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DISCIPLINA: PLANEJAMENTO AMBIENTAL AULA 2: PROJETOS COM INTERESSE AMBIENTAL ESCOLA POLITÉCNICA / UFRJ Aula Data Tópico 1 14/03 Planejamento ambiental: Desenvolvimento sustentável e políticas públicas 2 21/03 Projetos com interesse ambiental 3 28/03 Desenvolvimento das cidades/zoneamento 4 04/04 Uso e ocupação do solo 5 11/04 Retrofit 6 18/04 Gestão de resíduos sólidos 7 25/04 RCC 8 02/05 Prova 1 9 09/05 Política Nacional de Meio Ambiente e Legislação Ambiental pertinente 10 16/05 Planejamento ambiental das cidades – Gestão Pública 11 23/05 Gestão ambiental privada 12 30/05 Avaliação de Impactos Ambientais 13 06/06 Licenciamento Ambiental 14 13/06 Planos Municipais – Saneamento, Resíduos 15 20/06 Estudo de Impacto de Vizinhança 16 27/06 Prova 2 17 04/07 Prova Final DEFINIÇÕES Programa: instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos; Projeto: um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo; PLANEJANDO UM PROJETO AMBIENTAL TÓPICOS A SEREM ABORDADOS EM UM PROJETO: Introdução Abrangência do Projeto Justificativas Objetivos Metodologia Indicadores Ambientais Equipe Recursos Linha de atuação Período de Realização (Prazo) Local de Realização Viabilidade Econômica Interesse ambiental? INTERESSE AMBIENTAL Interesse ambiental? INTERESSE AMBIENTAL Em Londres, prefeito e vereadores ganham vale - transporte e não têm direito a carro oficial “Em Londres, ao invés de receber um carro oficial ao assumir o cargo, o prefeito e os vereadores da cidade ganham um vale-transporte. O tíquete é anual e vale para ônibus, trens e metrô. Também é comum ver o prefeito da cidade, Boris Johnson, utilizar a bicicleta como meio de transporte nos dias de trabalho.” REDUÇÃO DE EMISSÕES DE GASES EFEITO ESTUFA NO TRANSPORTE: ISSO É POLÍTICA PÚBLICA? Política Pública é um conjunto de decisões, planos, metas, ações governamentais voltados para a resolução de problemas de interesse público. INTERESSE AMBIENTAL GERAÇÃO LIMPA: Energia Solar A vila, projetada pelo arquiteto alemão Rolf Disch, enfatiza a construção de casas e vilas que planejam as instalações solares desde o início do projeto, incorporando inteligentemente uma série de grandes painéis solares sobre os telhados. Os edifícios também foram construídos dentro das normas de arquitetura passiva, o que o permite produzir quatro vezes a quantidade de energia que consome. O condomínio, com cerca de 11 mil m2, possui densidade média, tamanho balanceado, acessibilidade, espaços verdes e exposição solar. Bairro solar na Alemanha produz quatro vezes mais energia do que consome INTERESSE AMBIENTAL GERAÇÃO LIMPA: ENERGIA EÓLICA Turbina eólica sem hélices promete ser mais eficiente, barata e segura A Vortex Bladeless é uma turbina eólica que não possui hélices. O modelo, criado pela empresa espanhola de mesmo nome, promete ser mais eficiente e ambientalmente correta do que os tradicionais, que possuem forma semelhante a um catavento. De acordo com a fabricante, o conceito se baseia em um efeito aerodinâmico conhecido como “vorticidade”. Como o vento ignora as estruturas fixas, as mudanças de fluxo geram um padrão cíclico de vórtices. Essas forças são suficientes para fazer uma estrutura fixa oscilar e entrar em ressonância com as forças laterais do vento. . PROJETOS AMBIENTAIS ÁFRICA- NAMÍBIA . TAIS NOVIDADES EMPRESA ISRAELENSE REVOLUCIONA BANHEIROS Mesmo tratando-se de um equipamento simples, 40% da população mundial não tem acesso a banheiro, fato que levou Bill Gates a desafiar centenas de pesquisadores a reinventar o vaso sanitário. Entretanto, num pequeno país do Oriente Médio, já havia uma empresa que estava à frente de todos eles no desenvolvimento de pesquisas: Israel. Encravado numa região que dispõe de poucos mananciais de água, Israel tem que pensar a todo momento em alternativas que reduzam o desperdício NOVA TECNOLOGIA O que existe de mais revolucionário no vaso sanitário do banheiro desenvolvido pela empresa israelense é que ele não só não necessita de descargas, como recicla 100% dos dejetos nele depositados. Sólidos e líquidos são reaproveitados imediatamente, sem a necessidade de água, energia nem redes de esgoto. O banheiro israelense separa automaticamente resíduos sólidos e líquidos em compartimentos diferentes. Quando o usuário dá a descarga, o vaso sanitário inicia um processo químico que converte os resíduos sólidos, incluindo papel higiênico, em cinzas estéreis e converte e recicla os resíduos líquidos. Isto leva menos de 30 segundos. BANHEIRO SECO EMPRESA ISRAELENSE REVOLUCIONA BANHEIROS Foi nessa linha de pesquisa que a empresa Paulee CleanTec apresentou seu projeto e recebeu da fundação de Gates um prêmio inicial de US$ 110 mil. INTERESSE AMBIENTAL PAINEL SOLAR SMART FLOWER: GERAÇÃO DE ENERGIA INTERESSE: MEIO AMBIENTE URBANO PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS: EIXOS Governança Bens Naturais Comuns Planejamento e Desenho Urbano Equidade, Justiça Social e Cultura de Paz!!! Gestão Local para a Sustentabilidade Cultura para a sustentabilidade Educação para a Sustentabilidade e Qualidade de Vida Economia Local, Dinâmica, Criativa e Sustentável Consumo Responsável e Opções de Estilo de Vida Melhor Mobilidade, Menos Tráfego Ação Local para a Saúde Do Local para o Global Fonte: http://www.cidadessustentaveis.org.br/eixos PROGRAMA CIDADES SUSTENTAVEIS Governança Fortalecer os processos de decisão com a promoção dos instrumentos da democracia participativa. Objetivos Específicos • Continuar a desenvolver uma perspectiva comum e de longo prazo para cidades e regiões sustentáveis; • Fomentar a capacidade de participação e de ação para o desenvolvimento sustentável tanto nas comunidades como nas administrações locais e regionais; • Convocar todos os setores da sociedade civil local para a participação efetiva – em conselhos, conferências, audiências públicas, plebiscitos e referendos, entre outros – nos processos de decisão, monitoramento e avaliação; • Tornar públicas, transparentes e abertas todas as informações da administração municipal, os indicadores da cidade e os dados orçamentários; • Promover a cooperação e as parcerias entre os municípios vizinhos, outras cidades, regiões metropolitanas e outros níveis de administração. Fonte: http://www.cidadessustentaveis.org.br/eixos PROGRAMA CIDADES SUSTENTAVEIS Bens Naturais Comuns Assumir plenamente as responsabilidades para proteger, preservar e assegurar o acesso equilibrado aos bens naturais comuns. Objetivos Específicos • Estabelecer metas para a redução do consumo de energia não renovável e para aumentar o uso de energias renováveis; • Melhorara qualidade da água, poupar água e usar a água de uma forma mais eficiente; • Proteger, regenerar e aumentar a biodiversidade, ampliar as áreas naturais protegidas e os espaços verdes urbanos; • Melhorar a qualidade do solo, preservar terrenos ecologicamente produtivos e promover a agricultura e o reflorestamento sustentáveis. • Melhorar substantivamente a qualidade do ar, segundo os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS-ONU). Fonte: http://www.cidadessustentaveis.org.br/eixos PROGRAMA CIDADES SUSTENTAVEIS Planejamento e Desenho Urbano Reconhecer o papel estratégico do planejamento e do desenho urbano na abordagem das questões ambientais, sociais, econômicas, culturais e da saúde, para benefício de todos. Objetivos Específicos • Reutilizar e regenerar áreas abandonadas ou socialmente degradadas; • Evitar a expansão urbana no território, dando prioridade ao adensamento e desenvolvimento urbano no interior dos espaços construídos, com a recuperação dos ambientes urbanos degradados, assegurando densidades urbanas apropriadas; • Assegurar a compatibilidade de usos do solo nas áreas urbanas, oferecendo adequado equilíbrio entre empregos, transportes, habitação e equipamentos socioculturais e esportivos, dando prioridade ao adensamento residencial nos centros das cidades; • Assegurar uma adequada conservação, renovação e utilização/reutilização do patrimônio cultural urbano; • Adotar critérios de desenho urbano e de construção sustentáveis, respeitando e considerando os recursos e fenômenos naturais no planejamento. Fonte: http://www.cidadessustentaveis.org.br/eixos REALIZANDO PROJETOS Com base em um planejamento compartilhado, a pesquisa-ação concretiza-se na elaboração do plano de ação/agenda socioambiental local, a partir das etapas do processo de construção do conhecimento: Etapa I — fase exploratória e elaboração do pré-projeto: construção do cenário e do diagnóstico socioambiental, a partir da identificação da problemática local, do conhecimento da comunidade e de suas demandas. Etapa II — elaboração do projeto, tomada de decisão (planejamento): socialização das informações coletadas e formulação do problema. Momento de construção de hipóteses, sob a forma de diretrizes que orientam os procedimentos e as ações escolhidas para o alcance dos objetivos almejados. Etapa III — mobilização social, análise dos problemas e propostas das ações necessárias para solucioná-los. Etapa IV — elaboração da agenda ambiental local/planos de ação, instrumentos pedagógicos que fazem a articulação entre a produção do conhecimento científico, a pesquisa do cenário socioambiental e a intervenção na realidade, a partir das demandas sociais e da mobilização comunitária. | Fantinatti, Zuffo and Argollo, Qualidade dos dados: “Em comparação com a Europa, a disponibilidade e comparabilidade dos dados entre cidades foram muito mais limitados na América Latina.” Quais são os passos mais importantes que as cidades na América Latina e o restante do mundo têm de tomar para se tornarem ambientalmente sustentáveis? “Temos de levar o planejamento a sério. Eu não estou dizendo planejamento “setorial”, em que cada setor – água, energia, saneamento básico – planeja independentemente. Precisamos olhar para as cidades ou para a região metropolitana como um todo. As jurisdições que competem entre si são um dos maiores inimigos da urbanização sustentável.” RESULTADOS DO RELATÓRIO DAS CIDADES RESULTADOS DO RELATÓRIO PROJETOS EXEMPLARES: USO DO SOLO Quito: Tudo é motivo para plantar uma árvore Um relatório para o governo municipal de Quito concluiu que a cidade tinha 9.000 hectares de cobertura de árvores urbanas, mas recomendou dobrar essa quantidade a fim de colher diversos benefícios ambientais. Os estudos sugerem que a cobertura das árvores absorve a poluição do ar, reduz o consumo de energia ao proporcionar sombra e pode melhorar a conservação da água da chuva. Em decorrência disso, Quito criou seu “Projeto de Florestação e Reflorestamento” e, já em 2008, o programa havia levado ao plantio de cerca de seis milhões de árvores, a maioria de espécies nativas. Os inigualáveis pontos fortes do projeto são os métodos diferenciados que utiliza. As autoridades cooperaram com os vários departamentos e instituições em toda Quito. Em 2006, a cidade criou um concurso de plantio de árvores com grupos vizinhos em 145 distritos. O concurso “Meu Bairro está Vestido de Árvores” levou ao plantio e à manutenção de 140.000 árvores. PROJETOS EXEMPLARES: ÁGUA Porto Alegre: O programa “Água Certa” Ajuda as pessoas em assentamentos informais a terem acesso à água de forma legal, reduz os vazamentos no sistema e incentiva a conservação. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) da cidade começou o programa em 2005 em cooperação com os grupos comunitários em assentamentos informais. A cidade propicia aos moradores a possibilidade de conectarem suas casas de maneira legal ao sistema de água mediante uma “taxa social” de US$ 5 por mês para até 10.000 litros de água, o que economiza até 40% sobre a cobrança normal. Além disso, a conta da água é, com frequência, a única prova dos moradores, que ajuda a integrá-los na economia da cidade. O programa também educa os residentes quanto à importância da água limpa e o seu uso responsável. Nos primeiros três anos de funcionamento, o programa ajudou 15.000 famílias e a taxa de contas de água não pagas nos assentamentos informais caiu de 64% para 27%, levando a uma redução geral em toda a cidade de 14% para 9%. Fonte: Plano Diretor de São José, SC Metas, objetivos estratégicos e atividades. Um plano de desenvolvimento e ordenamento territorial deve ter uma série de metas e objetivos em que a cidade quer chegar. Estes devem estar relacio- nados com indicadores de densidade de população, moradia, áreas verdes e de recreação e planejamento do uso do solo, bem como com o tratamento da desigualdade urbana e transporte urbano sustentável, visando reduzir a pegada ecológica e melhorar a qualidade de vida na cidade. PLANOS SUSTENTÁVEIS “Marco legal e institucional para a gestão e coordenação do planejamento urbano e ambiental. Um dos aspectos problemáticos do planejamento urbano na América Latina é a escassa implantação dos planos territoriais. Em parte, isso se deve a uma indefinição das questões legais e institucionais, mas em muitos casos também houve falta de vontade política para exercer o controle do uso do solo e das atividades urbanas.” Fonte: Guia metodológico, Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis, primeira edição (BID, 2012) PLANOS SUSTENTÁVEIS Gestão e execução dos planos. Um dos aspectos principais para o sucesso do planejamento urbano e ambiental está em passar da etapa “formulação das propostas” à “execução das mesmas”. Para isso sugerimos contemplar os seguintes aspectos: • Ente gestor. Designação de responsabilidades para a gestão do plano a uma entidade específica – nova ou já existente, com autoridade suficiente para efetuar sua coordenação. • Indicadores para a gestão. Definição de indicadores chave que permitam medir a materialização do plano e de seus resultados, cuja necessidade se justifica pelo fato de não ser possível gerenciar e controlar o que não se pode medir. Fonte: Guia metodológico, Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis, primeira edição (BID, 2012) PLANOS SUSTENTÁVEIS P L AN E JA M E N T O D A S C ID A D E S INDICADORES AMBIENTAIS • Área urbana e rural do município • Calçadas acessíveis • Consórcios públicos e Parcerias Público Privadas • Déficit habitacional • Edifícios novos e reformados com certificação de sustentabilidade ambiental • Planejamento integrado entre todas as secretarias • Plano Diretor participativo • População residente em aglomerados subnormais • Propriedade de imóveis Gestão e execução dos planos. Um dos aspectos principais para o sucesso do planejamento urbano e ambiental está em passar da formulação das propostas à execução das mesmas. Para isso sugerimos contemplar os seguintes aspectos: • Sistema de gestão: Estabelecimento de um sistema de gestão que inclua um detalhamento a respeito do fluxo de decisões, aos fluxos de informação e às normas de funcionamento • Monitoramento e controle: visam a avaliação das realizações em relação às metas intermediarias e o cumprimento dos objetivos finais, o que permite tomadas de decisões continuas com base na realização de avaliações periódicas para detectar fatores externos que podem impedir a correta execução do plano; PLANOS SUSTENTÁVEIS As prefeituras tem a faculdade e a obrigação legal de outorgar licenças de uso e ocupação do solo, e para a realização de obras e construções aplicáveis aos edifícios. A base instrumental são os diversos planos: • Planejamento estratégico urbano; • Plano de ordenamento territorial (POT): É o instrumento de planejamento que visa ordenar a ocupação e o desenvolvimento de uma unidade territorial; • Plano mestre (ou Plano diretor): É um instrumento de planejamento que complementa e desenvolve o POT. • Plano de uso e ocupação do solo (PUOS). É um instrumento de planejamento que define as condições e características do uso e da ocupação do solo de uma circunscrição territorial e administrativa. • Plano de zoneamento e de desenvolvimento de territórios específicos. • Planos especiais urbanísticos e ambientais • Planos setoriais. São aspectos específicos como os planos de transporte, saneamento, drenagem, manejo de resíduos, energia, etc. PLANOS URBANOS E AMBIENTAIS EXEMPLO DE PLANO Para a etapa de formulação se adotou um projeto ordenado de acordo com 5 instrumentos específicos: 1. Um horizonte, como objetivo a longo prazo (para os próximos dez anos), expressado no seguinte parágrafo: a visão do PER é: "Rosário, uma cidade sustentada no trabalho e na criação, com oportunidades de vida e progresso para todos os seus habitantes, que recupera o rio e se constitui em ponto de integração e encontro do MERCOSUL". 2. Um conjunto de cinco linhas estratégicas como expressão genérica e ampla de desejo para alcançar o objetivo final. Foram expressados como "sonhos", de uma maneira sintética, visionária, comunicável: • A cidade do rio • A cidade das oportunidades • A cidade do trabalho • A cidade da criação • A cidade da integração EXEMPLO: PLANO ESTRATÉGICO DE ROSÁRIO- PER 3. De cada uma das linhas estratégicas, se desprende um conjunto de 12 objetivos particulares, cujo propósito consistia em alcançar cada um dos "sonhos". Representam a transformação de ações concretas e determinadas. 4. Também, cada linha contêm uma série de programas, 20 no total, que reúnem e articulam projetos concretos que respondem a cada questão setorial do horizonte sonhado. 5. Por último, 72 projetos (tarefas concretas de ação sobre a realidade). Exemplos de projetos: EXEMPLO: PLANO ESTRATÉGICO DE ROSÁRIO- PER Fonte: Liderando o Desenvolvimento Sustentável das Cidades, BID, 2012 SERVIÇOS E OBRAS PÚBLICAS PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS Lei 8.666/1993 Art. 2o - As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. I- Obra: toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta; II- Serviço: toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico- profissionais; PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS EXECUÇÃO DIRETA: a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios. Centralizada: atuação direta por meio dos seus Órgãos (secretarias, divisões, diretorias, etc) Descentralizada: autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação. EXECUÇÃO INDIRETA: a que o órgão ou entidade contrata com terceiros Autorização Permissão Concessão PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. (permissionário ciente quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente) A principal forma de distinção entre concessão e permissão é justamente a de que a concessão tem natureza contratual e a permissão é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário, sendo, portanto, despida de qualquer contratualidade. (adesão) Autorização: sua formalização se faz através de ato administrativo precário e discricionário, recomendando-se a sua utilização para os serviços que apresentem menor complexidade, nem sempre remunerados por meio tarifário. Exemplificando-se temos o caso da autorização para conservação de praças, jardins ou canteiros de avenidas, em troca da afixação e placas com propaganda da empresa. Ainda, a autorização não é objeto de regulamentação legal pela Lei nº 8.987/95. PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS Lei 8.987/1995 – Lei das Concessões Art. 2o I - Poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão; II - Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; III - Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado; Parceria público privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa (Lei no 11.079/ 2004): • Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987/1995 - Lei das Concessões, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniáriado parceiro público ao parceiro privado. • Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços onde a Administração Pública é a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. PARCERIA PÚBLICO PRIVADA - PPP A diferença básica entre Parceria público-privada e concessão comum é a remuneração do parceiro privado. Nas concessões comuns a remuneração do concessionário advém exclusivamente das tarifas cobradas aos usuários, nas parcerias público-privadas há pagamento de contraprestação pela Administração Pública, com ou sem cobrança de tarifa dos usuários. As contraprestações públicas podem ser pagas antes da disponibilização do serviço pelo concessionário? Não. O pagamento da contraprestação pela Administração Pública deve ser obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de PPP. É permitido, entretanto, a estipulação contratual de parcelamento do serviço e pagamento de contraprestação relativa à parcela disponibilizada. DIFERENÇA ENTRE PPP E CONCESSÃO COMUM • Não constitui Parceria público privada a concessão comum, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. • É vedada a celebração de contrato de parceria público- privada: I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos e mais de 35 anos; ou III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão- de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. PARCERIA PÚBLICO PRIVADA Qual a vantagem de uma PPP? O agente privado tem incentivos para executar a obra com maior qualidade, tendo em vista que defeitos dela afetarão a qualidade do serviço prestado e ocasionarão a redução da contraprestação pública podendo, inclusive, ensejar a rescisão contratual sem ônus para o poder público. Por fim, o estímulo à efetiva prestação do serviço na PPP é reforçado em razão dos indicadores de desempenho estarem vinculados ao objetivo final da contratação e não aos insumos utilizados, contrariamente ao que ocorre nas contratações tradicionais. PARCERIA PÚBLICO PRIVADA A Sociedade de Economia Mista é a pessoa jurídica constituída por algum ente estatal (União, Estados ou Municípios), sob o regime de Sociedade Anônima, no qual o governo é o principal acionista, e os particulares são sempre minoritários. Desta maneira podemos dizer que existe uma parceria entre o poder público e as empresas privadas. Já a Empresa Pública é a pessoa jurídica de capital público, instituído por um ente estatal (União, Estado ou Município), com a finalidade prevista em lei, ou seja são entidades da administração pública indireta. A finalidade é sempre de natureza econômica, eis que, em se tratando de 'empresa', ela deve visar ao lucro, ainda que este seja utilizado em prol da comunidade. A administração das empresas públicas no Brasil é feita por dirigentes nomeados pelo Presidente da República. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA X EMPRESA PÚBLICA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HAMEL, Braga B., Hespanhol I., Conejo, J.L. et al, Introdução à Engenharia Ambiental, 2005; AGRA Filho, Severino Soares, Planejamento e Gestão Ambiental no Brasil - 1ª EDIÇÃO, Rio de Janeiro, Editora Elsevier, 2014, 248p. Programa Planejamento Energético e Ambiental/COPPE/UFRJ.
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