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Adultez Inicial
Aspectos fisicos
A fase jovem adulta começa de 18 anos e vai até 30 anos. A idade dos 20 anos é marcada pelo auge físico, ou seja, é a época em que ansiamos por trabalho, pois nosso corpo nessa idade suporta todo o trabalho pesado. O individuo nesta fase possui um maior tecido muscular, massa cerebral e está no auge dos sentidos. Por estar numa fase de grandes mudanças corporais para adquirir sua plenitude adulta, há uma maior facilidade desse individuo recuperar-se quando pratica esportes ou qualquer exercício físico e possui uma regeneração mais rápida de lesões. 
A mulher aos 20 anos está no auge de sua fertilidade até os 30 anos. Enquanto nos homens há uma ausência de mudança nesse quesito, já que, homens não tem menopausa como as mulheres o que dá ao homem uma maior capacidade reprodutiva por poder fertilizar mulheres até mais tarde. Há também os problemas sexuais e reprodutivos que afetam o a saúde afetiva e emocional desses jovens adultos, como a disfunção sexual que é uma perturbação persistente na vida de muitas pessoas inclusive casais. Muitas mulheres tem essa disfunção que é marcada pela dor, incapacidade de se excitar e ter orgasmos se tornando não prazeroso e sim algo doloroso e muitas vezes entediante. Em uma entrevista feita com 1.749 mulheres e 1.410 homens de 18 a 59 anos, 43% das mulheres e 31% dos homens descrevem algum tipo de disfunção. Embora a disfunção social ter causas físicas ela também pode apresentar causas emocionais. Homens e mulheres casados e com nível superior têm menos problemas sexuais do que homens solteiros ou com menos nível de instrução. O estresse causado pela baixa renda ou queda da renda tende a aumentar a disfunção sexual. Homens e mulheres que foram vitimas de abuso também podem possuir alguma disfunção sexual. 
A esterilidade é outro exemplo relevante onde tanto o homem quanto a mulher podem apresentar essa incapacidade de fertilização sobrecarregando emocionalmente o casal que deseja um filho. Esse problema pesa principalmente para as mulheres que tem dificuldade de aceitar que não são capazes de reproduzir um ser, algo que na mente delas é um processo natural de toda mulher achando assim que fracassaram com sua feminilidade. Os parceiros sentem-se fracassados, acabam brigando e sentindo-se vazios, inúteis e deprimidos. Seu relacionamento sexual acaba não sendo mais baseado no prazer e no amor e sim em “fazer bebês”.
O estresse gerado pelas constantes exigências do trabalho também geram declínios físicos neste adulto prejudicando também o sistema imunológico e fazendo com que ele se degrade mais rápido. Outro fator que afeta a saúde física do individuo jovem adulto é sua posição na sociedade, ou seja, sua classe. Jovens adultos de classe baixa ou que estão na transição da adolescência para a adultez, dos 18 aos 25 anos, tem certa instabilidade financeira principalmente nos tempos atuais. As pessoas de classe baixa não tem dinheiro para pagar bons hospitais e vivem em ambientes de estado precário tendo maiores tendências a adoecimento e mortalidade. Então, grande parte desses adultos carregam suas doenças até se estabilizarem. As drogas também podem causar esse declínio na saúde física, como cigarro e bebidas alcoólicas, por conta muitas vezes de perdas, desemprego, a falta de escolaridade, influencias e etc. Outro ponto que prejudica o jovem adulto é o sedentarismo que gera problemas cardiovasculares junto com a obesidade, a rotina corrida que essa idade proporciona faz com que jovens optem diariamente em comer uma alta quantidade de gorduras em fast foods podendo gerar sérios problemas mais tarde como hipertensão, colesterol alto e diabetes por conta da má nutrição.
Dados: As taxas são maiores para os homens do que para as mulheres, embora o padrão etário seja bastante semelhante em ambos. Um grande estudo, nos Estados Unidos, encontra-se a taxa de abuso e dependência de álcool de cerca de 6% entre as pessoas no inicio da idade adulta, comparada a 4% na idade adulta intermediária e 1,8% nas pessoas com mais de 65 anos.
No inicio da vida adulta, o individuo tem uma maior tendência a ter transtornos psíquicos tais como depressão, ansiedade, esquizofrenia e abuso de substâncias como já foi visto anteriormente. Isso tudo ocorre pois a adultez inicial é um período de muitas mudanças emocionais por conta dos problemas do meio externo e as responsabilidades da idade gerando um período de forte estresse já que se trata de um período de alta carga física,intelectual e consequentemente emocional.
Aspectos Cognitivos
A cognição do jovem adulto tem seu age dos 20 anos aos 30 tendo uma queda continua após. O QI se divide em dois componentes:
Inteligência cristalizada: Sendo caracterizada pelas habilidades verbais, capacidade de lembrar das palavras que aprendemos e seu significado, capacidade de solucionar problemas e outras habilidades que dependem de um conhecimento (Formação especifica). Esse tipo de inteligência é mantida ao longo da meia-idade. 
Inteligência Fluida: é mais voltada para a velocidade de resposta e raciocínio abstrato. É medida pela quantidade de problemas que você consegue resolver corretamente em determinado tempo. Esse tipo de inteligência começa a declinar logo no inicio da meia-idade aos 40 anos. Há habilidades que a maioria de nós não praticamos com regularidade. Logo, certas habilidades mostram um declínio mais cedo e ,dependendo, constantes.
Toda a habilidade que não é totalmente exercitada pode ser aperfeiçoada mesmo na velhice. No entanto no modelo de Nancy Denny o nível maximo que você poderá atingir, mesmo com exercício, seja físico, seja mental, irá declinar com a idade. Uma das implicações disso é o fato de que, quando você é jovem, você pode não se exercitar ou ter hábitos deficitários de estudo, e, ainda assim, ter um bom desempenho. À medida que você envelhece isso passa a ser cada vez mais difícil, porque você está lutando contra a curva básica de declínio do envelhecimento.
Adultos mais novos possuem uma memória melhor do que adultos mais velhos havendo variações na taxa de declínio o declínio costuma ser menos quando são usadas tarefas da vida real do que problemas artificiais de laboratório. A memória de curto prazo são coisas que precisamos lembrar por um curto período de tempo como um numero de telefone, por exemplo, e tende a ter declínio com a idade. A memória de longo prazo que são lembranças que o individuo tem a intenção de guardar ou uma lembrança com alta carga emocional seja positiva ou negativa. Tanto o processo de lembranças em longo prazo, quanto o processo de recuperação dessas lembranças são deficitários em adultos mais velhos que foram comparados a adultos mais jovens, com a idade tornamo-nos mais lentos e menos eficientes. 
Teóricos pós-piagetianos defendem que a vida adulta causa uma espécie de mudança desenvolvimental que reorganiza a estrutura dos pensamentos do individuo em uma espécie de pensamento pós-formal. As operações formais não constituem o estágio final do desenvolvimento. O pensamento formal pode ser uma característica do inicio da vida adulta já que é um período em que o individuo está formando sua identidade, fazendo suas escolhas, aprendendo novas ideias e habilidades. 
Mas o que é pensamento Pós-formal? Na vida adulta temos um pensamento mais pragmático por ser um requisito desta fasef aprender a solucionar os problemas e enfrentar o desafio associado aos papéis que o individuo desempenha ao longo da vida e aos trabalhos que realiza. No pensamento operatório formal, no inicio da vida adulto, vemos que o individuo acredita em UMA resposta certa para tudo e em uma verdade absoluta. No pensamento pós- formal isso muda, pois o individuo começa a compreender que há varias soluções pro mesmo problema e que não há uma verdade absoluta, tudo é relativo. Há uma capacidade de transitar entre raciocínio abstrato e considerações práticas e concretas, ou seja, não abandona os fatos e a busca por respostas claras e sim sintetiza isso ao imaginário e a metáfora, modoesse aberto a paradoxos e incerteza de sua subjetividade e a dos outros. Esse estagio é atingido por um numero escasso de adultos, tais como os que se envolvem em ciências ou artes avançadas. 
Schaie diz que o jovem adulto está no estágio realizador, ou seja, não adquirem mais o conhecimento por seu próprio valor; utilizam o que sabem para perseguir objetivos, como a carreira profissional e a família. Sternberg complementa sua teoria com o conhecimento tácito ou prático que são as informações que não são formalmente ensinadas ou abertamente expressas, mas que são necessárias para progredir. Sendo assim, A experiência interna acumulada da pessoa de grande importância para alcançar o sucesso profissional junto com a inteligência emocional que o jovem adulto vai adquirindo com o tempo. 
Jovens adultos que cursam universidades e se especializam em ciências da natureza, humanas e sociais apresentam aperfeiçoamento no raciocínio cotidiano, mas diferentes cursos promovem diferentes tipos de raciocínio. A formação de ciências sociais incrementa o raciocínio estatístico e metodológico aperfeiçoando a capacidade de generalizar padrões. Os alunos de especializados em humanas e ciências naturais tinham melhor raciocínio condicional, lógico dedutivo formal, como a utilizada na programação de computadores e em matemática. Ambos os grupos melhoraram o raciocínio verbal, capacidade de reconhecer argumentos, de avaliar evidências e de detectar analogias. 
Aspectos sociais
Aos 18 anos o individuo começa a fase jovem adulta com diversas atribulações sociais como a confusão de papéis de profissional, universitário, pai ou mãe e etc. tendo tendência à crises de identidades. Muitos saem de casa cedo em busca de independência, mas logo voltam por não conseguir manter todas as despesas e não ter uma estabilidade de emprego. Nesta fase temos o casamento e o nascimento de filhos sendo assim uma fase muito conturbada.
A maior novidade dessa fase é saída de casa que é quando o jovem adulto corta os laços emocionais com os pais transferindo esse laço para outras pessoas como amigos e possíveis parceiros. Caso for de outra forma, a vida independente desse adulto será perturbadora. Renunciar ao apego aos pais parece ser algo muito importante para que a pessoa conquiste sua individualidade no final da adolescência e inicio da vida adulta. Porém esse apego aos pais não é totalmente abandonado já que percebemos que o jovem adulto continua a se comunicar com os pais mesmo que com menos frequência, muitos sentem pela morte de um deles ou, as vezes, quando não se há um apoio dos amigos ou parceiro esses jovens recorrem aos pais. Os adolescentes ainda vêem os pais como base de segurança enquanto o jovem adulto troca esse aspecto da base de segurança do apego principal para um cônjuge ou amigos. Pessoas “absorvidas” por suas relações com os pais e com a necessidade de independência apresentam mais estresse e sintomas físicos e psicológicos do que aqueles com uma relação mais segura com seus pais. O jovem adulto com um apego seguro encontra mais facilidade para distanciar-se psicologicamente dos pais.
A teoria de Erick Erickson lista a intimidade versus o isolamento como a tarefa principal do inicio da vida adulta definida como “a capacidade de fundir sua identidade com a de outra pessoa, sem recear perder algo de você.” Todos desejamos encontrar um parceiro o qual vamos ter intimidade apego e segurança para termos uma base segura de onde todo individuo pode partir para o mundo profissional dos adultos. Como uma criança que precisa da base segura dos pais para explorar o resto do mundo, partindo do mesmo principio. E assim com a segurança do parceiro e da profissão gerar uma família e passar suas tradições para seus filhos. Uma pessoa que não teve esse sucesso de criar uma relação intima com alguém vivenciará um senso de isolamento ou solidão. A solidão tem seu auge nos anos iniciais da vida adulta, onde jovens adultos se distanciam de sua família sem ainda ter formado uma parceria de intimidade.
Como o processo da escolha de parceiro é feito nesta fase? O que nos atrai a uma pessoa e não a outra? Bernard Murstein sugere que quando você encontra alguém pela primeira vez, você aplica três filtros:
Características externas: Qualidade da aparência, classe social e maneiras semelhantes a sua.
Atitudes e crenças: Semelhança de ideias como sexo, religião e política.
Adequação de papéis: Combinação de ideia sobre relacionamentos, ideias similares sobre papeis sexuais adequados, compatibilidade sexual (Ex: se um dos parceiros deseja um alto nível de auto-exposição pessoal e o outro é reticente quanto a revelar seus sentimentos, uma combinação insuficiente existiria em relação a este ultimo filtro.).
Os sociólogos descrevem isso como um processo de acasalamento por ajuste, ou homogamia, e há muitas evidencias de que as semelhanças (mais do que os contrastes) atraem, e que as parcerias baseadas na homogamia apresentam muito mais probabilidade de durar do que aquelas em que os parceiros possuem diferenças marcantes.
Na escolha de um parceiro, as mulheres estão propensas a preocupar-se mais com o futuro profissional ou a situação econômica de um parceiro. Já os homens estão mais focados nos atrativos femininos, ou seja, beleza e apoio emocional. As mulheres mostram-se mais inclinadas a querer casar com alguém mais velho, ao passo que os homens preferiram alguém mais jovem, padrões esses coerentes com as teorias de troca da seleção de um companheiro.
As novas pesquisas falam-nos que os adultos com modelos de apego seguros confiam mais nos outros, encaram seu parceiro como amigo e amante, mostra pouco ciúme e mostra uma reduzida ansiedade quanto ao seu afeto ser recíproco ou não. Eles proporcionam mais apoio a seus parceiros, em situações de tensão ou ansiedade, e buscam conforto com o parceiro com mais facilidade. Adultos com problemas de apego são mais ansiosos em relação a seus sentimentos serem recíprocos ou não, inseguros acerta de si nas relações, ciumentos e preocupados com sua relação. Os que possuem modelo interno de evitamento são menos felizes em suas relações, menos confiantes, evitam a proximidade, pouco revelam sobre si e aceitam menos a outra pessoa. Em situação de tensão ou ansiedade, eles buscam menos apoio e oferecem menos reasseguramento. Talvez, na expectativa de uma rejeição, evitem o comprometimento. 
O segundo principal novo papel adquirido no inicio da vida adulta é o de pai ou mãe. A maioria dos adultos se tornam pais durante os 20 ou 30 anos. Para grande parte o papel de pai traz uma grande satisfação,um senso maior de propósito e autovalia e uma sensação de alegria compartilhada entre marido e mulher. Em um amplo estudo, 80% dos pais amostrados disseram que suas vidas haviam mudado para melhor com a chegada dos filhos. No entanto, o nascimento de um filho também traz grandes mudanças na vida dos adultos, especialmente nos papéis sexuais e nas relações conjugais, e nem todas essas mudanças são fáceis. Quando o casal tem filhos costuma ocorrer um declínio, no primeiro ano, da satisfação porque diminuem os comportamentos agradáveis. Pelo fato de o partilhar de sentimentos também se reduzir ocasionando no declínio básico na intimidade psicológica da relação. O homem deve assumir papel de apoio físico e proteção para criança, enquanto, a mãe tem o papel de dar suporte emocional. Pesquisas falam que a chegada de um filho acrescenta mais conflitos e tensões de papéis. O conflito de papéis existe quando uma pessoa tenta desempenhar um ou mais papéis que são, física ou psicologicamente, incompatíveis entre si. Essas tensões ficam exacerbadas por qualquer coisa que aumente o estresse familiar, ou seja, encargos financeiros, pressões no trabalho ou um bebê com o temperamento difícil.
Um casamento é mais do que a soma das qualidades ou componentes das duas pessoas. Igualmente importante para o processo do casamento é a qualidade das reais interações que se desenvolvem entre o casal. Adultos com boas capacidades decomunicação, ou com uma carga reduzida de neurose, estão propensos a criar melhores padrões de interação. É, todavia, a positividade ou negatividade da verdadeira interação que parece ser fundamental, quando isso se dá. Pesquisa realizada por John Gottman mostra de maneira especialmente clara que a única maior diferença entre casais felizes e infelizes é a relativa agradabilidade ou rudeza das conversas cotidianas. Um casal com um sistema caótico ou angustiado encontra dificuldades em acalmar-se a si mesmo, ficando as discussões fora de controle. Nesse estado os elementos do casal ficam mais suscetíveis ao estresse de qualquer tipo. 
Em relação às amizades, as mulheres possuem mais amigos próximos e suas amizades são mais intimas, com mais auto-revelação e mais trocas de apoio emocional. As amizades dos homens jovens são mais competitivas. Amigos do sexo masculino são menos propensos a concordar entre si ou a solicitar ou proporcionar apoio emocional mútuo. Amigas adultas conversam umas com as outras; homens adultos fazem coisas juntos. Em especial, as amizades entre os homens podem apresentar menor probabilidade de atender as necessidades de intimidade do que as amizades entre mulheres. Para a maioria dos homens, essa necessidade é satisfeita no casamento, Muito mais homens do que mulheres não possuem outro confidente ou amigo intimo além do cônjuge. 
A fase adulta se inicia muitas vezes com o papel profissional. Muitos jovens nessa fase da vida precisam de uma renda fixa para construir suas vidas. Os jovens tendem a escolher profissões que se situem no mesmo nível da classe social geral de seus pais. Famílias de classe média estão mais inclinadas a encorajar seus filhos a buscar uma formação acadêmica que vá além do segundo grau. Esse acréscimo educacional faz com que seja maior a probabilidade de esses jovens virem a se qualificar para empregos de classe média, para os quais uma formação universitária costuma ser uma das credenciais exigidas. 
Quanto maior sua inteligência, mais anos de formação acadêmica você provavelmente irá concluir, quanto maior sua formação acadêmica, mais elevado o degrau na escala profissional pelo qual você ingressará no mercado de trabalho, quanto mais alto o degrau de ingresso, mais longe provavelmente você irá na escala profissional, ao longo de sua vida. 
Existe também a questão do sexo, ainda há “trabalhos para homens” e “trabalhos para mulheres”. Trabalhos masculinos são mais variados, mais técnicos e mais elevado em status e salário (ex: médico,executivo,carpinteiro). Trabalhos femininos concentram-se em ocupações de prestação de serviço, com status baixo e salário mais reduzido (ex: professora, enfermeira, secretaria). Isso ocorre, pois as crianças aprendem tais definições culturais de trabalhos “apropriados” para homens e mulheres bem cedo, da mesma forma como aprendem sobre todos os outros aspectos dos papéis sexuais. Não causando surpresa o fato de que a maioria das jovens mulheres e homens escolham ocupações que se adaptem a essas denominações do papel sexual. 
As pessoas cuja personalidade combina com o trabalho estão mais propensas a mostrar-se satisfeitas com a profissão, ainda que, o sucesso profissional esteja apenas tenuemente relacionado à combinação personalidade/trabalho.É, obviamente, bastante possível ter-se sucesso em uma profissão que pouco combine com sua personalidade, embora você, provavelmente, seja menos feliz, a longo prazo, com tal profissão.
A satisfação no trabalho se encontra em seu nível mais baixo no inicio da vida adulta. Isso se dá pela falta de domínio no trabalho. Trabalhadores mais velhos tendem a permanecer em seu trabalho por mais tempo, o que pode contribuir para várias fontes de satisfação, inclusive melhor salário, maior segurança no trabalho e maior autoridade. Os empregos ocupados por jovens tem maior possibilidade de serem sujos, fisicamente mais pesados ou de menor complexidade e menos interesse. Parte dessa diferença é resultante da inexperiência, embora possa ser reflexo de uma maior força e resistência física dos jovens. 
Na vida Professional do individuo,primeiro ocorre a tentativa ou o estágio de estabelecimento que costuma se dar entre os 20 e 30 anos, ou seja, na adultez inicial.Nesse período, o jovem está decidindo sobre o trabalho ou a carreira que irá seguir e pode tentar várias opções diferentes, talvez voltando a escola para treinamento posterior. Uma vez trabalhando, o jovem precisa entender do assunto, talvez passando pelas etapas iniciais da escala profissional, a medida que domina as habilidades necessárias.
Os padrões de trabalho femininos estão modificando-se com rapidez. É possível que um maior percentual de grupos atuais de mulheres com 20 e 30 anos venha a trabalhar permanentemente, sem interrupções. Pelo fato de serem as mulheres que dão à luz, amamentam e criam os filhos, na maioria das vezes são elas que permanecem em casa com eles, durante, no mínimo, um período curto que ocupa parte dos anos iniciais da fase adulta, e tal fato parece ter poucas probabilidades de ser modificado de maneira total. As mulheres com uma ocupação fora de casa estão trabalhando mais horas semanais do que seus maridos pelo fato de que além de trabalhar fora precisam executar tarefas familiares e domesticas. Entre os casais sem filhos as tarefas são divididas o que torna a distribuição de horas de trabalho igualitárias, porém com filhos pequenos as mulheres estão,simplesmente, acrescentando mais horas.
Nos estudos de Robert McCrae e Paul Costa foram identificados cinco dimensões ou traços, cada um dos quais evidenciando considerável estabilidade tanto de situação a situação como ao longo do tempo: neurose, extroversão, satisfação, abertura à experiência e conscientização, atualmente há concordância entre os pesquisadores da personalidade quanto ao fato de esses “grandes cinco” traços, trazerem em si a maioria das variações da personalidade entre as pessoas. Adultos muito neurotizados não lidam muito bem com estresse. Diante de uma mudança importante em suas vidas, eles se mostram mais propensos a descrevê-las como crises e a evidenciarem consequências mais duradouras. Um exemplo são os homens irritadiços, bastante neurotizados, que tornam-se cada vez mais irritadiços, sob grave estresse financeiro. Homens menos neurotizados evidenciam reações iniciais negativas e, pouco a pouco, recuperavam-se. Isso ocorre ,pois crianças levam esses traços até a vida adulta e, como consequência, podem ter mais ou menos sucesso nos papéis profissional e familiar. Diferentemente, dos adultos bastante extrovertidos que mostram-se sempre satisfeitos com suas vidas.
 No inicio da vida adulta, percebemos aumentos em um grupo de características que incluem a confiança, a autoestima, a independência e a orientação para as conquistas. Pesquisadores descobriram poucas mudanças na personalidade entre 21 e 27 anos, embora entre 27 e 43 anos as mulheres tenham evidenciado um aumento no domínio, confiança e na independência. Também evidenciaram um declínio na dependência e um aumento na necessidade de autonomia,abrangendo as idades dos 20 aos 40 anos. Nisso é possível observar que o jovem adulto não apenas se torna fisicamente independente de sua família, mas fica, cada vez mais, psicologicamente independente também. E à medida que ele domina os vários papéis do inicio da vida adulta, fica mais confiante, mais capacitado a afirmar sua individualidade. 
Outros teóricos falam sobre a mudança subjacente no inicio da fase adulta, em termos de uma guinada de uma definição externa para uma definição interna de si mesmo. Aos 20 anos temos o desejo de pertencer a sociedade e adentrar na forma social para se encaixar nos papéis que a sociedade requer. Porém tais papéis muitas vezes não são confortáveis ou não nos servem tão bem, nos frustramos e assim começamos a busca pela nossa individualidade. Tornamo-nos mais críticos em relação a nossa tribo. Ficamos mais independentes em relação a grupos, instituições e tradições que dávamos tanta importânciaanteriormente, buscamos questionar mais os valores impostos na sociedade e consequentemente os nossos próprios valores.
Existe um tempo certo para tudo, somos seres de fases. O aspecto mais geral é o fato de que estar-se “fora do tempo” ou de uma sequência na adoção de qualquer um dos principais papéis do inicio da vida adulta parece ter seu preço. Um casamento, por exemplo, realizado bastante antecipadamente (antes dos 20 anos de idade) está também ligado a maiores riscos de posterior divórcio. 
Bibliografia 
O ciclo vital/Helen Bee; Porto Alegre: Artmed,1997
Desenvolvimento humano/ Diane E. Papalia,Sally Wendkos e Ruth Duskin Feldman – 8 ed.- Porto Alegre:Artmed,2006.
MONTEIRO,Sara;TAVARES,José;PEREIRA,Anabela.Adultez emergente: na fronteira entre a adolescência e a adultez
MENDONÇA,Marina;ANDRADE,Cláudia;FONTAINE,Anne Marie. Transição para a idade Adulta e Adultez Emergente:Adaptação do Questionário de Marcadores da Adultez junto de jovens Portugueses.

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