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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS – UFLA Laboratório de Física II – Professor Nogales Relatório 2 – Densidade dos sólidos Ana Cristina Marhette Marinho – 201620657 Desirée Esther Iathuk Vieira – 201620639 Lucas Vasoncelos Prado Panissa – 201421394 Abril – 2018 Objetivo O relatório consolida o processo de aprendizado em laboratório, subsidiando a afirmação da precisão dos dados obtidos e acurácia dos resultados trabalhados, além do tratamento dos levantamentos pela teoria de erros, descobrindo o causador do erro na medida ao analisar qual apresenta o maior erro em cada caso (se a balança ou a régua). E, ao calcular a densidade de cada objeto, pesquisar e descobrir o material pelo qual cada um é composto. Introdução Densidade ou massa específica é uma característica própria de cada material e para medí-la é necessário que se conheça a massa e o volume do objeto estudado, já que a densidade é a massa dividida pelo volume. ρ = v m (1) A massa do objeto pode ser medida com uma balança, já seu volume deve ser calculado conforme sua forma. No caso, os objetos de estudos eram retangulares e cilíndricos. Quando retangular, o volume pode ser facilmente calculado ao multiplicar a largura (a), pelo comprimento (b) e pela altura (c). Figura 1: Ilustração de um paralelepipedo para demonstrar o formato do objeto do experimento V = a x b x c (2) Quando cilíndrico, o volume é obtido através do produto da área de sua base pela altura. Sendo a base do cilindro um círculo, a área da sua base é π x r² e sua altura é h. Dessa forma o volume do cilíndro é π x r² x h. Figura 2: Ilustração de um cilindro para demonstrar o formato do objeto do experimento v = π * r2 * h (3) Os erros são inerentes a todas as medidas e nunca são completamente eliminados, mas, segundo a teoria dos erros, o problema está resolvido se apresentado juntamente à solução. Para se obter o valor do erro, é necessário dimensionar o erro na cadeia de cálculos. No caso do volume, o erro é calculado pela variação do volume equivalente a variação da base multiplicado pela largura vezes a altura, somados à variação da largura multiplicado pela base vezes a altura e somado à variação da altura multiplicada pela base vezes largura. V a h a∆ = ∂V∂a1 * Δ 1 + ∂h ∂v * ∆ + ∂V∂a2 * Δ 2 (4) V h r∆ = ∂h ∂v * ∆ + ∂r ∂v * ∆ (5) Para o erro da densidade temos: ρ∆ = v ∆m + v2 ∆v * m (6) Este relatório documenta o experimento realizado no Laboratório de Física II, que teve como objetivo a análise da densidade dos sólidos e a descoberta do material de composição. Materiais utilizados e procedimentos experimentais Os materiais utilizados para realização do experimento que determina a densidade foram: um cilindro polimérico, um cilindro metálico, um paralelepípedo de alumínio, um transferidor 180º de menor medida 0,1 mm, um paquímetro de menor medida 0,05 mm e uma balança de menor medida 0,01 g. Para calcular a densidade é necessário dividir a massa (m) pelo volume (v) como demonstrado na equação (1). Primeiramente, foi determinado as massas dos objetos, para isso tarou-se a balança e cada objeto foi pesado separadamente. Em seguida, as dimensões dos objetos foram determinadas utilizando o paquímetro e o transferidor para que em seguida fossem calculados os volumes. Para determinar o volume dos cilindros seguiu-se a equação (3), que multiplica o raio (r) ao quadrado, por pi (π) vezes a altura (h) A partir desta equação também foi possível determinar o erro do volume ( ) v∆ utilizando as derivadas parciais como mostra a equação (5) Já para determinar o volume do paralelepípedo usou-se a equação (2), que multiplica a altura (h), pela altura vezes a aresta (a). Também foi calculado o erro do volume para o paralelepípedo como mostra a equação (4). Desta forma foi calculado as densidades, os volumes e os erros dos volumes. Já para o erro da densidade foi utilizado a fórmula (6), em que é o erro dam∆ balança. Resultados e discussões Foi feita a medição das massas dos objetos através de uma balança, sendo os objetos de diferentes materiais tais como polímero, metal e alumínio identificados como objeto 1 objeto 2 e objeto 3 respectivamente, levando-se em conta o erro da balança de 0,01 g conforme a tabela 1. Massa dos objetos Objetos Massa (g) 1 13,35 2 144,73 3 39,45 Tabela 1: Massa dos objetos obtida por uma balança de erro 0,01 g. Em seguida, foram medidas as dimensões dos objetos, como apresentados nas tabela 2, tabela 3 e tabela 4. Dimensões objeto 1 Paquímetro (cm) Transferidor (cm) Altura 4,05 0,05± 4,0 0,1± Diâmetro 1,92 0,05± 1,9 0,1± Raio 0,96 0,05± 0,95 0,1± Tabela 2: Dimensões do objeto 1 através do paquímetro e do transferidor Dimensões objeto 2 Paquímetro (cm) Transferidor (cm) Altura 6,05 0,05± 5,9 0,1± Diâmetro 1,91 0,05± 1,9 0,1± Raio 0,96 0,05± 0,95 0,1± Tabela 3: Dimensões do objeto 2 através do paquímetro e do transferidor Dimensões objeto 3 Paquímetro (cm) Transferidor (cm) Altura 6,10 0,05± 6,1 0,1± Aresta 1 1,90 0,05± 1,9 0,1± Aresta 2 1,26 0,05± 1,3 0,1± Tabela 4: Dimensões do objeto 3 através do paquímetro e do transferidor A partir das dimensões dos objetos foram utilizadas as equações de volume para calcular o respectivo volume de cada objeto. Para os cilindros utilizou a equação (3) e para o paralelepípedo utilizou a equação (2). Para calcular o erro do volume utilizamos as equações (4) e (5). E para demonstrar onde o erro é mais significativo as tabelas 5, 6 e 7, estão representadas separadamente cada parte da equação do erro, além do volume total ( ).V t Volume objeto 1 e seu erro V ( )cm3 h∂h∂V * Δ r∂r∂V * Δ VΔ ( )V t cm3 Paquímetro 11,73 0,1448 1,221 1,366 11,73 ± 1,366 Transferidor 11,34 0,2835 2,387 2,671 11,34 ± 2,671 Tabela 5: Volume e erro do objeto 1. Volume objeto 2 e seu erro V ( )cm3 h∂h∂V * Δ r∂r∂V * Δ VΔ ( )V t cm3 Paquímetro 17,33 0,1448 1,825 1,970 17,33 ± 1,970 Transferidor 16,73 0,2835 3,522 3,806 16,73 ± 3,806 Tabela 6: Volume e erro do objeto 2. Volume objeto 3 e seu erro V ( )cm3 h∂h ∂V * Δ a∂V∂a1 * Δ 1 a ∂V ∂a2 * Δ 2 VΔ ( )V t cm 3 Paquímetro 14,60 0,1197 0,5795 0,3843 1,084 14,60 ± 1,084 Transferidor 15,07 1,159 0,2470 0,7930 2,199 15,07 ± 2,199 Tabela 7: Volume e erro do objeto 3. Assim como as tabelas dos volumes estavam representando além do volume o erro, nas tabelas de densidade também está apresentado o erro da mesma forma. Como podemos ver nas tabelas 8, 9 e 10. Densidade objeto 1 e seu erro (g/cm )ρ 3 vΔm v2 Δv * m ρΔ (g/cm )ρt 3 Paquímetro 1,14 8,53× 10−4 0,133 0,134 1,14±0,134 Transferidor 1,19 8,81× 10−4 0,277 0,278 1,19±0,278 Tabela 8: Densidade e erro do objeto 1. Densidade objeto 2 e seu erro (g/cm )ρ 3 vΔm v2 Δv * m ρΔ (g/cm )ρt 3 Paquímetro 8,35 5,77× 10−4 0,945 0,945 8,35±0,945 Transferidor 8,65 5,97× 10−4 1,97 1,97 8,65±1,97 Tabela 9: Densidade e erro do objeto 2. Densidade objeto 3 e seu erro (g/cm )ρ 3 vΔmv2 Δv * m ρΔ (g/cm )ρt 3 Paquímetro 2,70 6,85× 10−4 0,208 0,209 2,70±0,209 Transferidor 2,62 7,30× 10−4 0,382 0,383 2,62±0,383 Tabela 10: Densidade e erro do objeto 1. Análise de resultados e conclusões Ao analisar as medidas realizadas pelo paquímetro e pelo transferidor tendo em mente que o erro do paquímetro é de 0.05 mm e o erro do transferidor é de 0.1 mm, pode-se concluir que o paquímetro é duas vezes mais preciso. Com base nas tabelas de volume 5 e 6, podemos ver que o erro do cálculo do volume para estes dois objetos cilíndricos, está sob maior influência da incerteza do raio, tanto na medição com o paquímetro, quanto com o transferidor. Já na tabela 7 o erro não está sob a mesma influência como nos cilindros. Na dimensão medida pelo paquímetro a incerteza maior está na aresta 1 (maior aresta), enquanto na dimensão medida pelo transferidor a incerteza maior está na altura. A partir das tabelas de densidade podemos perceber que o objeto 2 possui maior densidade, dentre os 3 objetos, sendo assim o mais denso. Como a densidade é uma grandeza diretamente proporcional a massa, esta conclusão vai de encontro com a tabela 1 que nos mostra que o objeto 2 possui a maior massa dentre os objetos. Além disto, podemos fazer uma correlação entre as tabelas de densidade e volume, pois em todos os objetos e em ambas instrumentações utilizadas para as medições, foi possível analisar que a maior influência sob o erro é a incerteza do volume. De acordo com o Anexo 2, podemos comparar o resultado encontrado da densidade do objeto 2 com os valores da tabela e concluir que o metal é um latão recozido; já que o erro relativo é de 0,59%. Assim como também podemos concluir que o objeto 3 é realmente alumínio laminado, pois os valores das densidades se igualam, ou seja são iguais a 2,70 ./cmg 3 Como feito com os metais, comparamos o valor obtido da densidade do objeto 1 com os valores do anexo 1. Portanto, conclui-se que o polímero deste objeto é o nylon com erro relativo de 0,86%. Anexos Anexo 1: Tabela de densidade de polímeros Anexo 2: Tabela de densidade de diversos materiais Bibliografia ● TSUCHIDA, J.E.; UGUCIONI, J.C.; LOBATO, R.L .M. Apostila de laboratório de Física B. UFLA, 2015. disponível em: http://www.euroaktion.com.br/Tabela%20de%20Densidade%20dos%20M ateriais.pdf ● Densidade de Polímeros (Experimento 2 -Aula 3) Física Experimental I - Marina M. Mendonça
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