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* AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA E FUNÇÕES MENTAIS Sistematização da Assistência de Enfermagem Profª. Roberta Vasconcellos * AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Revisão do sistema neurológico Estrutura e Função * Sistema Nervoso Central * Sistema Nervoso Periférico * Consciência - É o conjunto de funções do encéfalo que permite ao indivíduo reagir aos estímulos do meio externo e interagir com o ambiente. É o conhecimento que nós temos de nós mesmos e do mundo externo. * Avaliação do Nível de Consciência Consciente ou Estado de Alerta No estado de alerta o paciente está ativo e responde apropriadamente aos mínimos estímulos externos, mostrando-se perceptível ao meio. Estado neurofisiológico normal. Em pacientes conscientes, deve-se determinar o “Conteúdo da Consciência”, que abrange a orientação e a atividade mental. * Quanto a orientação, pesquisa-se quanto ao tempo, lugar e pessoa. Quanto a atividade mental, deve-se avaliar a memória e suas possíveis variações, a capacidade para calcular, a capacidade de julgamento e as funções integrativas como dicção e linguagem. Avaliação do conteúdo da consciência * Avaliação da memória Memória imediata Memória recente Memória pregressa Alterações: amnésia, paramnésia * Avaliação cognitiva Cálculos: problemas aritméticos simples Dicção e linguagem falada e escrita Compreensão e expressão Alterações: dislalia, disartria, disfasia e afasia - Afasia motora, de Brocca ou verbal - Afasia receptiva , de Wernicke ou sensorial - Afasia global - Afasia amnésica Capacidade de julgamento: significado dos ditos populares. * Avaliação das funções corticais superiores Distúrbios: Agnosias: perda do reconhecimento - Agnosia auditiva, da visão (cegueira cortical ou psíquica), estereoagnosias (de objetos), somatoagnosias (do próprio corpo), prosopoagnosia (fisionomia alheia), autoprosopoagnosia (própria fisionomia) Apraxias: incapacidade de atividade gestual consciente - Apraxia construtiva (de desenhar), apraxia ideomotora (de gestos simples), apraxia ideatória, apraxia de vestir * Avaliação da psiquê Mudanças de personalidade Alterações comportamentais: ilusões, fobias, alucinações, obcessões, humor e reação do paciente à doença. Alterações: ansiedade, depressão, excitação * Aspectos Importantes na Avaliação do Nível de consciência Segundo Koizumi (1990), para se determinar o nível de consciência, o examinador precisa saber distinguir as respostas de perceptividade e as respostas de reatividade. A perceptividade são respostas produzidas por mecanismos nervosos adquiridos pela aprendizagem e requer certo grau de integração cortical, como a expressão de gestos e palavras. * A reatividade, independe de integração cortical e pode ser classificada em: - Reatividade inespecífica: induzida por mecanismos localizados em regiões subcorticais e manifestadas por rotação dos olhos e cabeça, quando o paciente está com os olhos abertos, e pela reação de despertar, se ele mantém os olhos fechados. - Reatividade à dor: depende de estruturas localizadas no tronco cerebral e integridade em nível espinhal. - Reatividade vegetativa: ligada as funções neurovegetativas. Reatividade * Parâmetros para avaliação do nível de consciência (KOIZUMI, 1990) A escala de coma de Glasgow O padrão respiratório O tamanho e a reatividade pupilar Os movimentos oculares - As respostas motoras * Escala de coma de Glasgow Determina as alterações do nível de consciência de forma Global e permite interpretar o grau de disfunção cerebral. * Alterações do nível de consciência Obnubilação ou sonolência comportamento obtuso com vigilância alterada com tendência excessiva para dormir, desorientação no tempo e espaço.Respostas normais à perguntas simples e estímulos dolorosos ( Glasgow 14 a 12). Torpor A pessoa só se desperta com estímulos dolorosos vigorosos, voltando ao sono após cessados os estímulos (Glasgow 11 a 8). * Alterações do nível de consciência Coma Estado em que a pessoa não desperta (Glasgow 7 a 3). Coma superficial: movimentos semiapropriados, emissão de sons em forma de rugidos e resposta com taquipneia a estímulos intensos ou dolorosos. Podem estar presentes os reflexos pupilares, corneanos e faríngeo (Glasgow 7). Coma de grau médio: tem resposta pupilar, corneana, rigidez de decorticação ou descerebração (Glasgow 6-5). * Alterações do nível de consciência Coma profundo: nenhuma resposta é obtida Todos os reflexos estão abolidos. É o coma irreversível, risco elevado de morte encefálica (Glasgow 4-3). * Outra classificação de Coma Grau I: também conhecido como coma vigil, onde o paciente mantém resposta à dor, reflexos tendinosos e sinais vitais presentes. Grau II: chamado de coma leve. A resposta aos estímulos está ausente e os reflexos tendinosos e os sinais vitais estão presentes. Grau III: coma profundo. A resposta à dor e os reflexos tendinosos estão ausentes, mas os sinais vitais estão presentes. Grau IV: depassée. Nesse tipo de coma, a resposta à dor, os reflexos tendinosos e os sinais vitais estão ausentes. É irreversível. * Coma Coma metabólico: causado por doenças extrínsecas ao SNC, que interferem no metabolismo neuronal. Ex.: coma hepático, secundário à anóxia, à insuficiência renal e à hipoglicemia. -Coma estrutural: causado por doenças neurológicas. Ex.: Acidentes vasculares e tumores encefálicos * Principais Problemas Associados ao Comprometimento da Consciência * * Avaliação do Padrão Respiratório A avaliação do padrão respiratório é feita através da observação da frequência, do ritmo e da amplitude da respiração. Distúrbios respiratórios de origem central: * Padrão respiratório A- Cheyne Stokes B- Hiperpneia Neurogênica Central C- Apnêustica D- Atáxica * Avaliação da Pupilas A avaliação da pupila: tamanho (midríase, miose e puntiforme), simetria (isocoria e anisocoria) e reatividade pupilar (reagentes e não-reagentes) à luz. Alterações nas pupilas ajudam a detectar a presença e a localização de doenças do tronco cerebral que levam ao coma. Sua avaliação, auxilia ainda, na diferenciação do coma estrutural do coma metabólico. * Avaliação das pupilas * Avaliação dos movimentos oculares - Posição espontânea dos olhos - Posição dos olhos com estímulo Reflexo oculocefálico : realizado quando há alteração do nível de consciência Reflexo oculovestibular * Avaliação do Reflexo Oculocefálico e Oculovestibular - O reflexo oculocefálico (ROC) ou oculocefalógiro Rotação súbita da cabeça para um lado: desvio conjugado do olhar para o lado oposto (tronco cerebral intacto). Movimentos oculares assimétricos e desconjugados : disfunção do tronco cerebral. O reflexo oculovestibular (ROV) irrigação de água gelada contra a membrana timpânica com a cabeceira elevada a 30º, ocasionando desvio do olhar para o lado estimulado: Indica lesão de diencéfalo e/ou mesencéfalo. Nistagmo: indivíduo acordado. ROC e ROV ausentes indicam lesões pontinas. * Movimentos oculares com estímulo * Avaliação das Respostas Motoras Em indivíduos aperceptivos Postura em repouso Presença de movimentação espontânea Resposta aos estímulos verbais ou dolorosos Deve-se comparar a resposta com o lado oposto Desvio da cabeça e dos olhos para um lado e hemiparesia contraletaral: lesão supratentorial Desvio da cabeça e dos olhos para o mesmo lado da hemiparesia: lesão de tronco encefálico (infratentorial) * Avaliação das Respostas Motoras Decorticação: ocorre nas lesões funcionais dos hemisférios cerebrais e diencéfalo. Decerebração: ocorre na lesão de mesencéfalo. - Arreflexia: ocorre nas lesões pontinas. * Avaliação dos Sinais Vitais A avaliação dos parâmetros como frequência respiratória, pulso, temperatura e pressão arterial podem indicar mudanças na homeostase intracraniana, além de serem indicativos de sangramento oculto. * Critérios universais para o diagnóstico de Morte Cerebral - Coma profundo com total arreflexia Midríase paralítica bilateral Apneia Ausência de atividade elétrica encefálica por mais de 24 h de duração. ROC e ROV abolidos - Hipotensão arterial grave
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