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Microbiologia – Bacteriologia básica Profa. Ms Patrícia Alves Cardoso Bactérias Unicelulares Célula procariótica Apresentam parede celular, exceto Mycoplasma Morfologia → Cocos, bacilos e espirilos É determinada pela presença da parede celular rígida Morfologia e estrutura da célula bacteriana Morfologia e estrutura da célula bacteriana Diplococos Gram-negativos em forma de rim ou grão de feijão: Neisseria Neisseria gonorrhoeae Cocos Gram-positivos em cadeia: Streptococcus Cocos Gram-positivos em cacho de uva: Staphylococcus Cocos Gram-positivos em pares com extremidades pontiagudas: Streptococcus pneumoniae Morfologia e estrutura da célula bacteriana Bacilos Gram-positivos em forma de clava, dispostos formando ângulos entre si ou paralelos, com aspecto geral de letras chinesas: Corynebacterium Morfologia e estrutura da célula bacteriana Tamanho - Variam de cerca de 0,2 a 5µm As menores bactérias conhecidas (Mycoplasma) têm aproximadamente o mesmo tamanho dos maiores vírus já descritos (poxvírus) e são os menores organismos capazes de viver independentemente de um hospedeiro. Morfologia e estrutura da célula bacteriana Estrutura básica da célula bacteriana Morfologia e estrutura da célula bacteriana Parede celular Estrutura com camadas múltiplas localizada externamente à membrana citoplasmática Presente na maioria das bactérias (exceto Mycoplasma) Funções: Morfologia (cocos, bacilos, espirilo) Proteção osmótica Peptidoglicano, mureína ou mucopeptídeo Encontrado apenas na parede celular das bactérias (alvo para ação das drogas antibacterianas) Composição: (carboidrato + proteína) - N-acetil-glicosamina (NAG) - Ácido N-acetilmurâmico (NAM) - Cadeias laterais tetrapeptídicas Parede celular A estrutura , a composição química e a espessura da parede celular diferem em bactérias Gram-positivas e Gram-negativas Bactérias Gram-positivas → Ao Microcópio Optico roxas Constituição: 95% de peptidoglicano Bactérias Gram-negativas → Ao Microscópio Optico vermelhas Parede celular mais complexa. Formada por uma ou poucas camadas de peptidoglicano e por uma membrana externa. Morfologia e estrutura da célula bacteriana Morfologia e estrutura da célula bacteriana Parede celular de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas A camada de peptidoglicano é muito mais espessa nas bactérias Gram-positivas que nas bactérias Gram-negativas. Alguma bactérias Gram-positivas também possuem uma camada de ácido teicóico, que se projetam para o exterior do peptidoglicano, as Gram-negativas não possuem Em contraste, os organismos Gram-negativos possuem uma camada externa complexa, composta de lipopolissacarídeos, lipoproteínas e fosfolipídeos. Nas bactérias Gram-negativas, entre a membrana citoplasmática e o peptidoglicano, está o espaço periplasmático, no qual se localizam, em algumas espécies, as enzimas denominadas β-lactamases, que degradam as penicilinas e outras drogas β-lactâmicas. Lipolissacarídeo (LPS) O LPS da camada externa da parede celular de bactérias Gram-negativas é a endotoxina, responsável por muitos dos sintomas das doenças como a febre e choque (especialmente hipotensão), causados por tais organismos. O LPS é denominado endotoxina por ser parte integral da parede celular; ao contrário das exotoxinas, que são secretadas pela bactéria. Ácido teicóico Polimeros de glicerolfosfato ou ribitolfosfato localizados na camada externa de bactérias Gram-positivas e estendem-se pela parede São antigênicos e induzem a formação de anticorpos espécie-específicos Em estafilococos promovem a aderência do organismo às células da mucosa. Parede celular das bactérias álcool-ácido resistentes Micobactérias – Não se coram pela coloração de Gram Resistem à descoloração com álcool-ácido após serem coradas com carbolfucsina Esta propriedade está relacionada à alta concentração de lipídios na parede celular, denominados ácido micólico. Cerca de 60% da parede constituída por ácido micólico Principais patógenos: Mycobacterium tuberculosis e o Mycobacterium leprae Morfologia e estrutura da célula bacteriana Membrana plasmática Composta de fosfolipídios organizados de forma similar à membrana de células eucarióticas Esterois geralmente ausentes Morfologia e estrutura da célula bacteriana Funções da membrana plasmática Conter o citoplasma Transporte ativo de moléculas para o interior da célula Geração de energia por fosforilação oxidativa Biossíntese de macromoléculas da parede celular. Secreção de enzimas e toxinas Morfologia e estrutura da célula bacteriana Mesossomo → Invaginação presente na membrana citoplasmática é importante durante a divisão celular, na qual atua como a origem do septo transverso que divide a célula ao meio e como sítio de ligação do DNA, que será o material genético de cada uma das células filhas. Morfologia e estrutura da célula bacteriana Citoplasma → apresenta duas áreas distintas visualizadas ao ME: Uma matriz amorfa que contém ribossomos, grânulos nutriente, metabólitos e íons Uma região interna e nucleoide, composta de DNA Morfologia e estrutura da célula bacteriana Ribossomos Subunidade menor (30S) 70S Subunidade maior (50S) (procarionte) Subunidade menor (40S) 80S Subunidade maior (60S) (eucarionte) Função: síntese protéica As diferenças, tanto nos RNAs quanto nas proteínas ribossomais, constituem a base da ação seletiva de vários antibióticos, que inibem a síntese proteica em bactérias, mas não em seres humanos Morfologia e estrutura da célula bacteriana Grânulos ou inclusões citoplasmáticas A natureza química varia de bactéria para bactéria . Ex: Grânulos metacromáticos: polifosfato Grânulos de polissacarídeos: amido, glicogênio Inclusões lipídicas: poli-beta-hidroxibutirato Funções: Reserva de substâncias Ajuda na identificação bacteriana Morfologia e estrutura da célula bacteriana Nucleoide → É a região do citoplasma em que se localiza o DNA O DNA de procariotos é uma molécula circular única (exceção Vibrio cholerae apresenta dois cromossomos) e contém cerca de 2 mil genes O nucleoide não apresenta membrana nuclear, tampouco aparelho mitótico ou histonas. Uma grande diferença entre o DNA bacteriano e o de eucariotos é que o DNA bacteriano não apresenta íntrons, enquanto o DNA de organismos eucarióticos apresenta íntrons DNA eucarionte Morfologia e estrutura da célula bacteriana Plasmídeos São moléculas extracromossomais constituídos de DNA fita dupla, circular, enovelado, menores que o cromossomo, capazes de replicar independentemente do cromossomo bacteriano. Apesar de serem geralmente extracromossomais, estes podem se integrar ao cromossomo Contém informações genéticas adicionais,não essenciais à sobrevivência, porém, conferem vantagens seletivas às bactérias que as possuem, como: Resistência a antibióticos, mediada por uma variedade de enzimas Determinantes de virulência (toxinas, estruturas de adesão) Determinantes de conjugação Os plasmídeos podem ser transferidos entre bactérias. São encontrados em bactérias Gram-positas e Gram-negativas Morfologia e estrutura da célula bacteriana Plasmídios Morfologia e estrutura da célula bacteriana Transposons São moléculas de DNA que se movem de um sítio para o outro no DNA celular ou entre o DNA de bactérias, plasmídeos e bacteriófagos. Devido à capacidade incomum de se moverem são chamados de “genes saltadores” Codificam enzimas relacionadas à resistência a drogas, toxinas, ou uma variedade de enzimas metabólicas e podem, ainda, causar mutações nos genes em que se inserem ou alterar a expressão de genes localizados próximo ao ponto de inserção Contrastando com plasmídeos e vírus bacterianos, não são capazes de replicação independente: replicam-se como parte do DNA do hospedeiro Morfologia e estrutura da célula bacteriana Transposons – apresentam quatro domínios: SIR – sequência de DNA invertida, envolvida na integração do transposon no DNA receptor Transposase – enzima que promove os processos de excisão e integração Gene repressor – regula a síntese da transposase e do gene do quarto domínio Enzima envolvida na resistência a antibióticos Morfologia e estrutura da célula bacteriana Estruturas especializadas externas à parede celular Cápsula → camada gelatinosa que envolve toda a bactéria, pode estar presente ou não Geralmente é composta de polissacarídeos Os açúcares componentes do polissacarídeo variam de uma espécie de bactéria para outra e, frequentemente, determinam o tipo sorológico dentro de uma espécie. Existem 84 tipos sorológicos de Streptococcus pneumoniae, distinguíveis por diferenças antigênicas dos açúcares presentes na cápsula polissacarídica Morfologia e estrutura da célula bacteriana Estruturas especializadas externas à parede celular Cápsula Fator de virulência pois protege contra a fagocitose. Variantes de bactérias encapsuladas que perderam a capacidade de produzir a cápsula normalmente não são patogênicas Pode ter uma função na aderência da bactéria aos tecidos humanos, passo inicial importante na infecção Morfologia e estrutura da célula bacteriana Estruturas especializadas externas à parede celular Flagelos → Estrutura proteica que confere movimento à célula, pode estar presente ou não. Cocos → geralmente imóveis Bacilos → móveis ou imóveis Espiroquetas → móveis ou imóveis A localização e o número de flagelos são utilizados na classificação das bactérias. O movimento estimulado por fatores físicos ou químicos, é chamado taxia. Luz → fototaxia; agente químico → quimiotaxia Morfologia e estrutura da célula bacteriana Estruturas especializadas externas à parede celular Fímbrias ou Pili - Presente na maioria das bactérias Gram-negativas. Estruturas de adesão ou adesinas → Permitem a fixação da bactéria nas células ou tecidos do hospedeiro para iniciar o processo infeccioso. Ex: Neisseria gonorrhoeae, E. coli Fímbria F → condutor de material genético durante a conjugação bacteriana Morfologia e estrutura da célula bacteriana Estruturas especializadas externas à parede celular Glicocálice → capa polissacarídica secretada por muitas bactérias Recobre superfícies formando um filme e permite que a bactéria seja aderida firmemente a várias estruturas como, por exemplo, pele,válvulas coronárias e catéteres Morfologia e estrutura da célula bacteriana Esporos Estruturas de resistência bacteriana são formadas em resposta a condições adversas do ambiente. Não apresenta atividade metabólica e pode permanecer dormente por muitos anos Presente nos gêneros: Bacillus e Clostridium (bastonetes Gram-positivos) Importância médica → extraordinária resistência ao calor e a substâncias químicas. É necessário vapor sob pressão a 121ºC (autoclavação), normalmente por 30 minutos, para assegurar a esterilização de materiais de uso médico Doenças bacterianas Cocos Gram-positivos Gênero Staphylococcus Gênero Streptococcus Cocos Gram-negativos- Gênero Neisseria Bacilos Gram-positivos Gênero Corynebacterium Gênero Clostridium Bacilos Gram-negativos Gênero Haemophilus Gênero Bordetella Gênero Brucella Gênero Escherichia Gênero Shigella Gênero Salmonella Gênero Vibrio Bacilos álcool ácido resistentes (BAAR) - Gênero Mycobacterium Espiroquetas – Gênero Treponema Colorações em microbiologia Colorações diferenciais → utilizam mais de uma solução corante e permitem distinguir partes de uma célula, discriminar uma dada espécie ou grupos determinados. Ex: Gram, Wirtz (esporos), iodo (grânulos de glicogênio) Coloração de Gram
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