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UFPE - Ca´lculo 2 - 1o E.E. - 17/05/2017 GABARITO 1)(2,0 ptos.) Seja f : R2 −→ R diferencia´vel. Sabendo-se que no ponto A = (1, 3) o vetor ~v = (1, 1) aponta na direc¸a˜o e sentido de maior crescimento de f em A e que a derivada direcional de f no ponto A na direc¸a˜o de ~v e´ √ 8, determine ∇f (1, 3) . Soluc¸a˜o: O vetor ~u = ~v ‖~v‖ = (√2 2 , √ 2 2 ) e´ o vetor unita´rio na mesma direc¸a˜o e sentido de ∇f (1, 3) . Ale´m disso, D~uf (1, 3) = 〈∇f (1, 3), ~u〉 = ‖∇f (1, 3)‖ = √8 . Da´ı, ∇f (1, 3) = ‖∇f (1, 3)‖ · ~u = √ 8 · (√2 2 , √ 2 2 ) = (2, 2) . 2 2) Seja f (x, y) = y2 − x2 3 . (a)(1,5 pto.) Encontre e classifique os pontos cr´ıticos de f . Soluc¸a˜o: neste caso, na˜o existem pontos cr´ıticos de f nos quais uma das derivadas parciais na˜o existe, pois f e´ um polinoˆmio e, portanto, diferencia´vel. Logo, se existem, os pontos cr´ıticos de f sa˜o aqueles nos quais ∇f = 0 . Pore´m, ∇f (x, y) = (0, 0) ⇔ (−23x, 23y) = (0, 0) ⇔ (x, y) = (0, 0) . Resta agora classificar tal ponto (u´nico). Para isso, note que D(0, 0) = fxx(0, 0)fyy(0, 0) − f 2xy(0, 0) = −49 . Como D(0, 0) < 0, enta˜o pelo teste da derivada segunda concluimos que (0, 0) e´ um ponto de sela. 2 (b)(1,5 pto.) Determine os pontos extremos globais de f em S = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y2 ≤ 1} . Soluc¸a˜o: no interior de S, o u´nico ponto candidato a extremo global e´ (0, 0). Pelo item anterior, concluimos que (0, 0) e´ ponto de sela, o que o impede de ser extremo local (e consequentemente global). Procuremos por candidatos na fronteira ∂S := {x2 + y2 = 1} (a fronteira de S), que pode ser vista como a curva de n´ıvel 1 da func¸a˜o g(x, y) = x2 + y2. Note que ∇g(x, y) = (2x, 2y) = (0, 0) ⇔ (x, y) = (0, 0). Como a origem na˜o esta´ na fronteira de S, enta˜o ∇g na˜o se anula em tal curva. Podemos, enta˜o, aplicar o me´todo dos multiplicadores de Lagrange: ∇f (x, y) = λ∇g(x, y) (−2 3 x, 2 3 y) = λ(2x, 2y) Da´ı, devemos procurar resolver o sistema −23x = 2xλ 2 3y = 2yλ x2 + y2 = 1 ⇐⇒ x(λ + 13) = 0 y(λ− 13) = 0 x2 + y2 = 1 . Observe que o sistema tem soluc¸a˜o somente se λ = 13 ou λ = −13 (caso contra´rio, x = y = 0 geraria um absurdo). Se λ = 13, enta˜o x = 0 e y = ±1. Se λ = −13, enta˜o y = 0 e x = ±1. Da´ı, os candidatos a extremos globais sa˜o (0, 1), (0,−1), (1, 0) e (−1, 0). Como f (0, 1) = f (0,−1) = 1 3 e f (1, 0) = f (−1, 0) = −1 3 , enta˜o segue que (0, 1) e (0,−1) sa˜o pontos de ma´ximo global, e (1, 0) e (−1, 0) sa˜o pontos de mı´nimo global. 2 2 3)(3,0 ptos.) Uma empresa produz x camisas e y calc¸as por meˆs. Cada camisa e´ vendida por 120− 2x, e cada calc¸a por 200− y . O custo total da empresa para produzir e vender x camisas e y calc¸as e´ x2 + 2y2 + 2xy. Admitindo que tudo o que a empresa produz e´ vendido de fato, determine a produc¸a˜o que maximiza o lucro da empresa, bem como o lucro ma´ximo poss´ıvel. (Dica: o lucro e´ o total arrecadado com as vendas menos o custo de produc¸a˜o e venda.) Soluc¸a˜o: Suponha que V (x, y) seja o total de dinheiro arrecadado com as vendas, C(x, y) o custo total de produc¸a˜o e venda, e L(x, y) o lucro da empresa (sempre em relac¸a˜o a x camisas e y calc¸as). Enta˜o, L(x, y) = V (x, y)− C(x, y) L(x, y) = (120− 2x)x + (200− y)y − (x2 + 2y2 + 2xy) L(x, y) = −3x2 − 3y2 − 2xy + 120x + 200y Dado que L(x, y) e´ um polinoˆmio (portanto diferencia´vel), procu- remos por pontos em que∇L = 0. Como∇L(x, y) = (−6x−2y+ 120,−6y− 2x+ 200), enta˜o resolver ∇L = 0 equivale a resolver o sistema { 3x + y = 60 x + 3y = 100 . Tal sistema tem soluc¸a˜o u´nica (x, y) = (10, 30) . ComoD(10, 30) = Lxx(10, 30)Lyy(10, 30) − L2xy(10, 30) = (−6) · (−6) − (−2)2 = 36 − 4 = 32 > 0 e Lxx(10, 30) = −6 < 0, enta˜o (10, 30) e´ ponto de ma´ximo local de L. Como L e´ diferencia´vel e so´ existe um ponto cr´ıtico de L em R2 que e´ extremo local, enta˜o tal ponto e´ 3 extremo global. Portanto, (10, 30) e´ ponto de ma´ximo global e o lucro ma´ximo e´ Lmax = L(10, 30) = −3 ·102−3 ·302−2 ·10 ·30+120 ·10+200 ·30 Lmax = 3600 . 2 4)(2,0 ptos.) Encontre, caso existam, os pontos de ma´ximo e mı´nimo absolutos da func¸a˜o f (x, y, z) = 4x2 + 4y2 + 2z, para (x, y, z) pertencente a` curva E que e´ dada pela intersecc¸a˜o do ci- lindro x2 + y2 = 5 e o plano 2x + 3y + 2z = 0 . Soluc¸a˜o: O cilindro pode ser visto como a superf´ıcie de n´ıvel 5 de g(x, y, z) = x2 + y2 e o plano como a superf´ıcie de n´ıvel zero de h(x, y, z) = 2x + 3y + 2z . Vamos verificar agora se os vetores ∇g e ∇h na˜o sa˜o paralelos ao longo de tal intersecc¸a˜o. De fato, se existisse λ ∈ R tal que (2, 3, 2) = α(2x, 2y, 0) = (2xα, 2yα, 0), enta˜o ter´ıamos o absurdo 2 = 0 . Logo, ∇g e ∇h na˜o sa˜o para- lelos. Portanto, podemos aplicar o me´todo dos multiplicadores de Lagrange: ∇f (x, y, z) = α∇g(x, y, z) + β∇h(x, y, z) (8x, 8y, 2) = α(2x, 2y, 0) + β(2, 3, 2) Juntas com as equac¸o˜es do cilindro e do plano, tais equac¸o˜es equi- valem ao sistema x(4− α) = β = 1 2y(4− α) = 3β = 3 β = 1 x2 + y2 = 5 2x + 3y + 2z = 0 . 4 Observe que α 6= 4. Logo, x = 14−α e y = 32(4−α) = 32 · 14−α = 32x . Substituindo na quarta equac¸a˜o, temos x2 + (3 2 x )2 = 5 13 4 x2 = 5 x = ± √ 20 13 = ±2 √ 5 13 Da´ı, y = 32x = ±3 √ 5 13. Substituindo na u´ltima equac¸a˜o, obtemos 2z = −2x− 3y z = ∓13 2 √ 5 13 Portanto, os candidatos a extremos globais sa˜o os pontos( 2 √ 5 13 , 3 √ 5 13 , −132 √ 5 13 ) e ( −2 √ 5 13 , −3 √ 5 13 , 13 2 √ 5 13 ) . Como f ( 2 √ 5 13 , 3 √ 5 13 , −13 2 √ 5 13 ) < f ( −2 √ 5 13 , −3 √ 5 13 , 13 2 √ 5 13 ) segue que ( 2 √ 5 13 , 3 √ 5 13 , −132 √ 5 13 ) e´ ponto de mı´nimo absoluto e ( − 2 √ 5 13 , −3 √ 5 13 , 13 2 √ 5 13 ) e´ ponto de ma´ximo absoluto. 2 5
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