de cigarro;
 Fatores adicionais incluem: poeiras, produtos químicos ocupacionais, infecções respiratórias graves na infância e suscetibilidade genética; 
Poluição do ar intradomiciliar: Proveniente de fogões a lenha utilizados para cozinhar e aquecer residências pouco ventiladas;
 Poluição extradomiciliar: exposição passiva à fumaça de cigarro. 
 
Sinais e Sintomas
Dispnéia crônica - aparece tardiamente;
Progressiva tosse, seca ou produtiva;
 Casos graves: 
 Fadiga, perda de peso e anorexia;
Outras comorbidades: 
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), hipertensão arterial pulmonar ou cor pulmonale (alargamento do ventrículo direito e insuficiência cardíaca). 
 
 Fisiopatologia
Características Fisiopatológicas 
Fisiopatologia
Pacientes com enfisema:
 Magros, frequentemente caquéticos, na maioria são velhos e apresentam hipóxia leve. 
Com valores normais de hematócritos. A condição de cor pulmonale se desenvolve tardiamente.
Fisiopatologia 
Pacientes com bronquite crônica: 
Peso normal e frequentemente acima do peso. A hipóxia é proeminente nesses pacientes;
Hematócrito mostram-se aumentados e o cor pulmonale se desenvolve precocemente.
Diagnóstico
História clínica:
Os principais sintomas são: dispnéia ao esforço, sibilos (chiados no peito) e tosse geralmente produtiva;
Outro elemento importante é o relato de tabagismo, a principal causa da DPOC, mas não é obrigatório;
Exame físico:
As alterações do exame físico são observadas nas formas mais avançadas da doença e com predomínio do componente enfisematoso (Que tem as características do enfisema). 
São elas: respiração com lábios semicerrados, diminuição dos sons respiratórios e sibilos etc. 
Exames complementares:
O paciente com suspeita clínica de DPOC deverá ser submetido a radiograma de tórax, avaliação espirométrica e oximetria de pulso. 
(A oximetria de pulso é um método não invasivo de monitorar continuamente a saturação de oxigênio da hemoglobina (SpO2 ou SaO2)). 
Cuidados Nutricionais
Objetivos da dietoterapia: 
Durante as exacerbações da doença, os objetivos da terapia nutricional no paciente com DPC são reduzir o catabolismo e a perda nitrogenada e, nos períodos de estabilidade, a depleção o nutricional.
 
Características da dieta
 Cardápio 1 dia
Tratamento Farmacológico (Interação Droga x Nutriente)
 A base do tratamento medicamentoso são os broncodilatadores por via inalatória, os quais proporcionam alívio sintomático; 
 Broncodilatador anticolinérgico (brometo de ipratrópio): O brometo deipratrópio bloqueia os receptores muscarínicos da árvore brônquica, estando o efeito broncodilatador relacionado ao bloqueio M3. 
 Corticosteroides inalatórios (budesonida, beclometasona): Glicocorticoides são usados por via sistêmica para o controle das exacerbações moderadas a graves. A via oral deve ser usada preferencialmente.
Oxigenoterapia domiciliar: Oxigenoterapia por mais de 15 horas/dia reduz a mortalidade em pacientes hipoxêmicos crônicos.
Conclusão
	A DPOC é uma doença caracterizada por desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível, é a quinta causa mais frente de morte. O fator de risco mais importante é o tabagismo. A DPOC engloba a bronquite crônica e o enfisema. Não tem cura, os indivíduos podem ter uma vida praticamente normal fazendo tratamento farmacológico e como uma dieta normal, mas recomendando uma oferta energética e proteica suficiente para melhorar ou manter o estado nutricional o mais próximo possível da normalidade.

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