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Políticas Públicas e Organização da Educação Básica Prof. Márcia Medeiros Aula 04 Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar Em 1964, logo após a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases, o Brasil mergulhou em um novo momento político. Através de um Golpe de Estado, instaurou-se outro governo autoritário, fase conhecida como “Ditadura Militar”. Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar Foram anos difíceis, marcados por uma intensa repressão e perseguição aos opositores do regime militar. Essa perseguição aconteceu de diversas formas: cassando e torturando políticos; impedindo os movimentos sociais; a organização de estudantes que lutavam contra a ditadura; censurando artistas. Uma nova Constituição foi outorgada à sociedade pelo governo militar. Nela, os direitos dos cidadãos foram restringidos, o presidente concentrava poderes, além de ser eleito de forma indireta pelo Congresso Nacional. Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar Assim como disposto na Constituição anterior, fica expresso que o ensino é livre à ação da iniciativa privada, que continua a ter acesso a incentivos e facilidades financeiras dos cofres públicos. Na nova constituição, o capítulo sobre educação reafirma o direito de todos à educação. Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar Esse momento histórico exigiu alterações na legislação educacional. As diretrizes básicas, estabelecidas pela LDB 4024/61 não são alteradas, demonstrando a continuidade da ordem socioeconômica mantida pelo golpe. Mas foram elaboradas duas leis que reformaram alguns aspectos da LDB vigente. Uma tratou de modificar os ensinos primário e secundário, enquanto outra abordou o superior. Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar A Reforma do Ensino Superior. LEI 5540/68. Tinha por finalidade a desmobilização dos estudantes universitários. Para isso, foi implantado o sistema de “créditos”, que obrigava os alunos a realizarem a matrícula por disciplinas. Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar A Reforma do Ensino de 1º e 2º graus. LEI 5692/71. Essa lei foi criada por um grupo de trabalho que tinha por objetivo adequar o ensino ao momento político instaurado pelo Golpe de 1964, e às necessidades sociais e econômicas que o governo militar se empenhava em garantir. Alterou a estrutura de ensino que se organizava em 1º e 2º graus. O primeiro grau passou a abranger os antigos ensino primário e ginásio, atendendo às crianças dos 7 aos 14 anos. Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar Outras alterações: O ensino profissionalizante. Tinha o objetivo de atender à formação de mão-de-obra para a ampliação da demanda do mercado de trabalho. Para isso, criou um capítulo para tratar do ensino supletivo. Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar As dificuldades financeiras para a implantação de laboratórios e instalação de equipamentos nas escolas, cobrada pela Lei 5692/71, foi grande. Muitas instituições escolares nunca chegaram a disponibilizar as disciplinas profissionalizantes para os estudantes, gerando uma pressão muito grande para o fim desta exigência. Aula IV: As Reformas Educacionais da Ditadura Militar Em 1982 entrou em vigor a Lei nº. 7044. Esta lei alterou os dispositivos da Lei 5692/71, que estabeleciam a profissionalização do ensino de 2º grau. Essa reforma acarretou algumas mudanças na estrutura curricular e liberou as escolas de segundo grau da obrigatoriedade da profissionalização. Profª Márcia Medeiros. Graduação em Pedagogia (Universidade Federal Fluminense) e mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense. Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9750509671241800 Obrigada!