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Ca´lculo Diferencial e Integral 1 - MA026 - 1o Semestre de 2016 - 11/07/2016 Aluno(a): CPF: Exame Final de Ca´lculo 1 Instruc¸o˜es ♦ Escreva seu nome e o nu´mero de seu CPF no lugar indicado desta folha. ♦ Todos os aparelhos eletroˆnicos devera˜o permanecer desligados durante a prova. ♦ As respostas somente sera˜o aceitas com justificativas. ♦ Esta folha devera´ ser devolvida junto com o caderno de respostas. Questo˜es - Gabarito 1. (1, 0 ponto) Calcule lim x→+∞ e−x lnx. Soluc¸a˜o. Note que quando x → +∞, a func¸a˜o e−x tende para zero e a func¸a˜o lnx tende para +∞. Temos, portanto, uma indeterminac¸a˜o do tipo 0 × ∞. Ao re-escrever o limite procurado na forma lim x→+∞ e−x lnx = lim x→+∞ lnx ex , “ca´ımos” numa indeterminac¸a˜o do dito ∞/∞, uma vez que ex tende para +∞ quando x→ +∞. Logo, aplicando a regra de l’Hoˆspital, obtemos lim x→+∞ lnx ex = lim x→+∞ 1/x ex = lim x→+∞ 1 x ex = 0. Portanto, lim x→+∞ e−x lnx = 0. 1 Ca´lculo Diferencial e Integral 1 - MA026 - 1o Semestre de 2016 - 11/07/2016 2. (1, 5 ponto) Encontre o ponto sobre a curva y = √ x que esta´ mais pro´ximo do ponto (3, 0). Soluc¸a˜o. Sabemos, de Geometria Anal´ıtica, que a distaˆncia d entre o ponto (3, 0) e um ponto (x, y) qualquer na curva y = √ x, com x ≥ 0, e´ dada por d = d(x) = √ (x− 3)2 + y2 = √ (x− 3)2 + (√x)2 = √ x2 − 5x+ 9 . Uma vez que x2 − 5x + 9 > 0 para todo x ≥ 0 (na verdade isso vale para qualquer x ∈ R), vamos encontrar um valor de x ∈ [0, +∞) que minimiza a func¸a˜o d(x). Ja´ que as func¸o˜es d e d 2 sa˜o minimizadas no mesmo ponto (na˜o e´ dif´ıcil de provar este fato), vamos procurar o valor mı´nimo de f(x) ≡ d 2(x) = x2 − 5x+ 9. Como f ′(x) = 2x − 5, temos que o u´nico ponto cr´ıtico da func¸a˜o f em (0,∞) e´ x0 = 5/2. Logo, f ′(x) > 0 em (5/2, +∞) e f ′(x) < 0 em (0, 5 2 ). Ou seja, f e´ crescente em [5/2, +∞) e decrescente em [0, 5 2 ]. Assim, segue que x0 e´ um ponto de mı´nimo absoluto de f . Portanto, o ponto da curva y = √ x mais pro´ximo do ponto (3, 0) e´ (x0, y0) = (x0, √ x0 ) = ( 5 2 , √ 5 2 ) = ( 5 2 , √ 10 2 ) . 2 Ca´lculo Diferencial e Integral 1 - MA026 - 1o Semestre de 2016 - 11/07/2016 3. Considere a func¸a˜o f(x) = 1 x + 2 √ x, para x > 0. (a) (0, 4 ponto) Determine as ass´ıntotas (caso existam). Soluc¸a˜o. Uma vez que lim x→ 0+ f(x) = +∞, conclu´ımos que a reta x = 0 (ou seja, o eixo y) e´ uma ass´ıntota vertical. Por outro lado, e´ fa´cil ver que lim x→+∞ f(x) = +∞. Portanto, na˜o ha´ ass´ıntotas horizontais. (b) (0, 4 ponto) Encontre os intervalos de crescimento e decrescimento, bem como os pontos cr´ıticos (caso existam). Determine os pontos de ma´ximo e mı´nimo locais (caso existam). Soluc¸a˜o. Pela regra da soma, temos que f ′(x) = − 1 x2 + 1√ x = x2 −√x x2 √ x = x3/2 − 1 x2 . O u´nico ponto cr´ıtico de f e´ x0 = 1. Temos que f ′(x) > 0 quando x3/2 − 1 > 0 e f ′(x) < 0 quando x3/2 − 1 < 0. Ou seja, f e´ crescente em (1,+∞) e decrescente em (0, 1). Pelo teste da primeira derivada, x0 = 1 e´ um ponto de mı´nimo local (e absoluto). (c) (0, 4 ponto) Analise a concavidade e encontre os pontos de inflexa˜o (caso existam). Soluc¸a˜o. Note que f ′′(x) = 2x−3 − 1 2 x−3/2 = 2 x3 − 1 2 √ x3 = 4−√x3 2x3 . Assim, f ′′(x) > 0 quando 4− x3/2 > 0 e f ′′(x) < 0 quando 4− x3/2 < 0. Isto e´, f e´ coˆncava para cima em (0, 3 √ 16) e coˆncava para baixo em ( 3 √ 16,+∞). A abscissa do ponto de inflexa˜o e´ x1 = 3 √ 16. (d) (0, 8 ponto) Esboce o gra´fico da func¸a˜o, destacando os pontos cr´ıtico e de inflexa˜o. Soluc¸a˜o. Usando os resultados obtidos nos itens acima, podemos, enfim, esboc¸ar o gra´fico de f (veja a figura na pro´xima folha). 3 Ca´lculo Diferencial e Integral 1 - MA026 - 1o Semestre de 2016 - 11/07/2016 Ox Oy f (x) = 1 x + 2 √ x (1, 3) 42/3 = 3 √ 16 ponto de mı´nimo absoluto ponto de inflexa˜o 4 Ca´lculo Diferencial e Integral 1 - MA026 - 1o Semestre de 2016 - 11/07/2016 4. Calcule as integrais indefinidas abaixo: (a) (1, 0 ponto) ∫ t 1 + t 4 dt. Soluc¸a˜o. Fazendo a mudanc¸a de varia´vel s = t2, obtemos ds = 2t dt. Da´ı,∫ t 1 + t 4 dt = 1 2 ∫ 1 1 + s2 ds = 1 2 arctg(s) + C = 1 2 arctg(t2) + C, onde C ∈ R. (b) (1, 0 ponto) ∫ x sen(3x) dx. Soluc¸a˜o. Sejam u = x e dv = sen(3x) dx. Enta˜o, du = dx e v = −1 3 cos(3x). Integrando por partes, obtemos∫ x sen(3x) dx = −x 3 cos(3x) + 1 3 ∫ cos(3x) dx = −x 3 cos(3x) + sen(3x) 9 + C, onde C ∈ R. (c) (1, 0 ponto) ∫ x2√ 1− x2 dx. Soluc¸a˜o. Se x = sen θ, θ ∈ [−pi 2 , pi 2 ], obtemos dx = cos θ dθ. Assim, I = ∫ x2√ 1− x2 dx = ∫ sen2 θ√ 1− sen2 θ cos θ dθ = ∫ sen2 θ dθ = 1 2 ∫ [1− cos(2θ)] dθ = 1 2 [ θ − sen(2θ) 2 ] + C = 1 2 [θ − sen θ cos θ] + C, onde C ∈ R. Uma vez que x = sen θ, conclu´ımos que cos θ = √ 1− x2 e que θ = arcsenx. Portanto: I = 1 2 [ arcsenx− x √ 1− x2 ] + C, onde C ∈ R. 5 Ca´lculo Diferencial e Integral 1 - MA026 - 1o Semestre de 2016 - 11/07/2016 5. Considere a curva plana C definida por y = senx. (a) (1, 0 ponto) Obtenha a equac¸a˜o para a reta t tangente a` curva C no ponto de abs- cissa x0 = 2pi/3. Soluc¸a˜o. A inclinac¸a˜o da reta tangente e´ m = cos(2pi/3) = − cos(pi/3) = −1/2. Usando o fato que sen(2pi/3) = sen(pi/3) = √ 3/2, conclu´ımos que a equac¸a˜o da reta t e´ y − √ 3 2 = −1 2 ( x− 2pi 3 ) ou y = −x 2 + pi 3 + √ 3 2 . (b) (1, 5 ponto) Esboce e calcule a a´rea da regia˜o R limitada pela reta t, o eixo y e a curva C. Soluc¸a˜o. Um esboc¸o da regia˜o R e´ apresentado na figura abaixo: Ox Oy y = − x2 + pi3 + √ 3 2 y = senx ( 2pi 3 , √ 3 2 ) A a´rea A da regia˜o R e´ dada por A = ∫ 2pi 3 0 ( −x 2 + pi 3 + √ 3 2 − senx ) dx = ( −x 2 4 + pix 3 + √ 3x 2 + cosx )∣∣∣∣∣ 2pi 3 0 = pi2 9 + pi √ 3 3 − 3 2 u.a. 6
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