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Política de Proteção à Pessoa Idosa.

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
EMANUEL PALMEIRA DE OLIVEIRA
LAINE ALMEIDA DA SILVA
MARIA DAS GRAÇAS MOREIRA
Política de Proteção à Pessoa Idosa. 
 
Linhares
2017 
EMANUEL PALMEIRA DE OLIVEIRA
LAINE ALMEIDA DA SILVA
MARIA DAS GRAÇAS MOREIRA
Política de Proteção à Pessoa Idosa.
Produção Textual Interdisciplinar Grupo do 5º e 6° semestre flex do curso: Serviço Social da Universidade Norte do Paraná em cumprimento às exigências das disciplinas: Serviço Social na Área de Saúde, Previdência Social e Assistência Social, Serviço Social e Processos de trabalho, Direito e Legislação Social, Estágio em Serviço Social II, Seminários da Prática VI. Orientado pelos professores: Maria Lucimar Pereira , Amanda Boza G. Carvalho, Vanessa Berbel Nelma S. A. Galli. Rosane Ap. Belieiro Malvezzi
Linhares
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Construir um mundo melhor para envelhecer e aquilatar os idosos em sua potência de vida, na contramão de uma sociedade que supervaloriza o jovem em seu auto pedido de socorro, as Políticas Públicas são ferramentas de conversação constante entre Governo e Sociedade Civil, que vêm expandindo e aprimorando seu desempenho, amparando a administração no planejamento, orientação, inspeção e ponderação nas demandas referentes a cada campo temático.
O profissional de serviço social é inserido nas mais distintas áreas e tem a função de esquematizar, gerenciar, administrar, executar e auxiliar políticas, programas e serviços sociais, e assim efetivando sua intervenção nas relações entre os indivíduos no cotidiano da vida social, através de uma ação plena de cunho socioeducativo e de prestação de serviços.
Tendo a liberdade como um princípio ético no código profissional , admite ao homem escolher entre as probabilidades de valor ético ou não, ou seja, o homem é capaz de agir eticamente, podendo anteriormente, vislumbrar sobre suas atuações, com a consciência de que suas escolhas podem ou não encontrarem-se fundamentadas em alicerces éticos.
Desta forma, a expansão da política de assistência social vem demandando cada vez mais a introdução de assistentes sociais comprometidos (as) com a consolidação do Estado democrático dos direitos, a universalização da seguridade social e das políticas públicas e o fortalecimento dos ambientes de controle social democrático.
Estratégia de Saúde da família ( esf )
Da Política Nacional de Atenção Básica, a (ESF ) teve seu início em 1994, apresentou um crescimento significativo nos últimos anos.
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abarcam a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados. A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de expansão da Saúde da Família comprova a adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS.
As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 6 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental.
A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes saúde da família.
Centro de referência especializada de assistência social (cREAS)
Da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), CREAS é o Centro Especializado de Assistência Social. É uma unidade estatal responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados. Para isso, envolve um conjunto de profissionais e processos de trabalho que devem ofertar apoio e acompanhamento especializado. O principal objetivo é o resgate da família, potencializando sua capacidade de proteção aos seus membros. O CREAS deve contar, pelo menos, com Psicólogo, Pedagogo, Assistente Social e Educador Social. Prestando atendimento à Crianças, adolescentes, idosos, mulheres e qualquer pessoa que tenha sofrido violação de seus direitos. Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa.
Outro serviço é o Proteção e Atendimento Especializado a Família e Indivíduos (PAEFI). O PAEFI é um serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. A equipe do CREAS acompanha as famílias, buscando auxiliá-las no rompimento do ciclo de violação dos direitos em seu interior, prevenindo reincidências, fortalecendo seu papel de proteção e restabelecendo a autonomia de seus membros.
Todas as intervenções realizadas pela equipe com os usuários do CREAS são personalizadas, respeitando crenças, cultura e realidade de cada pessoa ou família, no sentido de auxiliar esta pessoa ou família da melhor forma.
benefício de prestação continuada (bpc)
 O Benefício de Prestação Continuada é o benefício assistencial previsto constitucionalmente para a proteção de idosos e deficientes que comprovem não possuir meios de prover sua própria manutenção ou tê-la provida pela família. É um benefício que compõe a política de assistência social brasileira e é um direito assegurado constitucionalmente. No processo de conquista de direitos sociais, a previsão constitucional transformou e fortaleceu os sentidos da assistência social no Brasil, deslocando-a do âmbito de uma regulação unicamente moral para o de uma vinculação propriamente jurídica (Boschetti, 2006).
BPC-LOAS, faz parte do Sistema Único da Assistência Social – SUAS esse benefício é pago pelo Governo Federal, mas quem realiza toda a sua operacionalização é o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
 Os critérios para que o benefício seja concedido são: Renda Familiar e Perícia Médica.
 Renda Familiar – que deverá ser inferior a 25% do salário mínimo calculado por números de pessoas que vivem na mesma casa.
 Ex: Requerente, conjugue, filhos solteiros, enteados e menor entutelado solteiros equiparam-se a filho.
 Perícia Médica – Será realizada uma perícia Médica por profissional do INSS avaliando a deficiência que o incapacita para a vida independente e para o trabalho. Caso o beneficiário necessite, de acolhimento em instituições de longa permanência como hospital, abrigo ou instituição congênere, este não será prejudicado.
direito imprescindível emergêncial 
A reciprocidade dodever de alimentar entre pais e filhos é proclamada no art.229 da Constituição Federal.
A constituição Federal de 1988 determinou em seu art. 
 “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar a amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. 
Segundo Orlando Gomes, os alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si. 
Compete ao Poder Público desenvolver a assistência social, estimular o seguro, tomar medidas defensivas adequadas, e impor então aos parentes do necessitado, ou pessoa a ele ligado por um elo civil, o dever de proporcionar-lhe as condições mínimas de sobrevivência, não como favor ou generosidade, mas como obrigação judicialmente exigível.
 5.1 Plano de atuação
 
 Mediante a contextualização exposta da situação social da senhora Ana Lucia, 75 anos, fica evidenciada a necessidade da intervenção do profissional de Serviço Social atuante do CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social, haja vista que a idosa supracitada é vítima de Negligencia Familiar – Maus Tratos.
 Assim, conforme a Lei nº 10.741, de 1º  de outubro de 2003, que institui o Estatuto do Idoso, dispõe:
Art. 3° É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público de assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
 
 
 Dessa forma, o profissional de serviço social se utiliza dos seus instrumentais técnicos operativos para alcançar os objetivos proposto nessa ação. É importante citar que os sujeitos envolvidos nessa análise, não faz menção apenas à idosa, mas,a todos os familiares envolvidos Assim, o primeiro passo a ser tomado se faz por meio da Visita Domiciliar .	
Visita domiciliar: Apurar os fatos já mencionados pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF). 
 Confeccionar o relatório da visita
 É fundamental que esse profissional se utilize do Plano de Atendimento 
Individual – PIA, pois este pode ser construído como um plano de estratégias e ações a serem desenvolvidas, segundo diretrizes fixadas por eixos de garantia de direitos fundamentais (educação, saúde, convivência familiar e comunitária e outros previstos pelo Estatuto do Idoso).
 Prover a evacuação imediatamente da idosa para um abrigo de forma que ela se sinta segura, preservando a integridade física, moral e social da mesma.
 Encaminhar voluntariamente ou involuntariamente para tratamento seu filho que é dependente químico, haja vista que se involuntariamente, se faz por meio de ação judicial.
 Realizar a busca ativa dos familiares da idosa.
 Realizar acompanhamento social dos familiares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cada dia é um desafio para as políticas públicas em todas as áreas, habitação, saúde, seguridade social, etc...
Vivemos momentos de uma geração que os filhos, mau sentem a obrigação de cuidar dos pais e são socialmente cobrados para isso.
Estamos em uma janela de oportunidades para preparar um mundo mais acolhedor, respeitoso e humano para velhos de um futuro muito próximo que seremos nós.
Desta forma, O CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social é um órgão superior de deliberação colegiada, estabelecido pela Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
 O conselho portanto, tem caráter estável e possui uma composição paritária entre governo e sociedade civil, e está vinculado à composição do MDS.
Cabe sobressair que as confiabilidades e atribuições dos (as) assistentes sociais, na política de Assistência Social, nessa perspectiva e com baseamento na Lei de Regulamentação da Profissão, 8662/93 requisitam do (a) profissional, algumas capacidades gerais que são fundamentais à compreensão do contexto sócio-histórico em que se estabelece sua intervenção, e, portanto, são essas competências que permitem ao profissional concretizar a análise crítica da realidade, para, a partir daí, estruturar seu trabalho e constituir as competências e atribuições particulares imprescindíveis para o enfrentamento das circunstâncias e demandas sociais que se apresentam em seu habitual.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei no. 10.741. Out. 2003. Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/legislacao/estatuto-do-idoso>. Acesso em: 13 set. 2017.
BRASIL, Ministério da Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde; Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. 4. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2007. 68 p. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/pactos/pactos_vol4.pdf>. Acesso em: 11 set. 2017.
CREAS Palotina. O que é e o que faz o CREAS?. Disponível em: <https://creaspalotina.wordpress.com/o-que-e-e-o-que-faz-o-creas>. Acesso em: 10 set. 2017.
FAVIL, Eloir Fernando. Necessidade, possibilidade e proporcionalidade: Trinômio indispensável para a fixação dos alimentos. Monografia (Bacharel em Direito – Universidade do Vale de Itajaí). Itajaí. Maio 2008. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Eloir%20Fernando%20Favil.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017.
PENALVA, Janaína; DINIZ, Debora; MEDEIROS, Marcelo. O Benefício de Prestação Continuada no Supremo Tribunal Federal. Sociedade e estado. Vol. 25 no.1 Brasília. Jan./Abr. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922010000100004>. Acesso em: 12 set. 2017.
ROTINA Down. BPC / LOAS Benefício Assistencial Quem Tem Direito?. Mar. 2015. Disponível em: <http://rotinadown.com/bpc-loas-beneficio-assistencial-quem-tem-direito/>. Acesso em: 11 set. 2017.
SECRETARIA de Estado de Educação; DEPARTAMENTO Geral de Ações Socioeducativas. Plano individual de atendimento – PIA. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.degase.rj.gov.br/documentos/PIA_Orientacoes_Manual.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017.
SECRETARIA Municipal de Saúde de Assis. Estratégia Saúde da Família. Disponível em: <http://www.saude.assis.sp.gov.br/index.php/atencao-basica/estrategia-saude-da-familia>. Acesso em: 10 set. 2017.

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