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Paralisia Facial Profa: Juliana Lima Fonteles Magalhães. ANATOMIA DO NERVO FACIAL Nervo Misto A raiz motora é o nervo facial propriamente dito e inerva todos os músculos da mímica facial. A raiz sensitiva ou nervo intermédio é responsável pela sensibilidade: da região auricular posterior; do meato auditivo externo; gustação dos 2/3 anteriores da língua; secreção das glândulas sudoríparas da face; glândulas salivares e lacrimais. A sensibilidade de outras áreas da face é inervada pelo trigêmeo. Trajeto do nervo facial: Raiz motora: o núcleo está localizado na ponte, sua fibra desce formando o joelho interno do facial e sai da ponte ao nível do suco bulbo pontino. Raiz sensitiva: seu núcleo também se encontra na ponte, próxima a uma região chamada fascículo solitário, saindo a nível do suco bulbo pontino. Trajeto do nervo facial Saindo do sulco bulbo pontino, as duas raízes se dirigem para o conduto auditivo interno, entram no canal facial (aqueduto de Falópio) onde fundem-se e chegam ao gânglio geniculado; lá, fazem uma curva em ângulo reto (joelho externo do facial). Emergem da cavidade craniana pelo forame estilomastóideo, onde se dirigem para a face formando, primeiramente, dois ramos: TEMPOROFACIAL E CERVICOFACIAL. Ramos do nervo facial Cervicofacial: Bucal; Mandibular; Cervical Temporofacial: Temporal; Zigomático Trajeto do nervo facial CERVICOFACIAL: O ramo bucal inerva: prócero, nasal, depressor do septo, elevador do lábio superior, zigomático maior e menor, orbicular da boca e bucinador. O ramo mandibular inerva: risório, depressor do lábio inferior e mentoniano. O ramo cervical inerva: platisma TEMPOROFACIAL : O ramo temporal inerva os músculos: auricular superior e anterior, occiptofrontal ou frontal e temporo parietal. O ramo zigomático inerva os músculos: corrugador do supercílio (superciliar) e orbicular das pálpebras. Músculos da mímica facial Orbicular do olho: fecha os olhos Superciliar: aproxima as sobrancelhas Prócero: enrruga o nariz Bucinador: retrai as bochechas, como o ato de sugar Orbicular da boca: protusão dos lábios Risório: lateraliza o ângulo da boca com um sorriso Depressor do ângulo da boca e depressor do lábio inferior: deprime o ângulo da boca e o lábio inferior para baixo Mentoniano: enruga o queixo, sendo muito importante para o ato de beber porque prende o lábio inferior no copo e impede que o líquido escorra Lesões do Nervo Facial Paralisia facial central – a lesão é supra-nuclear. Paralisia facial periférica (Paralisia de Bell)– a lesão pode ser tanto a nível nuclear como infra nuclear, ou seja, no núcleo do nervo ou no trajeto do nervo. Paralisia facial bilateral (Diplegia facial) – é como uma paralisia facial periférica bilateral - é rara e ocorre nas lesões bulbares. CAUSAS DAS PARALISIAS FACIAIS Central: Tem como causas isquemias ou hemorragias cerebrais, tumores no encéfalo, abscessos cerebrais, traumatismos crânio encefálicos. Normalmente, é acompanhanda de hemiplegia (homolateral à paralisia facial central). Bilateral: Miastenia Gravis e polineuropatias. CAUSAS DAS PARALISIAS FACIAIS Periférica: Provocada por neurites do nervo facial (inflamação); Por origem metabólica, infecciosa ou tóxica, como diabetes, síndrome de Guillain Barré, polirradiculoneurite, Hansen, meningites; Compressões por tumores a nível da ponte; Afecções de ouvido; Focos na garganta; Lesões traumáticas de ouvido; Processos cirúrgicos (cirurgia de glândulas parótidas de ouvido médio); Focos dentários; Afrígore Córtex Frontal Área 4 Área motora da Face Feixe Cortico Nuclear Feixe Cortico nuclear Cruzado Feixe Cortico Nuclear Direto Paralisia Facial Central Núcleo do Nervo Facial Área Motora para Face Paralisia Periférica Lesão do Nervo Facial (neurônio motor inferior) Lesão do Trato Córtico Nuclear (neurônio motor superior) QUADRO CLÍNICO PARALISIA FACIAL CENTRAL Paralisia do andar inferior da hemiface oposta à lesão. Freqüentemente associada a uma hemiplegia ipsilateral ou monoplegia. A paralisia é do tipo espástica (comissura labial puxada para o lado da lesão cerebral) O palato e a salivação não estão afetados. Os músculos do andar superior da hemiface hétero lateral à lesão cerebral são poupados (devido a inervação cortical dos dois hemisférios cerebrais). A boca tem a forma de raquete(a comissura do lado paralisado abre menos) QUADRO CLÍNICO PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA A paralisia facial periférica pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais comum no grupo etário de 20 a 50 anos. Lesões na altura do forame estilomastóideo: Paralisia da hemiface: paciente com face assimétrica; Apagamento das rugas frontais do lado paralisado; Apagamento do suco nasolabial; Ocorre o sinal de Bell (ao fechar as pálpebras, o globo ocular do lado afetado pode ser visto girar para cima e para o lado externo); Quadro Clínico - Periférica Sinal de Negro: Pedir para o paciente olhar para cima. No lado paralisado o globo vai se elevar primeiro. Ocorre o Sinal do Cílio de Barre ou Souques: Pedir para o paciente fechar os olhos e os cílios do olho paralisado vão estar mais proeminentes. Sinal da Boca Oval de Petris: Quando se pede para o paciente abrir a boca, o fisioterapeuta nota uma abertura mais ampla no lado sadio. Quadro Clinico - Periférica Sinal Lagoftalmo: Observa-se uma abertura mais ampla no olho que está paralisado e devido o elevador da pálpebra superior estar intacto, mas o orbicular paralisado. Sinal de Epífora: A lágrima ao invés de descer no canto do olho, ela desce pela pálpebra inferior em direção a bochecha. Sinal de Watemberg: O físio coloca a palpa dos dedos na parte paralisada e o paciente não treme, ou seja, não fibrila. QUADRO CLÍNICO DIPLEGIA FACIAL Paralisia de toda musculatura da face Face inexpressiva; Ausência das rugas frontais bilaterais; Logoftalmia bilateral; Sinal de Bell bilateral; Ausência dos sulcos nasolabiais. Protocolo de Fisioterapia Crioestimulação; Facilitação neuromuscular proprioceptiva; Propriocepção; Eletroterapia M. FRONTAL M. SUPERCILIAR ORBICULAR DOS OLHOS (FIBRAS SUPERIORES) ORBICULAR DOS OLHOS (FIBRAS INFERIORES) ORBICULAR DOS OLHOS (FIBRAS SUPERIORES E INFERIORES)
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