Buscar

Supergrupo Amoebozoa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Supergrupo Amoebozoa
 O supergrupo Opisthokonta e Amoebozoa são considerados os mais primitivos da árvore da vida eucariótica, o que não tem a ver necessariamente com complexidade, mas sim com o tempo evolutivo, ambos dispõem de células moles, com exceção dos fungos, pois eles desenvolveram futuramente paredes celulares. Entretanto se pensarmos nos animais, nos coanoflagelados que são protozoários, o Opisthokonta é formados por células mortas, bem como os integrantes de Amoebozoa, então essas características de células com formas não fixas é considerado como uma feição primitiva. Entende-se inclusive que a primeira célula procariótica era ameboide, ou seja, uma célula mole capaz de fazer fagocitose, não é atoa que em todos os supergrupos são encontradas formas ameboides (alguma coisa que forma pseudópodes, semelhante ao gênero Ameba). 
 Todos os indivíduos do supergrupo Amoebozoa são ameboides, isto é, eles exibem a característica de flexibilidade da célula com a formação de pseudópodes. Os supergrupos Opisthokonta e Amoebozoa quando exibem flagelo é um só, nunca mais do que um flagelo. Nos outros supergrupos a partir de Excavata apresentam flagelos múltiplos, sendo essa característica entendia como uma feição mais derivada. 
Características gerais de Amoebozoa
 Supergrupo formado por seres essencialmente de vida livre que estão em contato direto com o meio abiótico e não é um supergrupo grande, com apenas 2.800 espécies conhecidas, entretanto, não faltam características singulares. São fortemente monofiléticos, ou seja, os traços que sustentam essa grande linhagem são muito consistentes, como, por exemplo, a formação de pseudópodes, em geral de grande porte. Todos esses organismos são unicelulares, não existindo multicelularidade em Amoebozoa, apresentam mitocôndrias com cristas tubulares, de curvatura bastante acentuada, ao contrário das vistas em humanos que são quase planas e mais suaves, esse formato tubular das cristas significa que a membrana interna das mitocôndrias tem uma extensão muito grande, quanto maior esse nível de curvatura maior a superfície interna dessa estrutura. Alguns poucos organismos desse supergrupo perderam suas mitocôndrias, sendo seres anaeróbicos. Aqui predominantemente temos um núcleo por célula, mas existem casos de múltiplos núcleos por célula, sobretudo as formas muito grandes. Eles são, em sua maioria, nús, sem recobrimento externo, mas existem seres que apresentam abrigo externo, como a teca, sendo formado por partículas que eles agregam do meio externo e depois cimentam entorno da célula. Vale ressaltar que qualquer representante de Amoebozoa é um amebozoário, diferente de ameboide, que é qualquer coisa que se assemelhe a ameba.
 Os amebozoários são capazes de formar cistos, estruturas de resistência formadas de maneira rápida, geradas em condições adversas de existência, frequentemente escassez de alimento, temperatura desfavorável, eles podem sintetizar uma estrutura rígida em volta de célula e permanecerem em repouso até que as condições ambientais voltem a ser favoráveis, caso demore muito tempo para isso eles podem nunca mais exibirem a forma ameboide. Nem todos os amebozoários podem formar cistos, por exemplo, os que apresentam abrigo externo não podem e são minoritários. O cisto continua vivo, mas com metabolismo muito lento. Nessa camada rígida que forma o cisto existem substâncias sensoriais capazes de perceberem o calor, a acidez, luminosidade e é isso que vai permitir que o cisto desperte quando as condições voltarem a serem favoráveis. Geralmente o cisto é menor do que a célula ativa por ser compacta e sofrer desidratação, o que a faz perder um pouco do seu volume. No cisto existe um poro que é por onde acontece a ruptura do cisto quando as condições voltam a ser favoráveis à sua sobrevivência. É importante ressaltar que ao desincistarem os amebozoários não se reproduzem.
 Os amebozoários são comuns em água doce ou em ambientes continentais úmidos, e uma pequena parcela vive no mar. Suas células são extremamente desprovidas da capacidade de reter umidade, dessa forma, eles não são encontrados em locais longe de umidade, podendo exercer até simbiose para conseguir viver em ambiente úmido. Por serem amplamente vistos em ambientes de água doce possuem vacúolos pulsáteis, vacúolos expulsam a água que inevitavelmente entram nas células por serem muito concentrada em solutos em comparação ao meio externo, sendo eles hipertônicos em relação à água doce. Existem canais que se espalham pelo citoplasma, eles captam essa água e a dirige para uma vesícula, que esta perto da membrana, e essa vesícula então se contraí e expulsa a água, processo que acontecem ao longo do dia o tempo todo. Caso se trate de uma espécie marinha não há a presença desses vacúolos por serem osmoticamente equilibrados com a água do mar, isotônicos. Em amebozoários que vivem em ambientes úmidos fora da água, como no solo, esses vacúolos não existem por não serem necessários.
Pseudópodes
 Os pseudópodes são estruturas temporárias de projeção das células da membrana plasmática que permite a locomoção, captura de alimentos. Os amebozoários não fazem fotossíntese, 100% deles são heterotróficos, não exercem nem a fotossíntese temporária que deriva do aprisionamento de algas. Eles não são obrigatoriamente iguais, podemos observar tipos de pseudópodes em amebozoários, inclusive a identificação de espécies por meio convencionais, como por microscopia, é indispensável que eles esteja vivo, pois se ele estiver morto não exibe as feições diferentes que identificam-nos, ficando iguais.
Tipos de pseudópodes
Lobópodes – de grande porte, são frações bem nítidas e de grande proporções em relação ao tamanho total de célula; sua diferenciação se dá porque tanto o endo (que tem organelas) como o ectoplasma (que não tem organelas) preenche o pseudópode, ou seja, todo e qualquer conteúdo citoplasmático preenche o pseudópode.
Filópodes – são menores, apenas ectoplasma participa da formação do pseudópode, não há organelas dentro dele.
 A formação e a desestruturação de pseudópodes gasta uma grande quantidade de energia, devido a isso eles se alimentam constantemente através da fagocitose. Seu citoplasma é bem heterogêneo por abrigar vacúolos digestivos em diferentes estágios de digestão, se alimentando a todo tempo. 
 Eles se reproduzem apenas de maneira assexuada através da divisão da célula, por serem eucarióticos essa é uma divisão mediada por mitose. Formas tecadas geralmente produzem uma segunda teca antes de acontecer à divisão da célula, assim as duas células possuem abrigo externo no final da divisão.
 Os pseudópodes servem para a locomoção e para a alimentação. Quando existe uma busca por alimento a tendência é que ele espalhe pseudópodes por todas as direções, ao acaso, algum deles pode colidir com uma partícula alimentar favorável, fagocitando-a formando a chamada taça alimentar. No caso da locomoção, ao invés de espalharem os pseudópodes eles concentram o pseudópode em uma direção apenas, na verdade a célula inteira se comporta como um pseudópode. A periferia do pseudópode é dura, as proteínas actina elas se polimerizam e criam temporariamente uma estrutura rígida, ou seja, nas laterais dos pseudópodes não há movimento, são duras porque as proteínas se contraem nesse local, apenas na ponta dele que há movimento e projeção. Depois essas porções são desorganizadas pelo cálcio, substância que despolimeriza a actina, ficando livres novamente e podendo serem recicladas. Sua locomoção pode ser motivada por alguns fatores abióticos desfavoráveis como um local um pouco seco, de muito calor.
 metabolia ≠ pseudópodes
 dobraduras da membrana projeções com preenchimento temporário de citoplasma
 Cada molécula de actina possui um bloqueador chamado de proteína controladora da actina, quando existe o toque na membrana essa proteína se desprende das actinas, ficando livres para se polimerizaremumas com as outras, por isso elas só reagem na lateral, pois o toque ocorre na ponta. Nos organismos tecados é difícil observar os abrigos, pois os amebozoários utilizam-no para se esconderem de ambientes com muita luminosidade, por exemplo. Os tecados ao estarem expostos a condições de estresse se aproximam, como se estivessem se protegendo umas com as outras com as suas próprias tecas. Certas espécies apresentam muitos grânulos em seu interior, por serem muito moles é comum que alguns amebozoários tenham esses grânulos porque isso ajuda inclusive a dar um pouco mais de rigidez à célula. Tais grânulos são resíduos sólidos que se cristalizam no interior da célula, não necessariamente serão eliminados por exocitose.
Por que os amebozoários ocorrem sempre associados ao fundo e quase nunca no plâncton?
Porque eles necessitam de um substrato para se deslocar e se alimentar através dos pseudópodes. Não existe natação utilizando pseudópodes por serem muito lentos, eles são observados no plâncton em situações em que o vento pode levantá-los junto com outros seres ao redor.
 Quando analisamos esses seres por meio da microscopia temos a falsa sensação de que há o contato em toda a superfície da célula, o que na realidade não acontece. Existe apenas o contato de alguns pontos da célula com o substrato, sem contar que também exercem projeções em altura, não sendo totalmente chatas. Eles podem eventualmente predarem até organismos velozes.
Superfilo Lobosea
 Abriga a maior parte dos amebozoários, aqui não há registros de presença de flagelos em seu ciclo de vida.
Filo Tubulinea
 Filo que contém maior diversidade, são os amebozoários em que se vê o fluxo de citoplasma em seu interior, podendo ser 1 fluxo ou 4 fluxos paralelos, traço que os caracteriza. 
Filo Acanthopodina 
 “acanthus” = espinhos, os pseudópodes finos em delicados desse filo pode sem comparáveis a espinhos, dentro deles não se vê fluxo de citoplasma. Tais pseudópodes delicados, chamados de acantópodes, podem ocorrem sobre um lobópode. Alguns representantes desse filo possuem efeitos nocivos 
Filo Dactylopodida
 Exibem pseudópodes de formato cônico, apenas havendo ectoplasma na extremidade dele e alguns endoplasmas na base dele.
Filo Vannellina
 São de fácil reconhecimento por terem um aspecto de leque, entretanto, são bem raros.
Superfilo Conosea 
 São seres que em algum momento de sua existência apresentam 1 flagelo.
Filo Mycetozoa
 Envolve os indivíduos de grande porte.
Filo Archamoebae
 Esse táxon é desprovido de mitocôndrias, encontrados geralmente em lagos fundos na presença de matéria orgânica depositada no fundo e fazem fermentação. Alguns são parasitas, o causador da amebíase em humanos é dessa linhagem. Nos parasitas a produção de cistos é imprescindível por protegerem as células do oxigênio quando expostas ao ar livre.
Plasmódios Multinucleados
 Uma linhagem com seres diploides bastante peculiar contendo células de amebozoários gigantes, chamados também de mixogástrio. “Plasmódio” significa algo sem forma, que muda sua forma o tempo todo e “multinucleado” porque tais organismos são dotados de centenas ou milhares de núcleos, cada núcleo comandando o citoplasma perto de si. As únicas células diferenciadas são estruturas reprodutivas, que só vão ser perceptíveis em alguns momentos da existência desses indivíduos. Alguns podem exibir um formato mais reticulado, outras são massas citoplasmáticas tridimensionais e podem ser até pendentes de troncos de árvores. Esses organismos são entendidos como amebas gigantes, eles se esticam para procurarem alimento maximizando a probabilidade de encontrá-lo, alimento esse que pode ser qualquer coisa que seja plana, tendo como preferência e quando uma parte dele encontra alimento todo o plasmódio se remodela e se concentra nesse ponto, esses movimentos são extremamente lentos. Eles gastam bastante energia e devido a isso, estão sempre a procura de novos alimentos. Caso várias partes perdidas de um mesmo plasmódio estejam perto um dos outros é possível que eles se unam. Nem todos os plasmódios são grandes, apesar de poderem crescer bastante.
 Esses indivíduos apenas se reproduzem na ausência de alimento, produzindo esporângios especiais que vão dispersar esporos que podem eventualmente perpetuar a espécie, após esse espalhamento ele necessariamente morrem.
 Experiência do labirinto de Plasmódio: Nesse experimento se constata que os plasmódios sempre fazem a menor distância entre 2 pontos com alimentos para se alimentarem a fim de que não haja um gasto energético excessivo.
Ciclo de vida dos Plasmódios Multinucleados
 Caso eles não consigam se alimentar eles reúnem todo o resto de energia que possuem e usam para se reproduzir. Possuem esporângios (esclerócios) que dispõem de células diferenciadas menores no seu topo, vai acontecer um processo meiótico e então dentro de cada célula que possui um envoltório mais rígido tem o que podemos chamar de esporos que são dispersas pela água, pelo vento, por vetores encontrando um substrato bem distante de seu progenitor e se ele conseguir se desenvolver vai emergir dela uma célula com características gaméticas, ou seja, ela não da origem a um novo plasmódio, ela precisa se fundir com outra célula que pode ser ameboide ou até flagelada. Quando os gametas se fundem formam um zigoto que pode se desenvolver.
 Dentro desse filo existem os falsos amebozoários que são os plasmódios celulares. São indivíduos que possuem sua existência própria e separada que em condições de escassez de alimento eles se reúnem e deflagram um processo de reprodução bem especial, alguns vão se diferenciar em transportadores, outros vão se fundir formando uma espécie de haste e outros em esporos, sendo uma reprodução assexuada.
Amebozoários nocivos 
 A doença mais comum relacionada a eles é a amebíase causada pela Entamoeba hystolitica, quando empurrado pelo bolo fecal ele encista, o que pode viabilizar sua sobrevivência no ambiente externo e se esse cisto é ingerido por outra pessoa ela se contamina, geralmente por alimentos mal lavados. Em indivíduo imunodeficientes a Entamoeba hystolitica pode se multiplicar na pessoa causando sintomas como intensa diarreia, febre, dores abdominais, eventualmente podendo comer a parede intestinal. O combate dele é bem simples, por meio do bloqueio da fermentação.

Continue navegando