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Administração Contemporânea Professor: Júlio Costa Email: juliocosta.ufpe@gmail.com Aula 23 – Processo decisório: uma abordagem estratégica (31/05/17) Processo decisório Prof.: Júlio Costa “Decidir é escolher uma alternativa entre várias” • A decisão eficiente exige que o decisor compreenda a situação • Visão ampla dos elementos circunstanciais; • Impacto da decisão sobre as pessoas e o ambiente; • Fator tempo: nem toda decisão pode esperar... • Decidir não significa apenas resolver um problema • A decisão também pode remeter a uma oportunidade ambiental; • “Toda decisão tem dois lados”: nenhuma é 100% boa • Dificilmente, todos ficarão plenamente satisfeitos... “Processo de decisão pressupõe o reconhecimento e a definição da natureza da situação, identificar alternativas, escolher a ‘melhor’ e coloca-la em prática”. Tipos de decisão Prof.: Júlio Costa Decisão programada (Estruturada) • É bem definida e ocorre com frequência; • Envolve etapas estruturadas: regras que orientam as decisões; • Processo mais rápido: já se sabe o caminho a percorrer; Decisão não programada (Não estruturada) • Relativamente imprecisa e menos frequente; • Não há modelos que orientem o decisor: situações novas; • Processo mais cauteloso • Exige criatividade e pode tomar tempo; Decisão Estratégica • Envolvem a definição precisa de um negócio ou sua alteração; • Impacto de longo prazo e difícil de ser revertida • Envolvem grandes investimentos; • Influenciam na cultura organizacional; • Impacto significativo do ambiente externo. Administração Contemporânea Prof.: Júlio Costa Como decidir? Modelo Racional (Clássico) Prof.: Júlio Costa Passos: 1. Definir o problema; 2. Identificar critérios para a decisão; 3. Atribuição de pesos aos critérios; 4. Desenvolvimento de alternativas; 5. Avaliação de alternativas; 6. Escolha da melhor alternativa; • Premissas • Clareza do problema; • Conhecimento das opções; • Clareza das preferências (base racional); • Preferências constantes (critérios específicos e constantes); • Ausência de limitação de tempo e custos envolvidos; • Retorno máximo. Modelo Clássico Prof.: Júlio Costa 1. Reconhecer e definir a situação • Toda decisão tem um estopim • O estímulo pode ser positivo (oportunidade de mercado) ou negativo (problema interno ou ameaça do ambiente); • Identificar claramente a problemática é essencial; 2. Identificar as alternativas • Levantar informações e potenciais possibilidades • Toda alternativa deve corroborar com os objetivos da organização; • Decisões não estruturadas => maior criatividade; 3. Avaliar as alternativas • Análise da viabilidade das alternativas, sua adequação ao problema e possíveis consequências; • Muitas vezes a solução ideal ou ótima é impraticável • Necessário avaliar a relação custo-benefício e se os riscos são aceitáveis. Modelo Clássico Prof.: Júlio Costa 4. Selecionar a melhor alternativa • Decisões não são ideais, mas sim adequadas • Bom grau de viabilidade, adequação ao problema e consequências (positivas e negativas) suportáveis; • Timing: momento mais oportuno; • Limitação dos recursos; • Atenção aos impactos da decisão sob o ponto de vista coletivo • Nenhuma decisão atenderá a todos aqueles que sofrerão seu impacto; 5. Implementar a alternativa escolhida • Por em prática a decisão; • Resistência: insegurança, medo, conformismo; • Resultados ou consequências imprevisíveis; • Cinco tipos de ações para a solução de problemas; Modelo Clássico Prof.: Júlio Costa 5. Implementar a alternativa escolhida • Ações possíveis • Ação provisória: proporciona tempo para identificar a real causa do problema ou outras soluções; • Ação adaptativa: proporcionam a acomodação de efeitos “toleráveis” que não podem ser erradicados; • Ação corretiva: elimina causa conhecida depois de instaurado o problema; • Ação preventiva: elimina a potencial instalação de um problema; • Ação contingente: compensa ou minimiza os efeitos negativos de um problema potencial sério; 6. Acompanhar e avaliar os resultados • Averiguar se a alternativa atendeu ao propósito inicial; • Comparar os resultados alcançados com os esperados; • Coletar informações sobre as consequências da decisão. Administração Contemporânea Prof.: Júlio Costa Decidir é sempre um processo racional? Decisões nas Organizações Prof.: Júlio Costa Limitação da Racionalidade • Tendência: redução da complexidade dos problemas; • Adoção de modelos simplificados; • Influência dos valores, habilidades, hábitos, pré-conceitos, superstições; • Lista limitada de alternativas • Influências de decisões passadas; • Cultura organizacional; • Individualidade; • Decisão final => NÃO É ÓTIMA! • Satisfatória: alternativa “suficientemente boa”; • Influência de julgamentos subjetivos; • Reincidência de modelos já utilizados. Tomada de Decisão Intuitiva Prof.: Júlio Costa • Processo inconsciente gerado pelas experiências • Intuição = experiência + conhecimentos acumulados! • Complementar ao processo racional • Racionalidade é limitada: simplificar as decisões; • Experiência • Facilita o reconhecimento de padrões; • Informações prévias associadas aos padrões; • Modelo racional supervalorizado (visão clássica) • Maior valor da intuição (atual conjuntura de incertezas); • Vestir decisões intuitivas com “trajes racionais” • Busca por coerência e suporte a decisão; • Quando usar? • Alto grau de incerteza, variáveis subjetivas, várias alternativas aplicáveis, tempo limitado. Erros mais comuns Prof.: Júlio Costa Excesso de confiança • Superestima da capacidade; • Orgulho, ego; • + Conhecimento => - Confiança; Faltas de referência de controle (Ancoragem) • Tendência de fixação num ponto de partida; • Peso desproporcional as primeiras informações; Autoengano sobre o feedback (Confirmação) • Percepção seletiva das informações; • Confirmação dos pontos de vista; • Ceticismo em relação a opiniões opostas; Uso de atalhos míopes (Disponibilidade) • Julgamento com base em informações mais acessíveis; • Experiências mais recentes. Erros mais comuns Prof.: Júlio Costa Agir sem sistematização • Não somos capazes de memorizar todas as informações; • Precipitar a decisão: não utilizar um método sistemático; Condução inadequada de um grupo • Suposição de que muitas pessoas capazes tomarão melhor decisão; • Excesso de especialistas pode gerar conflitos de tarefa disfuncionais; Não acompanhamento dos resultados • Não manter um registro dos efeitos da ação tomada • Análise dos resultados pode fornecer aprendizados importantes; Falta de auditoria • Não criar uma abordagem organizada para compreender as próprias decisões. Erros mais comuns Prof.: Júlio Costa Representatividade • Probabilidade de acontecimento com base em similar; • Ex.: Sucesso de um produto com base em outro similar; Escala do comprometimento • Apego a decisão anterior; • Busca por recuperar o prejuízo; • Busca por coerência; • Ex.: Conselhos de Administração (proteção dos acionistas); Erro de aleatoriedade • Dificuldade de lidar com o acaso; • Transformar padrões imaginários em superstições; Compreensão tardia • Achar que sabíamos de um resultado depois de sua ocorrência; • Excesso de confiança em previsões. Algumas ponderações... Prof.: Júlio Costa • Trade-offs ou custo de oportunidade • Conflitos de escolha: não se pode ter tudo... • TODA escolha implica em deixar de usufruir algo; • Propensão ao risco • Disposição do decisor a arriscar os recursos ou o impacto das consequências e assumir a responsabilidade; • Criatividade • Eleva o potencial inovativo das decisões; • Tende a levar a decisões mais efetivas; • Pode ser potencializada pela decisão em grupo• Nem sempre duas cabeças pensam melhor do que uma! • Ética • Será que a eficácia deve sempre se sobrepor a eficiência do ponto de vista ético? Algumas ponderações... Prof.: Júlio Costa Decisões em grupo Mais informações e conhecimentos disponíveis; Mais possibilidades de alternativas viáveis; Maior probabilidade de aceitação por parte da coletividade; Processo mais lento e oneroso financeiramente; Um subgrupo ou indivíduo pode dominar o grupo; Participantes podem ser condescendentes por hesitação; V a n ta g e n s D e s v a n ta g e n s Administração Contemporânea Prof.: Júlio Costa E a informação? A informação... Prof.: Júlio Costa A informação é o insumo mais importante para as decisões! • O gerenciamento das informações e conhecimentos tem importância imperativa para a sobrevivência das organizações • Informação é a moeda corrente de maior valor num mundo globalizado... • Decisões erradas, baseadas em informações imprecisas podem ter consequências prejudiciais à organização • Prejudica o nível de serviço prestado ao cliente; • Impede que os colaboradores foquem seus esforços; • Pode levar ao declínio; “Na economia da informação, a concorrência entre as organizações baseia-se em sua capacidade de adquirir, processar, interpretar, armazenar, recuperar e utilizar a informação de forma eficaz”. (McGEE, James; PRUSK, Laurence) Administração Contemporânea Até nosso próximo encontro! Prof.: Júlio Costa Professor: Júlio Costa Email: juliocosta.ufpe@gmail.com Aula 24 – Administração por Objetivos: uma abordagem contemporânea. Controle e suas principais ferramentas. (02/06/17)
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