seminário a importância da dança na educação física

Educação Física

UNOPAR

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o Mateus
2017
Emanuel le Fi oret B astos
Fab i o Zanni Ma rti ns
Gabriel S o uza O li vei ra
Joelma Ba rros de O li veira
Joseni ld a N unes Mot ta
Juli el to n Ne ves Borges
Va ldi reni a Morei ra do Ro zari o
SISTEMA DE ENSI NO PRE SE NC IAL CONECT AD O
CURSO DE ED UCA ÇÃ O FÍ SI CA - LI CENCI AT URA
A IMP ORT A NC IA D A DA A NA ED UCA ÇÃ O F ÍS IC A:
Alunos esp ec iais na Ed ucaç ão Físic a
o Mateus
2017
A IMP ORT A NC IA D A DA A NA ED UCA ÇÃ O F ÍS IC A:
Alunos esp ec iais na Ed ucaç ão Físic a
Trab alh o de inte rdisc i plin ar ap res e nt ad o à Uni ve rs ida de
Nort e d o P ar aná - U NOPA R, c om o r eq uis it o p arcial pa ra
a obt ençã o de dia bim es t ral na dis c iplin a de
Metodol ogi a do ens in o de ati vi da de R ít mi c a e da a;
educ ã o f ísic a es c ola r e s de; m eto dol ogia do e nsi no
da ginast ic a esc olar; educ ão f ís ic a a da ptad a e
prim ei ros s ocor ros.
Orie ntad or: P ro f. Túli o M ou ra; P ro f. ª Pat r íc ia P rosc ê nc io;
Prof. ª E lois e W erle d e Alm eid a; P rof. ª A les s and ra
Begiatt o P ort o; P rof. ª L uan a C ont i.
Emanuel le Fi oret B astos
Fab i o Zanni Ma rti ns
Gabriel S o u za O li vei ra
Joelma Ba rros de O li vei ra
Joseni ld a N unes Mot ta
Juliel to n Ne ves Borges
Va ldi reni a Morei ra do Ro za ri o
SU MÁR IO
1 IN TR OD UÇÃ O ................................................................................................ .............3
2 D E SE NVOLVIMEN TO ................................................................................................ 4
2.1 A dan ça enq uan to c on teúd o da educa ção s ic a esco lar . ............................... 4
2.1.1 A i mportânci a da dança como co nte úd o da educa ção física escola r . ................5
2.1.1.1 C ompetê nci a d o p rofi ssi ona l de ed ucação f ísica e os desa fi os no t rabal ho
com a da nça na esco la ........................................................................................................... 6
2.1.1.1.1 Po ssi bi li dade de abordagem .. ... .. .. ..... .. .. .. .. ... .. .. .. ... .... .. ... .. .. ..... .. .. .. .. ... .. .. .. ...6
2.1.1.1.2 A dança e a po ssi bi li dade para um habi to de vi d a sa u vel .. .. ... .. .. ..... .. .. .. ..7
3 Alunos co m si nd rome de dow n nas aula s d e educa ção f ísica . ............................7
3.1 A si nd rome de daw n, s ua defi ni ção e as s uas caracteristicas p rinci pai s. ..........8
3.2 a incl usão dos alunos co m si ndrome d e dow n nas aulas de educação f ísica . ..8
3.3 as possi bi li dade s d e i nter ve nção p edag ogi ca nas a ulas de ed ucação f ísi ca. ...9
3.4 os bene fi ci os da ati vi d ade física p ara a sa úde desses al unos. ......................... 10
4 C ONC LUSÃ O ................................................................................................ ............ 13
RE F ERÊNC IAS ..................................................................................................................... 14
AN E X OS ................................................................ ................................................................ 15
ANEX O A P esqui sa de campo: e ntre vi sta na escola. ................................................. 15
3
1 INTR OD UÇ ÃO
A da nça , vi sta d e di versos â ng ulos, tra z i me ras formas d e bene f ício s
para os i ndi víd uos em re laçã o ao s aspectos físi co s, emoci onai s, inte lect ua i s e
soci ai s, contri b ui ndo p a ra a i ntegração e fo rmação de se nso c r íti co em c ui dado s co m
a saúde e co m o corpo, a lém de ser um mei o educativo de ajudar na promoção da
saúde ab ordando temas t rans ve rsai s como, se xua li dade , p ub erdade , p re venção de
doenças. A dança enq ua nto um processo e ducaci ona l, nã o se resume
si mplesmente em aq ui si ção de habi li da des, ma s si m, p oderá co nt ribui pa ra o
aprimorame nto das habi li dade s b ási cas, do s p adrões f undame ntai s do mo vi mento,
no d esenvol vi me n to d as p otenci alidad es huma nas e sua relaçã o com o mundo. O
uso da dança como práti ca ped agógi ca fa vorece a criativi dad e, além d e favorecer no
processo de cons tr ução de conhe ci me nto .
Este trabal ho tem co mo ob je tivo ref le ti r a i mportâ nci a d a da nça na esco la,
como i nst r ume nto de soci ali zação , pa ra a for mação de ci dadão s cr íti co s,
parti ci pa ti vos e responsávei s. A dança, se ndo uma experiê nci a co rporal, p ossi bi li ta rá
aos a lunos no va s fo rmas d e e xp ressão e co m uni cação, le va ndo -os à desco berta da
sua li ng uage m corp oral, q ue co n tri bui rá para o p rocesso e nsi no ap rend i zagem.
Alguns e st udi osos li gado s à área da defi ci ênci a mental e nfati zam q ue as
pesqui sas exi ste ntes re fere ntes à S índrome D ow n, são ai nda i nsufi ci ente s para
escla recer e orientar atit ud es educaci o nai s pa ra o des envo l vi me nto dos po rtadores.
Esta consta tação a ponta pa ra a reali da de d e uma soci edad e que ai nda segrega, e m
parte pe lo de sconheci me nto veri fi co u-se que : a exi stê nci a de preconcei to s
hi stori came nte co ns tr dos e p recaried ade d e i nfo rmações o u co nheci me ntos
refere nte s a p otenci a lidad es das pessoa s com S índ rome D own co nstit uem fatores
que di fi c ul tam s ua pa rti ci pação na soci edade ( NAD E R, 2003) .
Antes do séc ulo X IX , p o uco se sab i a sob re a S índ rome D ow n, ai nda nã o
ha vi a rela tórios d efi ni dos e pub licado s (PUES C HE L, 1999). A SD p ossui alg uns
traços marca ntes , descritos pe la primei ra ve z p or um médi co chamado Joh n
Longdo n D ow n e m 18 66. A lg uns de sses t raços o be m vi s ívei s como , face la rga e
achatada, ol ho s d i sta ntes um do o utro , nariz peque no co m b ase nasal ac ha tad a ,
pescoço curto, porém alg umas cri a nças não mostra m tanto as caracte r ís ticas
vi s ívei s, mas a re ta rdo me nta l semp re ocorre , co nt udo também poss ue m traços d os
pai s jus tame nte po r ca usa do D NA , tai s co mo co r d os cab e los, ol hos, den tre outros
fatores. (P UES C HEL, 19 99) .
Po rtanto é de ver do p ro fessor de E d ucação F ísica fa ze r o poss ível p a ra
desen vol ver a ulas pro vei tosas, e m tu rmas co m c ria nça s co m o u se m defici ê nci a ,
proporcionando o b om d esenvol vi me nto mo tor, afe ti vo , cog ni tivo e soci al d os alunos.
O profi ssi ona l de ve se mp re re uni r co nheci me nto s q ue p ossam dar s upor te para
enf renta r as di ficuldades. Po rém no tou -se precaried ade de i nformações so bre as
caracter ís ticas p si cofi si oló gi cas do s alunos com SD , para i ncl - los nas a ulas d e
Ed uca ção F ísi ca, na rede reg ular d e e nsi no.
Nesta p erspec ti va, este es t ud o b uscou i n ves ti gar as espe ci fi ci dade s d e
alu no s co m S D , a fi m de o ferecer u ma ed ucação ade quada , al meja ndo re u ni r
conheci mentos perti nentes a esta problemá ti ca com o propósi to de i nte r vi r de
manei ra ad eq uada junto aos a l unos com a s índ rome aci ma ci ta da .
4
2 D E S EN V OL V IMEN T O
2.1 A DAN Ç A EN QUAN TO C ON TE Ú D O D A E D U C AÇ ÃO F ÍSICA ES C OLAR .
Ao lo ng o de sua hi sto rici dad e a E ducação F ísica já ve m at rela da à s
ati vi da des que traba l ham o corpo e o mo vi mento nas suas d i versas pe rspecti va s.
Foca mos ne sse i nsta nte o nosso ol ha r p ara os seus co nte úd os ed uca ci onai s que
estão atre lad os a gi nástica, o jogo , o esporte e a dança. Paramos pensar q uai s
conte údo s fa zem pa rte d essa di sci p li na ao longo d o te mpo, q ue j unto aos
Pa râmetros C urri c ula res Naci onai s -PC Ns (2001) compree ndem q ue trab al ha m com
a cultura co rporal . Uma p ráti ca p edagó gi ca q ue , no â mbi to esco la r, temati za fo rmas
de ati vi dade s e xpressivas corpora i s como : jo go, espor te, d ança , gi nás tica e lutas.
Fi ca evi dente a p ar tir de Oli vei ra (20 0 4) , cole tivo de a utores (1992),
D arido (2005 ) a forte i nfluê nci a que a gi nástica , o jogo e o espo rte traz da C orrente
France sa pa ra a e ducação f ísica , porém, a da nça e mbora compre e ndi d a como
i mportante ativi dade p ara o ho mem, não de i xa c laro como e de que fo rma está
ali cerçada nessa área. Olivei ra (2 004) ao ret ratar o mo vi me nto na hi stóri a da
huma ni da de, referê nci a a dança como uma ati vi dad e que fazi a parte d a vi da do
ho mem primiti vo , a firma ndo q ue:
Uma da s a ti vi dades f ísi cas mai s si g ni fica ti vas para o
ho mem a nti go foi a da nça . Uti li za da como fo rma de exi b i r
sua s q ua li dade s f ísica s e de e xp ressar os se us
senti me ntos , era prati cada po r todos os p ovo s, d esde o
paleol íti co superior (60 000 a.C). A dança primitiva podia
ter caracte r ís ti cas emine nte me n te l úd i c a s co mo ta mbém
um caráte r ri t ual ísti co , o nd e ha vi a demonstra ções de
ale gria pela caça e pesca feli z ou a dramati zaçã o de
qualq uer e ve nto q ue me recesse destaque , como os
na sci me ntos e f unerai s. A lé m d i sso, o s p rimeiros povos
perceberam q ue o e xerc ício co rpo ral, prod uzi ndo u ma
exci tação i nte ri or, podi a le vá -los a e sta dos a lte rados de
consci ênci a. A compa nhadas por r u ídos q ue tinha m p or fim
exo rci zar os ma us esp íri to s , estas d a nças d urava m horas
ou mesmo d i a, le va nd o os se us p rati cantes a ac redi tar
estarem entra nd o em contato com o po der dos d euses. A s
danças represe nta vam um pap el funda mental no processo
da E ducação , na medi da em que se fazi a m presentes e m
todos o s ri tos que preparavam os jo ve ns para a vi da
soci al. E ste fa to e vi d e nci ava -se nas d anças rit uai s a p ar tir
do cul to , po i s a re li gi ã o era a úni ca preocup ação
si stemáti ca na educação pri mi ti va (p.08) .
Se gund o os autores no â mbi to da esco la, os e xerc íci os f ísi cos na fo r ma
cul t ura l de jogos, gi nástica , da nça, equi tação s urge m na Eu ropa no fi na l do c ulo
5
XV III e In ício do século X IX. Esse é o tempo e o espa ço da formação do s si stema s
na ci onai s de e nsi no cara c ter ís ticos da so ci edad e burg uesa d aq ue le per íodo (p .34).
Mui to embora a da nça te nha si d o retratada nesse mome nto li gada à
educação sob a ó ti ca d a E d ucação F ísi ca, ao re trata r a E d ucação F ísica e scola r
parti ndo d as corre ntes e destacando seu ensi no no B rasil so bressai o s asp ectos
hi g i eni stas, de saúde, e posteri ormen te o esporte como constr uções hi stó ri cas de ssa
di sci pli na. S egundo O li vei ra (2004 ) re na sce nti sta s co mo D a V i nci , Rabelais,
Montaig ne fo ram prec u rsores de uma no va te ndênci a e a va li za ram a i ncl usão da
gi násti ca, jo gos e esp ortes na s esco la s. S uas i de i as fertili zara m o campo na
segunda me tade do c ulo X V III, fund ame nta nd o os ali cerces da E duc ação F ísi ca
escolar. Se gund o o a uto r o utro mome nto em que a da nça se ap roxi ma da
Ed uca ção F ísi ca fo i no séc ulo X X , por i ntermédi o da gi násti ca.
Uma te nd ê nci a a r t ís ti ca, de orig em a le mã, recebe
cont ribui çõe s do teatro, da nça e si ca. Os ar ti sta s
li be rtaram- se d os modelos i mpostos e fora m estimulad os à
exe c ução d os mo vi me n to s na t urai s e espon tâne os ,
exp ressa ndo s uas emoções aute n ti ca mente. E ssas
exp eriênci as foram tra nsfe ridas p ara a E ducação F ísica ,
surgi nd o si stemas de g i ná sti ca que , a pesar de r ít micos,
nã o era m da nça. (OL IVE IRA, 2004, p .21)
Tal ve z e ste ja a í, a a pro xi mação mais real e nt re a dança e a Ed uca ção
si ca, po rém es tand o li g ada a gi nás tica . D arid o (2005) re monta a d a nça na
Ed uca ção f ísi ca no a no de 19 84 quando a i nc l usão da E ducaçã o si ca se deu
ofi ci almente na escola no B rasi l ai nda no séc ulo X IX, em 1 851, com a reforma C outo
Ferraz. Mi randa (1991), poré m, a firma q ue a i nserção da da nça no âmbi to fo rmal
se deu a pós o i cio d o culo X X , a crescenta ndo que essa i nse rção se deu p or
i ntermédi o d e p rofe ssoras de E ducação F ísica d e esco las p rimári as (te rmo u ti lizado
na é poca) q ue utili za vam a da nça em jo gos com m úsi ca, e m a lg umas a ti vi dades
r ít micas e, ai nda, na for ma d e da nça s folc lóricas.
2.1.1 A IMP OR T ÂN C IA D A D AN Ç A C OM O C ONT E Ú D O D A E DU C AÇÃO F ÍSICA
E SC OLAR .
O mo vi me nto vi ve nci ad o ao da nçar ge ra i n fo rmações que refo rçam a i dei a
de ori enta ção p si codi nâmica, que p redomi na no mo vi me nto i nconsci e nte
benefici ando a pessoa no ente ndi mento das emoções que se re lacio nam com se u
estado de saúde at ual e também pode ser vi sta co mo uma exp ressão que
representa di versos a spectos da vi da hu mana , co nsi derada como li ng uagem soci al
que tra nsmite se nti me ntos, emoções vi vi das de reli g i ões, trabalho s, háb i tos e
costumes.
Ap esar de sua i mpor tâ nci a na esco la, m ui tas ve zes a dança é
menci o na da a penas e m datas festi vas como em fe sta s j uni na s, di a das mães, di a do
folclo re e o ut ras festi vi da des ou co mo ati vi da de extrac urri c ula r, sem ser da da sua
6
devi da i mportâ nci a. Sa be -se q ue pouco se utili za a da nça no s co nte údos de
Ed uca ção F ísica ou por não estar de ntro dos con te úd os fo rmati vos da di sci pli na o u
por de spreparo dos p rofi ssi o na i s.
A E ducaçã o si ca é uma di sci plina obri gatóri a no c ur r íc ulo escolar , q ue
têm ta nta i mportâ nci a co mo qualq uer ou tra di sci plina obri gatóri a (BRAS IL, 19 96).
Pa râmetros fora m e lab o rados para que fossem segui do s em todo o terri tório
brasileiro, para ha ver u ma uni fica ção na á rea da E ducação F ísi ca, que é uma
di sci pli na di reta mente relaci o na da à corporei dad e e se u b loco de co nte údo é:
conheci mento sobre o corpo ; e sportes, jogos, l utas e gi násti cas; ativi dades r ít micas
e expressivas , e sta última tra ta das danças e b ri ncadei ras canta das. A dança é um
conte údo f undame nta l pa ra ser tra tado na escola . U ma das formas na p ráti ca mais
adeq ua das e di ve rti das para e nsi nar todo o p o tenci a l d e e xpressão do corpo .
A dança, i nde pende nte me n te de sua modalida de, tem co mo objeti vo
buscar a exp ressão i ndi vi dual de pe nsa me n to s e se ntime ntos, de se n vol ve ndo a
psi comotri ci dade , q ue é uma p ercepção para gerar a ções motoras q ue i nf lue nci a m
os fa to res i ntele ct uai s, a fe tivos e c ul t urais (MA R T ÍN et a l., 200 8). S endo a ssi m, o
objeti vo des te t rabal ho foi verificar , p or meio de uma re vi o si stemá ti ca , a vi o do
conte údo “dança na s a u las de E d ucação F ísica.
2.1.1.1 C OMPE T ÊNCIA D O P R OFISS ION AL D E ED U C AÇ ÃO FÍSIC A E OS
D E SAFIOS N O T R AB ALH O COM A D AN Ç A N A E S C OLA
Na co ncepçã o de e nsi no d e m ui tos profe sso res e ges tores, a ed ucação
por mei o da da nça é nula , poi s o co rpo é vi sto como ob jeto e a e xec uçã o dos
movi me ntos está vi nc ulada a uma pe rfe i ção técni ca e estéti ca. Po rém, tamb ém
enco ntra mos a vi são de q ue o e nsi no de dança deve uni r co nheci mento téc ni co e
exp ressi vi da de.
Pa ra profe ssores e g estores a da nça d eve tra balha r a se nsi b i li da de, a
exp ressão e suas po ssi bi li d ades de ampli ação e a comuni caçã o co rporal, e a o
mesmo tempo não se a fa s tar da técni ca e d e co nte údo s fo rmai s. D essa for ma, para
ele s a d ança d eve ser tra bal hada de forma a mpla , fa vorece ndo o desa brochar do
corpo e a utoma ticamente o p rocesso e nsi no ap rendi zagem.
Na verdade, ao lo ng o dos a nos , a da nça a té tem dei xado de ser vi sta
apenas como u ma ma ni festação a rtísti ca e p assado a se r percebi da como um mei o
de refle xão cr íti ca . O ob jeti vo ce nt ral do ensi no da dança aos p oucos tem se torna do
o autoconheci me nto e a co ns tr ução desse co n he ci me nto.
2.1.1.1.1 P OS S IBILID ADE D E AB OR D AGEM.
Nos conte údos trab al hados em sa la de aula a dança tem q ue estar
vi nc ula da co m o co nte xto dos alunos : o conte xto do s alunos é um dos i nte r loc utores
para o fazer-pe nsar a da nça , poi s g arante a relação entre o conheci mento em dança
e as relações sóci o, pol íti co e c ult urai s d os mesmos em soci ed ade”.
Com i sso , p ercebe-se a i mpor nci a da rela ção e nsi no -
7
reali dade , onde os co nte údo s mi ni stra dos e m sa la de a ula têm rela ção com a
vi ve nci a d o a l uno . E nfim, é preci so q ue os co nte údos desp erte m o i nteresse do s
alu no s , vi sto q ue ne m se mpre a dança fa z parte de sua reali dade cultura l. M ui ta s
das ve zes , ela é vi sta pe lo a l uno de forma p reconcei t uosa.
A dança co ntri bui pa ra o desen vol vi me nto das funções i ntelec t uai s como:
atenção, me mori zaçã o, racio c íni o , c urio si dade , obse rvaçã o, c ri ati vi da de, e xp loração,
ente ndi me nto q ua litati vo de si t uações e poder de c r íti ca.
Tal afirma tiva nos le va a ressal ta r q ue , a da nça em se u caráter
educati vo p ode tra zer g rande s co n tri bui ções pa ra o de se n vol vi me nto da
aprend i zag em . E nfim, a d a nça p ode contri b ui r para um bo m apre ndi za do, sem q ue
seja ne cessário d ei xa r de lado os conteúdo s p rogra máti cos, a mesma d e verá e sta r
vol tada pa ra o d ese nvo l vi me nto da a uto esti ma , co nf i a nça, moti vaçã o, e leme ntos
estes de s uma importâ nci a p ara o pro cesso e nsi no apre ndi zagem.
D i ante di sso, é perceptível a contri bui ção da da nça como re curso
pedagógi co, visto que auxi li a em di versas áreas que são de suma importância para
que o al uno co nst r ua o se u co nheci me nto .
2.1.1.1.2 A D AN Ç A E A P OSS IBILID ADE PARA UM H AB ITO DE V ID A
SAUD ÁVE L .
A na li sando as d i scussõ es a nte ri orme nte apresentadas, podemos
questi o nar: p or q ue não uti li zar a da nça como uma a ti vi da de f ísica regular pa ra
mel hor q ua lidad e de vi da? A d ança é uma ativi dade q ue e nvo l ve o i ndi víd uo de
forma global , nos asp ectos f ísicos, psi cológi cos e sociai s, pode nd o ser prati cada
regularme nte , pre ve ni nd o o sede ntarismo e a ume n ta ndo a q uali d ade de vi da das
pessoa s. D efini da co mo a arte d e mo ve r o corpo em um d e termi nado ritmo,
exp ressa ndo se ntime n to s e emoções por meio de mo vi me nto s, a da nça é uma forma
de mani fes tação ins ti nti va .
C onsi derand o q ue a dança é uma a tivi dade que e n vo l ve os t rês dom íni os
da nat ureza huma na ( fi si oló gi ca, a feti va e co gni ti va) , é um óti mo i ns tr ume n to para a
mel hora d a q ua li dade de vi d a. A lém de ser um mei o de práti ca de a tivi dade f ísi ca
auxi li ando na sa úde, a da nça p ossi bi li ta ao prati cante se co nhecer me lho r,
proporcionando uma me l hor co nsci ê nci a corporal, a uxi li a nd o na aprendi zage m d e
fatores como o d e li d ar melhor com o s erro s d os o u tros e co m os se us próp rios
erros, rompe ndo preco nce i to s, mel hora ndo a i ntegração e co m uni cação.
A pós alg uns meses parti ci pa nd o da da nça, a post ura do prati ca nte, no
senti ndo d e como e nfre ntar a vi da, se tor na d i fere nte. Os a l unos ficam mais
desi ni bi do s, mai s confi ante s e soci ávei s, exi ste uma supe ração d e desafio s,
modi ficaçõ es corporais e e mocionai s, p roporci onando uma mel ho ra do raci ocíni o,
cri ativi d ade, soci a li zação, i ntegraç ão, di mi nui ção do stre ss e melhor a cei tação às
mud a nça s.
8
3 ALU N OS C OM S IND R OME D E D OWN NAS AUL AS DE ED U C AÇÃOSICA .
3.1 A S IND RO ME D E D A WN, S UA D E FINIÇ ÃO E A S S UAS C A RAC TE R IS TIC A S
PR INC IP A IS.
A síndrome de D ow n é ca usad a pela prese nça de três cro mossomos 21
em todas ou na mai or par te da s cél ulas de um i ndi d uo . Isso oco r re na hora da
concepção de u ma cri ança . A s p essoas com s índrome de D ow n, o u tri sso mi a do
cromossomo 21 , têm 4 7 cromossomos em sua s cél ulas em ve z d e 46 , como a mai or
parte da pop ulaçã o .
As cri anças, os jo ve ns e os adul tos com s índro me d e D own pode m ter
alg umas carac ter ís ticas semelha ntes e estar sujeitos a uma mai or i nci d ênci a de
doenças, mas ap rese nta m pe rso nalida des e ca racter ísti cas difere ntes e úni cas.
As pesso as com nd rome de D o w n com ume nte estão mais vul nerá vei s a
uma mai or inci nci a de a lgumas doe nça s, co mo cardio patias e p roblemas
respi rató ri os.
As crianças com s índrome de D own no rma l mente são i d enti fica das po uco
tempo a pós o nasci me nto de vi do às suas caracter ísti cas f ísi cas asso ci ad a s à
nd rome. A lg uns d os traços físico s mai s f reque ntes i nc l uem:
Ol ho s o b l íq uos, puxadi nhos para ci ma;
Na ri z p eque no e ligei rame nte acha tado;
B oca pequena , mas com líng ua ma i or q ue o no rmal ;
Orel has mai s b ai xa s q ue o norma l;
A penas uma linha na pal ma da mão ;
Mãos larga s com dedos c urtos;
A ume nto do espaço e ntre o ded ão e os o utros dedos do pé.
No en ta nto, a lg umas de sta s carac ter ís ticas tamb ém pod em estar
presentes e m recém- nasci dos que não têm a s índrome e pod em varia r m ui to en tre
pessoa s com a s índ rome. A ssi m, a mel ho r for ma de co nfirma r o di a gnósti co é fa zer
um e xame ge nético, com o obje ti vo d e i d entificar a e xi stê nci a d as 3 pi as do
cromossoma 21.
3.2 A INC LU O D OS A LUNOS C OM S IND RO ME D E D OWN NA S A ULA S DE
ED UC A ÇÃO F ÍS IC A .
A p roposta d a E ducação F ísica E sc ola r é i nserir a cri ança em meio à
cul t ura co rporal do mo vi me nto , para que ela p ossa compree nd er, apre nder e
desen vol ver s uas habi li dades, p ercebend o o meio ambie nte e as ad aptações que o
mundo o ferece . A di sci pli na tem o d e ver de proporci onar ao al uno prá ti cas que
desen vol vam s uas dime nsõe s co g ni tivas , afe tiva s , mo toras e sociocul t urai s.
A educação é um di rei to para todos os a l unos com o u sem q ualq uer tipo
de de fi ci ê nci a . Q uanto ao q ue se refe re à Inc l usão E scola r de c ri anças com a lg um
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ti po de defici ênci a , i ndepe nde nte d e qua l se ja , é de ver do p rofessor fa zer todo o
possíve l para que todos os alu no s a p rendam e p rogrid am.
A i ncl usão não p ode e ne m d e ve se r e ncarada como uma fo rma negati va
de de safi o e, si m apenas como uma consci ênci a sobre as di fere nça s i nd i vi d ua i s de
cada criança, ta l co mo exp lica Flóre z (1997, p .6 ) , “[ ... ] a d ific u ldad e p ara ap rend er
não de ve se r considerada como a lg o g en eraliz ável a tod o tip o d e
apren diz a gem, mas p arcelável” . Isto s ignifica -como af irma Maz z otta (1982 ,
p.15), “q ue nem tod as as cond utas são a fetadas p ela de fic iê ncia. P ara isso , é
preciso p rocurar e e sgo tar todos o s método s e meio s d e e nsino qu e p ermitam
aos alunos ap render e a lc anç ar os o bjetivos e du cativo s, mot ivando -os a
sempre bu scar seu melhor”.
A criança com Sínd rome D own, apesar d e te r vári as de suas
caracter ís ticas f ísi cas e psi cológi cas li mi ta das, tem uma compro vad a cap aci dad e de
aprend er . A ada ptação ed ucativa dos méto dos e a vali a ções fa z co m q ue haja
progresso d entro do con te xto educaci o nal. A cri a nça com S índrome D own te m uma
mai or fa ci li da de de a prendi zado, qua ndo há repeti ções de ati vi d ades a ntes de
modi ficá -las. As i mitações tamb ém faci li tam, p oi s além de se rem di ve rti d as para as
cri anças e las acabam po r copi arem os mo vi mentos.
Elogi ar a criança d ura nte uma b ri ncadei ra que foi exec uta da de for ma
correta, e vi ta q ue a mesma fi que f r ustrada , po r e xemp lo, d ura nte uma ati vi da de q ue
precise ser uti li za do o s ded os como a to d e pi nça r, d e vi do a s uas li mi tações, a o não
conseg ui r fa ze r o mo vi mento a cri ança co m S índrome D o w n, pod e la nçar o
brinquedo , e ao c hega r nesse e s tági o fi ca um ta nto q ua nto compli ca do reti -la do
mesmo, po rém a m úsi ca, a da nça e movi me n to s corporais pode m aj udar a aca lmá -
las. P or ta nto , ta l vez se ja nece ssário e vi tar bri nq uedos e a ti vi da des que nã o se jam
compat ívei s as limitações. A seg ura nça da s crianças e o aco mpanhame nto de p erto
das a ti vi dad es reali zad as, gara ntem o pri mei ro es tági o de desen vol vi me nto, a
ava li açã o do profe ssor, qua nto às maiores di ficuldade s da criança é o q ue i facilitar
qua nto a os mé to dos e ati vi dade s a se rem desenvo l vi d as.
É fundame nta l, q ue a o se i ni ci ar um processo de ati vi d ades para crianças
com Síndro me D ow n, seja co nsi derado todo o se u co nte xto soci ocu lt ura l, s ua s
defici ênci as co rporai s, e nfim, s uas pote nci ali dades. P ara q ue seja co nst r do um
trabal ho fo cado no de senvo l vi me nto i ndi vi dual , gara nti nd o o di rei to ao aprend i zad o e
a ci dada ni a .
Po rtanto o professor de E ducação si ca po de b usca r ati vi da des q ue
seja m compat íveis para o desen vol vi me nto das cri anças com S índ rome D o w n, j unto
às out ras crianças , para q ue haja a so ci ali zação e um b om desempenho no
aprend i zad o cogni ti vo e corporal d as mes mas, se m q ue te nha ma i ores prob lema s.
3.3 AS P OSS IBIL ID AD E S D E IN TERVE NÇ Ã O P ED A GOG IC A NA S A ULA S DE
ED UC A ÇÃO F ÍS IC A .
A E ducação si ca, co mo fator q ue co nt ri bui na ed ucação , tem si do m ui to
abordada a tua lme nte essa a ção ed ucati va e s tá vo ltada para o p ri nc ípio d e q ue
ne n huma fo n te d e conheci me nto é em si mesma comple ta. A ed ucaçã o escolar
precisa estar consci enti zada de que a práti ca da e ducação f ísica contri b ui co m

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