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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA-SP
 MARIA xxx, brasileira, viúva, profissão, portadora de identidade n°…, expedida pelo…, inscrita no CPF/MF sob n°…, E-mail: ….@....., residente e domiciliada na Rua Bérgamo nº 123, apt. 205, na cidade de Araçatuba/SP. Vem mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado: xxx, OAB/xx xxx, residente e domiciliado (endereço completo), E-mail: ….@....., em procuração a costada aos autos, pra fins do artigo 319, II e artigo 77, V do NCPC, vem a este juízo propor a presente demanda.
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS 
 Ação pelo rito comum, em face de ROBERTO xxx, brasileiro, estado civil, comerciante, portador de identidade n°…, expedida pelo…, inscrito no CPF/MF sob n°…, E-mail: …..@......, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Recife/PE, de acordo com o artigo 319, II do NCPC. Pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor: 
 
I. DAS PRELIMINARES 
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA 
 Requer a Autora, que lhe seja deferido os benefícios da Justiça Gratuita, tendo em vista de que a mesma não possui meios de arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprioe de seus familiares. Assim requer a aplicação do arrimo do que expressa a Lei nº 1.060/50, do artigo 98 e 99 do NCPC e do artigo 5º, LXXIV da CF.
 II. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
 É competente o presente foro para a propositura da ação em tela, tendo em vista as circunstâncias o riginárias da ação, o homicídio culposo já reconhecido por sentença judicial. A vista disso, e conforme expressão exposta no artigo 53 do nosso código de processo civil cabe ao autor a possibilidade de escolher propor a ação para reparação de dano tanto em seu domicílio quanto no local onde ocorrera o fato. Nesse sentido: 
Art. 53. É competente o foro: (...) 
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: 
a) de reparação de dano; 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. (CPC/2015) 
 III. DOS FATOS 
 O presente caso tem como início o fato de que o Sr. Marcos xxx, esposo da Sra. Maria xxx, ora Autora, enquanto caminhava por uma Rua na cidade de Recife/PE, fora atingido por um aparelho de ar-condicionado que era manejado pelo Sr. Roberto, ora Réu, que é comerciante e proprietário de uma padaria localizada no local aludido. O Sr. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a falecer após estar internado por um dia. 
 A senhora Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda repentina e trágica do seu esposo, tivera que se deslocar até a cidade de Recife/PE, para poder efetivar o translado do corpo de volta para casa, na cidade de Araçatuba/SP, onde ocorrera o sepultamento. O falecido não deixou filhos, sendo que o mesmo já possuía 50 anos de idade, era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, com uma renda nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com serviços de pedreiro. 
 Todo o desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares que somaram o total de R$ 3.000,00, junto com os gastos com transporte do corpo e funeral cujo valor consolidou-se em mais R$ 3.000,00. Cumpre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora instaurado por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado. O Senhor Paulo fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. É a suma dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material. 
IV. DO MÉRITO
DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 
 Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade do Sr. Paulo sobre o ocorrido, quando deixou de manejar comprudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da altura em que caia, pode de todo certo machucar gravemente a quem atingir. E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz a caso do destino vinha passando naquele exato momento. Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu, nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro, valendo ainda ressaltar o teor das disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo regramento, vejamos: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
 O fato é extremamente triste e toma contornos ainda mais lamentáveis quando a vítima, um senhor já de 50 anos, era o único provedor financeiro de sua companheira, a Sra. Maria. O parco dinheiro que conseguia, que jamais ultrapassava o valor de um salário mínimo, fruto de muito esforço de trabalhos como pedreiro, não trouxe qualquer luxo ou conforto na vida do casal. E naquele momento, depois de ter perdido tão repentinamente o seu marido, a Senhora Maria vira-se devedora de um valor de R$. 6.000,00, já se incluindo os gastos com funeral e translado do corpo. 
 Cabe lembrar que o episódio do caso em tela fora objeto de ação penal, quando se deu por sentença o reconhecimento da responsabilidade culposa do Réu no ocorrido, isto é, este fora condenado como autor de homicídio culposo. A vista disso, de modo feliz, o código civil traz os reflexos que a condenação penal tem em uma eventual indenização em ação civil reparatória. A disposição é expressa no artigo 948, I e II do código civil brasileiro, ao nitidamente aduzir sobre o que consiste indenização. Veja-se: 
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. (CC) 
 Deste modo, ínclito Julgador, nota-se que o caso é passível de indenização afim de que mitigue as despesas que a Senhora Maria sofrera, e que a mesma não é capaz de saldar. Não tão somente são devidos os valores dos gastos referentes ao funeral e translado do corpo, de ordem de R$ 6.000,00 (seis mil reais), mas também se resta cabido uma reparação contínua, do luto e das graves dificuldades que a Autora certamente virá a sofrer ao continuar, agora sozinha, sua vida. Dito isto, requer-se, por ocasião de todos os danos sofridos e vindouros, a concessão de pensão de caráter alimentício vitalícia a viúva, em prestação de valor equivalente ao salário mínimo ou, como vossa Excelência julgar, mostre-se adequado a senhora Maria para manter-se em uma vida digna. 
V. DOS PEDIDOS
 Por todo o exposto, juntamente com a efetiva condenação do réu, desde logo, a Autora requer: 
O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que a mesma é pobre na forma da lei. 
Deixar expresso a realização para audiência de conciliação e/ou mediação; 
A intimação do Réu para comparecer a audiência;
A citação do Réu para apresentar contestação no prazo legal, sob pena de sofrer efeito da revelia;
A condenação do Réu nas despesas sofridas no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), nos termos do artigo 948 do CC, devidamente corrigidos com juros e correção monetária, acrescido com o estabelecimento de obrigaçãode indenizá-la pelas perdas e danos materiais suportados e de R$ …… a título de dano moral; 
A concessão de pensão alimentícia vitalícia em valor equivalente ao salário mínimo mensal ou conforme o Magistrado julgar adequado;
Condenação ao pagamento dos ônus sucumbências (art. 85 do CPC), bem como as custas processuais a serem fixadas. 
VI. Das Provas
 Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos; na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
VII. Valor da Causa
 Dar-se-á o valor da causa em R$ 6.000,00 (seis mil reais). 
 Nestes termos, pede e espera deferimento em razão de Maria xxx . 
 Local, (dia), (mês) de (ano). 
 Calry Confessor OAB/RN XX.XXX-X

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